Tenho andado em tal ritmo de leitura que até me surpreendo, não que me seja estranha a fase, nada disso, já vivi períodos iguais infinitas vezes.Agora, porém, venho duma estiagem árida de quase um ano sem motivação.São águas passadas, ainda bem. Ao findar o passado e romper o novo ano ganhei fôlego e não parei desde então.Alvíssaras!
Romances e reflexões têem me feito ótima e assídua companhia.Vou lá, venho cá, intercalando os assuntos sem perder o fio da meada e, na ligadura que se forma parei na declaração:
" A felicidade não é uma questão individual" __ Thich Nhat Hanh.
Aí, a mente vira tela de cinema, filmes curtos e longos se alternam acima da legenda grifada dando contornos nítidos à força do conjunto das idéias/palavras. Simples , mas tão verdadeiro conceito careceria de representação, se fosse em outros tempos, mas nos de agora que é visto, fotografado, filmado e escrito em garrafais o culto ao individualismo, ele se torna cabal e imprescindível ao reconhecimento nas relações pessoais.
Fato básico e até cantado em muitas melodias imortais: " Ninguém é feliz sozinho", numa clara referência à felicidade conjugal, mas, por mais clichê que pareça, confirma uma realidade essencial, pois, somos seres sociais pertencentes à categorias listadas cientificamente. Somos mamíferos, bípedes, pensantes, agregadores e dependentes uns dos outros( sejam em que sentido for).
A mensagem televisionada dos Médicos Sem Fronteiras, exalta claramente tal conceito: "Somente um ser humano pode salvar outro ser humano". Incontestável, neh!
Se focarmos apenas nosso mundinho celular já teremos constatação dessa máxima. Não há possibilidade de felicidade extensa tendo uma enfermidade na família, um ente querido em apuros, um familiar atravessando tempestades.Somos nossas raízes e nossos frutos e tudo que lhes diz respeito nos afeta, nos toca, nos constrange ou alegra.
Somos árvores frondosas que carregam em si suas histórias de venturas e desventuras na evolução dos dias vividos e cada parte de nós está intrinsecamente interligada na correspondência do riso ou do choro de nossos amados, além disso, ainda somos indivíduos numa floresta de semelhantes que compõem o tecido social: a comunidade humana.
Que bom estar em fase de grandes leituras e de curtir cada vez mais a família...Claro, tens razão, com doença,não podemos nos sentir felizes, mas é nessa hora que temos que arranjar alegria pra passar pro outro... Somos mesmo uma comunidade familiar, um precisa e sustenta o outro. E isso é bom, faz bem. Somos árvores mais velhas e acolhemos os brotos...Tratamos, cuidamos e ainda cuidamos das árvores mais velhas ou da árvore nossa parceira... Trabalho não falta! Aqui não me sobra tempo e ele sendo pouco, o aproveito bem e sempre em família! bjs, chica e tudo de bom!
ResponderExcluirBoa tarde, querida amiga Calu!
ResponderExcluirHoje estou em oração mais serenamente e tive uma experiência, na tare, incrível do poder da intercessão familiar...
Um filho me passou mensagem pedindo oração por causa urgente e um amigo muito querido me pediu logo pela manhã o mesmo...
Resultado, não poderia esperar... tive que rezar...
A vida em família me pega de cheio também e, muitas vezes, o convívio comquem amamos é impossível e, estando distante, só me resta a oração...
A vida em família pela oração também me satisfaz muito...
Batem ímpetos de saudade imensa mas acalmo quando vejo Deus ouvir preces e súplicas que lhe faço além das lágrimas que derramo sem nem saber porque e me fazem amanhecer o dia tristonha sem causa precedente... é oraçao pelos que amo, na certa, que Deus me pede!
Leio muito também e os romances felizes me fazem bem à alma, certamente!
É sadio isso, bem sei... prova de saúde emocional e afetiva que temos, amiga.
Seja feliz e abençoada!
Bjm de paz e bem
P.S Passado o momento de oração específica, abro o blog e encontro sua magnífica postagem em resposta... obrigada, amiga do coração.
Confesso que ando muito preguiçosa em relação a leitura, agora mesmo, por exemplo, acabo de pedir ao marido para trazer um livro que estava lendo há quase um ano para tentar terminar, já que o sinal de internet está ruim e não vou conseguir assistir filmes mais tarde. Preciso urgente retomar as minhas leituras, estou nesse período de estiagem, tenho um espaço maravilhoso, confortável, mas me falta animo. Fico feliz que esse período tenha passado para você e que tenha voltado as boas com os nossos grandes amigo.
ResponderExcluirFamília é algo muito trabalhoso, mas quando todos estão bem, nos sentimos em paz, e não falo só de família com laços sanguíneos tem também aquelas que adotamos, que amamos tal como a outra sem esperar nada em troca.
Grande beijo
Ler é sempre uma viagem Calu. É preciso mais tempo para viajar em belas leituras.
ResponderExcluirPerfeito destaque ao pensamento pois que não há como ser feliz sozinho, vez que não nos bastamos na individualidade. A muito tempo li um pensamento onde o autor afirmava, que ele nunca se sentia feliz por si desde que os outros não estivessem felizes e que ele só se entendia a partir do outro.Somos este ser dependente do outro que se une a nós e assim se na célula algo não vai bem, a circulação se dificulta e sentimos uma contração, uma dor sem dor, mas que sabemos se nossa também.
Que cada dia tenhamos mais consciência desta nossa ligação, desta nossa dependência para se sentir bem.
Um bom lindo fim de semana com a paz que nos faz capazes de assimilar e nos permitir no ato de cooperar sempre.
Um abração com carinho amiga.
Bjs de paz e seja feliz assim.
Oi, Calu, como vai?
ResponderExcluirLindas divagações! Sabe, quando conta do período em que esteve afastada da leitura lembrou-me da fase de "incubação" do processo criativo. Após absorver informações é importante essa "pausa" cerebral para que as informações sejam processadas, criando os insights.
Acabei de falar isso no blog da Rosélia... todos somos um, é impossível para quem vive com o coração pautado no amor ser indiferente ao outro. A felicidade faz sentido quando o impacto é coletivo. Abraços!
Sem somos elos, não como sentir- se feliz com aqueles que amamos sofrem, podemos, quando muito, usufruir de alguns momentos de pequenas alegrias e assim sobrevivermos ao entorno de tristezas.
ResponderExcluirBjsss
Verdade amiga, com problema de saúde não se brinca. Sua postagem é importantíssima. Estamos na Primavera a mais bela estação do ano! Que venham as flores para enfeitar nossos dias.
ResponderExcluirBom final de semana... Que cada dia seja iluminado com gotas de alegria e sabedoria para que possamos viver na paz com toda a humanidade.
Abraços da amiga Lourdes Duarte.
Querida Calu! Também fiquei um bom tempo sei ler pois não queria ler em francês,que besteira que eu fiz. Eu também ando a todo vapor na leitura.Lir mês passado 2 livros de Carlos Zafon.Gosto imenso deste escritor Espanhol . Li "As luzes de Setembro e o Principe da Nevoa.Também ja li o jogo do Anjo e o prisioneiro do céu. Tenho lido no trem, no caminho para o trabalho e na cama. Já estou quase à acabar mais dois. Um é de Tatiana Rosnay:Elle S'Apellait Sara.A minha maior felicidade é fazer alguém feliz.Eu não acredito em felicidade plena.Para mim felicidade são gotas diárias q recebemos pelo caminho e quando partilhada, seja a minha felicidade ou do outro,ela se torna completa. Gosto imenso da frase de Cicero que diz:"A vida feliz consiste na tranqüilidade da mente."Bom Dimingo querida,Beijinhos
ResponderExcluirQuerida amiga Calu
ResponderExcluirSim, não se é feliz sozinho.
Família e amigos sinceros e queridos, asssim como você, fazem a diferença.
Consegui postar o vídeo emocionante enviado por você.
Deixo o meu abraço e beijinho carinhoso
Verena e Bichinhos.
Bom dia Calu,
ResponderExcluirQue bom que voltou às suas maratonas de leitura. Também tenho tido fases assim e há umas semanas atrás li um livro de um fôlego que me fez lembrar outros tempos.
Fixou uma frase bem importante. Nós na verdade não poderemos ser felizes se em nosso redor houver sofrimento.
Como sempre admirável a sua dissertação.
Um beijinho e continuação de boa semana.
AIlime
Mas umas árvores são frondosas, têm raízes profundas e frutos suculentos, enquanto outras são áridas, de ramos nus e não atraem pássaros e insectos. Acho que a minha amiga Calu pertence à primeira categoria e tem toda uma tribo em seu redor, de família mas também amigos (alguns deles meramente virtuais).
ResponderExcluirBeijinho, uma linda semana
Ruthia d'O Berço do Mundo
E os livros... sempre nos mostram o mundo... com outros olhos e diferentes caminhos... e por isso... nos devolvem o mundo... para o redescobrirmos de novo... com horizontes mais alargados!
ResponderExcluirUma imagem linda... e um post cujo conteúdo apreciei imenso!
Beijinhos
Ana