quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Série do Fractais - Adoce seu Dia - Comentários inspiradores











A cada dia que passa eu concluo que um doce ofertado é bem-vindo e faz uma diferença entre um desalento e um sorriso.Então, vamos sorrir com o doce do dia trazido pela minha amiga, Beth Lilás, do: Mãe Gaia.blogspot, um espaço conhecidamente instigante e poético onde viajamos em lindas palavras e imagens. 




"Bravo, Calu! Eu vi o filminho, uma graça e uma realidade, vamos crescendo, conhecendo gente, trocando experiências, ensinando, aprendendo e assim vai a vida se soubermos lidar dentro da compreensão que nós mesmos temos altos e baixos em nosso próprio ser. Já lidei com pessoas dificílimas, completamente diferentes de mim em alguns gostos ou sentidos, mas procurei ver o que havia de melhor nelas, e sei também que eu tenho minhas limitações como ser humano e para outros o olhar é o mesmo, mas espero sempre que sejamos olhados e queridos pelo que de grande haja em nosso ser. As pessoas têm um universo dentro de si e o mesmo é constituído das partículas de amor e vibração que outros seres embalam conosco. A presunção de que somos maiores e melhores, pode trazer amargor à vida quando se descobre que somos iguais nesta caminhada terrestre." 




( Comentário feito no post: De conversa em conversa !) 









segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O que me espanta...









Há dua semanas atrás arrumei uma ziquizira, como dizia minha avó, e que hoje em dia o diagnóstico dela tem o nome de virose; um misto da antiga gripe com efeitos mais abrangentes.E cá fiquei eu de molho forçado, com olhos à meia-luz, sem vontade de nada, porém, não desejando que nenhuma onda de melado queimado me carregasse.

Tentei cházinhos(fora o de boldo,rs), remedinhos caseiros, canjinha e esparramo na primeira coisa fofa que estivesse pela frente, e nada.No terceiro dia me rendi e fui ao médico.Virose!Saí de lá direto pra farmácia aonde deixei um graninha forte no caixa.Segui direitinho cada indicação e a melhora foi mínima.Aguentei mais uns dias tossindo até perder o fôlego e já achando que poderia ter uma doença mais séria.Fui pra um otorrino.Sinusite.Volto pra farmácia e lá deixo o dobro de grana deixado na primeira vez.

Volto com a preciosa sacolinha pra casa pensando o quanto sou privilegiada em ter podido gastar aquela significativa quantia em remédios que aliviariam meus incômodos, mas incomodada em reconhecer que grande maioria de brasileiros não têm essa mesma prerrogativa, passando por situações desesperadoras ignoradas pelas autoridades que deveriam ser competentes em saná-las.

É de domínio público o caos na saúde, os absurdos cometidos pelos planos de saúde, o sucateamento nos atendimentos e por aí vai; mas não deveria ir...no entanto, como se tudo isto junto não bastasse como calvário diário para os doentes e seus familiares, ainda existe o escárnio oficializado nos preços astronômicos dos medicamentos.A carga tributária do país, sabidamente acachapante no bolso dos(as) trabalhadores não oferece nenhum refresco e gaba-se ( só pode!) de ser o maior tributo no preço final dos medicamentos no mundo.Olha a gente aí em mais uma estatística vergonhosa.

Pois assim é, e o pior é que não há luz no fim deste ralo.Bem sabemos que o roubo nomeado de tributos tem fôlego secular e não parece causar nenhum incômodo na classe política brasileira, afinal o vale-gasolina, o vale-compras, o auxílio-paletó ( será que para as parlamentares chama-se auxílio-tailleur?), os apartamentos funcionais e os bônus sei-lá-das-quantas, devem favorecer os gastos dos coitadinhos com medicamentos.


Acompanhem essa tabela da SINDUSFARMA, publicada no site da organização Ação Responsável e confirmem como para o governo brasileiro, de antes e de agora, os gastos com medicamentos são menos importantes do que os gastos numa joalheria, por exemplo. 



( Destaques do site)



Há muita coisa surreal nos anais da nação brasileira.Precisamos sair de 1889 e chegarmos de fato e de direito à segunda década do século XXI.De que valem os minérios e outras fontes de energia num país de cidadãos sem direito à cidadania? 



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sábado, 26 de outubro de 2013

História Viva - Meu Colégio




Lendo a crônica do Arthur Dapieve no jornal ( link) , revisitei um sentimento conhecido e que neste mês de outubro reacendeu forte: a saudade dos tempos de colégio.Em mim, mesclam-se os tempos de estudante aos de professora, guardadas as devidas proporções, mas abertas as merecidas lembranças boas.Claro, que não só, porém, são elas, as boas lembranças, a esmagadora maioria que trago cuidadinha na memória afetiva.

Conta-nos o cronista de seu desalento ao passar pela rua de seu antigo colégio e deparar-se com um muro de tapumes circundando onde antes era o prédio da instituição na qual estudara desde a infância até a juventude e que agora escondia um terreno baldio em preparativos para a construção de um hotel.Diante da crua realidade do voraz mercado imobiliário, ele declara:__" Fiquei transtornado,sim, porque uma coisa é saber, outra bem distinta é sentir." 

E foi bem nesse ponto final que eu assenti em total concordância com o autor.Como ele, fiquei sabendo há mais de uma década sobre o abandono que assola o prédio do pavilhão principal do meu querido Colégio Brasil.Uma instituição tradicional na cidade que atravessou quase todo o século passado educando e formando com excelência seus alunos e alunas.Suas instalações no antigo Solar do Barão de Icaraí, se estendiam por uma área privilegiada da alameda São Boaventura.Eram três enormes pavilhões cortados por pátios igualmente enormes, três quadras esportivas, dois campinhos de futebol, parquinhos pros pequerruchos e, ainda uma alameda frondosa salpicada de bancos debaixo das árvores.As salas eram arejadas, assoalho de madeira, lustres pendentes; uma atmosfera do século XIX cheia de burburinho infanto-juvenil que lhe dava vida pulsante. 





( pavilhão central  e um dos pátios superiores)





( frente do mesmo pavilhão_ janelas da minha sala do 4º ginasial) 




De todo complexo só sobrou este pavilhão, última testemunha de décadas de histórias vividas.Ao longo dos últimos dez anos foram feitos dois abaixo-assinados pedindo o tombamento do pavilhão-central, afinal, além da importância e significação na vida de muitos niteroienses, o prédio é confirmadamente uma representação da arquitetura neoclássica do século XIX.Uma polêmica disputa de interesses emperra o tombamento e consequente restauração do local num espaço cultural sem fins lucrativos.Perceberam o porquê da morosidade, não?




( atual situação do interior do pavilhão) 



Enquanto inúmeros ex-alunos e professores lutam junto aos órgãos competentes da cidade para reverter esta triste situação, podres poderes conspiram para a derrubada sumária desta parte da história educacional da cidade, o que me causa revolta.Me dói ver tais fotos deste educandário que foi minha segunda casa dos 5 aos 18 anos de idade.Como eu, muitos(as) atravessaram fases da vida entre estas paredes altivas que ressoam até hoje as vozes estudantis por seus corredores e alas.Sem apelos saudosistas não podemos nos esquecer que somos seres históricos constituintes duma história pessoal e social da qual fizemos/fazemos parte. 




( eu- a terceira da esquerda p/direita; 1ªfileira de baixo p/cima) 

















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Imagens: minhas 
orkut


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

De conversa em conversa









Tenho um já comprido percurso de estrada percorrido pra saber que certos assuntos não se esgotam num simples ponto final.Nem sempre começam com tal destino, porém se alongam no desenho inicial e abrem um painel extenso super interessante.

Ao relacionar a ferrugem corrosiva das coisas à de almas, não imaginei a riqueza de interpretações que suscitaria nos comentários, que se reunidos dariam um outro oportuno texto e, talvez eu venha mesmo a organizá-lo num post para compartilhar abertamente as preciosas participações.

Somos seres falíveis e tropeçamos, muitas das vezes , em nossas próprias certezas empedernidas;sentimos as dores e nos consolamos com um reles curativo no ego ralado, quando deveríamos reavaliar se aquela posição é de fato criadora ou ao contrário, mortífera das possibilidades de renovação/reencontros/redescobertas...A filosofia budista nos ensina, dentre muitos preceitos, que só devemos ter o que podemos carregar.Um ensinamento repleto de lógica e de fundamental reflexão nesse nosso mundo exageradamente consumista.Ora, se procuramos praticá-lo objetivamente, precisamos também aplicá-lo subjetivamente.Quanto pesa uma mágoa? Uma raiva antiga?Um desejo de revanche guardado a sete chaves? Qual o peso duma ofensa?Este será dividido entre quem pratica e quem recebe? Difícil de medir,mas fácil de confirmar a absoluta perda de tempo e de energia que tais pesos acarretam.Carga ferruginosa e pesada, da qual percebo que nos envenena em doses homeopáticas e letais.

Não digo que perdoar seja fácil, ao contrário, é difícil pra caramba e, talvez por isso, produza instantâneo bem-estar.Não é exagero meu, experimente e confirme.Claro é, que falo do perdão aos deslizes menores, aos pequenos conflitos que surgem entre pessoas que se gostam, não me atrevendo apontar os fatos hediondos que infelizmente assolam em nossa sociedade. 

Saibamos então, valorizar o que realmente nos faz felizes e com isso mudarmos os lamentos em agradecimentos.O navegador Amir Klink, escreveu em seu livro,"Mar sem fim (2000)",logo ao chegar numa baía na Antártida:__ "Hoje é um daqueles dias nos quais não preciso de nada além do que tenho!"E esta frase ressoa em mim desde então.

Para atiçar a inspiração, assistam a belíssima animação em vídeo( Floating in my mind) que usa da metáfora com balões para ilustrar os altos e baixos dos relacionamentos.Uma comovente abordagem das fases da vida. A autora, Heléne Leroux, declarou: "... que é um filme sobre as pessoas que conhecemos e as memórias que cultivamos". Ao que eu adiciono meu desejo de que nossas memórias contenham doces e ternas lembranças em enormes quantidades.






                             Yupi, graças à Beth Lilás e  a Chica o vídeo cá está, pessoal!
Obrigada, meninas!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tem ferrugem aí?










Primavera chegada, ainda pisando de mansinho os dias, alternando abafamentos com claridades típicas da estação e em mim disparando nos ares do tempo meus afazeres.Hora de pegar meu boné xadrez, minha lupa e sair circundando cada centímetro da casa procurando defeitinhos e quebradinhos.Caderninho na mão anoto tudo pra não deixar passar nenhum reparo a ser feito.

Tenho aprendido muito nestes últimos sete anos aqui.Me descobri uma intrépida reparadora de pequenos consertos.Já sei distinguir entre fita isolante e uma fita veda-junta,húhú!Não riam, porque pra mim, rata da cidade, isto foi um avanço e tanto.Outro que se seguiu a este, foi o do desengripante.Morar perto do mar cobra seu preço.A maresia corrói tudo que tenha resquícios de ferro e a manutenção é trabalhosa.Pois foi numa destas reparadas que ouvi do técnico do portão da garagem o nome do tal produto desengripante.Claro que fiz cara de entendida e disse que compraria no dia seguinte.

Chegando na loja de materiais descobri que o tal era, nada mais nada menos, que um lubrificante doméstico e funcional.Amacia fechaduras, correias,motores de eletro domésticos, janelas emperradas e mais o que sua imaginação quiser.

Na minha, imaginei o quanto um desengripante mágico seria eficaz pra amaciar uma zanga, uma palavra ríspida, uma intolerância, uma explosão de raiva e tantos outros sentimentos que estão cobertos por uma camada tão densa de ferrugem que nem deixam outras possibilidades lhe darem um lustro.Cascorados em vermelho-ocre embaçam qualquer claridade que tente se infiltrar na couraça armada e ainda sustentam enganosamente uma razão corrosiva que despreza os sentimentos alheios.

Quantas ferrugens deixamos crescer em nós e às vezes até nos orgulhamos disso; ledo engano.Tudo o que deixarmos nos encouraçar também irá nos aprisionar podendo nos afastar de boas renovações, de novos caminhos.Todos temos histórias de ferrugens ensinadas, assumidas, incorporadas, o que não quer dizer que sejam irremovíveis, se assim o desejarmos.Uma pintinha de ferrugem aqui, outra acolá, parecendo marquinhas inofensivas de nossas defesas, podem com o tempo alastrarem-se assustadoramente nos empedernindo debaixo delas.Termos o bom senso de distinguirmos entre as manchas nocivas e as que nos embasam sem confundir ambas, é essencial.O que não faltam são oportunidades pra isso, que não devem ser perdidas.Bora, passarmos uma flanelinha com desengripante em cada manchinha ferruginosa que nos paralisa e afasta das renovações? 





"Eu quero desaprender para aprender de novo.Raspar as tintas com que me pintaram.Desencaixotar emoções, recuperar sentidos!" 


Rubem Alves 


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Imagem:grazytumblr

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Série do Fractais - Adoce seu dia - comentários inspiradores













Vcs estavam com saudades? Eu estava. Essa série é meu xodó e, cá estamos de novo pra lhes trazer a participação da Karin Filgueira, do blog: "Meu doce lar", um cantinho que faz jus ao nome com postagens simpáticas, dicas de culinária, decoração e afins. Não deixem de conferir! 






"Posso dizer que até ontem eu pensava: como posso ser feliz distante das minhas raízes? Como viver distante de pessoas com quem convivo por tantos anos e me trazem lembranças boas que ficaram na minha mente e no meu coração?
Mas, amiga, seu post me fez entender que: é possível ser feliz estejamos onde estivermos!"




Comentário feito no post: pássaros em vôo. 




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sábado, 19 de outubro de 2013

BC - Uma Imagem / 140 caracteres - 23ª edição










Tá tocando na rádio... agora consigo completar toda a letra desta nova canção do Vinícius; parece que ele fala de mim! 


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"Olha que coisa mais linda[...]" esta edição da BC Uma Imagem/140 caracteres criada pelo parceiro, Christian Louis, dos Escritos Lisérgicos.



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Crônica duma correspondência










Fui incumbida duma tarefa; na verdade eu aceitei o pedido de meu filho em ir até aos correios para saber o que havia acontecido com um pacote dado como entregue, porém sem isto ter acontecido.Apesar dele ter rastreado os caminhos da encomenda e comprovado sua entrega no endereço confirmado, a dita cuja não havia chegado.Lá fui eu pro posto saber o que tinha ocorrido.Munida da documentação, expliquei tudinho pra funcionária, que leu as guias, olhou na tela e me disse:__ A senhora tem de perguntar pro carteiro da região.Tá aqui o telefone dele.É só ligar.

Saí do guichê, com aquele papelzinho na mão meio descrente sobre o que faria a seguir.A fila que se encompridava até a porta da agência não me animava a encará-la de novo.Seria isto mesmo? Eu teria de ligar pro carteiro e perguntar onde ele havia entregue a encomenda que não chegara?EU?

Enquanto caminhava pela rua fui imaginando como perguntaria tal fato sem ofender o carteiro e meus passos me levaram a uma pequena cafeteria.Sentei-me pensativa.Pedi desta vez um chá que caía bem naquele dia ventoso e ao degustar o sabor e o aroma conjugados naquela infusão me recordei do tempo em que eu sabia o nome do carteiro da minha rua e sempre trocava dois dedinhos de prosa com ele ao nos cruzarmos na entrada do prédio que eu morava.Nada de maior nota, apenas comentários passageiros sobre o tempo, sobre o movimento da rua, e era só, porém eu me achava próxima daquele agradável senhor encurvado sob o peso da mochila abarrotada de cartas e afins;portador de esperanças, de compromissos, de boas e más novas, de possibilidades...aquele que leva o mundo, mas não vai lá__ verso duma canção que procura definir a função deste trabalhador silencioso, quase invisível por quem mora em prédios, mas não só, porque hoje em dia, mesmo quem mora em casas pouco ou nunca vê o carteiro da sua rua. 

Tomei consciência de como é difícil a vida dos carteiros.Percorrem distâncias enormes carregando ou puxando o peso das correspondências do dia e nem recebem um cumprimento ou um sorriso, um elogio, ao contrário só são interpelados com cobranças sobre a realização do seu trabalho, se foi eficiente ou não e, eu iria engrossar a lista dos cobradores irritados com a falha técnica.Me recusei.Liguei pro filho, expliquei o que acontecera, fiz-lhe recomendações sobre como deveria se dirigir ao carteiro e dei por encerrada a minha missão.

Antes de pegar o carro no estacionamento subi ao apartamento do filho para dar muitas beijocas na netinha e qual não foi minha grata surpresa ao chegar na portaria e encontrar o carteiro entregando a encomenda endereçada a meu filho.Cumprimentei-o, desejei-lhe um bom resto do dia e peguei o elevador toda sorridente com a providência fortuita do destino. 

Assumo minha camada nostálgica e dela me orgulho no que se refere aos bons modos hospitaleiros que já puderam ser vivamente praticados quando as cidades ainda favoreciam os encontros despretensiosos entre as gentes de sua convivência. 




O Solitário



Como alguém que por mares desconhecidos viajou, 
assim sou eu entre os que nunca deixaram a sua pátria; 
os dias cheios estão sobre as suas mesas 
mas para mim a distância é puro sonho. 

Penetra profundamente no meu rosto um mundo, 
tão desabitado talvez como uma lua; 
mas eles não deixam um único pensamento só, 
e todas as suas palavras são habitadas. 

As coisas que de longe trouxe comigo 
parecem muito raras, comparadas com as suas :
na sua vasta pátria são feras, 
aqui sustém a respiração, por vergonha. 



(Rainer Maria Rilke)





 Imagem: pinterest

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Profissão Professor/Educador




A data de hoje é marco secular de crenças efetivas na possibilidade do engrandecimento humano.Aos colegas professores/educadores, meus aplausos agradecidos.






Faltou foco na foto porque foi esbanjado em ricas e multiplicadas vivências que ressoam ainda hoje nas boas novas que me chegam.Meu coração sorri abertamente. 




Palavras do Mestre



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Lembrem-se hoje, em especial, daqueles professores e professoras que tornaram vívido o teu olhar sobre o mundo e sobre as coisas, pois, este é o mais belo reconhecimento a ser ofertado a quem acreditou desinteressadamente em você.

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Obrigada a todos(as) os amigos(as) da blogosfera que fizeram tocantes homenagens nesta data!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Pássaros em Vôo












Desde às 7h da manhã que a melodia "encontros e despedidas" ronda minha mente.Fundo musical apropriado para a ocasião que o próprio título reflete: encontros, a melhor parte destes antônimos tão conhecido pelos caminhos da vida.Os que tivemos, os que tiveram conosco, os que aconteceram antes de nós, os que nós provocamos, os que ainda iremos vivenciar: encontros com os entes que amamos, com nossos pedacinhos coloridos da vida que foram se espalhando por aqui, por lá, por acolá, num vai e vem contínuo, indo debaixo de nossas lágrimas, vindo nas asas de nossos sorrisos.E, que dádiva é esta vinda tão esperada, porque embora saibamos que a ida terá dia e hora marcada, ela, a vinda, nos preenche duma felicidade intensa que deixa cada minuto carregado de emoção.

Histórias revividas, gargalhadas multiplicadas, cenas novas que se amoldam ás antigas já vistas. Meus netos correndo pelo casa em agitadas brincadeiras, tombinhos, chorinhos, manhas, soninhos, como os pais deles tempos atrás.Conselhos, recomendações, trocas de experiências, alvoroço em família grande é música.

Quantos de nós cumprimos este mesmo ritual quando rompemos o ciclo familiar e nos lançamos noutro, longe do chão conhecido e dos abraços acolhedores.Fomos criar outras raízes, percorrer novos caminhos, mas levamos conosco o olhar doce, o cheiro de casa, os abraços ganhos, os acenos amorosos, e fomos;como então não reconhecer este mesmo movimento nos nossos indômitos desbravadores?Favas contadas no decorrer dos anos.

Ouvi muitas vezes que eu já deveria estar acostumada com esta realidade.Sorrio amarelo porque acho que a palavra costume traz em si um tanto de acomodação, embora nem me passe pela cabeça qualquer intromissão nas escolhas deles, filhas e filhos, isto não.Minha permanente torcida é pela felicidade de cada um estejam aonde estiverem, perto ou longe de mim.Porém sou ré confessa de que a cada encontro me vejo realçada duma alegria faiscante e a cada despedida perco um pouquinho deste brilho.O consolo é que esta curva oscilante não se alinha tanto abaixo, quanto acima demais e acalenta a certeza de que novos encontros e breves despedidas seguirão no ritmo sincrônico da vida, como as estações.

Meus sulistas estão voando na barriga do pássaro prateado que os leva de volta ao ninho deles, depois dos dias maravilhosos que se aninharam aqui.Tudo bem.Tudo bom demais, afinal, dezembro já bate à porta!



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" ...A plataforma desta estação 
É a vida deste meu lugar, é a vida[...]

(Milton Nascimento) 








Maria Rita - Encontros e Despedidas



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O que não deve ser perdido











O olhar distante irradiava brilho intenso, claridade vívida que fazem sonhos tornarem-se completa realidade povoada por maravilhas; que só ela avistava e vivia. Pediu ao fotógrafo que perpetuasse o momento para que adulta, jamais esquecesse que era dona daquele olhar e que ele lhe dava asas. 



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Nos ares de cada manhã veja-se com ternura ao espelho e reencontre lá a criança que você é! 



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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

BC - " Voltando a ser criança "






Está aceito com animação o convite feito pela Sheila, do blog:apenasmulhernacozinha,(link) para esta BC "Dia das Crianças" que promete um passeio gostoso pelas lembranças e sabores da infância dos participantes, com direito a dicas e episódios marcantes.Imperdível; me digam que não? 






Vou dar a partida na máquina do tempo, contando pra vcs sobre uma das minhas sobremesas preferidas feita pela minha mãe: torta de banana ( ao menos era assim que a chamávamos lá em casa).Bastava sentir o aroma da banana derretendo no açúcar dentro da panela que eu vinha correndo de onde estivesse para ajudar a separar as claras dos ovos pro suspiro, enquanto minha mãe já ia preparando o creme de gemas com leite condensado.Todo mundo sabe que bem geladinha, a torta fica especial,mas quem disse que eu esperava, bastava passar a quentura exagerada do forno e lá estava eu me servindo duma poção generosa,srsrs...

A receita é conhecidíssima.Vamos à ela:

1/2 dúzia de banana d'água cortadas em rodelas
4 ovos_ separados em claras e gemas
1 lata de leite condensado
A mesma medida de leite de vaca
8 colheres de açúcar pro suspiro
4 colheres pra calda do doce


Comece derretendo o açúcar com uma colher d'água e à medida que a cor dourada for chegando na calda coloque as bananas cortadas em rodelas mexendo sempre até que se fundam numa consistência pastosa.Reserve.Noutra panela junte o leite condensado, o leite de vaca e as 4 gemas mexendo sempre até que se forme um creme homogêneo.Numa vasilha ( batedeira) bata as claras em ponto-neve firme e vá acrescentando o açúcar de duas em duas colheres por vez até finalizar as 8 medidas.
Arrume num pirex as camadas:   1ª _ doce de banana
                                                  2ª __ creme de gemas
                                              3ª __ suspiro cru. 

Leve ao forno de 180¨ por uns 30 minutos até que o suspiro doure e bon apetit!





Outras lembranças vieram grudar-se à esta que eu trouxe aqui ,mas se for descrever uma a uma precisaria duns cinco posts desta BC, assim vou só contar pra vcs da crocância maravilhosa que era a massa da pizza caseira que minha tia fazia pros nossos lanches de fim de semana, do sabor picante do guando com paio feito pela minha avó, das panquecas fininhas com recheio de frango suculento que minha outra tia fazia e dos finos doces caramelizados ( que já contei Aqui num post passado) feitos pela minha  tia-madrinha.

Sabores inesquecíveis não me faltam e acredito que a ninguém que pôde ter o privilégio de conviver com pessoas habilidosas na cozinha e, com certeza esta BC cheia das delícias vai comprovar isto em grande estilo.

Boas comemorações pra vcs; com as crianças/para as crianças/pelas crianças!

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" Quando olho uma criança,ela me inspira dois sentimentos, ternura pelo que é, e respeito pelo que possa ser!"

Jean Piaget 

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Imagem: mdemulher.abril.com

sábado, 5 de outubro de 2013

Nas batidas do coração










A tarde já seguia o ritmo conhecido e, apenas um toque foi suficiente para animar as batidas de meu coração desavisado, que de tanta alegria, cantou! 


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Pois, é tudo verdade.Foi ontem à tarde que chegou meu time sulista: filha, genro e netinho, o gauchinho mais lindo do pedaço( acho que eu deveria ter posto um imagem duma coruja com os filhotes,rsrsrs).Chegaram de surpresa(\0/) e encheram a casa de risos e festa.Já viram vcs que tudo gira à volta deles, né(?), então me desculpem algumas ausências por aqui, mas vou lamber a cria até cansar.Na medida do possível farei minhas visitas, mas conto com a compreensão de vcs pelos próximos dez dias, tá bem?

Tenham uma semana cheia de vivacidade e alegrias constantes!
Bjkas risonhas,
Calu


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Imagem: pinterest(verakárs)

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

BC - Vocês sabiam que...








O tema desta semana proposto pela Etienne (link) está na ponta da língua, no rumo da prosa, na puxada do assunto que volta e meia encaixa uma boa conversa: " Vocês sabiam que..." e com ele na cabeça fui lá atrás, buscar nas postagens antigas uma que achei perfeita para o tema, então a trouxe para esta BC; reedição do trecho dum post de janeiro de 2012. Optei por um assunto só ao invés duma lista, mas o considero muito interessante e merecedor duma revisitação.








Lendo alguns artigos numa edição sobre Educação, deparei-me com uma curiosidade;sabiam que a praia do Campeche, em Florianópolis/SC, abriga o Espaço Zeperri, criado em homenagem ao aviador e escritor Saint-Exupéry, ilustre amigo de um pescador local?
Pois então, é fato.Exupéry era piloto da Aéropostale-Argentina e teria nos anos de 1927/28 feito alguns pousos no Campeche(camp de pêche), onde as tripulações podiam pernoitar. O piloto-escritor fez laços de amizade com o pescador Manoel Rafael Inácio. O amigo ilhéu não conseguia pronunciar o nome estrangeiro e o batizou de Zé Perri.Por muitas décadas esse fato constava como história de pescador.Só na década de 80, tendo a região sua história coletada e pesquisada, veio a público um livro escrito pelo filho de Manoel Inácio narrando a amizade de seu Deca ( Manoel) com Exupéry, dando início a todo um movimento de resgate deste passado marcante para a região e para todos que apreciam a obra literária do piloto-escritor.
Nasceu então o Espaço Zeperri,onde a história local e a literatura servem de suporte para a cultura dos dois povos envolvidos.Elementos suficientes para chamar a atenção das crianças sobre um mundo que já era globalizado sem que se soubesse. 

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"... A Educação do homem percorre caminhos sinuosos. Antes de ser escolarizada, a criança já esteve exposta a milhares de horas de televisão, sem agir criticamente sobre as mensagens, sem discernimento para se proteger de programações imbecis.Forma-se o solitário adulto espectador no vazio da indiferença[...]"

José Pacheco(educador-escritor, ex-diretor da Escola da Ponte/ Portugal)  

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:) Venha participar também!




terça-feira, 1 de outubro de 2013

Série do Fractais - Adoce seu dia - comentários inspiradores










Um é muito bom,dois, ainda melhor, então vamos lá saborear juntinhos dois docinhos ofertados generosamente por duas conhecidas e gentis blogueiras.


Ailime, do blog: palavras,simplesmente.blogspot ( link), onde ela nos leva a passear por locais incríveis clicados com toda sua sensibilidade.


"Falando de mim, houve uma parte da minha vida em que corri desenfreadamente e agora já no início de uma outra década, pergunto-me porque não soube reger o meu tempo de modo a saborear a vida de outra forma!Agora estou a começar a aprender a parar e a aguardar na praia, como fiz há dias, para fotografar o pôr do sol ao jeito Dorival Caymmi."


(trecho comentado no post: No balanço das horas)

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A Fernanda Bender no seu: duas épocas,blogspot (link), nos convida para irmos e voltarmos pelas espirais do tempo através das revistas em quadrinhos e outras publicações.



" Prefiro levar a vida sem mil compromissos, da forma mais tranquila possível e pouco me importa se acham que eu deveria estar fazendo mil coisas ao mesmo tempo para ser considerada "normal" ou mesmo "produtiva".Lógico que não tem como escaparmos de muitas das funções que regem nossas vidas, pelo simples motivo de que precisamos cumprir horários de trabalho para nos mantermos, entre outras coisas...mas diminuo onde posso, gosto de ter meu tempo..."



(trecho comentado no post: No balanço das horas)

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O tempo


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


(Quintana)