Uma coisinha fofa, toda faceira com seu rabo de cavalo arrematado num laçarote cor-de-rosa, entra serelepe na pet-shopp puxando um pai derretido pela mão e vai logo apontado para a horrorosa gaiola da vitrine aonde quatro filhotes mais que lindos brincam, choram, abanam seus rabinhos e nos olham com um olhar pidão irresistível.A dona do laçarote declara decidida:__" Eu quero todos, pai!"Ao que ele, com jeitinho, responde que o combinado seria apenas um.Que ela então escolhesse um dos filhotinhos para ser só dela. Beicinho imediato, choramingos de:___ " Ai, paizinho, todos são tão lindos, por que não posso ter a todos?"Mesmo de coração apertado, o pai foi categórico e não cedeu em sua determinação.
A menininha pegava um no colo, enquanto outros dois lhe lambiam os dedos e um terceiro gania pra ela todo feliz.Vi, não sem uma ponta de peninha, o dilema da pequenina ao ter de fazer sua difícil escolha.Estava ela, diante de um dos mais constantes episódios da vida: as escolhas, simples preferências, às vezes banais, outras profundamente sérias e determinantes.Ao escolher-se uma opção sabemos estar à ela atrelada o descarte das demais.O quanto isto se configura doloroso a cada situação marcada por seu peso, somente o momento da decisão mostra.
Ter-se a consciência que uma realidade exclui todas as outras mexe no âmago de cada escolha de uma maneira, muitas das vezes, irrevogável.Definir-se é preciso, mas isto não garante que é sempre uma postura fluída e fácil, que basta fazer-se uni-duni-tê e pronto: fica-se com o amarelo e despreza-se o azul.Vai muito além da rasa posse do que está sendo escolhido atravessando uma quantidade de sentimentos e ponderações que sacodem certezas antes conhecidas.De tão contínuo que é este processo vital que acaba, em ocasiões simplistas, passando despercebido por estar completamente inserido no cotidiano apressado dos nossos tempos.Já em outras, mais determinantes,ele se agiganta em tal proporção que pode nos colocar de joelhos no chão.
A menininha pegava um no colo, enquanto outros dois lhe lambiam os dedos e um terceiro gania pra ela todo feliz.Vi, não sem uma ponta de peninha, o dilema da pequenina ao ter de fazer sua difícil escolha.Estava ela, diante de um dos mais constantes episódios da vida: as escolhas, simples preferências, às vezes banais, outras profundamente sérias e determinantes.Ao escolher-se uma opção sabemos estar à ela atrelada o descarte das demais.O quanto isto se configura doloroso a cada situação marcada por seu peso, somente o momento da decisão mostra.
Ter-se a consciência que uma realidade exclui todas as outras mexe no âmago de cada escolha de uma maneira, muitas das vezes, irrevogável.Definir-se é preciso, mas isto não garante que é sempre uma postura fluída e fácil, que basta fazer-se uni-duni-tê e pronto: fica-se com o amarelo e despreza-se o azul.Vai muito além da rasa posse do que está sendo escolhido atravessando uma quantidade de sentimentos e ponderações que sacodem certezas antes conhecidas.De tão contínuo que é este processo vital que acaba, em ocasiões simplistas, passando despercebido por estar completamente inserido no cotidiano apressado dos nossos tempos.Já em outras, mais determinantes,ele se agiganta em tal proporção que pode nos colocar de joelhos no chão.
Assim, saiu ela da loja, a dona do laçarote, abraçada numa bolinha de pelo cor de mel saltitante, que lambia sua orelha, agradecido pela escolha.Ao fechar-se a porta da loja, ela deitou para trás um olhar triste para os outros três filhotinhos que latiam através do vidro.
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Há farta literatura romanceada e técnica sobre o assunto além de grandes filmes nessa temática, tipo: "A escolha de Sophia", William Styron( romance/filme), "A lista de Shindler", Thomas Kenealli ( romance e filme) e outros.
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Imagem: (curiozim/cutes)
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Há farta literatura romanceada e técnica sobre o assunto além de grandes filmes nessa temática, tipo: "A escolha de Sophia", William Styron( romance/filme), "A lista de Shindler", Thomas Kenealli ( romance e filme) e outros.
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Imagem: (curiozim/cutes)
Mostraste muito bem a temática e o problema das escolhas. Ao escolher, preterimos outros. Triste final, emociona imaginar a cena! beijos,chica
ResponderExcluirOlá Calu, um texto muito interessante que dá muito para pensar! Por vezes fazemos escolhas levianamente que nos vão afetar para todo o sempre! No entanto essa história da criança que queria ficar com todos os cãezinhos e pode apenas optar por um já é bem reveladora do que as escolhas poderão condicionar a nossa vida, o nosso pensamento e a vida do mudo inteiro. Os títulos que abaixo refere são nos seus conteúdos bem evidentes das monstruosidades que se cometeram por motivo de escolhas inqualificáveis. Beijinhos Ailime
ResponderExcluirCalu,
ResponderExcluirobrigada por sua visita e comentário no meu blog. Você sabe como nós, blogueiras, ficamos felizes com isso.
Um belo texto para retratar a difícil e necessária missão da escolha. As indecisas, como eu, que sabe como é difícil ter que escolher...
Carol
Um blog simples
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As Escolhas são o que determinam o curso de nossas vidas, sempre achei isso. Por esta razão é que quando alguém vem pra mim de 'mimimis' sobre algo que lhes aconteceu e, não só eu, como a pessoa mesma previu ao tomar certas atitudes, definindo suas escolhas, não aceito lamuriações, sempre digo que suas escolhas é que levaram aquilo. E isto serve pra mim mesma, pois tudo o que aconteceu em minha vida, foram frutos de minhas escolhas. Ainda bem que não errei tanto! rsss
ResponderExcluirNa fase infantil ou juvenil de nossos filhos é nosso dever orientá-los nas tomadas de decisões, mas se eles não aceitam é bom que aprendam com seus erros.
um grande abraço carioca
Oi Calu
ResponderExcluirMuito gostosa essa leitura! É, a vida é feita de escolhas, e somos o resultado delas, isso é inevitável.
Bjos.
Olá!Boa tarde
ResponderExcluirCalu
...que lindo e suave texto, mas de uma profunda reflexão...
primeiro, foi a atitude do pai , a dizer não...
segundo, quando "falamos" de escolhas , uma palavra forte e nem sempre confortável de fazer ( ou ouvir) em qualquer que seja a ocasião em que ela surgir… e o ponto é ,justamente esse, descrito,
uma escolha não é apenas uma escolha, pois, ela implacavelmente resulta em uma incontável série de exclusões.
Ambos,primeiro e segundo, peso e finalidade que são as vezes cruéis conosco ou com os outros. E dizer não, fazer escolhas... sem culpas... é o primeiro passo para uma vida tranquila e feliz. Não é fácil, mas necessário nos posicionarmos para ter uma vida plena e feliz.
Obrigado pelo carinho da visita
Belo final de semana
Beijos
Olá Calu!
ResponderExcluirVim retribuir sua visita ao meu blog e encontro um blog adorável, com o qual me identifico. Com o tempo, visitarei outros posts, pois estou gostando daqui.
Sobre o tema acima, eu, que tenho Aguiar no nome, coloquei no meu blog " ESCOLHAS A GUIAR, exatamente essa palavra que define - entre tantas opções que temos na caminhada da vida - o livre arbítrio e a consciência de que grande parte da vida que temos são resultados das escolhas que fazemos em detrimento de outras. Diante das possibilidades e da não garantia do acerto, escolher pode não ser fácil, mas acredito que é o melhor caminho para a autonomia, o amadurecimento e a evolução do nosso ser. Você é muito bem vindo ao meu blog. Um grande abraço!!!
Ola Calu
ResponderExcluirTexto maravilhoso. As escolhas é sempre um dilema eu penso para todos nós,eu sou geminiana,dificil escolher pela razão,escuto sempre meu coração e assim sigo.
Querida,muito obrigda pela doce visita,seja sempre bem vinda.
Que bom que gostas também de jardinagem,só quem planta sabe prazer a colheita.
Tenha um lindo final de semana,beijinhos