Na casa das palavras, sonhou Helena Villagra, chegavam os poetas. As palavras, guardadas em velhos frascos de cristal, esperavam pelos poetas e se ofereciam, loucas de vontade de ser escolhidas:elas rogavam aos poetas que as olhassem, as cheirassem, as tocassem, as provassem.
Os poetas abriam os frascos, provavam palavras com o dedo e então lambiam os lábios ou fechavam a cara. Os poetas andavam em busca de palavras que não conheciam, e também buscavam palavras que conheciam e tinham perdido.
Na casa das palavras havia um mesa de cores. Em grandes travessas as cores eram oferecidas e cada poeta se servia da cor que estava precisando;amarelo-limão ou amarelo-sol, azul do mar ou de fumaça, vermelho-lacre, vermelho-sangue, vermelho-vinho...
Eduardo Galeano(in: O livro dos Abraços)
Calu,
ResponderExcluirQue poema tão lindo! Essa brincadeira de palavras com o poeta ficou incrível. Linda a poesia.
Amei o seu comentário lá no Amadeirado. Acho, que nós, dessa mesma faixa etária, sofremos as mesmas coisas decorrentes de uma educação inadequada. Só a maturidade nos faz resgatar a lucidez, com o suporte de marido e filhos.
Te adoro! Beijos com muito carinho e uma semana comprometida com a felicidade!
Calu!
ResponderExcluirQue lindo isso, mas o sufoco pra postar continua grande!
Tive novamente que ir para outro navegador. Coisa incrível,não? Uma linda semana! beijos,chica
Bom dia,Calu!!!
ResponderExcluirAh!!!Que lindo!!Amo as palavras, os livros!!!!Impossível viver sem!!
**Este livro do Eduardo parece ser muito bom, uma amiga já recomendou, mas ainda não tive a oportunidade(tenho uma lista imensa de leitura...rsrsrs).
Beijos!!Bom início de semana!