(pinterest)
Fui lá trás no tempo ao folhear uma revista de moda.Torci o nariz pra uns modelitos, me animei com outros e descobri muita releitura( como dizem) de detalhes antigos em modelagem nova. Tenho uma tia costureira exímia. Hoje, em idade avançada, não pratica mais seu ofício.Todas as vezes que falo com ela, friso o quanto sua arte é valorizada hoje em dia.Encontrar-se uma costureira de calibre é quase missão impossível, embora pululem lojas de consertos rápidos, que não passam disso,e se não ficarmos atentas ao resultado, periga de levarmos pra casa um trabalho mal feito.
Nesses instantes de divagações página a página, pontuando gostos e descartes, me lembrei duma ciranda interativa que promovi aqui na blogosfera, em 2012:" Não é do meu feitio", aplicando na palavra "feitio" tudo que pudesse nela caber.A adesão foi enorme.Amigas e amigos do blog marcaram suas participações com entusiasmo e brilhantismo.Era minha primeira proposta de Blogagem Coletiva e eu estava ansiosa pra que nada desse errado.Qual não foi meu desespero na data inicial ao amanhecer o dia debaixo duma chuvarada intensa que derrubou a rede.Oh vida! Mas, quem tem amigos carinhosos não passa sufoco.Duas queridas, Beth Lilás e Chica, vieram em meu auxílio publicando e transferindo os links dos participantes.Tudo certo. Tudo bem pra alívio meu e alegria geral.
Na esteira das lembranças fui lá nos arquivos e resgatei a participação da amiga Vivian, vivian-floreselivros.blogspot.com, que reedito aqui como referência das belas passagens que a Ciranda Interativa gerou.
"Não é do meu feitio fugir da construção de quem sou, nem usar máscaras conforme as circustâncias...
Não é do meu feitio tecer mentiras , alinhavar intrigas ou bordar falsidades...
Valorizo a leveza e a delicadeza das rendas, a transparência e suavidade dos organdi e a profundidade do veludo.
Enquanto vou tecendo, me descubro, num eterno aprendizado...
Busco as cores alegres e os tons sóbrios para dar equilíbrio e firmeza ao meu caráter, dando solidez aos meus valores.
Assim como a simplicidade e pureza das flores para dar sentido a cada novo dia...
E assim estou sempre tecendo...
Não é do meu feitio ser outra."
Vivian Fernandes de Goes
Valorizo a leveza e a delicadeza das rendas, a transparência e suavidade dos organdi e a profundidade do veludo.
Enquanto vou tecendo, me descubro, num eterno aprendizado...
Busco as cores alegres e os tons sóbrios para dar equilíbrio e firmeza ao meu caráter, dando solidez aos meus valores.
Assim como a simplicidade e pureza das flores para dar sentido a cada novo dia...
E assim estou sempre tecendo...
Não é do meu feitio ser outra."
Vivian Fernandes de Goes
Torno a agradecer a todos(as) que participaram desta gratificante e fértil blogagem!
Calu, que coisa boa poder voltar e já reler uma participação tão linda da querida Vivian, que anda sumidinha, mas sabe das coisas! Obrigadão pelo carinho todo e sempre! Valeu relembrar ,né? bjs, chica
ResponderExcluirCá é raro consegui uma boa costureira e quando se encontra,melhor comprar pronto pois custa muito caro.Uma feliz semana querida,beijinhos
ResponderExcluirOi, Calu!
ResponderExcluirSaudade das roupas feitas sob medida... Eu sou costureira (de mim mesma). Trabalhei quase 10 anos em confecções e fiz corte e costura na adolescência - era de lei.
Se tiver netas, alicerçarei nelas esse amor aos tecido - uma mão na roda!
Beijos prestimosos procê
A Verdade Em Poesia, está a tentar visitar a todos os seus seguidores,
ResponderExcluirpara deixar abraço amigo e agradecer por termos ficado juntos mais um ano,
desejar também que este ano lhe traga muitas alegrias, e grandes vitórias.
Atenciosamente. António.
PS. tive de seguir outra vez porque estava sem foto, ou sem endereço.
É do meu feitio essas viagens
ResponderExcluirTive tia costureira exímia
Que eu viajava nos vestidos de festa que via em seu ateliê
Ganhava retalhos para fazer roupas p bonecas e sonhar com roupas para mim
Fez muitas pra mim
Fez meu vestido de casamento
Aplicava pedrarias com acabamento e talento digno de aplausos
Hoje td mal acabado, descartável, sem moldes ou modelos sob medida, tudo em série, sem glamour ou simples poesia
Pq roupas tem poesia, revistas de moldes, agulhas, linhas, suas, minhas e universais entelinhas
No céu minha tia rendeira está e ela de lá e eu de cá ainda teço sobre tecidos, pontos e cruzes
Amei seu assunto tão meu
Vir aqui sempre me imensa
Um dom excepcional daqueles que alinhavam, cortam, medem, tecem e de um reto tecido, a magia das formas, contornos de uma roupa bem feita. Em extinção lamentavelmente...
ResponderExcluirReleituras sempre nos trazem surpresas!
E deixe uma janelinha aberta para a possibilidade de organizar outra blocagem coletiva esse ano!
Beijo!
Valeu lembrar Calu e é sempre bom! Eu vivo lembrando minhas primeiras postagens e me delicio! De fato, essa da Vivian é uma riqueza, uma alta costura mesmo! Parabéns! Minha mãe também era exímia costureira! Um abraço apertado!
ResponderExcluirOiii Calu, de fato encontrar uma boa costureira é missão impossível hoje em dia, cada dia vejo menos pessoas trabalhando com costura para fora, só atelier de consertos mesmo! Não lembro da BC mas adorei o texto da Vivian! Bjosss
ResponderExcluirBoa noite Calu, adoro seus "posts" sempre muito originais.
ResponderExcluirHoje em dia muito dificil encontrar costureiras como nos tempos passados. O pronto a vestir tem vindo a terminar com essa tão nobre profissão dando lugar às tais lojas de consertos.
Recordando essa interacção partilhou um texto muito belo de Vivian que teceu uma bela construção de si própria.
É bom volta e meia recuar no tempo.
Desejo-lhe um bom domingo e excelente semana.
Ailime
Calu, essa participação da Vivian ficou sensacional. Lamento que os atuais compromissos dela a tenham afastado do blog, pois é muito querida.
ResponderExcluirMinha mãe costurou durante muito tempo. Nossas roupas eram feitas por ela. Hoje, melhor comprar tudo pronto, pois consertos costumam nos aborrecer. Bjs.
Olá, Calu, como vai?
ResponderExcluirLembro-me dessa blogagem e que participei. Nunca promovi uma blogagem mas gosto de participar, acho que propiciam grandes rodas de conhecimento e de debate.
Até há dois anos atrás eu costurava para fora, era meu segundo ofício (comecei com 13, hoje tenho 40). Tinha boa clientela, mas a coluna e o joelho começaram a reclamar da sobrecarga e mudei para a arte em papel e costuras mais leves. Até hoje clientes me ligam quase implorando por um vestido bem feito, rsrsrs, pois como bem citou, é raro encontrar bons profissionais no ramo e pacientes para entender o gosto feminino. Até hoje tenho guardadas grandes pilhas de Manequins e Moda Moldes, rsrsrs.
Ofício adorável!
Abraços!