(A.C)
Quem já passeia por aqui a algum tempo deve se lembrar da série : Adoce seu dia, que foi abruptamente interrompida sem maiores explicações; falha minha, espero que perdoável.O motivo pelo qual a pus a tiracolo para pausá-la foi o de não faltar com a devida justiça nas escolhas dos comentaristas e aí, uma coisa levou a outra que culminou na tal pausa escolhida.Aquele velho e conhecido dilema das escolhas: uma acaba por anular outras, pois então, dito e feito, mas sem muita convicção, na verdade um comichão, que de quando em vez me atenta clamando pela reativação da série e convenhamos, material é que não falta(\0/). São carregamentos de comentários preciosos, argumentativos, instigantes, estimulantes e todos os demais adjetivos que se lhes agregam a definição, me incentivando festivamente e permitindo a salutar e nutritiva interação positiva que tanto me motiva.
Foi um destes comichões que me apareceu num dos comentários da postagem de ontem, onde volto mais uma vez a falar de meu ritual matinal, já dito aqui outras vezes, que estampou na semelhança detalhes compartilhados, coincidências fortuitas e tão familiares.Assim como a Mi, do blog: coluna da Mi, gentil comentarista, apontou identidades em nossos gostos matinais demonstrando que o encontro de interesses gera aproximação, tal fato acontece também numa escala maior por pessoas com quem não temos nenhum tipo de contato pessoal ou virtual, mas que de alguma forma trouxeram uma proximidade imaginada; é o caso dos artistas, das chamadas celebridades, dos escritores,pensadores, autores, cantores... Ingenuamente nos comprazemos ao sabermos que uma pessoa que goza de nossa admiração tem este ou aquele hábito idêntico ao nosso, uma familiaridade unilateral, porém apreciada.
Quem não já se perguntou como teria sido o café da manhã de Simone de Beauvoir, qual a rotina de trabalho de Georgia O'Keeffe, qual o regime alimentar de Chaplin, e muitas outras pequenas divagações sobre os gostos e hábitos das pessoas que admiramos.Pois essas questões estão na crista da temática do livro: * Daily Rituals: How Artists Work (Mason Currey,2013), que aborda rotinas e hábitos de 161 mentes brilhantes e inspiradoras, dentre curtíssima biografia de escritores, compositores, filósofos, dramaturgos, cineastas e cientistas desfilam as descrições dos hábitos e manias cotidianas desse elenco de notáveis.O livro é quase um almanaque de curiosidades inusitadas, como a do filósofo Kierkegaard, que possuía uma coleção enorme de diferentes xícaras de café e fazia o seu criado escolher a mais adequada para o café da tarde.Ele nunca utilizava a mesma xícara na semana.
Uma palinha destacada no livro mostra pela fresta dos detalhes um pouco da rotina de Simone de Beauvoir( espiem só!)_
Embora a produção de suas obras ficasse sempre em primeiro lugar em sua vida, sua agenda diária girava em torno de seu relacionamento com Jean-Paul Sartre (que escrevia mastigando tablets de Corydrane, uma mistura de anfetamina e aspirina. A recomendação diária de seu médico era de 10 tablets por dia) que durou de 1929 até sua morte em 1986. Beauvoir geralmente trabalhava sozinha na parte da manhã. Juntava-se a Sartre para o almoço no apartamento dele. Passava a tarde trabalhando com ele em silêncio total. À noite participava de eventos políticos e sociais. Em seguida ia para sua casa com Sartre para tomar uísque e ouvir rádio. A rotina seguia da mesma forma no dia seguinte.
Quem não já se perguntou como teria sido o café da manhã de Simone de Beauvoir, qual a rotina de trabalho de Georgia O'Keeffe, qual o regime alimentar de Chaplin, e muitas outras pequenas divagações sobre os gostos e hábitos das pessoas que admiramos.Pois essas questões estão na crista da temática do livro: * Daily Rituals: How Artists Work (Mason Currey,2013), que aborda rotinas e hábitos de 161 mentes brilhantes e inspiradoras, dentre curtíssima biografia de escritores, compositores, filósofos, dramaturgos, cineastas e cientistas desfilam as descrições dos hábitos e manias cotidianas desse elenco de notáveis.O livro é quase um almanaque de curiosidades inusitadas, como a do filósofo Kierkegaard, que possuía uma coleção enorme de diferentes xícaras de café e fazia o seu criado escolher a mais adequada para o café da tarde.Ele nunca utilizava a mesma xícara na semana.
Uma palinha destacada no livro mostra pela fresta dos detalhes um pouco da rotina de Simone de Beauvoir( espiem só!)_
Embora a produção de suas obras ficasse sempre em primeiro lugar em sua vida, sua agenda diária girava em torno de seu relacionamento com Jean-Paul Sartre (que escrevia mastigando tablets de Corydrane, uma mistura de anfetamina e aspirina. A recomendação diária de seu médico era de 10 tablets por dia) que durou de 1929 até sua morte em 1986. Beauvoir geralmente trabalhava sozinha na parte da manhã. Juntava-se a Sartre para o almoço no apartamento dele. Passava a tarde trabalhando com ele em silêncio total. À noite participava de eventos políticos e sociais. Em seguida ia para sua casa com Sartre para tomar uísque e ouvir rádio. A rotina seguia da mesma forma no dia seguinte.
Principais obras: Todos os Homens São Mortais, O Segundo Sexo, A Força das Coisas, A Velha.
Pros curiosos de plantão, e me incluo neste time, a publicação oferece prato farto e variado sobre as pequenas manias dos conhecidos formadores de opinião.Não descobri se já existe a versão traduzida para o português.De qualquer forma, fica a dica prum presente aos apreciadores do assunto.
Pros curiosos de plantão, e me incluo neste time, a publicação oferece prato farto e variado sobre as pequenas manias dos conhecidos formadores de opinião.Não descobri se já existe a versão traduzida para o português.De qualquer forma, fica a dica prum presente aos apreciadores do assunto.
* Livre expressão minha do texto lido no site: obvius.com
Ilustração: Amanda Cass