Nem precisaria estar afirmando isso, acho que por força do hábito de repetição acabo encompridando chavões mais por impulso do que por reflexão, mas se não nos permitirmos uns instantes impensados acabaremos por nos robotizar ainda mais nesta roda-viva que nos insere.
"Não tá fácil pra ninguém"... pior que a piada já deixou de ter graça.Agora ela vem acompanhada de acenos constritos, semblantes cabisbaixos, caretas desalentadas e tais.Num primeiro minuto a gente se solidariza com quem falou ou mesmo conosco e nossos pensamentos em voz alta e não atenta pra extensão causada pelo efeito da frase dita.Há quem permaneça ouvindo o eco disto por horas, dias, meses e acumulando uma névoa densa e pesada sobre si que vai fechando os vãos de luminosidade que tentam dissipá-la sem sucesso e aí acaba se acostumando às brumas espessas sem conseguir ver uma pontinha de claridade que seja.
Todo mundo já sabe onde isso vai parar, se é que vai; a perigosa continuidade pode trancar as portas e jogar fora a chave do viver.Bem sei que há inúmeros textos, sites, livros sobre o assunto, às vezes focando nos sentimentos e nas emoções humanas frente aos fatos da vida, noutras detalhando este ou aquele fator destacado nas diferentes situações.O que realmente importa, a meu ver, é que todos tenham acesso à palavras reveladoras de propósitos edificantes, de apoio e esclarecimentos frente as dificuldades sentidas e vividas.Se somente as palavras escritas forem eficazes, ótimo.Se despertarem a curiosidade de buscar-se mais sobre elas, ótimo, também. Se mostrarem que não bastam e uma ajuda profissional é o indicado, excelente.O que não se pode permitir é que o acúmulo de sentimentos controversos e desoladores nos nublem a visão sobre as preciosidades da vida.
Na esteira desta reflexão#ficaadica duma publicação recente chamada: "Hapynness by Design", Paul Dolan, conhecido como Professor Happy. Ele é professor de Ciência Comportamental na faculdade de Economia de Londres.A editora dele lançou três vídeos de apresentação sobre o tema central do livro: a medição da felicidade pessoal, suas causas, consequências e efeitos sobre o nosso comportamento.
A princípio o fato dele trabalhar em cima de conceitos da Economia me causou certa estranheza, para segundos depois me levar a destravar meus preconceitos contra a temática recomendando-o aqui, afinal, há muitas esferas de conhecimento dentro duma perspectiva do saber.Então, se alguém se interessar por ler o livro me conta se realmente a abordagem extrapolou as fronteiras das estatísticas frias e contribuiu para a observação qualitativa das emoções humanas.
" Nossa felicidade é feita de prazer e propósito e, isso depende do que nós elegemos como significativo ao longo da vida."
(Paul Dolan)
É pode ser, porque não? Fica aqui o benefício da dúvida.
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