domingo, 22 de junho de 2014

De conversa em conversa até as entrevistas de hoje em dia








Num dia de tarde amena dois pastores se encontram e trocam informações sobre os caminhos mais verdejantes, os pastos mais seguros, a proximidade de chuva,um e outro  palpite sobre seu ofício; acontecia ali o secular costume da entrevista oral, ainda rudimentar, incipiente da roupagem que adquiriu ao longo dos tempos seguintes mas, acredito que sua nascente deve ter brotado em conversas coloquiais assim, dicas necessárias, informes importantes para cada grupo social em sua época.

Não me atrevo a determinar data ou ainda a fazer uma referência embasada nos fatos históricos ou quem sabe até pré-históricos desta situação absolutamente comum nas rotinas diárias sejam elas antigas ou atuais.Dou asas a minha imaginação pintando superficialmente o que penso tenha sido esboço do gênero chamado entrevista ao ter-se originado naturalmente nos diálogos entre as pessoas em meio as horas transcorridas nos dias onde cada uma apontava suas dificuldades, suas necessidades, seus medos numa cotidianidade cheia de dúvidas e incertezas e, que ao interagir com seus próximos sentia-se mais confortável, participava dos saberes que desconhecia os quais poderiam lhe garantir uma sobrevivência mais tranquila.




Deste estágio aos dias de hoje muita água correu por sob inúmeras pontes, e a primeira de que se tem notícia correu por uma das pontes que cruzavam o rio Tibre na Roma antiga, na época do lendário imperador Júlio César, a quem é atribuído a criação do primeiro jornal do mundo, o Acta Diurna, uma publicação oficial do império romano criada em 59 A.C.Para poder escrever o semanário, foi criado o grupo dos Correspondentes Imperiais, homens enviados para todas as regiões e províncias do império para acompanhar os fatos, descrevê-los e transformá-los em notícias a serem divulgadas no Acta Diurna.Podem imaginar as manchetes de então? As dificuldades destes primeiros repórteres em aventurarem-se por muitos perigos atrás das notícias?E como tiveram percalços para registrá-las sem que se perdessem pelos caminhos até que fosse possível contactar um mensageiro confiável?Esses corajosos jornalistas ancestrais devem ter sido os primeiros a oficializar o que chamamos hoje de entrevista.

Relatos, depoimentos, reivindicações, denúncias e tudo que girava no universo social daquelas paragens foi por eles documentado e levado ao conhecimento do povo romano, despertando o natural desejo humano por mais conhecimento, seja ele oficial ou de bastidores.Dizer que tais fenômenos só refinaram-se com o passar dos séculos é grafar em carbono usado.

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E para compor ainda mais o tema, eu sou a entrevistada do dia na série criada pela simpática Karin Filgueira, do meudocelar.blogspot.com (Aqui), um espaço acolhedor e repleto de dicas preciosas onde todos(as) são bem-vindos.
Obrigada Karin pela gentileza de sempre!


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Imagens e referências: educadordiaadia.org

13 comentários:

  1. Calu, tu és genial! Não poderias deixar de dar uma bela aula sobre as entrevistas , o passado e presente delas. Adorei a tua por lá! Beijos e parabéns às duas,chica. Um lindo domingo!

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  2. Sim, Chica, nossa amiga Calu é genial mesmo! Ela não foi direto ao ponto, antes deu-nos uma interessante aula sobre o início rudimentar do jornalismo, o que aliás adorei saber por aqui.
    Claro que iremos lá ver sua entrevista!
    Tenha um lindo domingo em família!
    um beijinho carioca da serra.

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  3. Oi Calu!
    Seu texto faz todo o sentido (coisa de professora...) e foi um belo "gancho" para anunciar a entrevista (coisa de escritora) vou lá na Karin.

    Abração
    Jan

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  4. Calu, minha querida!
    Como eu disse lá: "Meu Doce Lar Entrevista nao seria completo sem sua presença aqui!"
    E falei de coração.
    Obg pelo carinho, por aceitar meu convite e, sobretudo, obg por sua amizade - tão querida e especial!

    Deus abençoe e um bjão!

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  5. Simplesmente amei a aula, Calu
    Sempre aprendo muito por aqui.
    Vou lá ver a entrevista.
    Beijinhos e o meu especial carinho de
    Verena e Bichinhos

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  6. Voltei pra agradecer tua linda interação nas borboletas.Já anexei ao texto! Obrigadão! bjs,chica

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  7. Boa noite Calu, excelente esta sua aula sobre o inicio da conversação entre os homens desenvolvendo-a de forma superior!
    Já li a sua entrevista e adorei!
    Foi bom conhecer mais um pouco da Calu através dos seus gostos e actividades!
    Obrigada e o meu carinho para si e sua entrevistadora!
    Um beijinho e excelente semana.
    Ailime

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  8. Adorei ler-te hoje (aliás, como sempre). Nunca me tinha debruçado sobre esse tema, tão interessante, dos primórdios da Entrevista. Gostei mesmo!
    E também apreciei a tua entrevista à Karin do Meu Doce Lar. É assim que se tecem os laços de união entre os bons blogs e suas autoras. Uma dádiva! Obrigada Calú, por tantas coisas belas que nos revelas. Bjs. Bombom

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  9. Calu, que legal saber desse primeiro jornal e imaginar como deve ter sido dificil! Se falassem mal do imperador corriam o risco de ser jogados aos leões,por certo!...rss...vou lá ver sua entrevista tb! bjs e boa semana,

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  10. Me ha encantado tu post, tienes cosas muy interesantes, felicidades por tu bloc. Te invito a visitar el mio, esta semana damos la bienvenida al verano con un monton de propuestas interesantes. Espero que te guste y te hagas seguidora y si ya lo eres gracias por tu visita. Elracodeldetall.blogspot.com

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  11. Oi, Calu, como vai?
    Lendo seu texto me senti sentada em uma cadeira acadêmica em uma universidade num curso de história... simplesmente fantástico! O que não muda é a busca do ser humano por conhecimento e por trocar ideias para se sentir mais seguro. Um abraço!

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  12. Um tema muito interessante! gostei muito!
    Bjs

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  13. Um belo relato histórico de como se chegar aos conhecimentos diversos através da entrevista.
    Vou lá conhecer a sua, bjs

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!