terça-feira, 30 de setembro de 2025

Os primeiros ares



Nos primeiros ares primaveris,

vai a imaginação voando

pelas lembranças; telas

pintadas nos jardins.  


São mesmos as palavras escritas provindas de tinta emotiva que nos oferecem o check-in de viagens inesperadas por dentro das memórias do ontem e das feituras do hoje. 



O querido, Rubem Alves, escreveu em certa ocasião: 

" ... O meu balanço estava amarrado num galho de uma ameixeira. Quando não se sabe ainda , é preciso a colaboração de um amigo que nos empurre. Depois a gente aprende o segredo. Com sucessivos deslocamentos do centro de gravidade do corpo, o balanço voa.

Ah! A alegria de tocar com a ponta do pé uma folha num galho alto! Eu fazia um monte de folhas secas à frente do balanço. A aventura que exigia coragem era pular do balanço quando ele estivesse no alto para cair no monte de folhas secas[...]"

( Rubem Alves, in: O velho que acordou menino, 2015) 



Como herança da estação passada

 tapeçaria em cores quentes

forra a primavera. 



Pendões pespontados

por agulha habilidosa,

dão vida ao bordado. 



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