sábado, 16 de maio de 2015

Com a cabeça nas nuvens/ Brincando com a Chica





Não há quem não sinta-se tocado por belos instantes da natureza.Eu sou altamente influenciada pelas cores dos dias.Um amanhecer resplandecente, um azul infinto, um céu novelado de algodões brancos, um mar sereno ou encrespado, o verde em seus tons, cores das flores, detalhes e adornos, tudo me fala, me cala fundo n'alma.
Fechando essa semana tão movimentada por sustos e  também por satisfações expressas, junto-me à brincadeira da querida Chica, na proposta em seu blog :chicabrincadepoesia; "Botando a cabeça pra funcionar", onde nos convida a devanear pelos detalhes encantadores da imagem abaixo.Olhar, respirar e inspirar-se!






Amplitude azulada que em matizes clareia o dia,
descortina em meu olhar
a grandeza do natural acontecer.
Vida abrangente do ser.


A inspiração na natureza remonta milênios, seja ela por sentimentos ou por exemplos de funcionalidade e capacidades.Para não fugir a regra, os humanos observaram, e repetiram muitos fenômenos naturais, dentre eles, as cores.Na busca por reproduzir as maravilhas da natureza muitas tentativas e falhas foram cometidas, mas sucessos também tiveram( têm) lugar na história da humanidade.Um desses episódios diz respeito à descoberta da cor azul( sua reprodução artificial).

Um pequeno resumo feito no site: brasilescola, por Rainer Sousa ( graduado em História) dá pinceladas desta aventura.Vale a pena acompanhar.


A Origem do Azul

As cores são um elemento cotidiano, capaz de revelar muitos aspectos de uma mesma cultura. Frequentemente, vemos que uma pigmentação é associada a um certo estado de espírito. Nas línguas anglo-saxônicas, “estar azul” significa entregar-se à tristeza. Para nós brasileiros, em contrapartida, o azul é utilizado para toda situação em que fatos acontecem conforme o esperado. Em várias outras culturas, a cor da roupa pode ser um instrumento capaz de repassar um amplo número de informações.

Quando falamos aqui da “origem do azul”, não temos condições de falar sobre a exata data em que essa cor foi inventada. Na verdade, os diferentes povos espalhados pelo mundo empregavam técnicas, plantas, óleos e outras substâncias para a obtenção deste mesmo tom. Há cinco mil anos, os egípcios usavam uma pedra semipreciosa (lápis lazuli) para fabricar tal coloração. Em contrapartida, os romanos, não acostumados com a cor, faziam questão de associá-la aos olhos claros dos bárbaros.No período medieval, o vermelho, o preto e o branco eram ostensivamente utilizados para a construção de iluminuras e outros tipos de telas. O uso do vermelho nas roupas indicava a condição de nobreza de um indivíduo. Os camponeses e pessoas com menos condições financeiras faziam o uso de tecidos azuis. Para se obter a cor, era promovida a extração de um pigmento chamado “ísatis” ou “pastel-de-tintureiro”.Nessa época, os artesãos deixavam a planta fermentando com a urina humana. Algum tempo depois, alguns observaram que a adição de álcool poderia acelerar a reação. Com isso, vários artesãos se embebedavam com a desculpa de que tinham de tingir um tecido de azul. Ao longo do tempo, essa prática fez com que os alemães associassem a embriaguez com a expressão “ficar azul”.

No contexto das grandes navegações, os europeus conheceram o pigmento índigo indiano, obtido com o uso de uma planta oriental. Antes disso, os europeus tinham grandes dificuldades para produzir tintas azuis, já que a escassez de pedras de lápis lazuli era tremenda. Visando à proteção de seus interesses comerciais, muitos mercadores dessa época instituíram a proibição da comercialização de tecidos azuis que não fossem fabricados a partir da ísatis.

No século XVIII, uma experiência com a oxidação de ferro acabou oferecendo acidentalmente o pigmento azul-da-prússia. Do ponto de vista econômico, a descoberta veio a baratear os processos de tingimento e a própria fabricação das tintas empregadas na fabricação de quadros e telas. Vivendo já o contexto da Revolução Industrial, vemos que o desenvolvimento da química proporcionou a fabricação de vários tons e cores manipulados artificialmente. Incluindo o azul!







14 comentários:

  1. Calu! Que lindo saber sobre a origem do azul que tanto nos encanta!

    E tua participação ficou muito legal! É o natural acontecendo! Lindo modo de olhar a imagem.bela leitura dela! Foi mesmo uma semana cheia, várias oscilações de momentos, mas estamos aí e isso é o que vale! vamos que vamos, s'imbora!

    Obrigadão! Levo teu link e desejo muito azul no teu fds e vida! bjs, chica

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  2. Calu, que post maravilhoso. Temos toda a paleta de cores à nossa disposição e nem paramos para pensar como foi que isso aconteceu. Ainda bem que conseguiram "chegar" ao azul. É uma das minhas cores preferidas.
    Sobre as conotações culturais das cores mencione-se o branco que para uns é símbolo de pureza (casamentos ocidentais) e para outros é sinal de luto (hindus). E o vermelho que, na China, é sinal de felicidade e por isso usado pelas noivas (infelizmente essa linda tradição está a cair em desuso).
    Muitos beijinhos, um lindo fim-de-semana
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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  3. Azul era a cor favorita de meu Pai. A minha é o verde. Sendo essas duas as cores mais abundantes na natureza (rural), nem precisa dizer o quanto a roça nos influenciou na preferência!
    Adorei conhecer a história do azul (contavam-nos muito sobre o vermelho)!

    Beijos naturalistas

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  4. Excelente postagem Calu. Gostei muito de saber do "azul" uma das minhas cores preferidas. Super interessante.
    Muito bonito o Poema. bjs. e um bom final de semana.

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  5. Olá, querida amiga Calu
    Amo azul... não fico triste quando o uso, muito pelo contrário... me sinto super bem e feliz...
    Sua criação está valorosa... abrangente e alegre...
    Seja feliz e abençoada!!!
    Bjm fraternal

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  6. Boa tarde Calu, sempre excelentes os seus artigos!
    Aliando à sua magnífica participação com um sublime poema nos presenteia com uma excelente introdução!
    Culmina com uma explicação pormenorizada da formação do azul, cor que também muito aprecio (para além do verde,)!!
    Muito obrigada!
    Beijinhos e um excelente fim de semana
    Ailime

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  7. Um post muito interessante. Eu adoro o azul. Ele me transmite serenidade tranquilidade bem estar.
    Um abraço e bom fim de semana

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  8. Calu,
    Linda a sua participacao! E gostei de saber sobre o azul. Eu, particularmente, amo essa cor!
    Bjs e um otimo domingo!

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  9. Calu, de uma simples brincadeira , na qual participou com beleza, você aproveitou o azul para nos trazer inúmeras informações. Somos influenciados por cores, mas desconhecia o significado do azul, para algumas culturas. Eu o vejo como sinônimo de arte, já que céu e mar o apresentam com grandeza esplêndida. Bjs.

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  10. Ô beleza de explanação que nos dá, amiga!
    Eu já tinha lido sobre as cores e em como algumas apareceram no uso em roupas na sociedade, mas não sabia desse detalhe inglês, e que vai na contramão do que pensamos sobre 'estar azul', pois para nós é justamente quando tudo está lindo, bem, light.
    O azul vem me inspirando a cada dia, tanto é que estou mudando a cor de minha casa na serra para este tom, puxando um pouco para o azul mais fechado, mas as várias nuances que nos apresentam nas paletas de tintas, nos dá a nítida visão de como esta cor é rica e cai muito bem em decoração.
    Estou azul, completamente azulada. hehe
    beijocas cariocas e ótima semana!

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  11. Linda e interessante participação,Calu
    Quanta informação trouxestes.
    Obrigada pela partilha, querida
    Tenha uma abençoada semana.
    Beijinhos de
    Verena e Bichinhos

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  12. Oi, Calu!
    Não sabia da origem do azul! Uma cor que aprecio em todos os tons! O post está especialmente poético. Há poesia na natureza e na alegria da sua contemplação!
    :)
    Boa semana!!
    Beijus,

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  13. Dizem que o azul é a cor da alegria.
    Linda sua participação com este banho de cultura.
    O poema é de uma graça fenomenal.
    Aplausos Calu, que bom ver voce engrandecendo esta bela ideia da Chica e Neno.
    Carinhoso abraço amiga de cinco anos por aqui.

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!