quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ciclos


Enquanto segurava nas mãos a minúscula forma de pudim, uma questão me passou pela mente:
Como cheguei a isso?
E desatei a rir sozinha chamando a atenção dos outros clientes da loja. Nem me importei com o mico,
afinal é momento único, aquele em que nos damos conta das boas memórias vividas.
Pois é, lá estava eu comprando aquela miniatura de forma. Quem diria que até ontem(?) usava leiteira de 5 litros pra ferver o leite. È gente, no tempo da minha ninhada, fervia-se leite!
As panelas, caçarolas tamanho G e mais outras tipo exército, conviviam quase diariamente nas seis bocas do fogão, perfeitamente irmanadas.
Na geladeira tinham breve passagem as bandejas de 24 yogurtes, a caixa de chicabons e a de hamburguers.
O tempo voou e só a Carolina aqui que não viu??
Mentira, vi sim, e trago uma imensa saudade daquela lida toda. Na época eu queria que o mundo, acabasse em mel pra eu morrer doce. Mas é desespero de causa  fútil. Mãe precisa reclamar, pôxa, ninguém é de ferro!
Agora, ninho vazio, deixa no peito essas nostalgias, boas de sentir, fortes de saber, belas de ter.
No ciclo da vida, estou em nova fase. As panelas diminuíram, mas o amor é o mesmo e só cresce. Choramingo pra não perder o costume, mas sei que o novo tempo já chegou. Meu netinho o trouxe nas mãos enchendo de felicidade cada canto.
E logo, logo, estarei precisando comprar utensílios maiores. Ora Viva!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Travessias

Impossível atravessar a vida sem que um trabalho saia mal feito,
sem que uma amizade cause decepção, sem padecer com alguma doença,
sem que um amor nos abandone, sem que ningúem da família morra,
sem que a gente se engane num negócio.

Esse é o custo de viver.
O importante não é o que acontece, mas como você reage.
Você cresce quando não perde a esperança, nem diminui a vontade,
nem perde a fé.

Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la.
Quando aceita seu destino, mas tem garrra para mudá-lo.
Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está
por vir.

Cresce quando supera, se valoriza e sabe frutificar.
Cresce quando abre caminho, assimila experiências
e semeia raízes.

Cresce quando se impõe metas sem se importar com os comentários.
Cresce sendo forte de caráter, alicerçado na sensibilidade e no amor.
Cresce ajudando a seus semelhantes,
conhecendo a si mesmo
e dando à vida, às vezes, mais do que recebe.

Susana  Carizza


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Guardar


Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, estar acordado por ela,
estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
do que um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
poe isso se declara e declama um poema:
para guardá-lo;
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda,
guarde o que quer que guarde um poema.
Por isso o lance do poema:
por guardar-se o que se quer guardar.

Antonio  Cícero 
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Guardem vcs, queridos(as), o meu apreço por essa nossa feliz convivência.
Uma boa-tarde.
Bjinhos.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Transparência

Esse aprendizado faz parte dos muitos que em nosso cotidiano contribuem para trilharmos o "caminho do meio", da tão buscada humanidade completa. E como tal, é complexo, às vezes falho, às vezes desprezado, mas sempre buscado por todos(as) aqueles(as) que primam pela melhor convivência.
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Ser  Transparente

Às vezes, fico me perguntando porque é tão difícil ser transparente...

Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.

Mas ser transparente é muito mais do que isso.

É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que sente...

Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir muros...

Ser transparente é permitir que a doçura aflore, transborde...

Mas, infelizmente, a maioria decide não correr esse risco.

Preferimos a dureza da razão à leveza reveladora da fragilidade humana.

Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam da alma...

Preferimos nos perder numa busca por respostas a simplesmente admitir que não sabemos nada e que temos medo!

Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção.

E assim, vamos nos afundando em falsas palavras, atitudes, em falsos sentimentos...

Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar...

A doçura, a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós...

Uma saudade desesperada de nós mesmos, daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar...

Porque aprendemos que isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro!

Quando, na verdade, agir com o coração, poupa a dor...

Sugiro que deixemos explodir toda a doçura!

Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis...

Chega de tentar controlar tanto....

Responder tanto...

Competir tanto...

Tente simplesmente viver, sentir e amar.
                                                    Rosana Braga 

Selinho

Recebi o convite da amiga Zizi, do http://bloguinhodazizi.blogspot/.  e cá estou participando da enquete literária promovida através deste simpático selinho.
Seguem minhas respostas e indicações:

1_ Os Doze Trabalhos-Caminho e Espiritualidade_ Fundação Avatar 
2_ Mulheres que correm com lobos_ Clarissa Estés 
3_ A Deusa Interior _ Roger e Jennifer Woolger
4_ Indicações:

Jacque_http://sentimentos-jacque.blogspot.com
Mariza_http:// almazendemensagens.blogspot.com  
Suziley_http:// arslitterayelisus.blogspot.com 

Não conclui a listagem com as três restantes por já sabê-las indicadas anteriormente.
Obrigada Zizi por me incluir na brincadeira. 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Escolha do Amor



Pessoas que têm certezas absolutas erram mais. Todos os dias fazemos escolhas em nossas vidas. Algumas escolhas são simples; outras, mais complexas. Escolhemos a roupa, o sapato, a alimentação, o trajeto. Escolhemos a escola, o trabalho, as prioridades. Como não é possível resolver todos os problemas de uma única vez, vamos escolhendo aqueles que precisam ser solucionados antes. Escolhemos no supermercado, na loja, a forma de pagamento. Algumas escolhas simples ficam complicadas quando complicamos a vida. Fazer um almoço se torna um calvário para quem está angustiado. Ter de escolher o que fazer e que agrade às outras pessoas da família parece um trabalho insano.

Escolher a escola dos filhos. Escolher a mudança de emprego. Aos poucos as escolhas vão exigindo mais reflexão e o resultado da escolha vai ficando mais sério. Uma coisa é escolher a comida errada no cardápio e decidir que não vai pedir mais aquele prato. Outra coisa é perceber que casou com a pessoa errada. A escolha do casamento tem de ser mais demorada do que a do produto de uma prateleira em um supermercado.

Como somos imperfeitos, a dúvida sempre fará parte de nossas escolhas. E é diante da dúvida que amadurecemos. Pessoas que têm certezas absolutas erram mais e sofrem mais com isso.

A dúvida nos torna mais humildes, mais abertos ao diálogo. Nesses momentos é que percebemos nossa maturidade frente aos obstáculos. Os mais concretos ou os mais abstratos.

Uma modesta sugestão: Diante das dúvidas que surgirem, escolha o amor.

Diante de sentimentos mesquinhos, como a inveja, o ciúme, a vingança; escolha o amor. Antes de falar, pense. Mas pense com amor. Antes de agredir, lembre-se de que o tempo da cicatriz é mais demorado do que o tempo do comedimento. Antes de usar a palavra como instrumento de maldizer, lembre-se de que o silêncio é o grande amigo e de que, na dúvida, o outro deve receber a sua compaixão.

Diante do comodismo, da alienação, escolha o amor em ação. Assim fizeram os apóstolos, mesmo sabendo que seriam incompreendidos; assim fez Francisco de Assis quando ousou chamar a todos de irmãos; ou Dom Bosco com os jovens que só se aquietavam quando se sentiam amados. Assim fez Madre Tereza de Calcutá que fazia a escolha do amor diante de cada próximo que dela precisasse. Diante da boa dúvida, é bom pedir ajuda...

Que sejamos responsáveis em nossas escolhas simples ou mais complexas. Mais uma vez, com amor, tudo fica mais fácil e mais bonito!
                                                Gabriel Chalita 

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Já tive provas concretas de que na dúvida, escolher o amor dá certo.
Aquele desentendimento bobo, que ganha ares de sério, pode ser dissolvido se houver amor na fala e nos gestos que se seguirão.
Aquela insegurança funesta que teima em se alojar em nosso espírito, pode ser espantada com o amor franco e aberto.
Aquele malentendido suspenso no ar, será clareado com amor vibrante.
Que a cada passo estejamos acompanhados do amor libertador!
Um lindo final de semana p/ vcs.
Calu

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dedicatória


"Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, aconteça incontáveis vezes pelo caminho.
Que cada um deles crie mais espaço em você.
Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói.
Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba amacie um bocadinho as durezas do mundo."

Ana Jácomo

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

HOTEL GLÓRIA

Junto-me à outras vozes revoltadas para marcar aqui com vocês a denúncia da barbárie cometida pelo novo proprietário do Hotel Glória_RJ, um marco arquitetônico da cidade.
Como nas invasões bárbaras, os novos senhores do poder deixam um rastro de destruição por onde passam, indiferentes aos trabalhos artísticos, verdadeiros documentos culturais de nossa história.
Na reforma modernosa empreendida, foram destruídos os painéis feito à mão do artista plástico João Martins, que adornavam o saguão do edifício.
Vejam a beleza do que se perdeu a golpes de marreta!








Quando acreditamos que há uma civilidade institucionada, vemos que somos meros crentes!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CONFEITARIA COLOMBO

 Para dar um clima mais agradável às nossas conversas nada melhor que regá-las de bons sabores.
Hoje venho fazer-lhes um convite: que tal tomarmos um delicioso chá na Colombo?

Saborear as delícias da casa servidas em louças finas,

sentarmo-nos às mesas do salão de chá e desfrutarmos da beleza e das boas companhias,

aproveitando cada minuto de convívio neste lugar histórico. Retrato vivo da Belle Èpoque carioca.
E registrarmos nosso feliz encontro com muitas fotos, sorrisos, abraços e alegrias compartilhadas neste edíficio, marco do glamour e da tradição duma época elegante, em que as pessoas apreciavam melhor a vida.
Bem, convite feito, só falta vcs me dizerem dia e hora, tá?
Bjinhos,
Calu

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

VOLTA ÀS AULAS

È começo de ano letivo em muitas das nossas cidades.As ruas fervilham novamente de estudantes, pais, professores no ir e vir da semana, na curiosidade de mais um começo; quem será a nova professora?
A realidade variada das escolas apresenta todo um planejamento para o ano que se inicia cercado de bons objetivos e premissas.
Pendores à parte, me pergunto: será suficiente para a garantia de um médio( para não dizer regular) aproveitamento dos alunos?
Como professora, afirmo que não é o bastante, embora seja altamente necessário o preparo e comprometimento dos profissionais e da instituição, mas reafirmo__ não é o bastante.
Dentre muitos fatores estão, os já badalados, empenho, vontade e participação.Muito conhecidos em minha época estudantil e agora veneráveis peças dum museu imaterial nacional.
Sabemos o que concorreu para este status quo, mas o que concorrerá para sua transformação?
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A crise que estamos esquecendo

Lya Luft

"Todos os indivíduos, não importa a conta bancária,

profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra

crise: a do desrespeito geral que provoca violência física

ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito"

O tema do momento é a crise financeira global. Eu aqui falo de outra, que atinge a todos nós, mas especialmente jovens e crianças: a violência contra professores e a grosseria no convívio em casa. Duas pontas da nossa sociedade se unem para produzir isso: falta de autoridade amorosa dos pais (e professores) e péssimo exemplo de autoridades e figuras públicas.

Pais não sabem como resolver a má-criação dos pequenos e a insolência dos maiores. Crianças xingam os adultos, chutam a babá, a psicóloga, a pediatra. Adolescentes chegam de tromba junto do carro em que os aguardam pai ou mãe: entram sem olhar aquele que nem vira o rosto para eles. Cumprimento, sorriso, beijo? Nem pensar. Como será esse convívio na intimidade? Como funciona a comunicação entre pais e filhos? Nunca será idílica, isso é normal: crescer é também contestar. Mas poderíamos mudar as regras desse jogo: junto com afeto, deveriam vir regras, punições e recompensas. Que tal um pouco de carinho e respeito, de parte a parte? Para serem respeitados, pai e mãe devem impor alguma autoridade, fundamento da segurança dos filhos neste mundo difícil, marcando seus futuros relacionamentos pessoais e profissionais. Mal-amados, mal-ensinados, jovens abrem caminho às cotoveladas e aos pontapés.

Mal pagos e pouco valorizados, professores se encolhem, permitindo abusos inimagináveis alguns anos atrás. Uma adolescente empurra a professora, que bate a cabeça na parede e sofre uma concussão. Um menininho chama a professora de "vadia", em aula. Professores levam xingações de pais e alunos, além de agressões físicas, cuspidas, facadas, empurrões. Cresce o número de mestres que desistem da profissão: pudera. Em escolas e universidades, estudantes falam alto, usam o celular, entram e saem da sala enquanto alguém trabalha para o bem desses que o tratam como um funcionário subalterno. Onde aprenderam isso, se não, em primeira instância, em casa? O que aconteceu conosco? Que trogloditas somos – e produzimos –, que maltrapilhos emocionais estamos nos tornando, como preparamos a nova geração para a vida real, que não é benevolente nem dobra sua espinha aos nossos gritos? Obviamente não é assim por toda parte, nem os pais e mestres são responsáveis por tudo isso, mas é urgente parar para pensar.
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"As vozes da educação, hoje são gemidos quase inaudíveis."
 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Palavras do Mestre


" Pegue um sorriso,e doe-o a quem jamais o teve.
Pegue um raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite.
Pegue uma lágrima e ponha-a no rosto de quem jamais chorou.
Pegue a coragem e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar.
Pegue a bondade e doa-a a quem não sabe doar.
Descubra a vida e narre-a a quem não sabe entendê-la.
Pegue a esperança e viva na sua luz.
Descubra o amor e faça-o conhecer o mundo!"

Gandhi   

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

" Bom dia para ser feliz"


Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser. É deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma e agradecer a cada manhã pelo milagre da vida. É não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo” sinceramente.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz… E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo, pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que… Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível. E você é um ser humano único e especial.

Cirilo V. Moraes