segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Quando?



 Quando terá sido dado

um nome ao inusitado?


Quando disseram ao ar

seu nome marcado?


Quando alguém sentiu

gota a gota escorrida

na pele desprotegida?


Quando viram o clarão

alumiando o vasto chão?


Quando quiseram segurar

o rio que corria sem parar?


Quando dançaram sob a torrente

da escorrida vertente?


Quando encontraram abrigo

na pedra aberta no monte

 e dela fizeram fonte?


Quando pegaram a semente

e a afundaram na terra

úmida e latente?


Quando olhares profundos

moveram os gestos

aproximando mundos?



 *(imagem:Pinterest)

14 comentários:

  1. Lindo,Calu! E são tantas indagações que podem nos fazer questionar e refletir!
    Adorei e a imagem idem! beijos, linda semana! chica

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  2. Foto e poema em deliciosa harmonia poética que me encantou ver e ler
    .
    Cumprimentos cordiais e poéticos
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  3. Bela imagem Calu.
    Quando é uma eterna inquietação para nossas curiosidades. diante de tantos movimentos desta natureza em continua mutação e nos passando lições na travessia. Quando?
    Um abraço e feliz semana.

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  4. Boa tarde Calu,
    Uma prosa poética maravilhosa com a qual me identifico!
    Desde criança que além de quando, me interrogava quem tinha feito tudo isto, na época no que à matéria dizia respeito.
    Adorei seu post muito filosófico e as questões muito bem construídas e instigantes.
    Beijinhos e uma ótima tarde e semana.
    Ailime

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  5. Muito belo e oportuno, Calu!
    Na realidade, andamos todos chocados e perturbados com tanta insensatez racional...
    Tenho uma publicação dedicada à Poesia do Brasil. Tenho nove comentários brasileiros de trinta! É literatura! E ninguém falou no seu Dia Nacional da Poesia!
    Tudo bom. Abraços
    ~~~~~~

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  6. Olá, querida amiga Carminha!
    Lindíssima poesia!
    Quando será que a concórdia vai reinar terminantemente.
    Há muitos quandos sem respostas.
    Poetar questionados o seu. Muito bom!
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos

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  7. Quando quiseram segurar o rio que corria sem parar, eles não puderam.

    Não conseguiram porque o rio é muito forte e corre muito rápido.

    Eles tentaram segurar o rio com as mãos, mas o rio era muito forte e não parou.

    Eles tentaram segurar o rio com uma corda, mas a corda não era forte o suficiente e o rio rompeu a corda.

    Eles tentaram segurar o rio com uma barreira, mas o rio era muito forte e derrubou a barreira.

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  8. O inusitado, aquilo que não se prevê, que não entra na ordem do dia...
    Quem e como lhe dar um nome? Ficamos sempre surpreendidos e assustados quando somos apanhados desprevenidos e, regra geral, não nos questionamos. Fechamo-nos nas nossas
    respectivas conchas. Contudo, manter a mente aberta e pronta a tentar atingir as incongruências das coisas e da vida, da natureza, do querer de quem pode e manda, eleva-nos a um plano de pura fluidez.
    Beijinhos
    Olinda

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  9. Sou seu mais novo seguidor
    Abração carioca

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  10. Imagem pefeita das gotículas sobre a folha, que para mim traduz todas estas inquietações sobre tudo que nos cerca e nos desarvora. Bjsss

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  11. Seu poetar muito me encantou, querida Calu.
    Imagem belíssima.
    Quando será que a paz voltará a reinar?
    Lindo fim de semana.
    Beijinhos
    Verena.

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  12. Curiosamente... a profundidade, cada vez mais se dilui, na era da informação... cada vez mais se parte para a conclusão... e reacção... sem se saber muito sobre os meandros dos factos...
    Uma belíssima inspiração que nos faz reflectir e questionar, sobre o quando, é que a humanidade se terá desligado de si mesma... e do mundo, que parece que cada vez mais se divide, em antagonismos de toda a espécie...
    Tudo uma maravilha, por aqui... tal como a deslumbrante imagem!
    Um beijinho! Feliz fim semana!
    Ana

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  13. Perguntas. E eu não sei responder... São retóricas as perguntas que se abrem em minhas mãos e desaguam em um belo poema... um incêndio, um punhal....
    Um abraço,

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!