"Podemos ver o infinito num grão de areia e, a eternidade em uma flor!" Willian Blake
terça-feira, 30 de março de 2021
Infância sadia
quinta-feira, 25 de março de 2021
Ressonâncias preciosas
Compartilho aqui meus ternos sentimentos agradecidos pelas generosas opiniões das queridas leitoras do meu livro: O tempo na palma da mão".
Sinto-me acolhida e contemplada pelo carinho espontaneamente declarado pelas lindas pessoas que me deram o privilégio de ser por elas prestigiada.
Muito Obrigada a vocês!
" A respeito do livro da Carmen Luiza, eu achei a leitura muito interessante. Ela conseguiu resumir bem o conceito de sua obra no título" O tempo na palma da mão", pois, no apanhando dessa palma ela nos remete a um recorte da elite da sociedade de nossa cidade, o Rio de Janeiro Pré-modernista, com seus valores tradicionais, seu passado histórico, sua arquitetura e urbanismo, a modernização da cidade tomando por base Paris; utilizando-se de uma linguagem formal e de uma estética literária da referida época, ou seja, de cem anos atrás, que pode ser sentida no cuidado e em todos os detalhes da narrativa. Transmita-lhe os meus Parabéns! ( Leila)
"Sua maneira elegante e linda de retratar pessoas e lugares, me encantou. Leitura adorável! Obrigada pela deliciosa companhia nesses dias. Parabéns, muito sinceros!" ( Ivani)
"Parabéns, minha querida prima! Encantada com sua prosa, suas histórias e pensamentos! Deliciosa leitura com o tempo na palma da mão, nessa tarde gostosa de calmo domingo. Viajei no tempo, nas narrativas, nos personagens..." ( Cinthia)
" Estou adorando seu livro e, como lhe falei, transportou-me a um tempo gostoso da época escolar, onde a gente sonhava com os romances adocicados dos escritores mais incríveis que este país já teve." ( Beth Lilás)
" Passando no grupo para falar do livro da Carmen Luiza. Adorei a leitura. Contos curtos, singelos, que realmente conseguem nos transportar no tempo e lugar. Obrigada, Carmen, por me proporcionar uma leitura singular. Que venham muitas outras!" ( Sônia)
domingo, 21 de março de 2021
Celebrando o outono
É Outono
Chegou o tempo das lindas auroras rompendo a escuridão densa da noite que se afasta diante o fulgor do astro-rei.
Chegou o tempo das belezas exaltadas da mãe-natureza em seu ciclo modificador.
Chegou o tempo da harmoniosa melodia trazida nas asas do vento brando que farfalha os galhos das árvores.
Chegou o tempo dos tons brilhantes irradiados pelas horas embebidas de luz.
Chegou o tempo único onde derrama-se o amadurecimento das folhas soltas a formarem tapetes pelos caminhos.
Chegou o tempo precioso indicando novos começos e novas esperanças em seu passar.
Chegou o tempo de nos abandonarmos ao estado lúdico que ele propicia.
É outono aqui... foi outono lá.
quinta-feira, 18 de março de 2021
Um conto- Uma imagem
Por debaixo dos guarda-chuvas ressoam falatórios mudos nos sons , mas prolixos em ondas que os pensamentos marolam nos contínuos movimentos imperceptíveis aos olhos; impulsos que levam os pés nas diferentes direções que o piso molhado lava dos rastros deixando limpo o passeio comum.
Sombra e névoa
( Da Costa e Silva)
Cai o crepúsculo. Chove.
Sobe a névoa...a sombra desce...
Como a tarde me entristece!
Como a chuva me comove!
Cai a tarde, muda e calma...
Cai a chuva, fina e fria...
Anda no ar a nostalgia
que é sombra e névoa
em minh'alma.
Há não sei que afinidade
Entre mim e a natureza.
Cai a tarde...que tristeza!
Cai a chuva...que saudade!
segunda-feira, 15 de março de 2021
Entre o céu e o chão
"Há em mim um fascínio, meio inexplicável, por telhados. Gosto da visão das telhas arrumadinhas em ondas harmoniosas; ondulações jeitosas que emolduram as moradias, proteção e adorno adjetivando a construção. O telhado é o limite entre o chão e o céu..."
(Trecho: O Tempo na palma da mão/ minha autoria)
ACENDEM-SE AS LUZES
( João José Cochofel)
Acendem-se as luzes
nas ruas da cidade.
Ainda há claridade
ao alto das cruzes
da igreja da praça
e para lá dos telhados
já meio esfumados
na mesma cor baça
do casario velho
que recobre a encosta
e mal entremostra
as cores de Botelho
sobranceiro à massa
fluida e movente
das cordas de gente
por onde perpassa
um ar de alegria
que é do tempo quente
e do andar contente
que no fim do dia
leva para casa
a paz das varandas
o álcool das locandas;
tanta vida rasa
minha semelhante.
Solidão povoada
que a tarde cansada
suspende um instante
ao acender das luzes.
Em cada olhar uma rosa
de propósito formosa
para que a uses.
sábado, 6 de março de 2021
Mais que nunca é preciso sonhar
" No entanto é preciso cantar,
mais que nunca é preciso cantar
é preciso cantar e alegrar a cidade..."
(Marcha da 4ªfeira de cinzas/trecho- Vinicius de Moraes)
Mais que nunca é preciso sonhar, como sempre o foi, mas agora, o sonho tornou-se inadiável. É preciso contar e ouvir histórias de fadas, de reinos, de duendes, magos e suas magias. É preciso não deixar a imaginação dormir. Ir passeando horas e horas de mãos dadas com ela, olhando-a nos olhos e inaugurando um sonho novo a cada final feliz. É preciso que seja mesmo um final feliz, apesar de toda trama rocambolesca, temos de conduzir os sonhos para finais felizes críveis ou até incríveis, mas felizes.
É preciso preencher os vazios e dar sons ao silêncio. Sons bonitos, melodiosos. Sons curiosos que façam fundo musical aos sonhos acontecendo; valsa para um baile nos salões, clássicos a acompanharem o ritmo da chuva nas folhas das árvores gigantes, orquestras de pardais aos trinos triunfantes, marulhos das corredeiras de rios agitados...
É preciso ouvir histórias que tragam a emoção envolta na beleza, a palavra vestida de sol, o acento suspenso no riso e o ponto final após o encontro dos apaixonados.
É preciso contar histórias que venham voando nas asas de Pégaso e pousem mansamente nos corações acelerando-os em batidas suaves e prolongadas.
É preciso juntar os pedaços e fazer deles peças de um lindo mosaico, cheio de cores e cenas fantásticas.
É preciso fazer acontecer...Era uma vez!