quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Silêncio da Flor

Na semana da BC Teia Ambiental, trago na poesia o lamento da natureza agredida impunimente. 

Foi quando as flores não vingaram frutos:
(nos secos ramos, ressecaram tardes)
as folhas murchas despencaram pálidas
se dispersaram contornando rastros

pelos caminhos conspiravam fugas
levando marcas de uma morte lenta,
porque raízes omitiram seiva
para mante-las sempre ao caule, sempre...

mas foi da terra sim, que a morte veio
do chão que a planta ruminava nuvens,
o fio de água, transformado em lodo,
contido pela rigidez da argila.

Foi quando as folhas se acharam adubo:
(nas secas tardes, renasceram ramos)
antigas folhas inundando o caule,
imune seiva, frutos-flores, quando...

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Majela Colares
Poeta e Contista,  reside em Recife, cidade onde se deu o início de sua trajetória literária que reúne várias publicações dos estilos citados.

7 comentários:

  1. Oi, Calu
    Que Poema Belo. O Poema - Flor, O Poema - Inanição, O Poema - Socorro à Natureza!
    Que seja caule, folhas, flor, frutos e vida e renascimento!
    Abraço carinhoso,

    Sapatinhos da Dorothy

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  2. Calu,
    Estão lindas estas postagens relativas à Teia Ambiental e eu não conhecia mais esta poeta - demais, adorei!
    bjs cariocas


    Ahhhhhh, você não viu o garotinho lá do blog ontem, passa lá pra ver que gracinha!

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  3. Linda poesia.Bela tua escolha,Calu! beijos,lindo fds,chica

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  4. Calu querida,

    Isto é lindo:
    "pelos caminhos conspiravam fugas
    levando marcas de uma morte lenta,
    porque raízes omitiram seiva
    para mante-las sempre ao caule, sempre..." e possibilita grandes viagens.

    Girassóis nos seus dias!
    Beijos

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  5. Muito linda poesia Calu.. realmente é lamentável que nossa Mãe Natureza esteja passando por tantos maus tratos!

    Um beijo imenso em seu coração..
    Verinha

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  6. Calu querida,

    Seu post da Roda não entrou. Aparece a chamada, mas é informado página não encontrada.

    Girassóis nos seus dias.
    Beijo

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  7. Que lindo poema, Calú!Transmite a morte lenta da natureza, mas ao mesmo tempo finaliza com uma esperança(adubo)!
    Beijinhos

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!