quinta-feira, 30 de maio de 2024

Minha criança









 Co'um raio de sol

na palma da mão 

acordei criança

e me vi, aceitei 

o acontecido e cantei.


Toquei a luz matutina,

abri os braços no ar,

fui pintar as nuvens,

com espirais no céu, 

pra revoadas saudar.


A cantar para as águas,

fazendo coro com elas,

descobri -me fluídica,

som e voz em dueto

na melodia entoada.


Desenhando jardins

na fina areia molhada,

cantei para as gaivotas,

convidei todas as flores,

para bem-te-vis, ninar. 


 Minha criança feliz,

mudou aquele dia,

afastou todas as sombras,

comandou a euforia,

bordou gentis alegrias.



sexta-feira, 24 de maio de 2024

Uma palavra, um conto/maio2024



                BC: uma palavra, um conto__ iniciativa da amiga, Norma Emiliano                       ( pensandoemfamilia.com)

Tema: SONHO 


Joana nem dava atenção a quem lhe dizia que seu sonho era impossível. Menina da periferia, de família numerosa, cedo teve de deixar as brincadeiras de infância para a ajudar a mãe a cuidar dos irmãos menores. Tinha 9 anos e já somava grande experiência no trato de crianças pequenas. Se desdobrava entre a casa e a escola , deixando esta última sempre em segundo plano. Exigências da vida!

Quando um dos pequenos adoecia, corria à casa da vizinha, dona Cidinha, que sabia diagnosticar o doentinho só de vê-lo. Febre? Dor na garganta? Fosse isso ou não, receitava um de seus famosos xaropes feitos no tacho de ferro, e pronto, o doentinho sarava em poucos dias.

A parceria de Dona Cidinha e Joana, era famosa na vizinhança. Muitas pessoas se acudiam com elas nos momentos de aflição. Enquanto aplicava emplastros, ensinava gargarejos, levava pro banho o febril, Joana ia repetindo baixinho: "quando crescer mais vou estudar pra ser médica e curar essa gente toda". 

Sorriu sem perceber ao trazer à tona essas memórias distantes. Tomou seu desjejum, vestiu-se apressada, pegou a maleta na sala e saiu pro trabalho no posto de saúde que ficava três ruas abaixo de onde morara quando menina. 


 




sábado, 18 de maio de 2024

Chave-mestra




 

A chave 

( Roseana Murray

Há que encontrar a chave.

A que abrirá as paredes,

as portas e as janelas,

a que se esconde entre

 as notas da harpa

dos sentimentos,

entre as páginas de um livro,

nos versos de um poema,

entre as camadas do amor,

na água das lágrimas. 



Resiliência 

(Eu)

Disse-me, a poetisa,

para a chave encontrar.

Não me deixar abater,

e com garra, continuar.

Disse-me para buscar

onde a posso imaginar:

num sorriso de criança,

no amor no colo de mãe,

nos braços seguros do pai,

na mão acolhedora dos

que têm o peito cheio

de bem-aventuranças.

A cada chave encontrada

festejo a existência das

pessoas, chaves-mestras

de tantas benevolências.

~~~~~~


*poema do livro: Rotas de fuga, de Roseana Murray


segunda-feira, 13 de maio de 2024

Comemoração em Azul



Mesmo que tenhamos cores variadas como preferência, eu acredito no azul como referência.

No azul enxergamos o infinito.No azul, descansamos o olhar. No azul estendemos a alma para que possa divagar.

O azul é prenhe de simbologia. Suas muitas tonalidades são carregadas de profundidade em todos os sentidos e promove tranquilidade, pureza, criatividade,afetividade e ternura.

O azul era uma das cores preferidas pelos pintores impressionistas. 

Matisse declarou:"um certo azul penetra a sua alma.  


Azul de Assis


Azul de Roma


Azul de Firenze


Azul de Ottawa(1)


(2)

(3)  

Hoje, aniversário do Fractais ( 14 anos), eu desejo como presente especial do Universo,

a reprodução plena e permanecida destes Azuis Infinitos nos céus do valoroso      Rio Grande do Sul_ terra de Santa Cruz/ Brasil. 

ASSIM  SEJA!