terça-feira, 14 de maio de 2013

BC - Famílias e Impactos Tecnológicos







Quando aconteceu a 1ª transmissão de rádio no ano de 1919, o evento foi  festejado e, não era pra menos, afinal o país entrava na era do rádio, inscrevia-se na comunicação mundial.Para além dos óbvios benefícios trazidos, a evolutiva presença do rádio nas casas brasileiras agregava a família à sua volta nos horários das transmissões fossem elas jornalísticas ou de entretenimento_ as novelas. A bem da verdade, eram momentos de atenção dirigida para o que transmitia o aparelho, sempre em lugar de destaque nas salas de estar pelo país afora.Os minutos roubados pelo interesse no que estava sendo irradiado,eram recuperados nas conversas posteriores aos programas  provocando interação e participação de todos que ali se encontravam.

Diferente de hoje, bem o  sabemos, em que as tecnologias estão cada vez mais especializadas em individualizar seu uso, afastando os presentes e aproximando os ausentes. Os minutos roubados, jamais serão recuperados, pois o extenso foco nas atividades propostas por estas inovações sedutoras,que possuem  lugar físico para apenas uma pessoa excluindo os demais que, por ventura estejam perto, mesmo que apenas de corpo presente, sendo  bem provável que estejam também ligados em suas telas pessoais, totalmente desligados da vida que se dá fora dela.

E a família? Como vai? Difícil resposta a esta simples indagação.Creio que "ela" vai como pode nesse universo adverso a natural proximidade inerente aos seres humanos: o diálogo. Não é o caso de culpabilizar a modernidade por todos os males que acometem as relações familiares, porém, as novas mídias vieram aumentar a distância entre as pessoas próximas.Sendo adultos, portanto possíveis de auto-crítica, há que se permitir uma retomada de atitudes em prol do equilíbrio no uso das tecnologias.Sendo crianças e adolescentes, o assunto requer atenção e ações redobradas dos adultos para o aproveitamento benéfico da virtualidade. 

Como em tudo na vida, cumpre adicionar-se a este caldeirão de efervescentes distrações, pitadas generosas do velho e conhecido" bom-senso", que sempre salva o paladar por mais exigente que seja e, empenhar-se na vivência familiar estreita e real. 

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Esta é uma BC proposta pela Norma, do www.pensandoemfamilia.com (Aqui), trazendo para a roda de interação este tema atualíssimo.Vale a pena conferir as participações.



21 comentários:

  1. Amiga Calu,
    Como você muito bem fez sua preleção, o rádio e a televisão no seu início, agregaram, juntaram as pessoas da família e todos podiam ver e até discutir sobre um programa ou novela. Aos poucos isso foi se acabando e com a chegada do computador em tantos lares, a família se dividiu mesmo, pois não é raro ver um filho no quarto dele, a filha no dela, a mãe no seu aparelho e o pai, bem, este costuma estar com o controle remoto zapeando atrás dos jogos internacionais. rsss
    Talvez tenha sido ali o início de toda esta enorme dispersão que há hoje em dia nas famílias no mundo inteiro. É uma verdadeira revolução tudo isso, e temos que estar atentos, pois não queremos ver as famílias tão dispersas assim, correndo sério risco de não pensarem e dialogarem juntos.
    um grande abraço carioca




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  2. Ponderação e moderação em tudo.Até na tecnologia em nossas vidas. Gostei muito de tua participação! beijos,tudo de bom,chica

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  3. Ah! Calu vc trouxe boas lembranças da época dos rádios e início das tvs, pois poucas pessoas podiam tê-las e, assim, reuniam - se durante alguns programas. A evolução tecnológico e o fácil acesso aos bens foram possibilitando o aumento das compras e o acesso individualizado dando início as dispersões dos membros famíliares.
    Muito boa sua abordagem. Grata pela sua participação, os textos têm sido gratificantes nesta roda de interação.
    bjs

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  4. Esta reflexão tão bem argumentada, Calu, mostra as polaridades do advento tecnológico, e viver no extremo que traz prejuízo é uma das preocupações mais evidentes nas famílias que despertam para esta verdade.
    O distanciamento das pessoas as segrega num mundo que ao mesmo tempo contempla a individualidade (sempre uma busca da privacidade) e a marginalidade nas relações.

    Uma denúncia pertinente foi o que encontrei nas tuas palavras centrais, exposta com toda propriedade e assertividade.
    Gostei muitíssimo de conhecer tua opinião, comungo dela, embora aprecie e usufrua do aspecto positivo da "modernidade" e sua evolutiva comunicação.

    Forte abraço!

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  5. Olá, querida amiga Calu
    O aproveitamento benéfico da virtualidade é, para mim, um prêmio...
    Bjm de paz e bem

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  6. Oi Calu
    Muito bom o post! Como todos que vc faz! Uma ótima reflexão para eu que sou uma mãe em construção! Fico sempre me policiando, e sempre acho que não estou dando a atenção que meus filhos merecem, e a culpa não é do computador ou da TV é minha mesmo! Adorei amiga!
    Bjos.

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  7. Calu, é verdade, no começo ter um rádio em casa era motivo de reunir a família, para todos ouvirem juntos alguns programas. Assim também, a TV chegou devagarinho, juntando todos na mesma sala. Com o tempo, tudo mudou, inclusive chegando mais e mais aparelhos, que agora, na verdade, separam as pessoas da mesma família. Por isso o acesso deve ser restrito e os aparelhos devem ser dados aos filhos o mais tarde possível, já que vão ser mesmo incorporados à vida de todos.
    Como sempre, vale ter mesmo bom senso e saber usar a tecnologia a nosso favor.
    Beijo!

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  8. Muito boa participação Calu!
    Sempre no caminho do meio andamos melhor.
    Lembro bem do tempo do rádio... da TV... e assim por diante...
    Afinal a vida evolui...
    Foi um prazer conhecer seu blog.
    Um abraço.
    Astrid Annabelle

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  9. Olá Calu,
    Que boa recordação. Interessante como a família se reunia para momentos importantes diante do rádio e da tv. Todos ficavam atentos para ouvir ou ver e logo depois abria um espaço para troca de comentários. Linda participação.
    Beijos mil

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  10. O rádio. Quantas boas histórias.
    Mais do que nunca temos mesmo que adicionar pitadas generosas do bom e velho bom censo. Acho os tempos difíceis e confusos. Tudo ainda é muito novo!
    Beijo

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  11. Com uma volta ao bom tempo do radio onde todos se reuniam na curiosidade para ouvir um Heroi do Sertão ou mesmo Um Direito de Nascer,mantendo a familia proxima, para os headfones de hoje que afastam os proximos na individualidade acelerada.Bom senso é a palavra Calu que regula toda esta crescente invasão dos lares pelas novas tecnologias.
    Otima participação amiga.
    Um abração carinhoso.

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  12. Oi, Calu, como vai? Primeiro, quero deixar meu parabéns atrasado pelo aniversário do blog, que maravilha! Desejo que as partilhas pela blogosfera se estendam por muito anos...Sua participação no desafio também ficou fantástica. Pensamentos de um alma que sangra.
    Sua participação nessa blogagem muito interessante me fez lembrar de um comentário de uma colega no trabalho esses dias. Ela disse que a tv estragou, e então ela e seus filhos sentaram na sala após o almoço e conversando como há muito não faziam, ela se distraiu e até perdeu a hora para trabalhar.
    Um alerta de como a tecnologia está roubando um tempo precioso para o convívio familiar.
    Sua participação é brilhante e um chamado para as relações manterem sempre o equilíbrio, as virtuais com as reais.
    Um abraço!

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  13. Oi minha linda.
    Chegando pra fazer uma visitinha rsrs
    Acabei de vir do Blog da Luma.. que também está participando dessa BC..
    E assim como disse pra ela, vou dizer pra você.
    Que texto em?
    Lindo demais.. muito bem escrito, como tudo o que posta por aqui..

    Concordo com você minha linda.. temos que usar o bom e velho bom senso..

    Um super beijo e uma noite super linda viu?

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  14. Oi, Calu!!
    Dentro de uma família a interação deve ser preservada, assim como a individualidade. Não podemos nos privar como também não podemos abusar dessa mesma individualidade. O meio termo é sempre o melhor caminho.
    Em casa ainda ouvimos rádio ou melhor, músicas pelo rádio :) O que dá pano de fundo para boas conversas. Não temos os mesmos gostos televisivos e por isso mais de um aparelho na casa, mas a tv por aqui vive desligada!
    Você está certa, não devemos culpabilizar a modernidade pelos males das relações familiares :)
    Beijus,

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  15. Olá Calu
    Hoje não é tão esplendido como era a um tempo atras, tudo era novidade e ficávamos maravilhados com as novidades, hoje parece tão natural.É verdade as famílias estão se distanciando cada vez mais, mas ainda dá para concertar tudo isso, tendo um momento de lazer e a cada minuto chamá-los a vida. Bela participação. Beijos.

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  16. Bom dia,Calu!!

    Que ótima reflexão fizeste!!!
    O que falta hoje em dia( em tudo...)é o equilíbrio.
    Saber usar as tecnologias, sem nos afastar do convívio e do diálogo com aqueles que nos cercam.Há tempo para tudo, é só saber organiza-lo!rs
    Beijos,minha amiga!

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  17. Oi, Calu!

    Obrigada pelo carinho!

    Amei sua participação.
    Bons tempo do rádio.
    E sim, a tecnologoa está aí. Vamos usufruí-la,
    mas permanecendo na realidade de nossas vidas.
    Pitadas de bom-senso são fundamentais nesse processo.

    Beijo grande

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  18. Calu, acredito que o mais "preocupante" é quando ouço pessoas afirmarem que os "virtuais" são mais importantes do que as pessoas (famílias e amigos) da vida real. Não sou contra quem acredita em amizade virtual, mas dar prioridade a pessoas que, na maioria das vezes, você sequer sabe quem é, acho meio forçado, sei lá.
    Aprecio a interação por aqui, mas não a considerarei nunca substituível pela convivência do mundo real. Muitos estão se aproximando de quem está longe e se distanciando de quem está perto.
    Há tanta mentira por aqui... Não sei se assiste a MTV, recomendo um programa/documentário que passa toda segunda-feira à noite, denominado Catfish.
    O seriado surgiu da própria experiência do idealizador, que se iludiu com uma pessoa do mundo virtual e as coisas que acontecem são tão absurdas que não dá para imaginar a ingenuidade de alguns e a sordidez de outros em enganar, ludibriar alguém por anos (sim, anos!) e... sem objetivo algum. É doença.
    Quanto ao uso da tecnologia, crescemos com ela, é inevitável não fazer uso e, por vezes, acabar exagerando. O negócio é ter bom senso.
    Eu, particularmente, prefiro assistir a um filme acompanhado e debater acerca do tema do que assistir sozinho. Mas precisamos da individualidade também. Por este motivo evito misturar virtualidade com realidade.
    São mundos paralelos e este conceito é que mantém meu equilíbrio.
    Obrigado pelas visitas e comentários. Não vou sumir não! :)
    Abraço e bom fim de semana.

    PS: Para descontrair, segue o vídeo que tem tudo a ver com o tema. Depois me diz o que achou. rs.

    http://www.youtube.com/watch?v=BNeC5woylTYo

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  19. Olá Calu
    Lembrou bem a época do rádio, que alem das noticias, novelas e comentários, tivemos a oportunidade de ouvir e aprender e porque não, cantar belas músicas que hoje fico com saudades quando as escuto.
    Perfeita sua postagem. Vamos usar a tecnologia com moderação e esperar pela próxima invenção.
    Beijos
    Maria Luiza (Lulú)

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  20. .



    Tudo o que eu faço é por
    ela pois sem ela nem o
    universo seria tão grande.

    Saiba mais, no meu blog,
    hoje.

    Tô te seguindo.

    Beijos,

    silvioafonso









    .

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  21. Calu
    Linda postagem. Voltei aos tempos que era tão pequenina,mas tinha minha mãe sempre por perto. Tempos em que tinha tempo de estar com toda a família. Ouvíamos a mesma emissora de rádio na hora das refeições. E na hora da novela então, um caloroso silêncio irmanado. Até os jingles de propagandas minha mãe cantarolava junto:

    "As rosas desabrocham
    com a luz do sol
    e a beleza das mulheres
    com creme rugol"

    e das campanhas de Janio Quadros, "varre varre vassourinha......" Depois veio a primeira TV que meu pai todo empolgado comprara. Todos se faziam presentes esperando chegar os domingos para assistir em branco e preto o Programa "Jovem Guarda" na TV.

    Um lindo domingo para você.
    Bjs

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