Nos primeiros ares primaveris,
vai a imaginação voando
pelas lembranças; telas
pintadas nos jardins.
São mesmos as palavras escritas provindas de tinta emotiva que nos oferecem o check-in de viagens inesperadas por dentro das memórias do ontem e das feituras do hoje.
O querido, Rubem Alves, escreveu em certa ocasião:
" ... O meu balanço estava amarrado num galho de uma ameixeira. Quando não se sabe ainda , é preciso a colaboração de um amigo que nos empurre. Depois a gente aprende o segredo. Com sucessivos deslocamentos do centro de gravidade do corpo, o balanço voa.
Ah! A alegria de tocar com a ponta do pé uma folha num galho alto! Eu fazia um monte de folhas secas à frente do balanço. A aventura que exigia coragem era pular do balanço quando ele estivesse no alto para cair no monte de folhas secas[...]"
( Rubem Alves, in: O velho que acordou menino, 2015)
Como herança da estação passada
tapeçaria em cores quentes
forra a primavera.
Pendões pespontados
por agulha habilidosa,
dão vida ao bordado.
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