terça-feira, 30 de julho de 2013

Continuando a história - BC comemorativa







Amanda ficou olhando para a tela de seu PC sem entender o porquê alguém escrevera aquilo, com que intuito? Queria poder entender o que faz uma pessoa ser tão amarga e cruel cometer tamanha violência em escrever palavras tão duras e sem coerência. Será que era uma pessoa conhecida ou meramente passara por ali e resolvera descarregar todo seu ódio e dor em uma única pessoa que teve a infelicidade de estar em seu caminho virtual. Pensou ser uma figura feminina pela maneira de escrever talvez estivesse enganada. Ela e seu único amigo que fizera no curso de psicologia ficavam analisando as pessoas em segredo, não profissionalmente e sim por pura diversão. A muito queria deixar o curso por não se adaptar, não era o que sonhara para sua vida, porem o que queria realmente não importava. ter um diploma em mãos seria o maior orgulho para seus tutores. Voltou a se fixar na tela, sempre se distraia quando lembrava no quanto estava infeliz, será que a intenção daquela pessoa cruel era acabar ainda mais com seus dias?
Resolveu...fazer valer o que aprendera até agora e buscou na memória os conceitos que ajudariam a clarear as intenções daquela pessoa destemperada escondida atrás do anonimato virtual.Enquanto ia elaborando hipóteses sobre as causas de tal atitude e o que possivelmente camuflava aquela alma embrutecida que esmagava com suas palavras cruéis qualquer regra de polidez, foi mergulhando mais fundo nas apostilas, revendo resenhas, pesquisando obras da área, relembrando aulas e palestras.Ficou de tal modo intrigada com o acontecido, que no dia seguinte, correu pra contar ao amigo as suspeitas que havia levantado sobre a personalidade do "ogro(a) virtual".Se envolveram num papo tão animado que chamou atenção dum professor deles lanchando ali perto, que interessado, quis saber de toda história e, ao fim do relato deles, declarou que iria levar o assunto pra sala de aula afim de que fosse posto em debate pela turma num júri simulado em fundamentos psicológicos buscando delinear a personalidade do sujeito em questão traçando perfil e solução.Seria mais um trabalho a contar nota no semestre.
Ao ouvir isto, Amanda concluiu que o curso, afinal, não havia sido perda de tempo ou desculpa de obrigação imposta. 
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Esta é minha participão na BC proposta pela Verinha ( eternamenteVV) em comemoração ao aniversário do blog.
Parabéns e vida longa a este seu espaço de gostosas conversas e interações.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um papinho casual / duas tags






Recebi o convite do parceiro Christian Louis dos Escritos Lisérgicos (link),para participar de duas Tags.A primeira se chama-se: 12 livros em 12 meses; confesso que no meu caso deveria haver um cálculo dobrado deste tempo.Nestes últimos 24 meses tenho lido bem menos do que gostaria.Quando não é falta de tempo é falta de forças(rs), pois desejo sempre há, só que muitas das vezes Morpheus (deus do sono) não colabora.


As regras são:
I) Divulgar doze livros em doze meses em seu blog e informar o link.

Irei descaradamente copiar o procedimento do Christian e citar os 12 livros que recomendo, sem porém trazer o link. Aí segue a listagem:


1_ Trem noturno para Lisboa, Pascal Mercier
2_ Rio das Flores, Miguel Souza Tavares
3__ O sorriso etrusco, José Luís Sampedro
4__ Tempo entre costuras, Maria Dueñas
5__ A elegância do ouriço, Muriel Barbery 
6__ A alma encantadora das ruas, João do Rio 
7__ O último vôo do flamingo, Mia Couto 
8__ As memórias do livro, Geraldine Brooks
9__ A ilustre casa de Ramires, Eça de Queirós
10__ A queda dum anjo, Camilo Castelo Branco
11__ A menina que roubava livros, Marcus Zuzak
12__ A casa que amei, Tatiana de Rosnay 


II) Indicar nesse post 12 livros que serão lidos indicando seus favoritos.

Outro ítem que irei burlar a regra( que feio), mas não vou me comprometer sem ter a certeza de que poderei cumprir a promessa.Há até uma pilha aqui na mesa me olhando, só não sei quando começarei a diminuí-la ou mesmo aumentá-la porque basta um livro me chamar a atenção que saio com ele na sacolinha...pago,é claro. Pra não deixar de indicar ao menos um, digo que o 1º da pilha é Um hotel na esquina do tempo, de Jamie Ford.Estou flertando com ele há quase duas semanas e  a nossa relação não evoluiu como eu gostaria(rs).


III) Indicar o maior nº  possível de blogs para participar e avisá-los.

Aí é rebeldia total! Ao invés de indicar irei fazer convite extenso:
___Gente, sintam-se à vontade para aderirem ao movimento!

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Prosseguindo nas etapas, a 2ª Tag convida a :

Completar todas as frases...

1) Sou muito... exigente e cuidadosa
2) Não suporto...arrogância e prepotência
3) Eu nunca... humilhei ninguém 
4) Eu já... enfrentei desafios 
5) Quando criança... lia muito
6) Neste exato momento...estou aqui recuperando 
o fôlego do dia e respondendo as tags
7) Eu morro de medo... por meus entes queridos 
8) Eu sempre gostei de... ler, falar 
em público,músicas, filmes,viajar
9) Se eu pudesse... estaria agora corujando meu neto Felipe 
10) Fico feliz quando... sei que os meus amores também estão
11) Se eu pudesse voltar no tempo...
olharia certas situações com mais tranquilidade 
12) Adoro... doces 
13) Quero muito... ver a vitória da educação 
14) Eu preciso... arrumar mais tempo pras minhas leituras 
15) Não gosto de... injustiças de qualquer natureza. 

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Só nestas oportunidades é que vemos o quanto dizemos de nós e dos nossos gostos e isto nos aproxima mais um pouco por aqui, na blogosfera.
Valeu, Chris! 

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Imagem: flickr




sábado, 27 de julho de 2013

VOVOZAR - BC Comemorativa








Leio as linhas de minha mão como sendo dois "Vs", da palavra vovó; som doce, tom rimado, verso dobrado, eco profundo maior que o mundo.Começo e fim das histórias vividas em total cumplicidade entre duas gerações: avós e netos(as).Para aqueles que me "conhecem" por aqui, sabem da minha feliz história com minha avó materna.Já contei muito sobre ela e a última vez foi na 2ª ciranda interativa:"Carta à uma mulher".Não me canso de falar, lembrar, exaltar a minha avó muito amada, pessoa querida, farol e porto, cara lembrança, doce saudade...

Hoje marcadamente em meus dias de avó, toda,toda,risonha e feliz com cada serzinho idolatrado que veio ao meu colo ocupando todo meu coração,deito e acordo cheia de alegrias. Pensando neles todo instante, nas gracinhas, nas artes, nas manhas, sei que neste momentos estou sorrindo bobamente aonde estiver.Creio que já devo ter sido tachada de boboca pelas pessoas nas ruas que vêem aquela mulher rindo sozinha,mas nem me importo.Poucas delas sabem a felicidade de ser avó/avô.Quem sabe,me entende.Entende que o sorriso vem da alma e alcança o rosto em momentos mágicos refletidos pela lembrança destas criaturinhas especiais que nos fazem sentir mais e melhor a beleza da vida.

Quando tive cada um em meus braços minutos depois de nascidos, eu já estava irremediavelmente entregue aquele pacotinho precioso e, feliz da vida por isto.Tive ali os lampejos de cada um dos pais, naquela mesma cena e agradeci a dádiva que vivi e vivo.Pode ser exagero, mas cada um deles me olhou intensamente e naquele instante eu lhes aconcheguei ao colo dizendo no olhar o quanto os amava.Era eu, era minha avó, era minha mãe, éramos todas nós, mulheres, matrizes, nutrizes revivendo, ressignificando, renovando o ciclo da vida, destas vidas tão amadas, tão amorosamente presenteadas.

A cada fim de semana preparo a casa para recebê-los, com as comidinhas e frutinhas que gostam, com os ninhos de travesseiros para os soninhos da tarde, com os brinquedos que fazemos de sucata,com a contação de histórias, com tudo que possa fazê-los rir soltos e sapecas.Apesar de um deles morar longe e deixar sempre uma grande saudade a cada dia, acompanho suas peraltices pelas fotos e vídeos que minha filha e genro enviam, o que já acalma a Dona Saudade. Quem já "vovoza", sabe do que falo, quem pra lá caminha, constatará que não exagero nem um pouco.






Poderia encher esta página só falando deles, mas vcs não iriam aguentar tanta corujice, mesmo sendo como participação na BC proposta pela Norma.Agradeço a oportunidade do motivo,viu Norma! (rs).


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Um excelente domingo pra vcs!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Assim é como lhe parece ?






O lembrar e o esquecer são parte constituintes da memória humana em qualquer idade.Por vezes lembramos o que gostaríamos de esquecer e esquecemos o que queríamos lembrar, sendo a segunda premissa bem mais frequente que a primeira.Só que nossa mente nos prega mais peças do que percebemos.Com a correria do dia-a-dia a gente liga o piloto automático e toca em frente o hoje já pensando no amanhã e nestas frestas do tempo deixamo-nos envolver em ilusões pré-fabricadas.Nada contra aproveitarmos uns ideais rocambolescos agrinaldados em tules rosáceos e atmosfera encantadora, mantendo porém, a certeza do que representa aquele cenário das histórias altamente açucaradas contra indicadas para diabéticos e para nós também, os bons processadores de açúcar.

Por décadas fomos audiência de modelos desenhados propositalmente como o sonho da vida perfeita, do casamento perfeito, da casa perfeita, dos filhos, dos gostos, dos costumes e outros mais, vindos na esteira feérica da TV nos trópicos; janela escancarada pra massificações de costumes estrangeiros.Claro que uma medida miscigenação é necessária para que aconteça a renovação constante dos grupos sociais e afaste o fantasma do nacionalismo obtuso e perigoso, porém, uma pitada de critério sobre o que vale ou não a pena adotar, cabe bem nesta mistura.

Somos educados por inúmeros agentes, desde o ambiente familiar/escolar ao meio-ambiente próximo e ao distante também.Tudo que nos rodeia nos educa para o bem ou para o mal de nós próprios e da sociedade em que vivemos.Espaços físicos, instituições, cidades, espaços públicos e privados e todas as manifestações artísticas e culturais.Assim, quando inocentemente pensamos que um filme, uma propaganda, um anúncio são meramente artifícios midiáticos, vamos sendo conduzidos subliminarmente por estas mensagens que nos parecem inócuas. Esta é uma das nascentes do consumismo desenfreado; o incentivo enganoso que leva a gastos muitas vezes desnecessários.

Este cenário se estende também a sonhos pessoais por um futuro de vida projetado.Um ideal desenhado externamente, através de imagens montadas em cinemacospe. Quem foi criança nos anos 60 deve se lembrar da série americana" Papai sabe-tudo( Father Know Best)" representando uma família modelo, sonho de toda moçoila e de jovens esposas da época.Longe de ser um malefício, afinal tratava-se da vida cotidiana duma família comum às voltas com seu cotidiano ressaltado pros bons valores e costumes.Eu e a mulherada da família, adorávamos.O que causou descompasso foi a perpetuação na mente das pessoas, em sua maioria mulheres jovens, dum ideal de relacionamento familiar que nem sempre corresponde(u) à realidade, gerando frustrações e por vezes, separações conflituosas.Uso o exemplo desta série apenas como ilustração dos muitos modelos que desde esta época povoaram o imaginário brasileiro convertendo-nos durante décadas em mímicos dum modo de vida o qual nem sempre podia ser alcançado.

Sou fã de comédias românticas de bom gosto e nem tenho porque demonizá-las, mas acho conveniente que sonhemos acordados(as) sim, mas não anestesiados(as).Que nos envolvamos nas histórias rocambolescas, nos contos de fada, nos mitos, nas ficções...vivamos intensamente e bem sonhadoramente estes momentos tendo a cabeça sobre os ombros e os pés a cautelosos centímetros do chão. 

Em estudos feitos por dois psicólogos americanos, Holmes e Johnson, revelou-se entre outros destaques, o problema da perfeição idealizada: 


[...]" enquanto que a maioria de nós sabe que a idéia de um relacionamento perfeito não é realista, alguns de nós somos mais influenciados pelas imagens mostradas na mídia do que nos damos conta[...]" 

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Imagem:filmeslink4au.com(filme:Enquanto você dormia)

terça-feira, 23 de julho de 2013

O monstrinho nosso de cada dia







Os mais antigos da família, viviam repetindo que o travesseiro era bom conselheiro. É, pode ser, mas em adulta as dúvidas me chegaram e foram mudando essa informação.Por que uma preocupação diurna de médio peso se torna uma tonelada à noite?Há muitas abordagens deste fato feitas por especialistas no assunto.O que me chama atenção é a incidência da situação.Por mais que tenhamos compreensão sobre os acontecimentos desagradáveis, nem sempre conseguimos olhá-los com imparcialidade e pior é se nos disserem respeito ou a algum de nossos queridos.Daí, basta a noite cair e o monstrinho vai crescendo, nos acompanhando pela casa, imitando nosso ritual noturno para por fim dividir o travesseiro conosco.Aí é a derrota total da razão!

Frita-se dum lado e de outro, tenta-se jogá-lo pra fora da cama, e nada.Ele resiste, insiste e nos espreme o peito.Oh, céus! O que fazer? Não faltam receitinhas oficiais e amadoras pra espantar o monstro da ansiedade hospedada.Uma amiga minha diz que a dela não falha.Quando já pressente que o dia não vai acabar na noite que virá, ela liga pra vídeo-locadora e encomenda ao atendente um filme bem triste que a faça chorar.Dito e feito.Fica sozinha, põe o filme pra rodar e vive a história completamente deixando as lágrimas rolarem.Diz ela que, ao final da sessão já está bem mais leve.O peito desapertado, a respiração mais solta, a mente mais sossegada, embora não desprovida de toda preocupação, porém mais aliviada e buscando um olhar criterioso sobre os fatos.

Até acredito que seja uma boa dica esta, já que a sabedoria popular tem milenares ensinamentos assertivos.Em séculos passados, a medicina era caseira e tinha suas quotas de acertos e erros.Eu sou a favor de experimentar o melhor dos dois mundos.Não sendo venenoso, o que arde cura o que aperta segura, dizia minha avó.Então, olho vivo no monstrinho da ansiedade e não deixe ele se agigantar e nem ocupar teu travesseiro.Cuide no dia ( se possível) a boa noite que vc merece.

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Encontrei num site (aqui), uma definição simples que me agradou: 


"A pessoa pode se sentir ansiosa a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente ou pode ter ansiedade apenas, às vezes, mas tão intensamente que se sentirá imobilizada.A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la as pessoas deixam de fazer coisas simples ( como usar o elevador) por causa do desconforto que sentem[...]" 


domingo, 21 de julho de 2013

Uma Imagem / 140 caracteres - 16ª edição









O maldito tique-taque na sala não me deixa esquecer que preciso recomeçar, mas meu corpo não me obedece. Vou jogar fora aquele cuco! 

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Este é um projeto do blogueiro-escritor, Christian Louis, dos escritoslisergicos.blogspot.com ( link no selinho da barra lateral).Venha participar também!

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Venha como você é / Dia do Amigo







Custei um tempo, na época do colégio, pra aprender a fazer estes bonequinhos entrelaçados.Pra mim possuem um significado forte; mãos dadas, amizade presente.E, sabe-se hoje o quanto é importante termos e sermos amigos e amigas de fato, de alma, de fé ( sem a ressalva religiosa).Talvez por ter sido filha única, sempre dei o maior valor às amizades que ganhei na vida e, lembro-me de todas até hoje.Com algumas ainda tenho contato, com outras, perdi-o totalmente por força dos diferentes caminhos percorridos, mas o carinho da convivência permanece em minha memória afetiva.

Curto muito todos os assuntos, histórias e filmes que toquem no tema, afinal, é um dos importantes sentimentos que sustentam a essência humana.A amizade reforça nossa confiança, nos ampara e incentiva.Somos seres sociais e nos traduzimos, na maioria das vezes, nesta troca de energias positivas.Quantas crianças tiveram um(a) amigo(a) imaginário com quem conversavam e brincavam naturalmente?Muitas; e à medida que foram crescendo transferiram aquela amizade para um amigo real,não, sem vivenciar uma perda, que aos poucos o tempo se encarregou de acalmar.Ao contrário duma troca, foi  sim, um rito de passagem esperado.Marco do crescimento emocional.

Com esta temática, indico à vcs um filme que vi mês passado.Caí no canal do filme enquanto zapeava a TV e nem dei bola pro título:"Hasta la Vista", outro quebra-quebra dos fortões do cinema americano, pensei. Mas, abaixo do título em caixa-alta vinha o seguinte sub-título:"Venha como você é". Soltei o controle remoto e deixei correr a imagem.Ainda bem que fiz isso.Me encantei com a história de três jovens amigos deficientes físicos,que se lançam numa baita aventura em busca da realização do sonho comum aos três: viajarem para um bordel na Espanha.Noves fora alguns esperados clichês de mau gosto, o roteiro privilegia a força que nasce da amizade que os une e o quanto este sentimento alimenta neles a coragem de prosseguirem para o destino que perseguem.Não sei classificar filmes e nem sou boa em resenhas, mas arrisco-me a dizer que se trata duma comédia-dramática(rs).

Uma das linguagens que mais me chamou a atenção foi a que representa o ideal que temos sobre o amigo(a) verdadeiro: aquele(a) que nos aceita como somos dispensando as convenções sociais.Pra quem curte uma boa e sensível história de amizade, fica aqui minha recomendação.Vale a pena!

(produção belga/2011)
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Recebam meu abraço carinhoso nesta data do: Dia do Amigo(a), 20 de julho!
Tenham um fim de semana pra lá de bom! Bjoos!




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Imagens:zun.com.br
warnerbrothers 

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Raro e o Comum




(Abaporu - Tarsila do Amaral)



Nascemos com elevada auto-estima que só tende a aumentar durante a primeira infância com os cuidados e atenções que recebemos( ou deveríamos) dos nossos pais e familiares.Na evolução de nossa vivência social, vamos escorregando com certas rasteiras que o meio produz, no caso: a escola, a turma da rua, e outros adultos que sem muita cerimônia, nos dão choques de realidades, algumas vezes injustos, estremecedores dos nossos antigos alicerces de certezas.E, seguimos nós, ajeitando daqui e dali as condutas impostas pelo círculo o qual pertencemos, procurando nos enquadrar nos conceitos de normalidade que jogam em cima da gente.Bem verdade é, que nem sempre todo mundo segue a cartilha dominante e desde cedo já se coloca em determinada oposição.Outros, só com a chegada da adolescência vão redefinindo seus olhares e redesenhando suas posturas frente as regras ditas normais.

Mas, o que é normal pra uns o é para todos?Não, né! Isto nem está em discussão, está sim em processo de estudo.Pois é, a tal velha conhecida normalidade de ser e agir no mundo;"... a gente espera do mundo e o mundo espera de nós[...]"(1). Muita coisa mudou desde a geração de nossos pais, a nossa, a de nossos filhos e netos( quem os tem).Costumes, posturas, culturas, valorizações, ih, uma infinidade que renderia um livro sobre o assunto.De muitas delas temos plena consciência e adoção.De outras, ainda mantemos afastamento por medo do desconhecido, algo que pode ser facilmente suplantado jogando-se fora certos estigmas (velhacos) herdados.

Segundo alguns psicólogos, há um grau de patologia no excesso de normalidade e anormalidade também.Beco sem saída? Nem tanto.Pensadores gabaritados explicam o conceito de normose ( a doença de ser normal/2)como: " o fenômeno caracterizado por um desequilíbrio crônico e predominante no contexto social vigente".Muita calma nesta hora. Um dos tópicos em estudos gira sobre os pólos da normalidade ou o que podemos chamar de teatros do convencimento.O que convencionou-se chamar de normal, assim é de fato e, porquê?

Passando de escolhas pessoais que só dizem respeito a cada indivíduo nelas instalados, a situações sociais que envolvem a vida dos cidadãos. Muitos dos aspectos considerados normais por séculos, tiveram, em dado momento histórico, seu julgamento por júri popular recebendo absolvição ou condenação e provocando quebras de paradigmas blindados.O que era comum no circo romano, hoje causa rejeição e revolta.Portanto, por mais que o meio imponha certas regras cabe a cada adulto-pensante, avaliar se a postura pretendida é certa, normal ou normalizada pelo conjunto das idéias dominantes.

A postura de manada deve ser questionada desde a infância, no caso com cuidado e carinho, mas questionada.Ouvir-se que: "__fulano fez, eu vou fazer também"; voz corrente em sala de aula que não pode e nem deve ser ignorada, mas ouvida com atenção e jamais ser motivo para incentivar as diferenças ou excluir as pessoas, mas sim, favorecer o debate das opiniões, fomentando as reflexões sobre o assunto que tenha vindo a provocar tais reclamações. Talvez, esta seja uma das posturas de professores, mentores, pais e familiares, que ajudem a formar uma consciência-ético-crítica que falará mais alto em situações da vida adulta de cada pessoa sob esta orientação e poderá ser a diferença pontual dela aceitar ou não, propinas, maracutaias, corrupções, barganhas escusas, uso do alheio(público) como próprio e outras situações parecidas.

É válido todo esforço feito em prol das mudanças significativas destes expedientes rotineiros tidos como normais tipo o tal jeitinho brasileiro(argh!),que afinal, na lógica de muitos ressoa como aceito ou seja: se todo mundo faz(roubos, negociatas,desvios de verbas, abusos e jeitinhos escusos),porque não ? Porque não é normal enganar, roubar,prejudicar...


Como um pouco de música embala boas horas, termino deixando um trechinho da música: "Somos quem podemos ser", dos Engenheiros do Hawaii:


"... Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão.

E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum[...]"

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Referências: 1_ Trecho da música: Paciência, de Lenine
2_ A doença de ser normal(artigo da Superinteressante/julho)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

BC - Momentos de Inspiração - 2ª edição








Eu sou capaz.Eu sou capaz.Assim, de olhos fechados revivo o caminho que me trouxe até aqui.Foram dois anos de pesquisas, de esforços, de estudos, de renúncias a fins de semana, chopinhos e tais, focada no mestrado.Muitas vezes, fui brindada com os primeiros raios de sol do dia que se seguiu à noite trabalhosa.Rosto lavado, café forte e pernas no mundo pro dia que chama.Zoações dos amigos, cobrança do namorado, descrença de colegas, a tudo enfrentei com a certeza da escolha feita.Agora, reta final.A banca examinadora. Lá dentro, os avaliadores estão com parte de meus sonhos nas mãos.Cá fora, eu, minhas certezas e propósitos. Chegou a hora da apresentação, ou melhor, da minha defesa. Da defesa das minhas propostas para um bem de grande alcance.Não há o que temer.São apenas pessoas que lá estão para ouvir o resultado dos meus estudos, então, não há porque fazê-los esperar mais.Respiro fundo, aprumo a coluna e sigo confiante para a sala de exame...eu sou capaz!


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Esta foi minha participação na BC proposta pela Irene Moreira, do blog:Mamyrene.O tema da imagem me trouxe a inspiração em minha filha, que consagrou-se mestra com mérito em junho passado.Claro, que além de todo orgulho acompanhei, mesmo de longe, a ansiedade que este momento carrega: as dificuldades que o processo exige e, os possíveis entraves duma língua estrangeira.Mas, correu tudo bem e ela está radiante com suas conquistas, assim como nós. 


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sábado, 13 de julho de 2013

Projeto - Uma Imagem / 140 caracteres - 15ª edição







Vejo,ouço, sinto daqui o palpitar frenético da vida. A breve distância aproxima o olhar!

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Minha participação no projeto do parceiro-escritor, Christian Louis, dos escritoslisergicos.blogspot.com(link no selinho do projeto na barra lateral).

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Um luminoso domingo pra vcs! 



quinta-feira, 11 de julho de 2013

Figurinhas Repetidas





Tem coisas que mudam o visual, mas permanecem com a mesma essência.Nuns casos, isto é motivo de comemoração, noutros, de lamento.O importante é saber-se quando ocorre um e outro... quando éramos crianças, sabíamos distinguir com rapidez as situações boas ou ruins. Verdade que eram situações bem mais simples do que as de hoje em dia, mas carregavam sua complexidade na altura de nossos olhos para elas. 




Mesmo que fizessem cortinas de fumaça, a gente acabava enxergando além.Será que hoje também?




Quando queriam nos confundir, a gente emburrava e não saía do lugar.E agora, como fazemos? 




Quando nos diziam que éramos pequenos demais pra compreender o quer que seja, a gente teimava e dava nossa interpretação. E hoje, temos a mesma leitura de antes? 





Se nos metiam em roubadas, a gente procurava logo um jeito de ir embora dali. Será que a gente consegue isto, hoje em dia?


Como é voz corrente que:"o que de mais importante a saber na vida, aprendemos no jardim de infância", vale a pena rever algumas destas historinhas que cabem direitinho no mundo adulto. Que tal brincar de lembrar? 

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Imagens:disneymania.com

terça-feira, 9 de julho de 2013

Surpresas e Suspiros








Dizem que
 a página da noite
guarda no
 vão da costura
surpresas,suspiros,
esperas, que 
 o sopro do dia 
arrastou
pra dentro 
das brumas
noturnas, 
pra longe dos 
olhos sabidos; 
 águas brotadas 
no riso pintado,
no choro sentido,
promessas das horas
passadas de então.
E o mago do tempo,
maestro antigo,
vira página nova,
lisa e alva fé,
enquanto 
uma mulher
entende, acena
 somente e joga
 beijos ao vento.

(Calu)

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Não foi proposital.À medida que as palavras vinham se aproximando, buscaram, elas próprias, seus espaços, preferências e ajustes pra comporem os dizeres e, nessa arrumação desenharam os sentimentos transbordados desta jarra adivinhada em cada verso. 



Imagem:pinterest(artedesophia)




sábado, 6 de julho de 2013

Post Duplo / O que não se acha na prateleira - Projeto uma Imagem/ 140 caracteres - 14ª edição






Tenho estado bem atarefada nestes últimos dias, em plena significação da palavra: bem__ de bastante, e de excelentemente.Sabem daquela minha filha que adora fazer uma surpresa, pois é, ela fez de novo.Chegou à noitinha da quarta-feira retrasada enchendo a casa com seu riso e sua animação.Daí, vcs adivinham o quanto estou envolvida com as programações dela e curtindo demais estes diazinhos que estamos passando juntas.Só que com isso não me tem sobrado quase nadica de nada de tempo de estar mais por aqui, mas conto com a compreensão de vcs, tá?

Hoje vendo a imagem que o Christian Louis selecionou para a edição do projeto desta semana, lembrei-me da noite de ontem, quando fomos ao shopping, eu, filhota, norinha e Miguel.Passeamos, lanchamos, vimos as modas e levamos Miguelito para brincar no espaço-criança.Lá tem uma estrutura enorme cheia de trilhas,escorregas, túneis e plataformas que dão numa piscina de bolas grandona.O garoto, do alto de seus três aninhos, subia, escalava, pulava, escorregava e mergulhava todo feliz no meio das bolinhas.Fiquei cansada só de olhar.Nisso chegaram mais duas menininhas um pouquinho maiores que logo se enturmaram a ele e dispararam pelos espaços do brinquedo.Quando caíram juntos na piscina, uma das garotinhas propôs que eles tirassem todas as bolinhas para mergulharem no fundo, ao que o Miguel retrucou:
"___ Mas, lá no fundo é duro.Machuca!"

A garotinha não se deu por vencida e começou a por em prática sua idéia. Miguel levantou-se e saiu de lá indo escalar a ponte móvel sozinho, enquanto eu abria um sorriso secreto toda orgulhosa do tino de bom senso do meninão da vovó(rsrs).Espero que ele tenha este componente precioso no sangue e saiba utilizá-lo com integridade, pois ainda não o encontramos em forma de medicamento.

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14ª Edição do Projeto: Uma Imagem / 140 caracteres 





Foram precisas muitas lágrimas antes, muitas tristezas depois, para que descobrisse que serenidade não vende em farmácias! 

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Minha participação, hoje duplicada na mesma inspiração do projeto criado pelo parceiro Christian Louis, dos escritoslisergicos.blogspot.com ( link no 1º texto).

Bom domingo pra vcs!:))
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Imagem: pinterest

quarta-feira, 3 de julho de 2013

BC - O que de mais corajoso você já fez ?







O tema coragem, proposto nesta BC da Etienne, me levou a pensar sobre desde que acordei hoje; o que fiz de mais corajoso? Pensamento vai, pensamento vem e traz de lá de antes uma cenas que vivi e que na época não achei que fossem corajosas, mas hoje em dia, passei a dar-lhes esse título. Lembro da minha coragem ( igual a de todo mundo) quando menina, em querer aprender a andar de bicicleta.Parece uma brincadeira e é, mas é também uma prova de resistência e coragem, pois sabemos de todos os tombos, joelhos ralados e vexames que iremos passar e lá estamos nós, caindo e levantando, sacudindo a poeira e subindo na magrela de novo. 

D'outra vez que dei o braço à Dona Coragem, foi quando me mudei para Brasília, aos 18 anos, recém-casada, deixando tudo que me era conhecido pra trás e me lançando com fé no novo, no desconhecido.Como dizem os jovens: "foi punk", mas foi a partir desta mudança radical que amadureci, virei gente e aprendi enormemente sobre a vida, aliás, continuo aprendendo.

Ao ser mãe, vivi cada dia corajosamente, como todas as mães dedicadas.Fui capaz de ousadias que nem imaginava, como a de cuidar da minha filhinha-bebê, da casa, cozinhar e tudo o mais com um tapa-olho numa das vistas.Nem queiram saber o quanto isto é incômodo.Quando se tenta fixar o olho livre, ele embaça e não se enxerga nada, nem do aberto, nem do fechado, ai, ai; ou quando tinha as duas pequenas e um bebê e todos tiveram catapora bem na semana que o marido estava num seminário no nordeste. Haja coragem e energia.

E mais todas as vezes que dei topada, me queimei e tal, para evitar que um deles se machucasse, que engoli o choro quando estavam doentinhos com maior gravidade, que tive de segurar um deles pra ser suturado no pronto-socorro...

Se eu continuar, a lista não caberá aqui.Ao meu ver são essas, as pequenas grandes coragens do cotidiano que nos perfazem verdadeiras heroínas e heróis de feitos que não constarão na história oficial, mas comporão as nossas histórias corajosas de vida.  




" O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem[...]"

(Guimarães Rosa)

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Gostei demais deste tema.Ele me proporcionou um detalhamento dos meus cotidianos de antes e de hoje.Foi salutar pra mim.
Obrigada Etienne.

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Imagem: pedalesdadora

terça-feira, 2 de julho de 2013

Dia de alegria / Tô rindo á toa




Especialmente hoje, estou com o sorriso mais aberto, mais feliz.Bem assim!





É aniversário do meu filhão caçula ( ele não gosta que eu o chame assim, rsrs), mas ele é o meu Dinga, que aos dois aninhos cantava pela casa:

" O meu gatinho,
quando acordou
achou o meu leitinho
e logo tomou,
tomou tudinho,
nada deixou,
mamãe ficou
zangada e 
sapecou..."


Hoje além de meu filhão, é marido amoroso, pai do Miguel, e uma das minhas grandes felicidades. A dádiva de sua vida é pérola no meu colar de bençãos e certeza pura da existência do amor.

Parabéns, meu filho, saúde e alegrias infinitas. Te amodoro!

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