domingo, 30 de dezembro de 2012

Ano Novo


Os ares destes dias finais de um ano, carregam através dos tempos uma aura, que acreditemos ou não, existe por si só, por ser parte integrante da Esperança inerente ao humano, não importando etnia ou credo. Estas horas que antecedem o giro convencional do relógio exala magia, sonhos, possibilidades que todo mundo, no fundo d'alma cultiva.E, eu acho altamente positiva toda esta tradição que revigora promessas, motiva planos, propõe mudanças possíveis e acende uma luzinha poderosa nos corações.

Nem tudo são flores, bem sei, mas celebrar é preciso, viver é preciso, sonhar e realizar também, portanto: 

Que venha 2013 soprando ventos mágicos em nossos dias, enfeitando de alegrias nossas horas,enchendo de entusiasmo nossos minutos, realizando nossos melhores projetos e nos confirmando amores preciosos. 


Feliz Ano Novo amigos(as),leitores e seguidores, saúde,esperanças e bençãos!
Tudo de bom nos próximos 365 dias.

Obrigada pelo carinho e presença sempre querida de todos vcs e faremos de 2013 mais um ano de primorosos encontros por aqui!
Um Viva à  Vida!


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Consumismo X Tradição - BC Consumismo em época de fim de ano/ Escritos Lisérgicos



Natal em outras épocas

Sorvia apreciadamente o café recém-coado sentada à mesa da cozinha naquele finzinho de tarde do dia de Natal.A casa voltava pouco a pouco a quietude habitual, os dois filhos e os netos mais velhos haviam se despedido há poucos minutos, a filha e o marido arrumavam as coisas para irem também, sua irmã andava de um lado para o outro guardando a louça, recolhendo as toalhas, parecendo uma formiguinha carregadeira.Ela via os movimentos, ouvia os falatórios mas absorta em recordações fitava distante todo o rebuliço da casa.
Viu-se criança, ela, a irmã e o irmãozinho sentados à mesa da ceia após a missa do galo.Todos usando suas melhores roupas.Viu-se de mãos dadas aos pais, caminhando para a igrejinha como em todos os natais vividos na tradição cristã da data.Ela e os irmãos vestiam-se com capricho sim, em suas roupinhas costuradas pela mãe que fazia milagres com retalhos e sobras de tecidos das clientes. 
Perguntava-se quando teria se iniciado toda esta loucura consumista no Natal.Adultos, crianças, todos preocupados em comprar, comprar, esquecendo-se da alegria que é dar presentes singelos, que tenham em si o significado da comemoração.O gesto dos três reis magos representa tradição de amor e reconhecimento , nunca ostentação. Será que isto começou no pós guerra ou quando o 1º aparelho de TV desembarcou em terras tupiniquins trazendo dentro dele as imagens sedutoras do sonho americano e suas modernas invenções facilitadoras do dia-a-dia? Qual dona de casa não sonhava com um aspirador de pó, uma batedeira elétrica, uma geladeira?
Começou por aí e sem que ninguém se apercebesse os apelos ao consumo de coisas, de marcas, de bens que ganhou vida própria tornou-se o leviatã que hoje escancara sua bocarra dentada engolindo valores, mitificando a posse,a satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.Como lamentava este estado em que vê  muitos mergulhados e iludidos de que estão no melhor dos mundos.
Há muito terminou seu café,mas mantinha a caneca entre as mãos apoiadas sobre a mesa.O olhar indo do presente ao passado só aumentava a saudade dos natais da sua infância, da sua juventude e mesmo os da fase adulta com marido e filhos crescendo ao redor das tradições que aprendera a respeitar, se alguns tinham se deixado fisgar pela sedução consumista, lamentava, porém, ela não abriria mão de suas crenças e tradições natalinas: árvore enfeitada e presentes feitos à mão com todo carinho lembrando que o amor se encontra em pequenos gestos.
******** 
Com este conto, participo da BC proposta pelo parceiro Christian V. Louis do, escritos lisérgicos.blogspot.com, numa reflexão necessária a esta época do ano que corre o risco de perder-se nas brumas da ilusão consumista.Trazermos à luz tudo o que se esconde revela os passos que estão sendo dados.
Obrigada, Christian!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sempre haverá o Natal


Bem-vindos os jeitos,
bem-vindos os ritos,
contornos pintados, 
em gestos antigos 
que repetem ressoam,
por eras seguidas,
os passos dos homens,
em favas sabidas.
Bem-vindas as preces,
elos da aliança que 
selou as promessas
entre o céu e a Terra
nos tempos remotos
da lembrança viva
de um amor imenso
que aplacou feridas,
pulsam bem-vindas
no hoje, no agora,
tão carente quanto
antes, tão preciso
quanto já, tão
esperado como nunca, 
ansiado por ficar
para sempre em cada gesto,
para sempre em cada olhar,
porque o Natal sempre haverá!

(Calu) 
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Antologia Escritos Lisérgicos

Com dedos nervosos pegou o pequeno pacote, 
rasgou com impaciência o envelope, em seguida, 
arrependida verificou o destinatário confirmando o que intimamente já sabia.
Deu vazão à euforia quando seus sentidos em total confusão
 iam do riso a lágrima, do entusiasmo a razão.
Mal contendo os gestos desconexos, 
pegou-o entre as mãos sentindo-lhe a textura, o cheiro, 
as cores, as letras em profusão e num ímpeto largo, 
levou ao coração o presente inesperado, o livro publicado em comunhão.
(Calu) 



Olha ele aí, gente!!
Chegou ontem todo lindo.Numa caprichosa edição que em nada fica a dever às grandes editoras. Desde a capa, ao epílogo, um exemplar feito com esmero. Prefácio  e Epílogo estão primorosamente escritos pelo  idealizador da Antologia, Christian V. Louis, em sua irretocável verve literária.Estou muito feliz com esta realização, mas vcs já sabem disto, não é? Então, ao invés de fazer uma resenha, resolvi tracejar uma declaração poética para o acontecimento, que espero venha aguçar-lhes a curiosidade para conhecerem a obra múltipla e conferirem que não exagero em nada do que escrevi.
Obrigada( again) parceiro!
********* 
Desejo a todos(as) vcs um Feliz Natal, repleto de abraços e alegrias renovadas! 
Bjos,
Calu
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Imagem:tinymasp.tumblr



sábado, 15 de dezembro de 2012

III BC de Natal - Biografia das nossas alegrias + 1ª Edição Xícara de Ouro


Isto é que é pura alegria.Um banho refrescante num dia quente.Mas, há muitas outras alegrias , esta é uma das que compõem as boas coisas simples da vida, as outras,destaco aqui na III Blogagem Coletiva de Natal__ "Uma biografia das nossas alegrias", proposta pela amiga Rosélia do blog: www.idade-espiritual.com.br

Achei de muita boa coincidência esse tema estar enlaçado ao da BC anterior, a Retrospectiva Pessoal 2012, proposta pela Patrícia Galis.E,como se crê que coincidências não existem e sim, afinidades sintonizadas, então, esta blogagem é um exemplar perfeito e bem  apropriado ao momento.Destacar as alegrias vividas aumenta a confiança em nós e naqueles que nos cercam. Aforismos à parte, a consciência das benesses que temos, conquistamos e recebemos são óleos essenciais no perfume dos dias.Não é por acaso que muitos e muitas de nós mantivemos diários escritos desde a adolescência, um pouco antes disto ou um pouco depois e, quando a rotina permitiu estes se perpetuaram até hoje; cá estamos nós,confirmados blogueiros(as).

Bem, tá na hora de embarcar no Expresso 2222 e partir para antes do depois registrando que minha primeira alegria foi ter nascido numa família que me amou e cuidou de mim até que eu pudesse fazê-lo sozinha, ganhando pouco a pouco firmeza nos passos, descobrindo causas e consequências das escolhas feitas.

Nem sempre tive esta clareza.Quando o ar ficava pesado á minha volta, o brilho natural que havia, se apagava da minha visão embaçada pelas ansiedades imaturas que me cegavam.Tudo isto foi mudando a partir do instante em que me tornei mãe e percebi que possuía( e possuo) um mundo de alegrias orbitantes á minha volta, como:  

o nascimento e a saúde de cada filho e de cada neto,as alegrias deles, que são minhas também,o olhar grato e satisfeito para o que passou sejam coisas boas ou  nem tanto assim, a certeza de ter contribuído para o crescimento e o sorriso de muitas crianças e jovens,a capacidade de me emocionar ante as belezas da vida, o reconhecimento frente às simplicidades que são valiosas bençãos;saúde, disposição, entusiasmo, empenho e as preciosas amizades que ganhei em todas as esferas da existência ( real e virtual).
Obrigada ao Deus do azul por todas estas e outras alegrias!
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Pra vcs verem que eu não estou exagerando nas alegrias, hoje recebi mais uma, ôba! O Fractais foi indicado pelos seguidores do blog cafeentreamigos.blogspot.com, da Patrícia Galis, como um dos melhores blogs de 2012/ 1ª edição Xícara de Ouro. UAU!



Gente, muiiiiito obrigada pela 29º colocação nesta premiação significativa.Eu nem sabia que ela existia e descobri quando fui comentar lá na Patrícia.Fiquei estática diante da tela sem acreditar que estava lendo direito.Voltei a página, reli tudo e me convenci que era isto mesmo: leitores(as) amigos e gentis haviam me indicado e, lá estou eu, toda prosa.Isto é ALEGRIA! 

"... Vou que vou,satisfeito(a),
alegria batendo no peito..." tum,tum,tum( tão ouvindo?)
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Obrigada Rosélia por promover este reencontro conosco e com o que de mais belo possuímos: As alegrias da Vida!

Desejo que em 2013 estejamos todos com esta lista quilométrica.
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Imagem:achadosetais.tumblr.com
trecho da música do Chico Buarque,Bom Tempo.




quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Por onde andei - BC/ Retrospectiva Pessoal 2012

Estou em meio a muita bagunça, tintas e pincéis.Minha casa está sendo pintada.Sim, pelo pintor e não por mim, que a esta altura do campeonato já estaria procurando uma fisioterapeuta se tivesse me metido à empreitada.Bom, não pinto, mas assessoro. Todo dia tem algo faltando e lá vou eu comprar mais tinta, outro rolo, uma espátula e coisas e tais. Ontem quase derreti indo ao comércio.Estava simplesmente 42 graus.Forno aceso!Acabei minhas tarefas o mais rápido que pude e procurando vias vicinais para fugir do trânsito, descobri uma passagem pelas margens da lagoa de Piratininga que nunca havia usado.Com recantos bem bucólicos que ainda resistem à depredação humana, a lagoa oferece uma paisagem calmante pros dias quentes. Vejam só. 




Em cinco anos morando aqui eu não conheço toda a extensão dela.Uma falha que irei corrigir rapidamente.Taí, uma decisão para 2013: explorar melhor a região onde vivo e que adoooro!Porém, antes de fazer a listinha pro ano que vem, me empolguei em participar duma BC promovida pela Patrícia Galis do blog: cafeentreamigos.blogspot.com que convida a todos os interessados a fazerem uma Retrospectiva Pessoal 2012. Me animei, então lá vai... 


Este ano leva uma marca especialíssima pra mim.Nele nasceram dois de meus netinhos: A Valentina e o Felipe e isto faz dele único dentre outros que únicos também, me trouxeram felicidades imensas.Computo a ele 365 dias benéficos, onde toda a família viveu com saúde, com realizações e muitos risos.Diferente de 2011 que nos deu muitas preocupações que foram levadas pro fundo do azul e jamais retornarão. 

Teve dias tristes, uma sentida perda, porém os alegres foram em maior número, uma benção personalizada nas vidas novas que nos enfeitam os dias.Grandes e boas amizades cultivadas no mundo real e aqui na blogosfera, bons passeios e uma inesperada realização: a minha participação na Antologia Literária Escritos Lisérgicos - Natal/ poesias-contos e crônicas, organizada pelo parceiro Christian V.Louis.Um presentão de fim de ano, o qual ainda nem consigo acreditar que exista, rsrs...

Assim que tiver com um exemplar em mãos vou postar aqui pra vcs me confirmarem que não é sonho, tá? 

Obrigada a todas as pessoas amigas com as quais tenho o prazer de conviver por aqui!
Obrigada Christian por esta realização especial.
Obrigada ao Deus do azul por ter me dado um ano maravilhoso! 
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Obrigada Patrícia por favorecer-me nestes agradecimentos que não poderiam ficar restritos apenas à oralidade . 
Para participar clique aqui  
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Fotos minhas

domingo, 9 de dezembro de 2012

Sonhos Possíveis - Antologia Literária


Em menina quando lia uma história cheia de magia, ficava dias sonhando ser a personagem dona do dom e fazia experimentos pra ver se ele funcionava mesmo. Galhinhos secos viravam varinhas de condão num piscar de olhos.Um púcaro de louça de minha avó era a lâmpada de Aladim,  cujo desenho já se esbranquiçara por causa da esfregação.À medida que crescia, minhas ambições mágicas cresciam junto e eu sonhava agora com um narizinho feiticeiro ou  poderes encantadores duma certa babá voadora. 

Frequentava com domínio os dois mundos: realidade e fantasia até minha juventude, quando a realidade se impôs, mas não afastou a magia completamente, a qual se transfigurou em sonhos e planos com boas possibilidades de realização.

E como mantras, fui cantando internamente muitos desejos sonhados, festejando alguns, moderando outros,reservando uns tantos, concebendo novos, que foram ganhando contornos mais visíveis a partir da existência do Fractais, o qual também foi um presente. Incrível, né? Mas é a pura verdade.

Há dois anos nem pensava que pudesse criar um blog e num dia de surpresa uma amiga me manda um e-mail me dizendo que havia criado um blog pra mim e que bastava eu assumi-lo, batizá-lo e começar a minha vida blogueira.Fui timidamente começando a postar, a comentar e a gostar demais das interações sendo logo fisgada pelas atividades na blogosfera. 

Dia vai, dia vem, e o hoje chega trazendo mais uma surpresa elaborada  pela iniciativa generosa do parceiro e escritor Christian V.Louis, que idealizou esta 1ª Antologia Literária com poesias, contos e crônicas dos blogueiros(as) que se motivassem a participar, como eu. Duplamente incrível, ter uma criação escrita publicada concretamente e com parcerias tão gabaritadas.Nem com bola de cristal eu seria capaz de vislumbrar esta realidade e, não é que ela aconteceu?

O que mais me encanta é que estas magias vieram até mim através de pessoas generosas, colaboradores do Papai Noel 365 dias por ano, e eu tive a sorte de encontrá-las. Agora, faço parte desta belezura recém-saída do forno e que me causa muito orgulho. 


Obrigada Christian por ter me proporcionado esta maravilhosa realização.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Azul em Movimento




De olhar habitual
cada vão familiar, 
cada coisa conhecida
  cada tom em seu normal.


 Eis que em instantes,
 da pausa  ao movimento,
irrompe suave, ladino e
  fugaz, o vento.


O encoberto se descobre
o suposto se confirma
o véu que antes havia
esvoaça, descortina. 

O azul derramado,
acompanhando a luz
em verdes e palha
matizes produz.
(Calu)
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Um final de semana cheio de cores e frescores p/vcs!
Bjos.  

Minha participação no Green Day.



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Fotos minhas

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Efeito Paralisante


De uns tempos para cá tenho ouvido uma declaração repetida.Veio de bocas amigas.Veio de corações irmãos. Ecoou, reverberou e me calou ao saber que o mesmo efeito se dava com elas: "não conseguir falar sobre algo". Um efeito potente que paralisa a voz, a emissão de sons.Os movimentos nada sofrem, não se alteram, somente certas vibrações da voz ao emitirem determinadas palavras. Não, não é nenhum fator puramente físico, mas que possui fortes ligações entre o que sei, o que sinto, e o que não consigo dizer.

Já senti isso.Já vivi isso.Não é agradável, ao contrário, é uma sensação de sufocamento estranhíssima que aparece quando se faz necessária a tal declaração. Mesmo não a proferindo, ela está presente bem á altura dos lábios, mas colada, não se solta dali. Parece ironia, palavras ocultas de propósito, mas afirmo, não é o que acontece de fato.É parecido como quando sonhamos que devemos correr, mas não saímos do lugar e uma ansiedade brutal toma conta daquele instante.Acordamos suados, com pulso acelerado que vai se acalmando ao nos vermos acordados, livres daquele pesadelo. 

O que assusta é quando temos a certeza de que não é sonho, mas a dura realidade, que se impôs através de um triste diagnóstico e pela fala de um profissional. Quantas pessoas tem vivenciado uma história assim? Muitas.A minha se deu através da doença de minha mãe.Passei meses sem conseguir relatar às pessoas amigas qual era o real estado dela. A simples menção de todos os detalhes me emudecia de uma tal forma que devo ter passado por uma insensível mal-educada. Mas, simplesmente eu não conseguia me expressar sobre os acontecimentos, nem em minha casa eu detalhava  algo. Levei anos com esse sintoma e até hoje não me livrei totalmente dele, e gelo quando vejo-o manifestado em alguém, ainda mais quando este alguém é querido(a).

Uma perguntinha de praxe, completamente inocente,tipo: __ Como vc está? 
Desencadeia a resposta indesejada: __Não vamos falar disto agora.Outro dia eu te conto... 

Pronto! Tá selada a sentença ou melhor, tá excluída a legenda, mas a gente sabe ler nos olhos, nos gestos, no toque e eles falam em alto e bom som.Os sinais são legíveis à beça.Mesmo  dando um sorriso amarelo de vamos em frente, o ar pode ser cortado à faca ( expressão antiga), e na tentativa de seguir conversando permanece acima das nossas cabeças um letreiro em néon vermelho piscante : Algo vai mal." 

O assunto fica ligeiro e a gente se despede com um amargor na boca. Na nossa, que não teve como invadir uma seara murada pelo sofrimento, na dela que retém neste sabor toda a quantidade de palavras não ditas. Os passos na calçada vão ressoando questões: "será que devo correr até ela e, ajudá-la a se abrir?" Mas, em seguida minhas próprias lembranças me tocam e eu percebo que de nada adiantará isto.A palavra tem de vir na hora em que o coração ou a alma ou a razão, libertá-la. Não basta querer falar sobre algo é preciso poder fazer isto. 
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Imagem: tumblrgbn3v

domingo, 2 de dezembro de 2012

Simplesmente Natal


Desde que uma certa loja de variedades passou a dispor duma seção de DVDs, que sou cliente assídua nos últimos quatro anos.E, com isso, sou a feliz proprietária duma modesta filmoteca que muito me alegra.Alguns títulos são considerados clássicos da sétima arte, garimpados com regularidade mês a mês.Em datas especiais então, há sempre lançamentos.
Um dos filmes que mais gosto sobre a temática do Natal, é o Simplesmente Amor.Nessa comédia leve, a data acontece como pano de fundo e é mostrada por múltiplas óticas, porém, destacada em cada uma a busca do amor como fator principal. Por que rever uma história que já se viu? Pelo mesmo motivo de reler-se uma já lida, visitar um lugar já conhecido. Pelo prazer que se revisita, pelo novo olhar que se inaugura a cada vez.



E esta é uma época de revisitações.A gente se empenha pra dar um toque original às festas do mês de dezembro,mas no fundo sabe que verá um filme conhecido, com poucas inovações e nem se importa com isso. Às expectativas de que este ano a tia Fifi possa estar mais discreta em seus mexericos, que o tio Janjão esteja rouco e assim não possa se deleitar com o som da própria voz, que o primo Caco não obrigue todo mundo a ouvir sua mais nova composição, que a madrinha Filó tenha mais paciência com as crianças, se encontra na raiz da esperança de cada um para a noite de Natal.

"Família é assim mesmo, prato difícil de preparar", como define muito bem em Arroz de Palma, o escritor Francisco Azevedo, mas, seja requentado, simples ou decorado, família é um prato sempre desejado.Ramos da mesma árvore, vinho da mesma pipa, o que nos diferencia é a originalidade de cada um e a identidade de todos.

Acreditar que faremos parte duma cena cinematográfica é ingenuidade.Querermos que o roteiro seja festivo e alegre para todos, é concreta possibilidade.Proponho que juntemos aos pacotes de presentes uma boa dose de bom humor e outra de boa vontade, entre brindes e rabanadas, aproveitando a ocasião para celebrar as boas coisas da vida.
Boas Festas!





sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Caminheiro das ondas



" Não sou eu que me navega
Quem me navega é o mar.


É ele quem me carrega
Como se nem fosse levar.


E quanto mais remo, mais rezo
Pra nunca mais se acabar,
Essa viagem que faz
O mar em torno do mar[...]"
( Trecho da música: Timoneiro, de Paulinho da Viola)
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Marinheiro, navegante,
onde mais se pode estar
caminheiro destas ondas
das vastas ondas do mar.

De perigos e encantos
de tudo se pode encontrar
no espelho ou no fundo
das profundezas do mar.

Senhor dos ventos constantes.
Dono de cá e de lá
Espraia toda beleza
que há em seu marear.
(Calu)
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Esta foi minha participação no Green Day de hoje.

Fotos minhas 
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Pessoal, meu pc está dodói.Hora liga,hora nem pisca.Tô chateada em não poder fazer minhas visitinhas á vcs.
Esperem um pouquinho que semana que vem isto vai se arranjar ( dedos cruzados,rs).

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Entre - Páginas


Quanto mais crescem as coletivas na blogosfera, mais tramas se fazem nessa rede positiva alongando as interações, os saberes, os sabores.E, entre todas as boas coisas, estão os livros.Dicas, resenhas, citações, despertando curiosidade e desejo na leitura.Há poucos dias atrás, li na Pandora  (http://elfpandora.blogspot.com) um post sobre "o livro que colecionou lembranças", e logo me debrucei sobre o tema, o qual está em total sintonia com o livro que leio atualmente: "As Memórias do Livro", de Geraldine Brooks. Não cheguei nem na metade dele, mas estou interessadíssima. Uma narrativa bem alinhavada pela trajetória dum certo livro raro.Adoro quando me sinto parte dum enredo pensado por alguém, detalhado em outras circunstâncias, que acabam por encontrarem-se comigo, assim, naturalmente. 

Quando estou abraçada numa leitura costumo levar um tempo nesta paixão, ainda mais se for avassaladora. Hi, aí é que volto páginas, releio trechos, sublinho ( sempre a lápis) e poupo a continuidade da leitura com a maior pena de acabar.Nesse compasso, meu companheiro vai ganhando, além dos marcadores de praxe, recadinhos escritos, receitinha de qualquer coisa que vi numa revista, ficando ele, cheio de suas próprias histórias e das minhas também. Acaba por tornar-se companheiro físico e espiritual.

Não há um livro aqui por casa que não tenha uma memória nossa entre suas páginas. Vira e mexe, encontro cartinhas pro Papai Noel nas mais diferentes caligrafias, até com uma palma de mão carimbada (rs), receitas médicas para gripes/tosses, cartelas de selos ( lembram?), tickets de ingressos variados, cartinhas de alunos(as) e, por aí vai a lista...Já sabendo desta mania familiar, tive o cuidado de vasculhar as páginas do livro que lancei no Bookcrossing, pra que ele fosse, apenas, com suas páginas.

Ontem mesmo, achei uma receita das antigas, de pão salgado, dada por uma amiga lá de Brasília. Parei com aquelas páginas amareladas nas mãos, fitando sua caligrafia e através  dela, vendo-a me ensinando os truques  para fazer o pão crescer.A saudade encostou e ternamente me levou pros dias daquela convivência diária e afetuosa que sempre tivemos;duas folhas simples que um bom livro guardou me trouxeram  lembranças queridas.

Acho que sem intenção, eu fui como que deixando recados pra mim mesma, no futuro. Fazendo ao invés de uma, várias cápsulas do tempo,do meu tempo, da minha história, que hoje abertas me devolvem boas sensações, ricas lembranças, memórias afetivas que nunca se apagarão, pois, estão em minh'alma e em meus fiéis depositários, os livros,colecionadores das minhas lembranças. 



Vai abaixo a receita deste Pão de Presunto delicioso.Vale a pena! 

Pão de Presunto 

Massa:
1 colher de fermento p/pão
1 colher de açúcar
1/2 copo de leite morno
1 pouco de farinha de trigo.
Deixar descansar por 1/2 hora.Após esse tempo, misturar:
2 ovos
2 colheres de manteiga ou margarina
3 batatas cozidas e amassadas
1 pitada de sal.
Sovar bem.
Abrir metade da massa com um rolo e usá-la para forrar a assadeira.
Alternar as camadas de queijo mussarela, presunto e creme de leite sem soro, duas vezes.
Abrir o restante da massa e usá-la como cobertura da assadeira.
Pincelar com uma gema, deixar descansar por meia hora e levar ao forno por uns 40 minutos. 
Bom lanche! 
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Imagens:br.freepick
foto minha

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Festa da Cumeeira


"È pau é pedra é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho.
[...]È madeira de vento, tombo da ribanceira
É um mistério profundo, é um queira ou não queira.
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga,é o vão, festa da cumeeira [...] "

Cantamos muito as Águas de Março do nosso maestro Tom Jobim e poucas vezes nos demos ao trabalho de buscarmos algumas referências bem brasileiras que ele trouxe na letra da música.Há muitas. Hoje vou focar na festa da cumeeira, que faz parte de nossas tradições.Um costume que vem de longe, perdido no tempo, mas ainda em uso nos dias atuais.Quando uma casa em construção ou em reparos do telhado recebe a cumeeira final, aí, pára tudo.O trabalho na obra, os reparos e o que mais houver, embandeira-se o telhado e, todos juntos, operários, construtores e os donos da casa festejam animadamente o acontecimento, a etapa alcançada.

Aos meus oito anos participei da minha 1ª festa da cumeeira. Meu pai estava restaurando todo o telhado da casa.O quarto deles era o acampamento oficial onde nos espremíamos eu, meu pai, minha mãe e minha avó enquanto o restante dos cômodos passava pela troca das vigas e das telhas.Pra ficar bem legal, eu peguei caxumba ( ich) e parecendo o Quico estava de repouso absoluto cheia de iodex do pescoço pra cima.Uma figura!

No dia da cumeeira, meu pai chegou na hora do almoço trazendo comes e bebes, minha mãe arrumando a mesa, fritando batatinhas e outras coisinhas mais, o pessoal animado conversando, contando causos, brindando e eu reclamando lá de dentro do quarto porque não podia participar.Os operários foram em meu auxílio e me levaram com cama e tudo pra cozinha que era enorme,onde eu toda contente, festejei a nova cumeeira.

Mas, donde saiu esta lembrança.Já conto. Hoje recebi uma ligação da minha professora de Pilates explicando que não poderia dar aula.Havia passado a madrugada puxando água da chuva de dentro de casa.Desde o começo da semana, quando começou a troca das telhas de seu telhado, que ela acompanha atenta a previsão do tempo, mas o céu que estava azulzinho, ficou cinzento na sexta-feira e desde então, chove chuva, chove sem parar...infiltrando pela laje e alagando alguns cômodos da casa dela. Ô trabalheira!
Vou sugerir à ela que faça uma big festa da cumeeira  quando terminar tudo isso, e que me convide, claro!

No Google descobri que há duas maneiras de escrever-se a palavra, podendo ser: cumieira ou cumeeira.Mas,o significado é o mesmo.Encontrei também interessantes referências à música-tema desse post, Águas de Março, que tem versões inglesa, francesa e hebraica muito apreciadas. A cantora norte-americana Stacey Kent, a considera a maior canção do planeta.
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Foto minha 
Referências:www.jangadabrasil.com.br

sábado, 24 de novembro de 2012

Corrida desenfreada


Depois de ter visto no noticiário as imagens da tal "Blak Friday", me deu tratos á bola.Hoje eu não entraria numa muvuca destas de jeito nenhum.Longe de mim criticar quem tem espírito esportivo e encara numa boa toda esta insanidade.Seja por necessidade ou divertimento, gosto não se discute.Mas, pelo que lembro, não é do meu feitio me meter em multidões(rs).Imagino como ficaram os grandes magazines de NY, ontem, pois se em dias corriqueiros da semana, já são tumultuados pro meu gosto, que dirá em situação de saldo geral, cruzincredo.

No jornal de hoje tem uma chamada sobre a edição brasileira de megapromoções, que acusa o comércio de maquiagem, causando revolta nos consumidores que afirmam que os preços foram aumentados antes da promoção acontecer.Típico!
( enviado pela amiga Beth Lilás)

Embora os apelos ao consumo sejam avassaladores, com um tanto de bom-senso e criticidade é possível direcionar o foco da data para a valorização de seu verdadeiro significado.Não é preciso radicalismos, mas um equilíbrio entre os dois pólos seria ideal.Presentes fazem parte da tradição, porém, os que forem fruto de criatividade, arte, carinho e atenção são os que refletirão melhor a data. Pelo menos, assim penso.

Lya Luft, tem uma crônica interessante sobre o tema, chamada Prioridades, daí trouxe aqui um trechinho para ilustrar nossos pensamentos.

"...Muito do que gastamos ( e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser negociado com a gente mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato.Uma tarde de amor em troca da prestação do carro do ano;um fim de semana em família em lugar daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.
Não sei se sou otimista demais,ou fora da realidade.Mas,à medida que fui gostando mais de meus jeans, camisetas e mocassins, me agitando menos, querendo ter menos, fui ficando mais tranquila e mais divertida[...]" 
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Não pretendo levantar bandeiras utópicas,só quero dar uma mãozinha pro bom-senso sabendo que terei,dia menos dia, de encarar uma lojinha, ai meus sais!
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Bom fim de semana pra vcs.

Imagem:artfriends

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Fruta Madura

Esta primavera está exuberante.As árvores se exibem pra todo lado enchendo os espaços e nossos olhos de cores e alegrias.Depois de cinco anos de plantado, o pé de acerola daqui do jardim está cheio de frutos.São doces com um azedinho leve no final de seu sabor.
Tô colhendo potes cheios e distribuindo pela família toda orgulhosa.Desde menina que não como uma fruta do pé de casa (rs).
Vejam só que bonitas delícias! 




Fruta bem redondinha
vermelha madura
toda carregadinha 
*** 
Participo do Green Day. Façam uma visita! 


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1ª Antologia Literária Escritos Lisérgicos



Informe-se em como participar.

Bom fim de semana p/ todos(as).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Rei e Eu

Como de um bate-papo informal surgem idéias, incentivos e muitas ousadias.Eu já disse isto num post desta semana.Tô ficando repetitiva, ai-ai. Mas, tive de voltar a ele pra explicar o motivo deste. É o seguinte: em comentários sobre o filme "Gonzaga de pai pra filho" referido em dois blogs amigos, relatei que conheci o Gonzagão em uma situação inusitada. Foi o suficiente pras duas amigas que viram o filme me incentivarem a escrever sobre o episódio.Não resisti, claro.Então, senta que lá vem história. 


Saímos de férias.Era agosto de 79. Meu marido havia passado meses planejando aquela viagem de carro pra sua terra natal, o Piauí.Saiu de lá aos 8 anos de idade e nunca mais retornou.Bem, era chegado o ano, o dia e a hora e assim fizemos.Saímos de Brasília, numa Brasília branca com três crianças, armas e bagagens.Embicamos para o norte e no 1ºdia de viagem chegamos a Gurupi de Goiás.Lembro-me daquele por do sol magnífico, colorindo de vermelho o céu do planalto.

Seguimos o roteiro elaborado com toda precisão e fomos cumprindo as metas de ficarmos ao menos um dia em cada parada, exceto em Belém e em Parnaíba que eram destinos visados.Passamos por Araguaína( Goiás), Belém (Pará), Imperatriz( Maranhão),Parnaíba (Piauí), onde ficamos dez dias aproveitando praias maravilhosas como a de Luiz Correia e Portinho.O litoral do Piauí é muito lindo e ainda tem o delta do rio Parnaíba, único das Américas.Um cenário deslumbrante. 


Quando iniciamos o caminho de volta, meu marido tomado de saudosismos, resolveu rever um grande amigo de trabalho que havia sido transferido pro nordeste muitos anos atrás.Cismou que faria uma visita ao Humberto, afinal, estávamos de férias e haveria tempo para chegarmos em casa na data prevista.

E, lá fomos nós cortando o Piauí e parte do Ceará de oeste para leste, alcançando o noroeste de Pernambuco, mais precisamente, a cidade de Exu, logo abaixo do Chapadão do Araripe.



Agora que vcs já estão saturados da aula de geografia e cheios de curiosidade, vamos aos fatos, e desde já conto com a confiança de vcs em minhas palavras pois, não tenho nenhuma foto que comprove o acontecido.Quando se viaja extensões como as que viajei com crianças de 6 ,4 e 2 anos, o que menos fazemos é tirar fotos.

Foco!Depois de nos vermos ás 17h na pirambeira de terra que chamavam de estrada contornando o Chapadão, era ir ou ir em frente e fazer uma surpresinha ao Humberto.Entramos na cidade por volta das 19h daquela sexta-feira e rumamos pra casa dele.Tocamos a campainha até cansar e nada.Quando um senhor distinto se aproximou nos dizendo ser sub-gerente do banco e nos informando que o amigo do meu marido estava de férias em Recife.

Fuzilei meu marido com os olhos e ele só não virou fumacinha porque o senhor muito gentilmente nos levou à sua casa onde  ele e a esposa nos ofereceram um generoso lanche renovando nossas forças e insistindo para que pernoitássemos lá, porém não queríamos incomodar e nos disseram que não havia uma única pousada na cidade, mas que o Luiz Gonzaga tinha uma fazenda logo na saída da cidade, onde tinha uns bangalôs que ele havia construído para receber a família e os amigos visitantes.Talvez ele nos alugasse um.
Rumamos para lá com o mapinha do caminho desenhado numa folha de papel e rezando que o tal Luiz fosse uma pessoa generosa.Quando descobrimos a porteira da fazenda naquele breu todo, já havia nela um senhor segurando uma lanterna na mão e fazendo sinal para que entrássemos.

Em minutos estávamos subindo as escadas da varanda da casa-grande sendo recebidos com um enorme sorriso pelo Gonzagão em pessoa e sua esposa.Fiquei apatetada.Não imaginei que o Luiz Gonzaga de que nos falaram, fosse o Rei do Baião, pois era. Eles estavam se preparando para jantar quando receberam o telefonema do sub-gerente avisando-os sobre a nossa situação, então resolveram nos esperar para jantarmos juntos.Fomos acolhidos com todo carinho, hospedados no bangalô ao lado da casa e participamos da festa de aniversário de sua esposa que durou todo o fim de semana.Tive o privilégio de aplaudi-lo cantando com seu conjunto os grandes sucessos de sua carreira artística.Uma experiência sensacional.

O restante da viagem de volta eu não vou contar aqui, senão vcs vão dormir de cansaço (rsrs).
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Imagens: 100%aprendizagem 
cidades.com.br
brasilescola.com

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Meme - selinho/desafio


Continuo aqui pegando uma brisinha marinha pra lá de boa depois dum feriadão movimentado.Casa cheia e alegre é tudo de bom e eu gosto demais.Com todas as horas ocupadas ou quase todas, sobrou pouquinho tempo por aqui.Algumas visitas ficaram pendentes e desde ontem tento atualizá-las.Estava nesse carrossel, quando descobri que fui indicada "duas vezes" prum selinho+meme.Corada de vergonha(rsrs) pelo meu atraso na participação que a Jan,do: janassim.blogspot.com, me ofereceu,respirei aliviada quando veio em meu auxílio ( sem o saber), o garboso Christian Louis,dos Escritos Lisérgicos.blogspot.com, com a  2ª indicação.E, ganhei uma terceira, da xará Carmen Lúcia, do mamymilu.blogspot.Então, meus queridos, em tempo não muito pontual trago  as etapas propostas nesta participação. 


 

Cada pessoa indicada deve publicar três características próprias e indicar outros cinco blogs para participarem do meme.
Bom, vamos à elas: 

1_ Tendo a valorizar o que de bom há nas pessoas.Defendo essa postura desde sempre.Acho que tenho uma veia defensora por natureza e me gabo disso. 

2_ Olho pra trás ( pra minha história) com tranquilidade e satisfação.Isto me embasa. 

3_ Desprezo qualquer preconceito, discriminação e injustiça.

Trouxe o selinho do blog da Jan e, enquanto arrumava tudo por aqui me toquei na proposta que me parece uma extensão da ciranda: O que não é do meu feitio; sendo aqui o enfoque no que " é do meu feitio". Julgo super positivo ver-se como os assuntos se entrelaçam e se expandem na blogosfera promovendo boas interações.
E, arrematando a participação devo indicar cinco outros blogs, o que pra mim é complicado.Por quê?
Porque fico desconfortada em indicar.Não sirvo pra participar como jurada de concursos(rsrs), assim, registro a célebre frase: deixo aqui o convite aberto a todos e todas que se interessarem em participar do meme. 
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Obrigada Janice ,Christian e Carmen Lúcia pela gentileza da indicação.Gosto de rodopiar nas boas cirandas que acontecem.

domingo, 18 de novembro de 2012

Conversa à beira-mar



Mulheres adoram conversar e, sendo com pessoas conhecidas aí mesmo é que sobra assunto.Então, puxa a cadeira e senta. Vc não acha que com a sobrecarga de trabalho que nos acometeu nas últimas décadas, essa satisfação foi rareando, e deixando uma frustração presente nos diálogos, fossem por telefone ( ainda se usa o termo?) ou ocasionais, e mais recentemente por emails?

Não há aquela que não se lamente das correrias, da falta de tempo para um papinho, um cafézinho entre amigas.Jogar conversa fora, como diz o senso comum.Será que é mesmo? Acho que aí deve haver uma triagem, claro que faz parte do papo mulherzinha tudo aquilo que vem no pacote: moda, tendências, vaidades, afinal ninguém é de ferro, mas não fica só por aí. Somos a maioria da população brasileira, formadoras de opinião, podendo até mudar o rumo de eleições.

Bem, mas além de sabermos que somos fantásticas (rsrsrs) e não perdemos a ternura jamais,soma-se a tudo isso nossos pequenos prazeres,como o da conversa, que tem rendido inovações surpreendentes em vários setores da sociedade.Desde grupos culturais ou empreendedores a iniciativas solidárias, as nossas conversas agregam sintonias há milênios, basta pesquisar historicamente muitas trajetórias femininas conhecidas, porque há as desconhecidas que a história esqueceu.

Somos boas em unir intenções e compartilhar satisfações. Hoje, com a internet isto é visto e sabido, porém não é novo.Essa prática remonta uma ancestralidade que se perde nas brumas do tempo num passado mítico onde o matriarcado era natural.

Quantas atividades bem sucedidas de grupos de mulheres, vc conhece? Parou pra pensar nisso? Seja em espaços sociais reais/virtuais ou profissionais, o número é enorme.Não estou sendo sexista, não, sou mãe de dois homens e de duas mulheres, mas vejo claramente na maioria de nós essa capacidade aglutinadora e me entusiasmo.

Vejam aqui, pela blogosfera, quantas mobilizações acontecem de grande e de pequeno porte,de inúmeras características. Mobilizações altamente positivas, agregadoras de valores que ressaltam os melhores sentimentos e gestos. É uma rede dentro da rede gerada a partir de nossos impulsos femininos, aqui priorizando o de conversar muito. Claro é, que muitos homens também são promotores de iniciativas assim, porém hoje foco no universo feminino para ilustrar essa conversa reflexiva,que espero, seja propulsora de outras mais.

E pra finalizar esse clube da Luluzinha ( quem tiver menos de 30 pergunte à sua mãe quem é a personagem), deixo aqui um trecho de Clarissa Estés,em Mulheres que correm com lobos:

"...portanto é o cozimento de novas coisas, novos rumos, da dedicação à nossa arte e ao nosso trabalho e gosto, que alimenta a alma *selvagem permanentemente."
(* natureza feminina) 
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Imagen: imglave-isle-joy