quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Quantos nomes você tem?


 " Maria Madalena dos Anzóis Pereira
Teu beijo tem aroma de botões de laranjeira
Mas a Pretoria não é brincadeira
Maria Madalena dos Anzóis Pereira..." 

Em 1942, o compositor Pedro Caetano estava numa festinha em casa de parentes e uma menina lhe pediu para "fazer" uma música. Embora não gostasse de compor assim, Pedro animou-se ao saber que a garota se chamava Maria Madalena de Assunção Pereira, um nome tão musical que tinha até ritmo de chorinho.

Nomes sonoros já inspiraram poetas e compositores em todo o mundo e, para além dos nomes próprios ainda chovem inspirações vindas de apelidos muitas vezes bizarros. Quando o mote faz nascer peças bonitas, a referência está mais que consagrada.

Nosso cancioneiro é um manancial de belas criações inspiradas em nomes próprios e/ou apelidos mimosos( referindo-me às décadas antes da virada do século). É intrínseco à humanidade nomear-se tudo e todos e até ultrapassar quantidades para uma única pessoa.

Quantos nomes(apelidos) temos? Somos filhas/filhos, netos/netas, sobrinhos/sobrinhas, pais/mães, avós...somos nós na lista de chamada escolar, nos documentos oficiais, no chamamento dos amigos(as), nos apelidos em família, no curriculum, no trabalho, somos nós mesmos que atendemos aos chamados que nos conferem a multiplicidade dos nossos papéis na vida. 

Eu sou Carmen Luiza. Sou também, Carminha. Sou Calu; todas sou eu, a mesma, mas com muitos nomes carinhosos.



segunda-feira, 23 de agosto de 2021

BC_ Meu olhar na pandemia


Celebrar é preciso, mais que nunca, é preciso e, as rodas interativas na blogosfera consagram festivas celebrações.

 PARABÉNS, amiga Rosélia por 12 anos do blog: idade-espiritual.com.br, página promotora de alimentos pra alma.

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Quando foi que se dissolveram as horas conhecidas? 

Quando foi que se reviraram nas horas as certezas antigas?

Quando aconteceu o redemoinho que tomou os ares

lugares, sentidos, viveres?

Quando foi que as portas trancaram-se por dentro

assumindo papel de barreira?

Quando foi que os sorrisos ficaram escondidos?

Quando os olhares se entristeceram por igual?

Quando o medo tornou-se companheiro?

Quando o outro virou ameaça?

Quando o desejo foi adiado, isolado, embaçado?

Quando? Está marcado no calendário,

tatuado na pele da memória,

gravado a ferro em brasa...

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É diante da perplexidade que se constrói uma nova realidade! 


" Escondo o medo e avanço. Devagar. 

Ainda não é o fim. É bom andar mesmo de pernas bambas...

( Thiago de Mello)



quarta-feira, 11 de agosto de 2021

"Coloque floreiras na janela"


 Caminha agosto, às vezes vagarosamente, às vezes aceleradamente, porém, segue agosto trazendo a cada dia suas horas avoantes.


"O mês de agosto tem muito a ensinar. Porque agosto é mês jardineiro, é dentro dele, berço do inverno, que as sementes dormem. Aguardam seu tempo de brotar. Agosto é guardador da boa-nova, preparador de flores. Agosto é quando Deus deixa a natureza traduzir visivelmente o tempo das mutações. Vamos apreciar agosto, recebê-lo com espanto feliz de quem não desafia ventos. Que ele desarrume e espalhe suas folhas e levante suas poeiras. Aceite as esperas, mas coloque floreiras na janela. Só quem vive bem os agostos é merecedor da primavera!"

( Miryan Lucy de Resende)


Li, pela primeira vez o texto acima ao recebê-lo como mensagem enviada pela minha prima querida no dia 15, meu aniversário. Isto foi em 2018 e de lá pra cá vejo-o reaparecer a cada agosto pelas mídias sociais, tornando-se uma legenda configurando o mês e movendo as atenções à sabedoria da mãe-natureza em suas inúmeras significações.

Na bela prosa-poética da autora cabem as nuances acontecidas nos dias de todos os agostos.


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Recordar o que há de bom - 12 anos/Pensando em família


 Hoje é o dia da celebração pelo aniversário do blog da querida Norma Emiliano, que nos convidou para a festa com o tema: Recordar.

Deixo meus Parabéns e votos de vida longa ao Pensando em Família, pouso de tantas reflexões e poemas que nos trazem lindas leituras. 


Recordar é abrir o relicário das saudades que repousadas nas esquinas da memória afetiva aguardam o bimbalar do chamado do coração para voltarem à cena dos bons sentimentos.

Mais que nunca, vejo o quanto as boas lembranças me são nutrição revigorante no correr dos dias e nelas reflito os ecos das horas felizes, como as que passamos no Natal/2019, quando grande parte da minha família e a de meu genro, desfrutou das celebrações da data com enorme alegria. Bem verdade que faltou meu povo do Canadá, mas, mesmo assim, as comemorações ficaram gravadas no sorriso de cada um.


O álbum familiar tem inúmeras páginas a nos renovarem as esperanças de dias iguais àquele e a outros de tempos bem vividos no afeto e na graça de estarmos juntos muitas vezes mais e mais...



Como prévia de momentos agigantados no tempo e nos encontros que logo, logo surgirão, celebramos ontem o domingo dos Pais.

Tenho aprimorado a percepção sobre a importância dos bons momentos e do quanto devemos valorizá-los e aproveitá-los sem adiamentos.

Hoje é o presente!