Cada remexida no baú de lembranças me desperta sensações adormecidas pela correria das horas, tirania do tempo. A blogagem coletiva provoca essas viagens de volta ao passado revirando até o fundo d'alma e trazendo à flor da superfície cenas, pessoas, fatos que pareciam esquecidos, mas continuam presentes.
Digo que sou dona de minha história (parafraseando Pessoa).Todos nós o somos, donos de nossas histórias.E, se quisermos seremos autores autobiográficos. Basta organizarmos ocasiões e situações num fio condutor dos personagens que povoarão a narrativa. Desse jeito parece simples. Não é tanto assim como descrevo, mas não quero desencorajar os intrépidos que se lançarem em tal projeto.Tudo isso porque ao relatar em breves parágrafos vivências minhas na maturidade, não pude deixar de notar as similitudes com outras participantes dessa blogagem e tirando conclusões, no mínimo apressadas, digo que como seres históricos que somos, podemos protagonizar nossas histórias escritas em longos ou breves enredos.
Como ainda me encontro motivada pela maravilhosa saga dos "Ribeira Flores", magistralmente contada por Miguel Souza Tavares, em Rio das Flores, recomendo a todos(as) que apreciam romances enredados nos acontecimentos históricos.
A história da família Ribeira Flores em três de suas gerações atravessadas no período de 1915 a 1945 do século XX, transporta o leitor(a) das terras do Alentejo, às de Espanha e do Brasil, em meio a décadas de intensa turbulência política na Europa e no Brasil afetando a vida dos protagonistas imersos em realidades de paixões, desilusões, lutas, mortes e a busca pelo ideal de liberdade.
" ...Quem nunca sofreu por amor, nunca aprenderá a amar.Amar é o terror de perder o outro,é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo que se pensa sem poder falar,do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta..." (trecho da pág:583)
Imagem: Borboleta-azul. blogspot.com
EU AMEI PARTICIPAR DAS BLOGAGENS.
ResponderExcluirE VOU CONTINUAR PARTICIPANDO, COM CERTEZA
BJOS CALU E UM BOM FIM DE DOMINGO
Ah, querida Calu, deve ser fantástico este livro e a estória desses personagens, pois adoro este escritor português!
ResponderExcluirNão esqueça que combinamos de trocar, hein?
Essa definição final de amor é simplesmente bela, adorei!
um beijo grande carioca
Muito lindo Calu!.. Mas uma parte me deixou encantada... "..Quem nunca sofreu por amor, nunca aprenderá a amar.." .. que grande verdade essa!.. Adorei!!
ResponderExcluirBeijocas super em seu coração..
Verinha
Olá, Calu! Ao ler as tuas deliciosas palavras, senti as mesmas sensações ao participar desta colectiva, têm sido um passeio vertiginoso e emocionante pela minha própria história, até tenho pena que esta iniciativa acabe.
ResponderExcluirPor incrível que pareça, nunca li nada do Miguel Sousa Tavares e agora, depois das tuas referências, fiquei ainda mais curiosa para o ler!
Beijinhos lusos!
Querida Calú,
ResponderExcluirquando me surgiu esta ideia da BCFV (que acredito inclusive não ser minha, nem "terrena" sequer), jamais imaginei que fosse mexer tanto em mim e nos demais.
Uma blogagem que funciona como o divã de um psicanalista! Claro que, analisada sobre cada perspectiva individual mas que mesmo assim não deixa de fluir na energia colectiva de acontecimentos.
Que viagem hein! Parecemos o Michael J.Fox no filme Regresso ao Passado. Que Efeito Borboleta nos espera no Futuro por absorvermos mais conscientemente os desafios ultrapassados em fases anteriores?
A sua referência ao livro de Miguel Sousa Tavares, trouxe-me à memória 2 outros livros que venero: Pássaros Feridos de Colleen McCullough e 100 Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez. Ambos histórias seculares de familias. Muito bons todos eles (os 3).
Beijinhos,
Rute
P.s.-Penso no final da colectiva escrever um texto sobre ressonâncias cinematográficas da BCFV. Se você quiser, pense nas ressonâncias literárias da BCFV e postamos no mesmo dia ;)
Olá,Calu!!
ResponderExcluirLindo querida!!Belo texto com imagens cativantes!! E fiquei curiosa com o livro!!Parece bem interessante!
Beijos!!
Calu,
ResponderExcluirnão será depois do 15/08. A BCFV tem + fases.
Mas eu lhe aviso quando for, ok.
Bjs,
Rute
Bom dia,Calu!!
ResponderExcluirVim deixar meu beijo e meu carinho minha querida!!
Beijos pra ti!
Lindo dia!!
Oi Tia Calu,
ResponderExcluirvim augradecer o voto no meu focinho lindo
saiu o resultado e imaugina...
GANHEI!!!
Aubrigada!
Lambeijos caurinhosos da Lelé
Calu, minha linda
ResponderExcluirQue texto maravilhoso e como vc escreve bem. Já te falei: aqui tem algum encantamento que não deixa a gente sair. A sua narrativa é a paz em prosa.
Gostei muito tn do pensamento final:" ...Quem nunca sofreu por amor, nunca aprenderá a amar.Amar é o terror de perder o outro,é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo que se pensa sem poder falar,do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta..." (trecho da pág:583)".
Concordadíssimo: AMAR É O TERROR DE PERDER O OUTRO. Vamos combinar, aquele que diz que não tem medo de perder um amor, ou está mentindo, ou não ama.
Beijos, amore, você é tudo de bom e mais um pouco...rsrsrs...
B
Querida Calu, passei por aqui para desejar um Feliz Dia do Amigo!!!!!
ResponderExcluirQue bela mensagem viu?
Você é citada na minha homenagem ao Dia de Hoje!
bj carinhoso
Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//
Olá,Calu!!
ResponderExcluirVim deixar meu beijo e meu carinho!!
E desejar um feliz dia do amigo!!!Apesar de que todo dia é dia do amigo...Mas vale levar um carinho!!Beijos pra ti querida!!
Calu, partilho de todas essas sensações provocadas pela blogagem coletiva. Esta mexida no baú tem sido um excelente exercício mental, apesar dos "fantasmas" que por vezes se encontram por lá... mas quem sabe assim eles se soltam por aí de uma vez e se evaporam!
ResponderExcluirGosto muito da escrita do Miguel Sousa Tavares, ele é de facto muito bom. Também leu o Equador? Achei um livro bastante interessante.
Quero ainda agradecer as suas palavras gentis e tranquilizadoras, soube muito bem lê-las. :)
Bjs, até breve.