sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Cadê o toucinho que estava aqui?











Minha manhã cronometrada já avisava que o período destinado à caminhada tinha acionado meu cuco particular, então, era sair agora ou pular esse ítem da agenda do dia e prosseguir; o que me deu mais pressa na procura da minha viseira.Abre armário, olha no quartinho, no banheiro, no gavetão da cama...e nada até agora.Não que a viseira seja componente imprescindível, mas que ajuda com a luminosidade e a proteção pro rosto, isto,sem dúvida.Mas, o desconforto maior nessas horas de busca é a falha da dita memória recente. É desconfortável pra caramba a certeza de que temos um objeto, sabemos que o colocamos dentro de casa e não lembramos de imediato seus rastros. Aí, é um tal de pensamento invasivo atravessar  nosso córtex distraído nos deixando com um elefante atrás das orelhas pesando perguntinhas capciosas:
" Como vc se esqueceu de onde guardou a viseira(?) Hum, a memória tá falhando à beça, heim..."

E, feito análise combinatória vamos achando que precisamos tomar ginko biloba, exercitar mais a memória e até consultar um especialista pra fazer uns exames...neura total.Haja coisa sumida pra haver neurose acontecida.Só que fica meio impossível não pensarmos em todas essas possibilidades em meio a tantos alertas informativos, artigos, vídeos e causos verídicos.Claro que não é caso de psicose instalada, pois quem não perdeu chaves, óculos, livros e coisistas mais em qualquer idade da vida? Mesmo sendo comprovado que a idade não é condição primordial e o filme do ano, " Para sempre Alice", registra isso.Triste, mas real e certamente quando vemos as primaveras se acumularem ficamos mais suscetíveis a estes pensamentos e alimentamos nossos elefantes brancos.Em ocasiões assim, havia um dito popular entre nós, colegas professoras: "Espanta o alemão!"

Só pra constar, achei a viseira dois dias depois dentro do buffet da sala.
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Ilustrando melhor o assunto, visite:
www.minhavida.com.br/saiba diferenciar Alzheimer e envelhecimento.






10 comentários:

  1. Boa noite Calu, a quem não acontecem situações semelhantes que nos levam logo a pensar no “malvado” do alemão;))?
    Temos mesmo que nos cuidar e tomar nossas precauções! Tento não pensar muito no assunto pois fico meio nervosa.
    No entanto de nada vale escamotear esta triste realidade dos nossos tempos. A doença existe e há que enfrentar.
    Beijinhos e bom fim-de-semana.
    Ailime

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  2. Tive que rir,Calu...Tantas vezes é assim,,, Até nos assustamos quando perdemos as coisas que "guardamos". Como a minha idade não é pouquinha, me pego pensando... Tantas vezes brinco que o" DR Alemão" me visitou,rs... Credo, tomara não! E saber diferenciar esses esquecimentos da doença é importante! bjs, lindo feriadão. chica

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  3. Quando eu era menina e queria encontrar alguma coisa que não encontrava, minha avó dizia: "nada como ficar nervosa para não conseguir encontrar o que queres. Acalma-te, vai fazer outra coisa, e vais ver que não tarda achas."
    Aconteceu-me há dias. Tinha tirado uma pequena amostra de lã, para ir comprar igual, e não conseguia encontrar. Quando estava quase a entrar em parafuso, lembrei-me da avó, e decidi não me ralar mais com isso e ir só comprar no dia seguinte, ou quando encontrasse a bendita amostra. Menos de duas horas depois lembrei onde tinha guardado.
    Um abraço e bom fim de semana

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  4. Bem assim, também ando eu, Calu e se servir de consolo, pessoas bem mais jovens estão assim! Culpo agora depois de descartar "sua análise combinatória" que eu fazia, ao excesso de informações com que somos acometidas! Eu, até já fiz um caderninho de brochuras, bem bonito, encapado e na capa com letras garrafais escrito: ONDE??? Imagine, ele continua lá, novinho. Calu, não nos impressionemos mais! Chega de elucubrações! Um abraço, um lindo final de semana e bom descanso no feriado!

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  5. Oi, Calu!
    Eu também me esqueço de coisas bobas, como chegar ao armário da sala de aula e não saber o que busco. A ideia da demência também vem; entretanto, como você mesma disse, rapidinho me lembro das crianças e como elas se esquecem igualmente - somos normais.
    Uma dica que aprendi a décadas e funciona, sobretudo com chaves, é dizer em voz alta:
    _ Estou de deixando em tal local.

    Excelente fim de semana prolongado!

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  6. Ah ...Calu, essas coisas acontecem com todo mundo, não se preocupe...
    É efeito de estresse, ansiedade, não pense no alemão....kkkkk
    Bjs

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  7. E como acontecem, mas há que se observar alguns detalhes antes de pensar em doença. Contudo, é preciso que exercitemos e por aqui ( blogs) fazemos constantemente. Esquecer faz parte, principalmente quando acumulamos preocupações.
    Se eu dependesse, de lembrar os nomes das pessoas, certamente desde cedo, pensaria que a demência já me apontava. bjs

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  8. Eu sou a esquecida
    Esqueço
    Perco
    E uso muito Buda para me salvar
    Ouvi dizer que ele disse e se não disse atribuo por repetição a ele, a máxima de que é só parar de procurar que aparece
    Além de pulinhos ofertados e pagos a São Longuinho
    Palavrões
    Anotações, etiquetas, avisos para lembrar e para se num futuro próximo ou distante eu ficar gaga

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  9. Calu,
    E que de nós não faz isso vez ou outra?!
    Aqui agora somos dois, eu e marido esquecendo coisas e nomes. Dia desses, quisemos nos lembrar o nome do lugar e castelo mais lindo que visitamos em Granada pra contar pra minha mãe no carro. Quem disse que lembrávamos?
    kkkkkkk Eu só sabia dizer que era lindo e que tinha um enorme jardim antes, mas o nome não me vinha e o mesmo com ele. Então, claro, recorri à Santa Wikipédia no celular, pois estávamos no carro, e estava lá o bendito nome que começa com A e acaba com A também. Mas, nem assim o marido conseguiu lembrar, só quando revelei o bendito nome - Alhambra.
    Sei lá, acho que é a correria da vida, dos dias, das dificuldades que atravessamos, do stress diário ... mas, sei que a cada dia minha memória está ficando assim também, bastante avariada.
    Acho que vou seguir os dizeres de Buda que a Tina fala acima, ou seja, parar de procurar, quem sabe né?
    um grande abraço carioca

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  10. Minha querida, pois eu tenho momentos desses q.b. e ainda estou na casa dos trinta.
    Bom que a viseira apareceu, ainda que fora de hora.
    Beijinhos, um doce domingo
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!