Sejam todos os dias do Novo Ano, reluzentes em azuladas horas,
embalados em mansas ondas de paz
e luminosos em claridades constantes.
FELIZ ANO NOVO!
FELIZ VIDA!
FELIZES DIAS!
"Podemos ver o infinito num grão de areia e, a eternidade em uma flor!" Willian Blake
Sejam todos os dias do Novo Ano, reluzentes em azuladas horas,
embalados em mansas ondas de paz
e luminosos em claridades constantes.
FELIZ ANO NOVO!
FELIZ VIDA!
FELIZES DIAS!
Ao dobrar a folha do calendário pendurado na parede da cozinha, deu-se conta que dezembro chegara. Fim de mais um ano, o que por si só já é bênção e é também anúncio do fechamento do ciclo anual. A simples leitura do nome do mês tomava conta de suas lembranças, tanto as práticas, como as sentimentais. Buscava na memória os afazeres familiares que o mês demandava e ela respondia com enxurrada adornada das belas lembranças de outros dezembros atravessados pelas décadas vividas.
Na ilustração da última página do calendário exibia-se, conhecidamente, a cena do presépio, não menos tocante pela familiaridade que lhe é tradicional sem nunca perder o enlevo, e sim, como marco original da história da Humanidade em 2022 anos.
Podem os sustos dos acontecimentos provocarem sentimentos indesejados, mas há, em contrapartida os marcos significativos que provocam acontecimentos prenhes de tradições memoráveis ao alcance do cabeçalho de um calendário.
Assim, é dezembro, esse mês memorável, provocador de mais lembranças felizes do que tristes.
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Com esta significativa imagem, fecham-se as blogagens coletivas de imagens de um calendário 2022, propostas pela amiga,
Norma Emiliano(www.pensandoemfamilia.com)
Me embrenhei pelas ruas históricas repletas de eventos literários, apresentações musicais, saraus de poesias, dramatizações... Um mundo artístico efervescente.
Como a cereja do bolo, tive a honra de participar do lançamento da coletânea: "Mulheres", pela editora Outra Margem.
Foram dias marcantes de deslumbramentos e emoções novas. Ainda estou sob o efeito de tudo que vi e vivi na linda Paraty.
Voltarei no ano que vem!
um nome ao inusitado?
Quando disseram ao ar
seu nome marcado?
Quando alguém sentiu
gota a gota escorrida
na pele desprotegida?
Quando viram o clarão
alumiando o vasto chão?
Quando quiseram segurar
o rio que corria sem parar?
Quando dançaram sob a torrente
da escorrida vertente?
Quando encontraram abrigo
na pedra aberta no monte
e dela fizeram fonte?
Quando pegaram a semente
e a afundaram na terra
úmida e latente?
Quando olhares profundos
moveram os gestos
aproximando mundos?
*(imagem:Pinterest)
Andei sumida...mas, andei passeando muito.
De lá pra cá, os dias passaram voando, mesmo. Juntei meus sorrisos ante cada beleza vista. Fiz ramos de todos os encantos. Guardei com emoção todos os afetos acontecidos.
Finalzinho de setembro estive em Monte Verde em companhia da amiga Norma Emiliano, que fez uma postagem bem detalhada sobre os encantos do lugar. Vale a pena conferir!
Recém-chegada das Gerais, tomei a rosa dos ventos nas mãos, pus asinhas nos pés e lá fui pro sul ver filha e netinhos.
Com o coração em festa, desfrutei por 11 dias ao lado dos meus amores. Passeamos muuuito!
Fomos para Floripa, Praia Brava, Jurerê e balneário de Penha. Choveu todos os dias, mas não atrapalhou em nada nossos lindos passeios.
Um brinde aos momentos especiais que a vida nos concede!
Seus vôos enchem os olhos, enfeitam os sentidos e aquecem o coração. São mais de 17.500 espécies dentre borboletas e mariposas voando pelos canteiros do mundo.
São adornos graciosos a anunciar a floração. O ato delicado do pousar sobre a flor é na verdade, uma degustação do sabor da flor escolhida. A borboleta usa os pés para degustar o néctar das flores.
Além da elegância e da beleza, as borboletas têm super visão e distinguem os raios ultravioletas, invisíveis para os humanos.
Fica então revelado que:
"O segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você."
( Mário Quintana)
Diáfana, frágil borboleta,
levando nas asas cor vivaz;
hora azul, rosa, cinza, lilás,
hora nuvem azulada,
prata luz da madrugada
instante breve e fugaz
sopro de vida cintilante
que esvoaça e se vai.
Viram que eu me refiro a este aí da foto: "A livraria dos achados e perdidos", Susan Wiggs, que já conta com muitas resenhas em blogs literários, sinal de que faz sucesso com seus leitores. Eu, pessoalmente, gostei muitíssimo.
Ao invés de chover no molhado fazendo uma pequena resenha a mais, transcrevo dois parágrafos como aperitivo:
"A leitura fora concluída, e uma música suave começou a sair dos alto-falantes escondidos. Então chegou a vez de Andrew. Com Natalie ao seu lado e a bengala na mão, ele foi até o pódio. Ele se virou um pouco, dizendo à neta que podia ficar de pé sozinho e deixou a bengala de lado. O mínimo que podia fazer era ficar de pé por sua filha[...]"
" Em algum lugar da vasta biblioteca do universo, como Natalie dizia, deveria existir um livro que personificava todas as coisas pelas quais ela estava passando[...]"
Decor das lembranças
Sempre que se via defronte àquela imagem, detinha os passos e deixava que os olhos renovassem as lembranças felizes que ali se eternizaram.
Buscava, a cada vez, fixar a atenção no instante vivido no detalhe do dia. A escolha vinha fácil. Todo o conjunto exibia harmonia, demonstrava beleza e acendia a alegria visitada.
O dia fora memorável e não se perdera na sequência cotidiana. As horas ali passadas transbordavam os sorrisos partilhados, os olhares cúmplices enfeitados pela natureza exuberante somada à aventura da roda gigante a acentuar as maravilhas que o dia proporcionava.
Agradecia ao fotógrafo do parque-jardim ter congelado tais instantes, pois, agora, a figurativa imagem habitava a parede do seu quarto e através dela se transportava de volta àquele tempo.
Canção Mínima
( Cecília Meireles)
No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta
E no planeta um jardim,
e no jardim , um canteiro;
no canteiro, uma violeta
e, sobre ela, o dia inteiro.
Entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta.
com recantos envolventes,
com a brisa das belezas
a surgirem em nascentes.
Levo comigo olhares,
suspiros quase tangentes,
espantos deliciados,
saboreando vertentes.
Vou e me deixo ficar,
contemplativa e serena,
tocando a quietude
de uma hora amena.
Que morem em meu olhar as belezas habitadas nos jardins!
Sejam datas de Blogs aniversariantes, sejam Bcs propostas ante imagens ou palavras ou temas, todas de maneira interligada favorecem essa vibrante comunhão virtual.
E, um marco pra mim, é o tempo registrado pela existência do blog da Rosélia(idade-espiritual.com.br)_ 13 anos de frutíferas postagens interativas agregando a todos, pois, quando me aventurei( timidamente) na blogosfera há 12 anos, Rosélia, foi uma das primeiras comentaristas no meu blog-bebê, o Fractais.
Se existe um arquivo na nuvem só com postagens da blogosfera, o que abrange nosso grupo é com certeza, o mais pesado, chovendo poesias, prosas, citações, belas imagens, contos, crônicas, e "eteceteras" bonitezas para todos os gostos.
Sabidamente, o universo é compreendido através da matemática geométrica e aritmética com suas afiliadas complexas e lindas, mestras dos segredos grandiosos da Criação. Nessa escala ascendente, os números têm papel fundamental registrado desde a antiguidade comunal e continuarão sendo sempre a escada formativa da estupenda aventura chamada vida.
Para mim, simples apreciadora da magia dos números, tenho-os por aliados na contagem dos dias bons, dos tempos memoráveis e das realizações datadas.
Parabéns, Rô, pela data significativa, marco de muitas trocas e amizades virtuais e também pessoais.
Geralmente passava os dias absorto entre papéis e lápis coloridos. Destoava dos garotos da sua idade com interesses típicos. Ia, sim, jogar bola no campinho e adorava empinar pipas, mas, sua paixão pelo desenho era indiscutível.
Das primeiras tentativas ao estágio atual, seus desenhos já revelavam um apto artista. A bagunça do quarto se estendia por todo lado, apenas, o cantinho da pequena mesa de apoio era de uma arrumação impecável, podendo virar motivo de atrito se fosse mexida pelos irmãos mais novos.
Quando seu olhar se encantava por algum motivo, este era desenhado por muitos dias e em diferentes perspectivas de luzes, de sombras e de tamanhos. Havia, porém uma pintura que que lhe chamava a atenção. Um quadro na casa do fim da rua. Ficava na parede da sala e podia ser visto da calçada.
Tentara, várias vezes, esboçar o desenho até onde sua visão permitia, mas, sabia que não o tinha retratado completamente. Resignou-se com o fato e guardou o esboço no fundo da pilha de papéis.
O tempo seguiu seu curso e, hoje, um artista reconhecido tendo muitas pinturas celebradas, continua a inspirar-se com imagens, formas e cores, sem, no entanto, ter-se esquecido daquele esboço inacabado. Quem sabe, um dia...
Desde os seis anos tenho mania de desenhar a forma das coisas. Aos cinquenta anos publiquei uma infinidade de desenhos. Mas, tudo o que produzi antes dos setenta não é digno de ser levado em conta. Aos setenta e três anos aprendi um pouco sobre a verdadeira estrutura da natureza dos animais, plantas, pássaros, peixes e insetos. Com certeza, quando tiver oitenta anos, terei realizado mais progressos, aos noventa penetrarei no mistério das coisas, aos cem, por certo, terei atingido uma fase maravilhosa e, quando tiver cento e dez, qualquer coisa que fizer, seja um ponto, seja uma linha, terá vida.
Recebi desde cedo afetuosos cumprimentos/mensagens cheias de carinho.
O dia amanheceu sorridente!
Muito obrigada, amigas e amigos!
* citação, in: Se eu pudesse viver minha vida novamente/Rubem Alves.
Hoje é dia de festa na blogosfera. O "pensando em família.com" está completando 13 anos de interatividades férteis. No convite, Norma, nos propôs que escolhêssemos uma palavra que representasse a significação do Pensando em Família. Para mim a palavra é: Diálogo; acontecido nos inúmeros textos voltados para a temática familiar possibilitando ricas trocas de conhecimentos maturados pelos conteúdos trazidos.
Além disto, há frutíferas rodas interativas com propostas criativas para animar a todos que por ali passam. E, como brinde encantador, a poetisa Norma Emiliano, nos oferece seus poemas abastados de sensibilidade e motivação emoldurando belezas e profundidades do sentir.
Nos fios tecidos pelo diálogo profícuo, formam-se as múltiplas redes conectivas em belezas e afetos.
Elos de continuidade
( Norma Emiliano,in: A poética do viver)
Eu ganhei a vida
Colhi frutos
Recebi afetos e cuidados
Ultrapassei etapas
E gerei vida
Trajetórias, altos e baixos
Tesouros da minha vida
Alguns ressignificados
Outros, pedras lapidadas
Disponíveis em minha história.
Cada ser é único
Em sua vivência
Indivíduo e coletivo
Representação
dos tempos em vida.
Um dia haverá a partida
O que fica?
Amores cultivados
Cartas, contos, poesias
No prosseguir da vida.
***
Parabéns, amiga, Norma! Que muitas outras belas realizações aconteçam!