terça-feira, 1 de julho de 2014

Equilibrar o tempo a contento








Não há como fugir de certas dúvidas que, vira e mexe, nos tomam de sobressalto.Afirmam muitos pensadores que a dúvida é provocadora de descobertas e que sem ela a comodidade se instala e cria o lodo pegajoso;concordo com a metáfora.Quando nos sentimos confortáveis demais não questionamos, não promovemos avanços e pior até aceitamos o mais ou menos como bom.Jogando os holofotes sobre as novíssimas dúvidas que voejam sobre as cabeças das mães e pais das crianças de hoje, vê-se que a nuvem de preocupações está se agigantando rapidamente.Os dois gumes das novas tecnologias acenderam o pisca-alerta dos pais atentos e compromissados que buscam arduamente equilibrar a rotina das crianças e jovens de forma salutar e proveitosa.

Se antes já não era fácil, hoje virou uma tarefa hercúlea que não permite piscadelas e mesmo quando as tais não acontecem, ainda assim não garantem que se consiga triunfo completo.São muitos os atrativos que disputam atenção com os assuntos em estudo e a cada nível de escolaridade a briga de cabo-de-guerra vai aumentando a pressão sobre todos: filhos/alunos e pais.A Ana Paula (Aqui), dividiu conosco suas apreensões e reabriu a reflexão sobre o fato corriqueiro nos dias de hoje.

O ajuste fino para os combinados sobre o tempo de estudo e o on-line exige empenho de ambas as partes e sabemos que isso não é tão simples como parece.Mesmo priorizando o que de fato importa, ainda assim, resta uma pontinha de dúvida sobre as exigências escolares: será que o montante curricular é de fato bem dosado para cada nível?Confesso que esta é uma dúvida que me persegue até hoje.Sim, porque em alguns casos, especialmente nas séries finais do 4º ciclo escolar, existe um certo exagero de conteúdos aplicados em detrimento de outros que poderiam usar de roupagem mais ampla e abordar temas mais adequados a esses tempos, preparando e instruindo os alunos(as) com mais eficácia para uma vida cidadã.

A polêmica no meio educacional é antiiiiga e não se esgotará tão cedo.Bom que assim seja, afinal o que se encontra em permanente questionamento garante a renovação e afasta a estagnação.Há muito o que ser revisto nos currículos escolares tradicionais; realocar o imprescindível, arejar o gradeado, renovar o tabuleiro, acrescentar significantes aos significados e não descansar sobre o refeito pois a vida é dinâmica, sempre em mutações constantes e com novas situações se apresentando continuamente.

Os temas transversais já revolucionaram o engessamento dos currículos e foram marco de enormes e inegáveis avanços, mas não podem ser a fronteira final; eu repito com o Buzz Lightyear:" __ Para o infinito e além!"




¨¨**¨¨**¨¨




Imagem:educadorbrasil-escola

16 comentários:

  1. Oi, Calu!
    Se nem os educadores chegam em um consenso, que dirá aqueles que ficam de platéia ollhando os novos experimentos nesse ramo. Mas uma coisa eu tenho certeza, educar pelo exemplo é garantia de sucesso. Então, pretensos pais... eduquem-se antes de colocar filho no mundo.
    Sem querer menosprezar a escola, pois ali também estão os primeiros vínculos "profissionais": levar trabalho para casa não é bom, ainda mais quando existe uma dupla jornada que os pais se encarregam de adicionar na vida dos filhos. Vou repetir um comentário que fiz por aí - não se deve negar a uma criança o direito à infância. No entanto, quando digo primeiros vínculos profissionais, está na escola uma aposta de aprendizado para o futuro e a criança deve sentir a responsabilidade do que é "estudar". Ser estudante é uma profissão que tal qual a dos professores tem sido desvalorizadas e enquanto essa relação não melhorar, o sistema educacional não trará resultado algum. De que adianta levar tarefas para casa, se não existe o estímulo?
    Beijus,

    ResponderExcluir
  2. Li ontem na Ana Paula, hoje continua e aqui trazes muito bem o tema. É para pensar, rever posições e adaptar...
    Nem tanto ao céu, nem tanto à terra;Equilíbrio novamente em baila!
    E, muita coisa deve ser revista nas escolas e currículos... Temos o Neno no 6º ano e há coisas simplesmente boba por lá,mas fazem parte...Em contrapartida, até costurar eles devem aprender, com paninhos, linhas e agulhas andam ás voltas .Em meio à isso, alemão, inglês,etc.

    Trabalhos não faltam. E a maioria, com pesquisas na internet...Assim, nessa hora. se não estivermos de olho, uma olhadinha na pesquisa e outra no KOGAMA, joguinhos,rs..Fazer o que? Controlar horários... beijos,tudo de bom,chica

    ResponderExcluir
  3. E põe tarefa hercúlea, nisso
    Educar uma criança, nos dias atuais, está muito difícil, Calu
    Mais uma vez escrevestes muito bem
    Lindo dia para tí.
    Beijinhos de
    Verena e Bichinhos

    ResponderExcluir
  4. oi Calu

    A tecnologia é ótima e se bem usada pode levar a grande progressos em sala de aula, mas temos que saber usa-la.
    Vejo pessoas no almoço no celular, atravessando as ruas mandando mensagem, enfim tem muita gente perdendo tempo demais com a tecnologia, esquecendo que por traz dela há vidas.

    bjokas =)

    ResponderExcluir
  5. Ótima tarde, Calu!
    Eu gostaria de escolas-chácaras, cheinhas de árvores, com horta para a merenda e pomar para se comer no pé das fruteiras. Lugares onde as crianças pudessem escorregar a bunda na grama, pisar descalças no brejo até os macarrõezinhos saltarem vão de dedos acima!
    Queria largueza "prelas" correrem, cantinhos prelas se perderem meio a insetos, e sobretudo um corguim (regato) prá se fazer de piscina...

    Beijos nostálgicos!

    ResponderExcluir
  6. Ajustes
    Medidas
    Mix
    Pés nos chão, livros, flores, pás e tecnologias nas mãos
    Cabeças nas nuvens, nas estrelas, nos cálculos, nas responsabilidades
    \o/

    ResponderExcluir
  7. Oi Calu!
    Vejo que não está fácil... vejo meus filhos e noras "rebolando" entre estes "dois gumes". ;-)

    Abração
    Jan

    ResponderExcluir
  8. Olá Calu, sempre bem actuais seus temas e de forma excelente a que já nos habitou!
    Neste momento não tenho crianças em idade escolar ,mas sei pelo que ouço e leio que não está sendo fácil,não!
    Será necessário um equilibro por parte da escola e família que me parece não estar a ser fácil de conquistar!
    Um beijinho e uma boa tarde,
    Ailime

    ResponderExcluir
  9. Mais uma exaustão aos educadores, aos pais nestes tempos conectivos. Dosar, limitar, equilibrar.
    Vamos tentando.
    E para engrossar nossas reflexões, estreou um documentário sobre o brincar ( ou seria a ausência dele? )
    Tarja Branca - tem um pedacinho no youtube.
    Infelizmente ( e claro ) não está no grande circuito. Tomara você encontre por aí!
    beijo

    ResponderExcluir
  10. Calu:
    Esse dilema entre o tempo e os afazeres escolares, está longe de ter uma solução adequada.
    E com essa onda de celular, a coisa só tende a se alastrar.
    Entretanto, seria uma alternativa interessante fazer uso da tecnologia em benefício da escola e do aprendizado.
    Talvez, esse seja o caminho para amenizar a situação atual.
    Bjs.:
    Sil

    ResponderExcluir
  11. Oi Calu, concordo com você, a tecnologia distrai demais as crianças. A interatividade e a velocidade fazem com que percam o interesse em atividades mais introspectivas como a leitura. Isso me preocupa.
    Bjs e ótima semana

    ResponderExcluir
  12. Boa noite Calu!
    Esse é um assunto que gira, gira e não se acha uma solução...Não tenho mais filhos em idade escolar, as crianças
    cresceram, não tenho netos e nem vivo no meio escolar. Mas acredito que a tecnologia esta ai, então porque não fazer uso para beneficiar a vida dos professores e do próprio aluno...
    Beijos com muito carinho e obrigada pela visita carinhosa que enche meu coração de alegria.
    Marilene

    ResponderExcluir
  13. Uma eterna discussão que esperamos que se resolva. Olha, Calu, não sei se está falando do ensino público ou particular, mas o que vejo por aí é um afrouxamento exagerado no ensino. Acho que não disso que vc fala. Meus filhos já estão na faculdade e aqui em minha cidade o ensino nem é tão ruim assim, mas deixa a desejar.
    Muita coisa precisa mudar, mas algumas não têm explicação. Já presenciei várias escolas com salas de tecnologia montadas e não sendo usadas pelos alunos. Esquisito isso, mas já vi várias. Sempre falta um papel assinado, um professor, um fio pra encapar, sempre uma desculpa. Enfim...

    Calu, um ótimo finzinho de semana!
    Beijos

    ResponderExcluir
  14. Oi, Calu, como vai?
    Faço pós em mídias na educação, e implementar tecnologias no dia a dia escolar é assunto recorrente. O sistema encontra entraves como professores que não querem adequar metodologias e equipamentos que não funcionam com o mesmo dinamismo do educador. Mas além da introdução das mídias, é muito destacada a importância de direcionar essa necessidade virtual que encontramos nas crianças para um lado produtivo que de fato, torne os instrumentos tecnológicos meios de crescimento pessoal e educacional. Talvez dessa forma consiga-se até adequar esse limite tão difícil de ser colocado pelos pais. Um abraço!

    ResponderExcluir
  15. Bom dia, querida Calu, como vai?
    Me preocupo tanto com isso... procuro ao máximo equilibrar o tempo que meu filho fica diante da tv, por exemplo.
    Ele tem somente 2 aninhos e 7 meses e, por mais que eu não deixe mto disponível, ele sempre pega o meu celular e consegue acessar configurações nele que eu nem sabia que tinha, acredita?
    Computador, mesmo, ele é fascinado.
    E é por essas e por outras que me preocupo e que redobro minha atenção.
    Mas, sabe, comadre, tenho sorte de ele amar os livros!
    Pra vc ter uma ideia, enqto ele assiste aos desenhos/filmes do Thomas & Friends e dos Carros, ele gosta de acompanhar lendo (do jeitinho dele, claro! rs) os livrinhos que acompanham o dvd - bom isso, né?

    Um bão pra vc, querida, e fica com Deus!

    ResponderExcluir
  16. Calu, querida, você apontou um detalhe que tem sido muito preocupante para os pais, pelo menos aqueles como a Ana Paula, que observa e acompanha os filhos - há, na verdade, uma grande disposição tecnológica para as crianças atualmente e que pode dispersar o interesse para as matérias escolares, já que elas não estão acompanhando na mesma intensidade os joguinhos, sempre atualizados ou as redes sociais tão dinâmicas.
    Como bem disse a Bia, muito precisará ser feito nas escolas para despertar e atrair os alunos.
    Acho que precisamos bem mais do que simples aparelhagens, precisamos boa vontade do estado, precisamos de professores capacitados e que entendam as novas mensagens que crianças e jovens já estão enviando faz tempo.
    um beijinho carioca

    ResponderExcluir

Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!