"Há em mim um fascínio, meio inexplicável, por telhados. Gosto da visão das telhas arrumadinhas em ondas harmoniosas; ondulações jeitosas que emolduram as moradias, proteção e adorno adjetivando a construção. O telhado é o limite entre o chão e o céu..."
(Trecho: O Tempo na palma da mão/ minha autoria)
ACENDEM-SE AS LUZES
( João José Cochofel)
Acendem-se as luzes
nas ruas da cidade.
Ainda há claridade
ao alto das cruzes
da igreja da praça
e para lá dos telhados
já meio esfumados
na mesma cor baça
do casario velho
que recobre a encosta
e mal entremostra
as cores de Botelho
sobranceiro à massa
fluida e movente
das cordas de gente
por onde perpassa
um ar de alegria
que é do tempo quente
e do andar contente
que no fim do dia
leva para casa
a paz das varandas
o álcool das locandas;
tanta vida rasa
minha semelhante.
Solidão povoada
que a tarde cansada
suspende um instante
ao acender das luzes.
Em cada olhar uma rosa
de propósito formosa
para que a uses.
O meu elogio e aplauso pela criatividade e inspiração poética. Goistei mesmo muito do poema. Eu tenho um fetiche que não consigo concretizar: Colecionar notas de 500 euros. Ainda num uma consegui...,lol
ResponderExcluir.
Uma semana feliz
Abraço … Cuide-se
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Fantástica publicação!! :))
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Vaguear de espírito livre, e sozinho
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Beijo, e uma excelente Semana.
O lindo olhar sobre os telhados nesta harmonia que encanta.
ResponderExcluirA proteção e o caminho ordenado das aguas das chuvas, que
vão formar lindas cachoeiras para os olhos mais sensíveis.
Um poema lindo nesta travessia do dia que finda com uma rosa.
Uma rosa para sua semana Calu.
Meu carinhoso abraço amiga.
Maravilha, Calu! Tuas palavras lindas e a poesia bem escolhida. RTambém fgosto de telhados e daqui do alto vejo muitos...Linda semana!Beleza de flor! beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirOi Calu essa primeira foto parece um lugar que conheci, onde morava minha nona italiana. Lá em Capivari...Ah se eu conseguisse uma foto, te mostraria, sdss me deu.
ResponderExcluirQue belo poema flui tão leve.
Abraços amiga!
Ficou lindo este post cujo título também me encantou. Não conhecia este poemas. Uma rosa que levo e outra que deixo para você.
ResponderExcluirTambém sou admiradora de telhados.
Bjs
Bom dia Calu,
ResponderExcluirTambém aprecio imenso os telhados e adorei sua prosa falando destes como limite entre o chão e o céu. Sublime.
O poema é belíssimo, assim como as rosas.
Um post magnífico tão ao seu jeito.
Beijinhos e ótimo dia com saúde.
Ailime
Nunca tinha olhado um telhado assim. Tão harmonioso em sua simetria. Tem por objetivo,proteger a casa da chuva,entre outros perigos.
ResponderExcluirFiquei fascinada com suas palavras em versos.
Adorei as suas palavras, Calu! Parece que os telhados nos devolvem alguma noção de ordem neste mundo... onde tanta coisa vemos desalinhada!...
ResponderExcluirFormidável publicação, com tão assertivas reflexões... sobre o que vamos tendo oportunidade de observar... entre a terra e o chão!
Beijinhos
Ana