quinta-feira, 18 de agosto de 2022

A validade das lembranças



 Os sentidos captam as belezas vistas ou experenciadas e vão arrumando-as com as devidas etiquetas nas prateleiras das lembranças; ao alcance de um lampejo da memória afetiva, cuidadora caprichosa de todas nossas caras vivências. E, assim, delas vamos formando páginas e mais páginas do nosso álbum das histórias que nos contam e nos recontam. 
Folheamos essas páginas instintivamente, como parte natural de um gesto simples nos movimentos do corpo e do espírito, ressignificando-as conforme o desenho dos instantes lembrados.
Instantes marcantes ou efêmeros, são catalogados naturalmente e por vezes, nos deparamos com alguma lembrança inusitada, mas, nem por isso, menos significativa. 



A concha dupla-aurora
( Anne Lindbergh) 

"...Linda, frágil e fugaz é a concha dupla-aurora; mas, nem por isso, ilusória. Por não ser duradoura, não vamos, como os céticos, chamá-la de ilusão. Duração não é critério para se avaliar valores falsos ou verdadeiros. Não se invalida o dia da libélula ou a noite da mariposa só por serem breves fases em seus ciclos de vida.
A validade não precisa ter relação com tempo, duração ou continuidade. Está em outro plano, avaliada por outros padrões. Está relacionada oa momento real no tempo e espaço. E, o que é real, é real apenas por um tempo e apenas num espaço."





Agradeço de todo coração aos amigos e amigas pelas felicitações a mim dedicadas.
Vocês me trazem muitas alegrias!
Muito Obrigada!


9 comentários:

  1. Querida amiga Carminha, boa tarde!
    Só poderia o texto vir de um 💙 pleno de consideração pelos amigos que formou na família virtual.
    Gostei demais da relação do efêmero com o marcante.
    Dois exemplos lindos nos colocou.
    Nossos encontros fortuitos aí no RJ também estão assim para mim catalogados.
    Foram poucos os anos de convivio, mas de muita marca no fundo do nosso ser.
    Obrigada por um texto tão belamente composto.
    Tenha um novo ano de vida muito abençoado!
    Beijinhos com carinho de gratidão e estima
    😘🕊️💙💐

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  2. Boa tarde Calu,
    Um texto maravilhoso, tão ao seu jeito peculiar de escrever, sobre os registo das lembranças.
    Elas fazem parte de nós, porque vão acompanhando o nosso percurso de vida e as vamos registando e, quantas vezes, elas se mostram ao nosso coração e voltam a desabrochar.
    Muito belo o texto de Anne Lindbergh.
    Beijinhos,
    Ailime

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  3. Muito bem. Obrigada também pela parte que me toca :)
    -
    A vida, é como uma janela aberta ...

    Beijos. Boa Quinta-Feira!

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  4. As lembranças/recordações fazem parte de cada segundo da vida de todas as pessoas
    Belo texto que gostei de ler.
    .
    Cumprimentos cordiais e poéticos
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  5. Lembranças que com o tempo vão ganhando espaço nas nossas
    emoções. E é aí que a sua validade ganha vida.
    Texto lindo ilustrado por esse outro de Anne Lindbergh.
    Beijos
    Olinda

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  6. Calu,que maravilhoso texto da Anne e desejo que todos possamos ter lindos momentos para colocar nas prateleiras de nossas lembranças onde ficarão pra sempre bem lembrados e revisitados! Adorei as flores ! beijos, tudo de bom,chica

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  7. As lembranças sempre nos confirmam que vivemos momentos bem especiais!
    Que possamos ir acrescentando as melhores, aos nossos livros de histórias...
    Belas escolhas, imagens, e reflexões com a sensibilidade que a caracteriza, Calu!
    Um beijinho! Bom fim de semana!
    Ana

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  8. Graças a elas construimos nossa história e podemos narrrar e reescrê-las de forma a seguirmos nossa estrada de forma mais lebve. Bjsss

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  9. As lembranças mais marcantes que carregamos não têm prazo de validade, pois estão sempre a nos mostrar um lado da vivência que desejamos guardar. Ficou linda sua postagem. Bjs.

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!