sábado, 10 de março de 2012

O mundo em duas rodas

"Sentada na calçada
de canudo e canequinha,
sa-tu-plec-tu-plim,
Eu vi uma senhorinha,
sa-tu-plec-tu-plim,
numa bicicletinha..."

E morri de inveja (boa_se é que isso existe) ao vê-la toda serelepe em suas pedaladas rua abaixo, e disse pra mim mesma: tá na hora de pedalar por aí.Coragem mulher!

Ahá, tem 4 anos que todo verão me vê cheia de ânimo pra comprar uma bike num dia e noutro já desisti do intento. Também fazem 30 anos que não ando numa de verdade, pois, as da academia não vale.Não saem do lugar e a gente tá segurinha no chão.Morro de medo de me esfolar toda. Ehh, isso aconteceu com um vizinho que não via há tempos e quando nos esbarramos me assustei com o estado do coitado de braço quebrado, rosto e pernas esfolados, pensei que tivesse sido atropelado: nada disso, tombo de bicicleta.E olha, que ele é usuário constante.Virge!

Pra piorar, ainda temos as notícias trágicas, como a do atropelamento e falecimento em São Paulo da jovem bióloga a caminho do trabalho.Uma barbaridade.Aliás, fato comum (inaceitável)no trânsito das cidades brasileiras, onde motoristas alucinados saem ferindo e matando o que tiver vida.Pouquíssimos são os educados respeitadores das leis de trânsito, assim chamadas porque deveriam ser obedecidas, já que são leis, porém são elas as mais ignoradas pela maioria motorizada.

Um conceito básico deveria estar plenamente aprendido por todos os que dirigem: O ser humano veio primeiro que os carros( transportes motorizados), logo a rua É do pedestre por direito de existência.Simples e irrefutável assim.Mas, só doendo no bolso é que poderá ser minimizada a inconsequência de maiores e menores diante duma máquina que se quer útil ao ser humano e não sua algoz.

Há muita gente corajosa que formou clubes de ciclistas e pedalam por aí para todos os lados. Acho uma super idéia e fico imaginando uma bicicletinha com cestinha toda arrumadinha me conduzindo à padaria, ao mercado e pelas cercanias.Não penso em me aventurar fora de meu bairro que tem o privilégio de ser medianamente calmo, exceto pela rua central que é pista de corrida de todos os usuários.Uma lástima, como muitas outras coisas aqui na cidade.Enfim...
Amanhã é outro dia e, quem sabe me armo de coragem pra começar minha pedaladas por aqui!


"Nunca duvide da capacidade de um pequeno grupo de dedicados cidadãos para mudar os rumos do planeta.Na verdade, eles são a única esperança de que isso possa ocorrer." 
Margareth Mead 
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Imagens: weheartit.com
brasilescola.org

24 comentários:

  1. rsssssss... adorei Desde a musiquinha, tu és mesmo genial!

    Faz tempo que não ando, mas adorava. Aqui na cidade ,nem pensar.

    Quando estava noiva do Franco, uma vez , um colega de trabalho dele deu carona até minha casa de carro.

    Quando ele me olhou, perguntou se o Franco tinha certeza que eu estava pronta pra casar, pois me viu com todos os joelhos lascados, pernas e braços esfolados,rsrs Tombos de bici,rsrs


    Mas depois aprendi direito e me fui!!1Muito legal! beijos,chica

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    1. Essas lembranças boas são uma pausa no corre-corre, né Chica.
      Que bom que rimos juntas.
      Bjos.

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  2. Ai, Calu, querida, vai, pedala por mim! A última vez que trepei em uma bike foi há nove anos! Em Paquetá (maravilha!): aluguei uma daquelas e saí, formosa, maravilhada, aí comecei a sentir um siricutico e, apavorada que minha pressão tivesse subido por conta do esforço, voltei, a pé, empurrando a dita cuja para devolver. De lá para cá, só em sonhos ando de bicicleta! Ai, saudade!
    Então me vinga e sai por aí pedalando!
    Bjssssssssssssss, quérida!

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    1. Tô me esforçando, Cléa, acredite,srsrsrs...embora tenha a desculpa da falta de grana,vou tentar realizar esta aventura.
      Se acontecer, prometo que conto tudinho, viu?
      Bjkas.

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  3. Oi Calu, não sei se gostei mais da "canequinha" ou da "bicicletinha";-)))))

    Confesso que também tive inveja (da boa...)
    Beijão e bom domingo.

    Jan

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    1. O bom é que vc gostou e reviveu comigo um doce lembrança, Jan.
      Bjkas.

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  4. Olha, eu confesso que também tenho medo...
    Cair e esfolar não é comigo não.
    Qdo aprendi a andar, que foi sozinha, caindo e esfolando os joelhos, que por fim, ficavam quase que em carne viva, porque eu andava, caía, machucava, andava, caía de novo e machucava o machucado.
    Mas criança nem tem noção das coisas, né????

    Ótimo fim de semana pra vc...

    Faz tempo que não venho aqui... isso é imperdoável!
    Beijos

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    1. Vou concordar contigo, Clarinha, é mesmo imperdoável tua ausência muito sentida por aqui,rsrs...mas está desculpada, pois sei bem dos corre-corres da vida.

      Acho que vou continuar andando a pé.O que vc acha?
      Bjkas.

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  5. Assim lembrei de minha primeira bike Calu, foi a maior festa e lá naquele interior era como carro.Hoje as cidades nos assustam e nos roubam este prazer que vem junto com ação saudavel.O pensamento final é otimo.Como formiguinhas podemos sempre.
    Um belo domingo e muita paz e alegria na familia.
    Meu abraço.
    Beijo

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    1. Pois é amigo Toninho, lamento tbém esta loucura em que se transformaram as vias públicas de nossas cidades.
      Bjkas.

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  6. Ih, bicicleta nunca foi meu forte também não!
    Aprendi a andar, mas só fui ter uma já adulta e quase não usava. Dizem que quem aprende, jamais esquece... Sei não, acho que se tentar, passo vergonha...rs!
    Bjs.

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    1. Pior que passar vergonha é passar dor, Gina.Por isso reluto tanto em me aventurar.
      Bjkas.

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  7. Calu, nunca tive uma bicicleta e rabo de cavalo. Eu morria de vontade, mas nem sei tirar uma bicicleta do lugar. Então, se vc sabe, vá correndo pedalar! Não perca tempo, não! Um grande abraço!

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    1. Ah, Malu com tanta torcida assim, sou mesmo capaz de me jogar na aventura.
      Bjkas.

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  8. Calu querida,
    Sempre tive o sonho de pedalar,mas minhas primeiras aulas com minha madrinha,foram um fracasso...resultado,desisti de vez.Quando meus filhos ganharam suas bicicletas armei-me de coragem e ,sózinha,na marra,aprendi...e pedalei muito,com minha irmã,no Recreio dos Bandeirantes,quando lá não havia movimento nenhum.Hoje não pedalo mais e nem sei se conseguiria(dizem que não se esquece jamais).
    Mas vc deve ir em frente com o seu sonho,amiga!
    Bjsssss,
    Leninha

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    1. Obrigada pelo incentivo, Leninha.Tô pensando com carinho no assunto.
      Bjkas.

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  9. Olá Calu escrevinhadora... Sou a Lindalva da Ilha e moderadora do Ostra da Poesia. O teu voto 6º Pena de Ouro foi computado com sucesso. Teu blog é nota 10 e já estou a seguir. beijos perfumados no coração!

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    1. Seja bem-vinda, Lindalva.Será um prazer vê-la por aqui mais vezes e poder trocar muitas figurinhas contigo.
      Bjkas.

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  10. Calu, querideza minha, essa danadinha de duas rodas foi minha super companheira quando pequena. Saíamos minha irmã e eu pelas ruas da minha cidade que no tempo (uns 13 anos atrás) era tranquila. Hoje tbm num temos mais bike, mas quando tô em Sampa no Ibirapuera fica impossível num alugar uma pra sentir o gostinho de liberdade batendo com a brisa no meu rosto.

    Mas eu tbm num tenho coragem de sair mais andando pela rua de bicicleta.

    bjos de luz e carinho.

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    1. Pois é, menina, tenho o mesmo medo, da flata de civilidade dos motoristas em geral, além de minha própria inabilidade numa magrela.
      Bjkas docinho.

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  11. Bom dia,Calu!!!

    Faz tempo que não ando de bicicleta!!!Nem a tenho mais!
    Eu gostava, mas não nas ruas, preferia a calma dos parques!
    Beijos minha linda!!!Boa sorte!rsr

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  12. Oi Calu querida...é uma delícia andarmos de bicicleta, a alguns anos atrás num misto de coragem e loucura eu andava com um dos meus filhos pela rua rsrrs... mas o transito é complicado, mesmo numa cidade pequena como a que moro, pois aqui tem um numero elevado de carros por habitante, torna-se perigoso demais.

    Infelizmente há de se ter respeito uns para com os outros, bem sabemos que isso anda em falta e há imprudência de motoristas, pedestres, motociclistas e ciclistas, que se arriscam demais dentro desta caótico transito.

    Mas saia sim, pra curtir um passeio, onde as ruas forem mais calmas ou em algum lugar bem arborizado, com toda certeza na calma, na paz, você se energizará, bom demais sentimos o ventinho pelo nosso rosto.

    Boa semana amiga, beijinhos
    Valéria

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  13. Calu,
    Eu moro no Rio de Janeiro e ando muito de bicicleta por aqui, evito o meio da rua, ando nas ciclovias pela orla, olhando o mar, ou na Lagoa que tbém tem uma ciclovia. Faz muito bem para cabeça e para alma. Não sei onde você mora, mas eu acho que você deveria buscar lugares mais seguros e pedalar. É tão bom.
    Beijos
    Denise

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  14. Coragem Calu, falar é fácil né? eu como motoqueira já ando traumatizada, parece que os motoristas de carro odeiam 2 rodas rsss e tocam em cima mesmo.
    Mas é tudo de bom sentir ventinho no rosto, escolha ruas mais tranquilas e manda ver!
    Beijos e boa semana!

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!