O projeto: "Um escritor me inspira", ligou-se ao "Uma imagem um conto", ambos capitaneados pela amiga, Norma Emiliano.
Nessa edição, um trecho de Milan Kundera ( in: insustentável leveza do ser) vem como mote para a blogagem sugerida.
Palavra: Chapéu
Lavínia já ficava ansiosa com a proximidade do mês de junho. Amava as festividades desse mês. Era a primeira da turma a inscrever-se para a tradicional quadrilha. Pedia à mãe um vestido bem rodado e cheio de babados rendados, sem jamais dispensar o complemento importante: o chapéu. Tinha esse que ser enfeitado nas mesmas cores da estamparia do vestido e trazer uma bela fita arrematada em laço farto.
À medida que crescia, sempre que a ocasião permitia compunha sua vestimenta com um chapéu que lhe acompanhasse o modelo. Eram boinas, gorros no inverno, chapéus de palha no verão, casquetes rendadas, clochê acamurçado, flopy ondulante...
Adulta, Lavínia, levou sua paixão à categoria de profissão Ela é hoje dona da refinada loja, Charmant, produtora dos mais variados tipos de chapéus para todas as ocasiões. Conta com um grande público apreciador de seus produtos.