sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cadê a minha Infância?


Procura-se por um pedaço
cortado sem piedade
duma fase preciosa
que inteira povoava
de magias e encantos,
de histórias de reis e fadas,
os dias e as noites
acalentadas entre
risos, pirraças, 
medos comuns
aos tempos infantis que 
incólumes seguiam
pelos anos marcados
de peraltices,
em brinquedos,
folguedos, fantasias
da meninice.
Mas, já longe vai
este tempo lembrado
com saudade, 
com pesar,
pela infância abreviada
nas urgências adultas
que atropelaram
esses dias tão vitais
e hoje apressam
nos filhos
etapas,que deveriam
seguir seu ritmo
como a natureza 
o seu curso habitual.
O que vemos então, 
são meninotas 
de 10/11 anos,
maquiadas, travestidas
de pequenas mulheres
sem tamanho ou visão
da vida que lhe roubaram
em nome duma falsa
evolução.
Calu 
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Outubro já abriu o portão da entrada e chega anunciando suas datas. As crianças estão no foco e apesar de termos avançado no respeito e proteção à infância, ainda resta muito chão a ser percorrido para que se tenha uma eficaz política de proteção à infância e à adolescência.Milhares de crianças e jovens sofrem variadas agressões de múltiplas e inconcebíveis naturezas.È passada a hora de focarmos a educação e a saúde como alicerces de um país sério voltado para o bem-estar de seus cidadãos.
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Gente Bonita,
olha aí eu participando do generoso Blog da Maria Selma,Chá da Tarde_Vamos tomar um cházinho comigo?
Dêem uma passadinha lá, meninada!

Obrigada querida Selma por mais esse carinho.
Bjos,
Calu

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vibrações do Coração


Muito já se falou sobre a música como fenômeno transmissor das emoções humanas, entre elas, a de sentimentos despertados ante as agruras e as alegrias da vida.È uma das mais antigas manifestações do espírito humano e sempre a ele ligada, vindo daí as diferentes expressividades organizadas nos sons que cada peça musical apresenta pela vontade de seus autores(as). E, como há diferenças no entendimento de cada pessoa frente aos dissabores vividos, lembrei-me de um mantra que ficou conhecido na voz de Leila Pinheiro, que dizia: " Viver é afinar um instrumento, de dentro pra fora, de fora pra dentro." 
Guiando-nos pela metáfora, podemos comparar nossas respostas às dores da vida, aos sons dos instrumentos, especialmente os de corda, pois sabe-se que estes expandem seus agudos e seus graves em longas ou curtas vibrações dependendo da ordenança do músico que o toca. O homem começou a construir instrumentos para tentar imitar os sons da natureza, como o som do trovão, o som do vento nas árvores, o som dos pássaros, ou dos gritos dos animais que caçava.
 "A tecnologia dos instrumentos musicais esteve, por muito tempo, “trancada a 7 chaves”, sendo seus segredos revelados somente de pai para filho. No entanto, alguns instrumentos eram considerados irreproduzíveis, como os violinos Stradivarius, confeccionados na Itália por Antonio Stradivari, pois dizem que nem mesmo nenhum de seus sete filhos conseguiu reproduzi-los."
A história conta páginas e páginas de clara expressão entre a música e os sentimentos humanos.È essa uma das mais belas formas de comunicação já inventada pelo gênero humano, traduzindo em suas manifestações as dores e as alegrias de todos nós.
Basta olharmos com o som do coração e perceberemos que há pessoas como os violões que vibram em sons moderados,solando a música da vida.Outras são como os violoncelos, deflagrando sons graves, profundos,que amplificam os demais instrumentos da orquestra. Há ainda,aquelas que são como os violinos, frágeis e agudas em seu reverberar e que necessitam de atenção ao seu momento.
Muitas outras facetas acontecem em tons e semitons das melodias de cada instrumento.Não temos apenas as palavras para nos traduzir, dispomos também da música, da sonoridade, da vibração que nos reflete e exprime.
No maravilhoso filme "August Rush", aqui traduzido como O Som do Coração,um menino de 12 anos, criado num orfanato, acredita firmemente na existência de seus pais e sai á procura deles convicto que fora concebido ao som e pelo som de uma música.Parte pela cidade grande na certeza de que a musicalidade é o elo que o aproximará de seus verdadeiros pais trazendo em mente uma afirmação:__ A música está em tudo basta saber ouvir! 



E vc, já pensou qual instrumento melhor lhe traduz?


Calu 
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Fonte sobre o Stradivarius:cultura.portaldomovimento.com

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tempus de Primo-Vere



 Creio que todo mundo reparou na quantidade de referências feitas por aqui, na blogosfera, sobre a Primavera. È sem sombra de dúvida , uma ocasião que desde os primórdios se festeja a chegada, as mudanças que trará na terra pós-inverno, o ressurgimento da vida em toda sua magnitude.O mito grego de Pérsefone embeleza a estação grávida de esperanças, que convida com data marcada ao acompanhamento de sua gestação. Parece que nós estamos assistindo a uma contagem regressiva em números gigantes desenhados no ar e, a cada anoitecer,vamos deitar com uma certeza: a de que a Primavera não tarda.
Em tempos tão incertos, tão cheios de desgraças, desamores, essa simples e pequena certeza nos dá um alento, nos leva de volta á infância, onde tínhamos a segurança estampada nos olhos de nossos pais e críamos que a vida seria sempre assim, apesar de tudo o mais.
Antigamente, o ano era dividido em duas estações básicas,Ver Veris_, o bom tempo, a estação das flores e das frutas, e Hiens Hibernus Tempus_, o mau tempo, a estação das chuvas e do tempo frio.
O Ver, foi rearrumado em três períodos:
1_ o princípio do bom tempo, chamado Primo Vere,( que deu origem ao nome que hoje usamos para designar esse tempo_Prima Vera) que seriam os dois primeiros terços dessa estação;
2_ a segunda parte do Ver_ o Veranum tempus, que seria a origem do nosso vocábulo Verão, final da Primavera e início do tempo mais quente;
3_ o final do tempo do Ver_o Aestivum, raiz do vocábulo estio, em português, e que correspondia ao final do verão em tempos mais atuais.
Por isso que eu sou tão apegada ás origens, seja dos termos, das coisas ou da natureza, porque quase sempre me deparo com sutilezas encantadoras, mitos emblemáticos, histórias que perduram através das gerações.
Apesar da triste Primavera Japonesa deste ano, outras infinitas primaveras vieram e virão para adornar os dias, como a Primavera de Praga_ uma elogiosa tentativa de democratização, que se findou ante os fuzis russos; como a sublime Primavera de Vivaldi, e a de Botticelli, a recente Primavera Àrabe que ecoou nos quatro cantos do mundo a exemplo da Primavera dos Povos, em fins do século XIX.
Portanto há Primaveras em quantidade para todos os gostos. Escolha a sua e vá ser feliz, ao menos nesse período que se quer Primo e completamente Vere


Primavera_ Botticelli 
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Gente querida,
darei uma esticadinha  neste finalzinho de semana,mas retorno no domingo.
Até lá e boa Primavera p/ vcs!
Bjos
Calu

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Palavras Bailadas


Mal acordou o dia,
 aos primeiros lampejos do sol
 daquele início de semana... 
Sentou-se á beira da cama,
 ainda desfeita da noite, 
pegou linha e agulha, 
estendeu a saia favorita
 ao colo apoiada 
e começou a criar 
sua intenção ali bordada.
Prendeu-as uma a uma 
com pontos largos em linha fina 
para tê-las ao alcance 
do instante bailado 
no repentino vaivem
 da roda girada.
Ato contínuo,
 saiu à rua toda formosa, 
ofertando a cada passante
 uma palavra bordada 
em verso e prosa
 na saia rodada.
Faceira, que só ela, 
a menina das palavras bailadas! 
( Reflexo das nossas passadas).
Calu 
Imagem: arte de Kelly Rae
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Hoje tem palavras bailadas lá no Flores e Livros da querida Vivian.
Obrigada pelo carinho, menina faceira!
Bjos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tessituras na Tela


Rumamos de encontro aos novelos de cores
e nas opções variadas, 
procuramos por aquelas que
pintariam na trama as nuances, 
os pontos, os nós
entrelaçados na pergunta a responder.
Algumas quiseram matizes de azul,
nem tão forte, nem tão claro para o momento. 
Outras, preferiram os cinzas, que
para elas eram perfeitos no tingimento.
Umas entusiasmadas usaram os tons do rosa 
para bordar as lembranças.
Teve quem preferisse os degraus dos verdes
e formasse ramas de versos e andanças.
Houve aquelas que usaram muito o branco,
o marfim,o pérola e
 fizeram colares de feitos e fatos.
Mas, todas na roda,entrelaçaram as cores 
criando num só pensamento
o matiz que desenhou a semana
com tela, arte e sentimento.(Calu)
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Durante todas as etapas da BC, cada uma de nós, tecelãs, revivemos nossas raízes pessoais e coletivas numa teia feminina e duradoura.
Muito Obrigada às idealizadoras,Rute, Gina e Rosélia. 


Adorei participar da fiação, meninas!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Olha eu no...


Projetando Pessoas.

Recebi o gentil convite da Sandra do blog:http://projetandopessoas.blogspot.com , para participar do painel comentado sobre a atividade que dá nome ao Blog.
Obrigada Sandra por tua gentileza. Estou honrada em poder participar.
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Deem uma passadinha lá, pessoal!
Bjos,
Calu 
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 Meninas Maravilhosas,
estou envaidecida por receber tantas palavras elogiosas de vcs.Todo esse carinho eu desejo e retribuo de coração à: Emília(madrinha do Fractais), Beth Lilás, Sandra Portugal, Vivian, Chica,e todas as lindas pessoas que me presenteiam com gentilezas.
Obrigada por estarem em meus dias.
Abs afetuosos,
Calu

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

BCFV_ Morte


Este é o tamanho de minha indagação; como definir a Morte?Tentar dizê-la para além das máximas físicas, pois dessas,já estamos bem informados.Buscar ajuda aos poetas, aos contistas que bem ou mal a usam como tema, como gancho em suas tramas?E aos pintores, aos escritores( como Markus Zusak em, A menina que roubava livros)? E aos fotógrafos?E aos cronistas diários que são compelidos a tê-la rondando suas linhas?E aos amigos, aos familiares, aos colegas de trabalho, todos que de alguma forma já cruzaram com "ela"?

Desconfio que ajuda não me faltaria, pois, difícil é o ser vivente que não tenha visto, ao menos de longe, a Morte acontecer.Seja num ente querido, num animalzinho, numa planta, na natureza, nas cidades e até em seus próprios dias de rotina, onde se encontram as pequenas mortes diárias, como a morte de um sonho, de uma amizade, de uma promessa, de um amor, de uma confiança...Se decantarmos nosso olhar veremos que estamos cercados de vidas e também de mortes, que não são finais, mas recorrentes em alguns casos.E o que elas nos ensinam?Muito!

Sinto que a partir da certeza da finitude que há na vida é que nos movemos em busca de valorizá-la em todas as suas presenças e circunstâncias.Saber a morte como destino irremediável nos ajuda a avançar perante as agruras da vida trazendo um velho ditado na ponta da língua: Pra tudo há remédio, menos para a morte!Será?


E como tenho certeza de que não há certeza absoluta, quando for minha hora de deixar esse casulo fractal,que a partida seja na serenidade duma vida bem vivida. 


Na música do maestro Tom, embalamos as nossas contradições. 

Querida
Longa é a tarde, longa é a vida
De tristes flores, longa ferida
Longa é a dor do pecador, querida

Breve é o dia, breve é a vida
De breves flores na despedida
Longa é a dor do pecador, querida
Breve é a dor do trovador, querida

Longa é a praia, longa restinga
Da Marambaia à Joatinga
Grande é a fé do pescador, querida
E a longa espera do caçador, perdida

O dia passa e eu nessa lida
Longa é a arte, tão breve a vida
Louco é o desejo do amador, querida, querida...

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Artes: Alaya Gadeh

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Outra Primavera


Mas é certo que a primavera chega.
É certo que a vida não se esquece,
e a terra maternalmente se enfeita
para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim.
Algum dia, talvez,
os homens terão a primavera que desejarem,
no momento que quiserem,
independentes deste ritmo,
desta ordem, deste movimento do céu.

E os pássaros serão outros,
com outros cantos e outros hábitos,
— e os ouvidos que por acaso os ouvirem
não terão nada mais com tudo aquilo que,
outrora se entendeu e amou.

Cecília Meireles


domingo, 11 de setembro de 2011

Aconchego


Assim amanheceu por aqui.
Céu cinzento, ar friinho, 
pedindo recolhimento,
a sós,num cantinho 
acolhedor,
manta nos joelhos
imitando os antigos,
um bom livro entre as mãos,
um chá, no silêncio 
recostada e 
mais nada. (Calu)
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Colcha de Retalhos 
Maine Virginia Carvalho

Material necessário:
- Alguns pedaços da história de um encontro
- Fragmentos de cores
- Cenas diversas (dê preferência àquelas mais suaves, cheias de sorrisos...)
- Humor
- Grandes fatias do desejo nascido junto com a lua
- Lembranças cortadas em pedaços
- Um bom olhar
- Muito carinho
- Amor a vontade para arrematar

Modo de fazer:
Separe o material na memória, 
Selecione cada pedaço da história e vá juntando.
Se não houver formato coerente, 
Seja paciente, 
Entremeie com cenas diversas cheias de sorrisos 
E alinhave com humor. 
Costure bem as fatias do desejo 
E não tente cortá-las. 
Elas darão um formato especial. 
A lua garante o brilho. 
Costure os pedacinhos de lembranças com a suave linha do olhar, 
Preencha os espaços vazios com muito carinho e, 
Ao fim, 
Arremate com todo amor que puder para reforçar.
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Recebi esta"colcha "por e-mail e a ofereço a vcs, p/ ficarem bem confortáveis nessa tarde de domingo.
Bjkas

sábado, 10 de setembro de 2011

Pela Janela do Trem


 Embarquei no trem , recomendada com euforia, e constatei que não perdi nenhuma paisagem do caminho.
Enquanto transcorria a viagem, mais curiosa da próxima vista eu ficava, porém também receava o término daquela fantástica narrativa.



Ao início somos apresentados à Mundus, um professor de línguas antigas que após anos de magistério, larga todo seu universo certinho e vai atrás duma paixão repentina que o acaso lança em sua vida através do encontro com uma possível suicida na ponte de Berna.
Ele se encanta não pela mulher, uma portuguesa, mas pela língua e sua sonoridade.Decidido a aprofundar-se mais nesse conhecimento vai a uma livraria da cidade onde se depara com um livro do médico Amadeu de Prado, um ourives das palavras. E assim, começa de fato esta imperdível viagem física,emocional, espiritual e filosófica.

"... De mil experiências que fazemos, transcrevemos, quando muito,uma única. Entre todas as experiências silenciosas, também existem aquelas ocultas que,imperceptivelmente, conferem a nossa vida a sua forma,a sua coloração e a sua melodia."

Trem Noturno Para Lisboa, Pascal Mercier( pseudônimo de  Peter Bieri_professor de filosofia).
Estranho e belo esse não é um livro que agrade a todos(leitora:Clarissa Mattos).
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Aqui fica uma dica de leitura p/vcs.
Bjos,
Calu

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Silêncio da Flor

Na semana da BC Teia Ambiental, trago na poesia o lamento da natureza agredida impunimente. 

Foi quando as flores não vingaram frutos:
(nos secos ramos, ressecaram tardes)
as folhas murchas despencaram pálidas
se dispersaram contornando rastros

pelos caminhos conspiravam fugas
levando marcas de uma morte lenta,
porque raízes omitiram seiva
para mante-las sempre ao caule, sempre...

mas foi da terra sim, que a morte veio
do chão que a planta ruminava nuvens,
o fio de água, transformado em lodo,
contido pela rigidez da argila.

Foi quando as folhas se acharam adubo:
(nas secas tardes, renasceram ramos)
antigas folhas inundando o caule,
imune seiva, frutos-flores, quando...

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Majela Colares
Poeta e Contista,  reside em Recife, cidade onde se deu o início de sua trajetória literária que reúne várias publicações dos estilos citados.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Onde Você Prefere Estar... Teia Ambiental





...do lado de lá ou do lado de cá?














Setembro, um mês que chega e traz em seus dias a promessa da primavera. Mas tbém arrasta atrás de si todos os outros meses passados e suas mazelas, escândalos, tragédias acontecidas por aqui e no resto do mundo. Voltemos,então, à setembro que inicia e marca dias mais quentes e chuvosos,recordando-nos a nossa tropicalidade marcante. É bem verdade que chamarmos a estação que termina de inverno, salvo em algumas regiões, soa como piada para os demais povos do hemisfério norte. Vivemos desde sempre essa luminosidade solar, esse clima quente, tórrido em alto verão,que ao mesmo tempo que convida ao lazer, afugenta nos horários  altos do dia.


Pobres, daqueles que enfrentam nosso verão na rotina de seus trabalhos estafantes. Dias de um desconforto presente em que não se está adequado dentro das roupas, dentro do corpo.E, como agravante ao clima, enfrenta-se ainda a sensação térmica muitas vezes maior que a medida nos termômetros das selvas de pedra em que se transformaram as metrópoles brasileiras.


Uma providência simples e eficaz ajudaria e muito a diminuir a canícula de nossas cidades grandes. É a arborização urbana bem planejada.São visíveis e sentidos os benefícios que  a arborização traz para o espaço urbano reduzindo a incidência do sol  a pino, filtrando a luminosidade exagerada, proporcionando maior conforto térmico, pois, as altas temperaturas provocam uma maior evaporação d'água pelas folhas das árvores causando um efeito climatizador ao seu redor e ainda aumentam a umidade relativa do ar o que beneficia o bem-estar ambiental.


A própria natureza nos oferece a cada situação, soluções contidas  nas diferentes manifestações de sua própria existência!




Aqui em casa conto com o privilégio de duas amendoeiras na calçada, um flamboyant abraçado num bougainville no lado direito do jardim e uma aroeira no lado esquerdo que emoldura minha janela. Ah, e minha mascotezinha, a romãzeira do quintal próxima aos dois coqueiros.

 Essa é a vista da minha rua  a partir de minha casa.
Temos um belo  e variado arvoredo. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mulheres Paralelas e Valiosas


Começo a semana imersa no feminino.Mais aguda na essência, mais tocada no instinto.Dias de rosas cálidas, de organzas e perfumes, de mergulhos em meu eu.
Dias de roda de amigas, de enfeites e bijus, de leituras romanescas, de músicas preferidas.
Dias de infinito viver a magia de Ser Mulher!
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O Segredo das Mulheres
Stephen Kanitz 

Mulheres raciocinam em paralelo, avaliam dezenas de variáveis simultaneamente, suas conclusões são do tipo “melhor-pior” ou uma simples sensação visceral de certeza da conclusão. Por isto, dizem que as mulheres são “intuitivas”. Elas processam informação mais rapidamente, são mais abrangentes, mais holísticas. Ou seja, mulheres são paralelas, homens são seriais.


Recentemente, um estudo descobriu que as mulheres possuem 13% mais sinapses do que homens, o que compensa a diferença e muda a forma de pensar. Homens têm mais neurônios, mulheres têm mais sinapses.

Talvez seja por isto, que as mulheres conseguem cuidar de 20 coisas ao mesmo tempo. São excelentes enfermeiras, mães de 5 filhos, administradoras de equipes, administradoras de escolas, hospitais e associações, onde ninguém fica quieto um minuto. Homens adoram gerenciar planos, números e orçamentos que precisam ser obedecidos. Por serem seriais e lógicos tendem a ser arrogantes e donos da verdade, mesmo estando errados. Mulheres, por serem paralelas, sempre sofrem a incerteza da dúvida, mesmo estando certas. São inseguras sem razão. Suas conclusões são corretas, mas não seguem a lógica masculina serial. 

Homens tendem a ver tudo preto ou branco, esquerda ou direita. Mulheres tendem a ver o cinza, são muito menos dogmáticas e mais conciliatórias.

Homens arriscam um tudo ou nada com enorme facilidade, mulheres tendem a procurar a opção mais segura. Numa briga de casal, homens discutem causa e efeito. Mulheres discutem sentimentos e emoções, ambos de acordo como seus cérebros processam informações.


Um dos problemas desta teoria é que não sabemos exatamente como funciona o cérebro paralelo. A maioria dos estudos neurológicos tem sido feita em cérebros de soldados mortos em combate, não em cérebros de mulheres.

Na realidade, ambos os sexos são seriais e paralelos e o que estamos sugerindo, para uma reflexão mais aprimorada por cientistas, é que talvez os homens tendem a ser mais seriais, as mulheres tendem a ser mais paralelas. Estas características, às vezes, são descritas erroneamente como cérebro direito e cérebro esquerdo. O lado do cérebro não tem nada a ver com estas diferenças. 


A verdadeira explicação não é o lado, mas sim se está sendo processado pela parte do cérebro que é paralela, ou a parte que é serial. 

Se esta teoria for correta, e está longe de ser aceita, explicaria porque é tão difícil a comunicação entre os sexos. Homens ficam num canto falando de dinheiro, mulheres do outro falando de emoções. Para diminuir esta distância, mulheres teriam de tentar explicar suas conclusões de forma mais serial. Homens deveriam escutar mais os sentimentos (paralelos) das mulheres e falar com analogias e cenários e não com deduções lógicas.[...] 

Portanto, não são as mulheres que possuem 4 bilhões de neurônios a menos, são os homens que precisam de 4 bilhões de neurônios a mais, para processarem as mesmas informações.
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E para aumentar esse fantástico Universo Feminino, eis que chegará minha netinha,Valentina, sendo mais um presente que a vida nos dá!
Bem-vinda valiosa Valentina!

Linda semana p/ vcs!
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Valentina já ganhou seu 1º presente. Veio duma doce amiga, a Emília, madrinha do Fractais.

Obrigada miga, pelo enorme carinho em palavras e imagens!
Vc é pura doçura!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Caminho de Estrelas

'Alô, Alô , marciano,
Aqui quem fala é da Terra.
Pra variar..."
Estamos em guerra desde antes dessa composição de Rita Lee aos dias de hoje.Não uma, mas várias guerras cotidianas. Revoltas sufocadas e outras declaradas contra tantas injustiças, falcatruas, desrespeitos, conspirações, tragédias anunciadas, crimes contra os direitos humanos, contra os direitos dos animais, contra o meio-ambiente e por aí segue a lista que não só parece, mas confirma-se interminável.
Por vezes me sinto nas páginas do Admirável Mundo Novo de Huxley, aturdida com os fatos, com os atos que se dizem serem de humanos.Como assim?
Dia após dia nos defrontamos com agressões contundentes contra valores e princípios que aprendemos, pelo menos em minha educação familiar, a respeitar e zelar pela sua permanência na sociedade que se quer civilizada.
Pobre civilização esta, que coisifica a pessoa humana, transgride direitos primários, despreza a vida de seus semelhantes denegrindo-lhes a própria existência em mais e mais holocaustos infames.
Mas, apesar de;sei que faço parte de uma enorme população mundial que rejeita tudo isso, grita, protesta,age e se sensibiliza com a miséria de qualquer espécie e que é capaz de ser solidária, amiga, terna e amorosa.
Capaz de se emocionar com descobertas como a do fotógrafo australiano Lincoln Harrison, que fotografou o rastro que as estrelas deixam no céu durante a rotação da Terra. 


Cada imagem precisou de um período de 13 a 15 horas de exposição para ser capturada.
Ele acampou nas margens do lago Eppalock, no Estado de Victoria, no sudoeste do país, para fotografar.
Harrison, que tem 36 anos, diz que frequentemente permanece desde o nascer até o pôr do sol em um mesmo lugar para conseguir uma foto.
E diante dessa enorme beleza estamos nós, os eternos idealistas que comovem-se e revoltam-se na exata medida do Ser Humano. 
Para os que se empenham em enfeiar a vida, deixamos a estrofe duma melodia antiga cantada por Dalva de Oliveira:


"...Não pode alcançar os astros
Quem leva a vida de rastros
Quem é poeira do chão..."


Calu
Fonte: Último Segundo(notícia)