terça-feira, 30 de março de 2021

Infância sadia


" Esta menina 
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré,
mas sabe ficar na ponta do pé..."
( Cecília Meireles-trecho poema: A bailarina)


É tamanha graça quando uma criança já esboça suas aptidões muito cedo e denota pendores que só tendem  a crescer se forem bem alimentados pelo ambiente em que se encontra. Este, pode-se dizer, é o melhor dos mundos: uma infância bem cuidada, sadia em suas circunstâncias familiares e escolares.

Creio ser de concordância plena que as crianças têm o direito a uma infância bem cuidada, nutrida por variados alimentos do corpo e dos sentimentos para que consiga , minimamente, desenvolver-se com segurança pessoal e emocional.

Seria o melhor dos mundos se pais e professores atentassem com comprometimento para estes fatores imprescindíveis. Seria... Poderá ainda vir a ser? Pergunta ressoante para todos os que desejam uma vida digna para as futuras gerações.

 É na insistência que se constrói um amanhã mais promissor. Um amanhã onde nossas crianças tenham assegurado o respeito à integridade física e emocional e sejam instruídas por valores pertinentes a seu desenvolvimento salutar como futuros adultos íntegros em ações e saberes.  



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Estou com um sorriso feliz estampado nos olhos nesta manhã que me trouxe uma grata alegria vinda na postagem presenteada pela Gracita em seu blog:sonhosepoesia.blogspot/2ªedição do café poético-mês de março, onde participo com um poema.

Fui ofertada com elogiosas e carinhosas palavras pela querida promotora da postagem e pelos(as) comentaristas que por lá passam.

Muito Obrigada, Gracita, por tão tocante apresentação. 

Convido vcs a visitarem nossa amiga.


quinta-feira, 25 de março de 2021

Ressonâncias preciosas


Compartilho aqui meus ternos sentimentos agradecidos pelas generosas opiniões das queridas leitoras do meu livro: O tempo na palma da mão". 

Sinto-me acolhida e contemplada pelo carinho espontaneamente declarado pelas lindas pessoas que me deram o privilégio de ser por elas prestigiada. 

Muito Obrigada a vocês! 



" A respeito do livro da Carmen Luiza, eu achei a leitura muito interessante. Ela conseguiu resumir bem o conceito de sua obra no título" O tempo na palma da mão", pois, no apanhando dessa palma ela nos remete a um recorte da elite da sociedade de nossa cidade, o Rio de Janeiro Pré-modernista, com seus valores tradicionais, seu passado histórico, sua arquitetura e urbanismo, a modernização da cidade tomando por base Paris; utilizando-se de uma linguagem formal e de uma estética literária da referida época, ou seja, de cem anos atrás, que pode ser sentida no cuidado e em todos os detalhes da narrativa. Transmita-lhe os meus Parabéns! ( Leila) 


"Sua maneira elegante e linda de retratar pessoas e lugares, me encantou. Leitura adorável! Obrigada pela deliciosa companhia nesses dias. Parabéns, muito sinceros!" ( Ivani) 


"Parabéns, minha querida prima! Encantada com sua prosa, suas histórias e pensamentos! Deliciosa leitura com o tempo na palma da mão, nessa tarde gostosa de calmo domingo. Viajei no tempo, nas narrativas, nos personagens..."  ( Cinthia)


" Estou adorando seu livro e, como lhe falei, transportou-me a um tempo gostoso da época escolar, onde a gente sonhava com os romances adocicados dos escritores mais incríveis que este país já teve." ( Beth Lilás)


" Passando no grupo para falar do livro da Carmen Luiza. Adorei a leitura. Contos curtos, singelos, que realmente conseguem nos transportar no tempo e lugar. Obrigada, Carmen, por me proporcionar uma leitura singular. Que venham muitas outras!"  ( Sônia) 




domingo, 21 de março de 2021

Celebrando o outono


É Outono

Chegou o tempo das lindas auroras rompendo a escuridão densa da noite que se afasta diante o fulgor do astro-rei.

Chegou o tempo das belezas exaltadas da mãe-natureza em seu ciclo modificador.

Chegou o tempo da harmoniosa melodia trazida nas asas do vento brando que farfalha os galhos das árvores.

Chegou o tempo dos tons brilhantes irradiados pelas horas embebidas de luz. 

Chegou o tempo único onde derrama-se o amadurecimento das folhas soltas a formarem tapetes pelos caminhos.

Chegou o tempo precioso indicando novos começos e novas esperanças em seu passar.

Chegou o tempo de nos abandonarmos ao estado lúdico que ele propicia.


É outono aqui... foi outono lá. 








quinta-feira, 18 de março de 2021

Um conto- Uma imagem



Um conto/Uma imagem. Proposta da Norma Emiliano, pensandoemfamília.com, para uma roda interativa no mês de março, com as imagens do calendário dos pintores com pé ou boca.




 Por debaixo dos guarda-chuvas ressoam falatórios mudos nos sons , mas prolixos em ondas que os pensamentos marolam nos contínuos movimentos imperceptíveis aos olhos; impulsos que levam os pés nas diferentes direções que o piso molhado lava dos rastros deixando limpo o passeio comum.  


Sombra e névoa 

( Da Costa e Silva)


Cai o crepúsculo. Chove.

Sobe a névoa...a sombra desce...

Como a tarde me entristece!

Como a chuva me comove! 


Cai a tarde, muda e calma...

Cai a chuva, fina  e fria...

Anda no ar a nostalgia

 que é sombra e névoa

 em minh'alma. 


Há não sei que afinidade

Entre mim e a natureza.

Cai a tarde...que tristeza! 

Cai a chuva...que saudade!



segunda-feira, 15 de março de 2021

Entre o céu e o chão





"Há em mim um fascínio, meio inexplicável, por telhados. Gosto da visão das telhas arrumadinhas em ondas harmoniosas; ondulações jeitosas que emolduram as moradias, proteção e adorno adjetivando a construção. O telhado é o limite entre o chão e o céu..."

(Trecho: O Tempo na palma da mão/ minha autoria)



ACENDEM-SE AS LUZES 

( João José Cochofel)


Acendem-se as luzes 

nas ruas da cidade.

Ainda há claridade 

ao alto das cruzes

da igreja da praça

e para lá dos telhados

já meio esfumados

na mesma cor baça 

do casario velho

que recobre a encosta 

e mal entremostra

as cores de Botelho

sobranceiro à massa

fluida e movente

 das cordas de gente

 por onde perpassa

 um ar de alegria

que é do tempo quente

 e do andar contente

que no fim do dia

leva para casa

a paz das varandas

o álcool das locandas;

tanta vida rasa

minha semelhante.

Solidão povoada 

que a tarde cansada

suspende um instante

ao acender das luzes.

Em cada olhar uma rosa

de propósito formosa

para que a uses.




sábado, 6 de março de 2021

Mais que nunca é preciso sonhar


" No entanto é preciso cantar,

mais que nunca é preciso cantar

é preciso cantar e alegrar a cidade..."

(Marcha da 4ªfeira de cinzas/trecho- Vinicius de Moraes)


Mais que nunca é preciso sonhar, como sempre o foi, mas agora,  o sonho tornou-se inadiável. É preciso contar e ouvir histórias de fadas, de reinos, de duendes, magos e suas magias. É preciso não deixar a imaginação dormir. Ir passeando horas e horas de mãos dadas com ela, olhando-a nos olhos e inaugurando um sonho novo a cada final feliz. É preciso que seja mesmo um final feliz, apesar de toda trama rocambolesca, temos de conduzir os sonhos para finais felizes críveis ou até incríveis, mas felizes. 

É preciso preencher os vazios e dar sons ao silêncio. Sons bonitos, melodiosos. Sons curiosos que façam fundo musical aos sonhos acontecendo; valsa para um baile nos salões, clássicos a acompanharem o ritmo da chuva nas folhas das árvores gigantes, orquestras de pardais aos trinos triunfantes, marulhos das corredeiras de rios agitados... 

É preciso ouvir histórias que tragam a emoção envolta na beleza, a palavra vestida de sol, o acento suspenso no riso e o ponto final após o encontro dos apaixonados.

É preciso contar histórias que venham voando nas asas de Pégaso e pousem mansamente nos corações acelerando-os em batidas suaves  e prolongadas. 

É preciso juntar os pedaços e fazer deles peças de um lindo mosaico, cheio de cores e cenas fantásticas. 

É preciso fazer acontecer...Era uma vez!