segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A história que temos e a que queremos










Há onze anos fiz o mesmo caminho em direção às urnas pra votar num plebiscito sobre a forma e o sistema de governo que deveria prevalecer no país.Nas discussões que se levantaram na época os simpatizantes pela monarquia eram rotulados de saudosistas, retrógrados e outros adjetivos parecidos e até vistos como folclóricos defensores duma fantasia que não cabia dentro dos moldes da modernidade que se queria no país.Sem entrar em disputas acaloradas, eu me posicionei a favor do presidencialismo que foi o ganhador do pleito.Fato vivido e sacramentado.

Agora estamos diante desta espécie de plebiscito, escolhido direta e claramente sacramentado pelos resultados que aí estão, confirmar ou negar a situação em poder.Exercitar a democracia é o maior ganho de todo o jogo, abrindo expectativas de que, sim, nesse outubro é possível vislumbrar um futuro mais íntegro, pautado na sensatez e na justiça, embora saibamos sem ilusões que a totalidade destas vivências não ocorrerá, porém ao menos, façamos a aposta de que serão possíveis se o conjunto da sociedade organizada empenhar-se em fazer valer suas prerrogativas.

Malfeitos são tão seculares na política brasileira quanto sua existência; nasceram geminados, infelizmente, pois, a própria proclamação da República veio dum reconhecido monarquista insuflado que resolveu acabar com as pressões que vinha sofrendo e num gesto impetuoso baniu o monarca e se tornou o primeiro presidente do país.Tenho quase certeza de que na manhã seguinte, ele, Deodoro, deve ter se perguntado diante do espelho de barbear: __ O que foi que eu fiz? E dali pra frente não conheceu mais a tranquilidade que tanto queria preservar.

De lá pra cá muitos avanços, imensos recuos, retomadas de rotas, desvios funestos, correções conquistadas, ilusões desfraldadas e outras tantas circunstâncias que virão mas que não podem, nunca mais, serem enxergadas de forma simplista, inquestionáveis ou aplaudidas sem séria avaliação pautada na ética, porque sem ela( ética) não existe moralidade e nem o devido respeito às instituições que sustentam uma verdadeira Democracia, como a que aspiramos um dia virmos a ser.

Nas próximas semanas, o  tempo é de respirarmos fundo e avaliarmos com justeza os rumos que queremos para construir um país do qual possamos nos orgulhar. As urnas nos esperam novamente,não vamos decepcioná-las.






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Imagens: tumblr( moon)




16 comentários:

  1. Que venham as MUDANÇAS que esperamos e queremos!! Chega de mesmice!!! bjs praianos,chica

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  2. Me sentido insegura para meu voto e temendo pela imaturidade nas más condutas, escolhas, nas atitudes e visão nada fontana da massa, depositada nas urnas.

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  3. Calu, creio que os rumos por nós desejados não virão, repentinamente. Mas sabemos o que não desejamos e conhecemos a realidade brasileira. Os governantes não se bastam, precisam de apoio popular. Que tenhamos, além de consciência para votar, capacidade para fazer com que nossas vozes sejam ouvidas e nossos pleitos acatados. Bjs.

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  4. Calu,adoro essa sua lucidez! Descreveu muito bem o momento que vivemos e espero que nosso voto não seja em vão e as coisas melhorem de fato! bjs e ótima semana,

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  5. Calu:
    Em conversa recente com meu marido - antes da votação de ontem - falei justamente que quem decide o rumo do nosso País é a classe que menos tem acesso a verdadeira informação sobre a política da nação.
    Por isso, cheguei a conclusão que não vivemos a Democracia ideal e sim a ilusão de somos capazes de definir os governantes através da eleição...
    Boa semana!
    Bjs.:
    Sil

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  6. Muito bonita sua cronica Calu.
    Pena que o sistema não nos inspira em confiar em mudanças que sejam efetivas, que faça amenizar a miséria, que faça acordar a educação, que faça conscientizar que os aposentados merecem respeito e dignidade, que as crianças merecem respeito. Eu sonho com um país que busque combater a corrupção, mas enquanto este sistema de toma lá dá cá existir, não haverá mudança e sim alternância de poder.
    Mas vamos que vamos como diria a Chica, alavancando nossos sonhos.
    Uma linda semana de paz e luz.
    Meu carinhoso abraço

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  7. Ainda têm que voltar às urnas. Depois... em politica nunca acontece o que o povo gostaria.
    Um abraço

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  8. Só Deus para interceder por nós.
    Fizeram protestos, paralisaram ruas, e na hora de votarem tudo está na mesmice.

    bjokas =)

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  9. Excelente crônica, Calu.
    Como cidadã que exerce seus deveres, sonho com um Brasil melhor, onde seus governantes lutem pelo povo e por seus direitos, principalmente na saúde, educação e segurança. O quadro que se vê atualmente é alarmante. Quanto sofrimento abraçando o povo, seja rico ou menos favorecido, pois a fatalidade decorrente da má gestão e indiferença dos governos têm atingido a todos. Veja-se, por exemplo, no aspecto da segurança, haja vista que a violência tem destruído famílias de todas as classes sociais. Na saúde, sem dúvida, os menos favorecidos são os mais atingidos pela negligência governamental. Recolhem o nosso dinheiro, através de impostos aviltantes, sem nos oferecer a devida contraprestação e o gastam até de uma maneira a insultar a nossa inteligência. Não tenho grandes expectativas com relação a mudanças efetivas, mas se ficar melhor do que está já será um passo importante para a recuperação da dignidade do povo. Espero que o povo analise bem sua opção de voto agora no segundo turno bem como que sejamos iluminados para não jogarmos fora nossa oportunidade de tentar mudar os rumos do País. Torço, principalmente, para que após as eleições não nos deixemos subjugar por medidas que contrariem os interesses da nação e do povo.

    Beijo.

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  10. Calu, pelo quadro que se pinta não tenho esperança em mudanças. Não se vê programa de governo, só ataques mútuos ao adversário. Os políticos não têm interesse em atender aos anseios do povo, mas só a perpetuação no poder.Foi excelente a sua crônica, revela uma cidadã de valor.
    Obrigado pela ida ao meu blog.
    Abração.

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  11. Calu, eu descrente em relação às promessas, aos candidatos e à fala cuidadosamente elaborada por terceiros. Mas confio em algo que conquistamos recentemente: o acesso à essa rede mundial de computadores, onde podemos nos informar, fiscalizar, cobrar mudanças fazendo assim uma participação que vai além das urnas. O candidato perfeito não existirá nunca. Podemos dar uma "força" a partir desta nova ferramenta.
    Beijo!

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  12. Calu querida, ando muito descrente em relação à política, são sempre os mesmos candidatos e com os mesmos discursos. A juventude está tão alienada, só pensando em consumo, não sei como serão nossas lideranças no futuro.
    Bjs

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  13. Boa noite Calu, que o povo brasileiro pelo menos não deixe de exercer o seu direito de voto e depois, quem saberá?
    Como aqui e em todo o mundo, prometem uma cosia e depois as circunstâncias e não só conduzem a outras!
    Mas é necessário ter esperança e confiar!
    Que bons ventos vos conduzam!
    Aqui, o barco está num completo naufrágio!
    Beijinhos,
    Ailime

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  14. Oi, Calu!
    Gosto bastante de política, afinal, somos seres políticos e como tal deveríamos nos politizar como forma de autoconhecimento (rs*) Pensando nesse ítem acrescido da ética que citou no texto, imagino que com caráter definido, a conduta de cada um mostra bem como é o seu avesso. Vejo pessoas denegrindo os candidatos, sem a menor culpa ou consciência de que está burlando o respeito pelo bem comum e que a verdade é a grande sinalizadora do caminho das escolhas.
    Se vivemos uma democracia real, o voto não deveria ser obrigatório, pois assim votariam apenas aqueles que realmente tem interesse pelo definição de um resultado bom para todos ou próximo disso. Antes de começar a campanha eleitoral eu já sabia em quem votar e estou bem feliz com os resultados.
    Somos uma democracia bebê e ainda estamos testando a administração pública segundo a ótica dos partidos que estiveram no poder. Não deveria ser assim... Sonho com um mundo sem governo (rs*). Antes da esquerda passar anos no poder, vivíamos imaginando como seria tirar a direita do poder... acabamos por criar um país de insatisfeitos, pois enquanto uns se satisfazem, outros ficam frustrados. Uma terceira via seria muito salutar ou uma mistura bem dosada, sem que uma maioria decidisse por todos os cidadãos. Essa é a mudança de que tanto falam...
    Que Deus ilumine a nação brasileira!
    Beijus,

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  15. ... Esqueci de lhe agradecer por mais uma vez aderir ao BookCrossing Blogueiro!! #tamojunto!! :)

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  16. Poxa, eu comentei aqui, mas parece que não entrou!
    Pois eu também fiz, mais uma vez, meu caminho em direção à urna e bastante consciente, não foi por que tivesse um candidato pela sua excelência, pelo contrário, acho todos farinha do mesmo saco, mas já que temos que votar, votei naquele que achava com boas ideias, bom comportamento diante do público, respeitando um e outro adversário. Claro que ele nem passou perto dos dois classificados, mas era meu voto de protesto.
    Na verdade, nosso povo se manifestou em julho do ano passado, ali foi a ponta do iceberg se mostrando, agora, creio eu, será uma verdadeira virada do iceberg e, espero, aguardo, sonho que possamos nos livrar do que aí está.
    Eu não tenho medo de mudanças e gostaria muito que quem ganhasse desse atenção principal à educação e inclusão do povo, pois nada disso foi feito até agora.
    um beijo carioca


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