terça-feira, 14 de outubro de 2014

Dezenas a comemorar








 Desde a semana passada tenho estado rodeada por uma dezena recorrente: "59", essa dezenazinha que diz muito agora e antevê vésperas duma redondeza marcante.O que a trouxe à baila? Três amigas aniversariantes, duas minhas contemporâneas, sim, porque eu  também estou na casa desta dezena, e a última, mais novinha, debutante da casa inicial dos "enta."A semaninha foi agitada, entre risos e lamúrias, cantos e palavrórios, idades na crista da onda das conversas e muitas congratulações.Claro, afinal chegarmos a uma marca destas é para comemorar-se bastante.

Há, eu sei, lá no fundinho do peito uma pequena resistência em assoprar a dupla de velinhas em crescente progressão numérica, mas sinceramente, isto é uma conquista e tanto, só não vale deixar a família colocar aquela infinidade de velinhas unitárias, aí já é provocação(rsrs).Pára com isso!

Elegância em foco, envelhecer é decorrência e não trago nenhuma ineditude em fazer esta mais que manjada declaração, porém a repito bastante pra que sua importância não se perca em lástimas penalizadas que não condizem mais com a intensa realidade que transcorre para nós, a maioria das cinquentonas.

Os sustinhos diante do espelho foram sendo substituídos pelos cuidados com a saúde física e mental, pela preferência por uma vida mais plena, ativa e promissora independente da quantidade de anos assinalada no calendário. Sem neuras com a aparência e sem também desleixar-se, vemos uma significativa leva de senhoras preocupadas com o bem-estar geral, bem cuidadas, sabendo usar uns creminhos aqui, outros ali, sem exagerar na dose. Uma  geração refinada em sua experiente elegância de ser e de viver.

Mas não são apenas amuos que amealhamos com o envelhecimento, acumulamos outros ganhos preciosos, ficamos mais livres, perdemos menos tempo com baboseiras, dispensamos o que não nos agrada, adquirimos mais paciência apesar da agudeza do olhar-crítico, ficamos mais seletivas e só preferimos as amizades verdadeiras e os amores gentis.


Uma das pioneiras deste time de mulheres em idade real, foi a fotojornalista Eve Arnold. *A primeira mulher a ingressar na restrita agência Magnum, em 1951. Seu olhar criterioso clicou famosos(as) e anônimos(as) com detalhamento para as sutilezas dos momentos em exposição, o que a tornou uma das fotógrafas mais requisitada da época.Em seus 99 anos de vida dedicou mais de 50 à profissão.Um de seus melhores trabalhos foi com a lendária atriz Joan Crawford, em 1959, que se deixou fotografar em diversos momentos por variados ângulos, desde uma ginástica matinal ao momento da maquiagem habitual, que evidenciaram com muita delicadeza o envelhecer daquele mito do cinema americano.



( Eve Arnold/ women's)


" O tempo traz
O tempo tira
O tempo falta
O tempo vigora
O tempo voa
O tempo não passa
O tempo é favor ou contra
Conforme a hora."

( Martha Medeiros)


¨¨**¨¨**¨¨



# Em tempo: meu aniversário foi em 15 de agosto passado.





Fonte: obvious.com
*_ trecho adaptado por mim
Imagens: tumblr/mdv17

15 comentários:

  1. Calu, parabéns pela nova idade e temos que nos adaptar às mudanças que cada idade nos traz! Felicidades, tuuuuuudo de bom e que sejas sempre muito feliz! bjs, chica

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Chica querida, obrigada pelo carinho e saiba que recebi o abraço com toda alegria :), mesmo fora da data.Meu niver foi em agosto.
      \o/ Tua amizade é um presente.
      Bjos.

      Excluir
  2. Boa tarde Calu, apesar de já ter passado os 59. tenho dias em que não penso sequer nisso, mas tenho outros que sim!
    Para quê negar? Uma bênção fazer anos, mais tolerância, mais tempo para tudo, mas...A vida voa tão rápido!
    O importante é não nos acomodarmos e sair para a rua à descoberta do sol, da chuva, das flores! Dum sorriso que seja,))! Ah e não deixar de se retocar;;)!
    Um beijinho

    ResponderExcluir
  3. Olhe só, minhas dezenas estão a perigo. Olho para o espelho e me pergunto porque tão depressa elas surgem, quadriculando sem piedade meu rosto? Fujo de fotos. Não sei não. No momento ainda dói, mas desalinhar-me isso jamais! Feliz dezenas, amiga! Esse mês completo mais um! Beijos e felicidades para nós!

    ResponderExcluir
  4. Quando fiz 60 anos fiquei muito triste. Nem bem pela idade, nem bem pelo envelhecimento, mas pela maneira com que em Portugal nos rotulam de idosos mal fazemos os 60 anos. Entretanto já se passaram mais sete e hoje já nem me preocupo com isso. Vivo um dia de cada vez, sou feliz, e quero lá saber da idade.
    Um abraço e parabéns atrasados.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  5. Seu post é uma celebração e merece aplausos!
    Quantos ganhos e conquistas, só não vale mesmo é encher o bolo com velas unitárias!
    Elegância sempre! E que sigamos com atitude neste maravilhoso viver! Beijo

    ResponderExcluir
  6. Olá, querida Calu
    Só me diga uma coisa, já que estive ausente 15 dias do RJ... rs... O calor excessivo é pelas 6 dezenas minhas já passadas ou é pelo clima mesmo???
    Tá brabo e sobe um calor pela nuca que mete medo... Santo Deus!
    Mas vamos em frente que as unidades vem atrás das dezenas exatas...
    O tempo não para mesmo...
    Bjm fraterno

    ResponderExcluir
  7. Calu, os últimos meses foram difíceis para minha família e em agosto, provavelmente, deixei passar seu aniversário, envolvida em minha dor e afastamento dos blogues. Mas seu ciclo ainda está começando e posso cumprimentá-la, desejando-lhe um ano de muitos e muitos momentos de alegria.
    O tempo deixa marcas e as mais profundas, as que não podem ser maquiadas, não são visíveis. A maturidade nos faz lidar com elas de forma mais sábia, pois os valores também passam por grandes transformações. O espelho nem sempre é muito amigo (kkk), porque só mostra o exterior. Nossa postura diante dele, no entanto, prova que somos muito mais do que ele nos apresenta. Bjs.

    ResponderExcluir
  8. Oi Calu, parabéns pelo seu aniversário! Uma vida plena e feliz é o que te desejo.
    Gostei da sua postura de não se escravizar pelo espelho, vamos nos cuidar com carinho, mas a beleza vem de dentro.
    Viver é uma dádiva, poder envelhecer é um privilégio, saber envelhecer ‘é uma arte.
    Bjs

    ResponderExcluir
  9. Calu:
    Logo após a adolescência, eu tinha uma enorme preocupação: queria continuar usando calça jeans, quando ficasse velha, rsrsrsr.
    Na época, isso não era comum (por isso minha ENORME preocupação).
    Hoje, beirando os 50, continuo usando calça jeans e mantenho a mente ocupada apenas com aquilo que me faz bem.
    Bjs.:
    Sil

    ResponderExcluir
  10. Olá Calu,

    Em primeiro lugar, parabéns pela nova idade. Que ela seja portadora de grandes alegrias e realizações em sua vida.
    Cada velinha soprada a mais será sempre uma conquista, pois a cada ano vivido, além da graça de viver, ainda acrescentamos muito ao nosso currículo de vida. Na maturidade, então, os acréscimos são incontáveis, pois é na maturidade que se aprende o verdadeiro sentido da felicidade. "Na maturidade andamos mais devagar porque aprendemos que a pressa faz passar despercebido o que realmente ilumina o coração" (palavras de Erick Tozzo), que li em um blog amigo. Gostei da colocação final da Martha Medeiros: "O tempo é favor ou contra/Conforme a hora."
    Muito bacana o seu texto. Celebremos a vida, cuidando-nos com carinho para mantermos a saúde e a autoestima.
    FELICIDADES MIL!

    Beijo.

    ResponderExcluir
  11. Calu, grata pelo carinho comigo!
    os 5 ponto 9 atingiram o corpo e a dita da estética, mas a criancinha tá aqui forte e firme.
    A melhor maquiagem é sorrir e isso eu faço sem qualquer esforço.
    Viva a melhor idade!

    Beijinhos

    ResponderExcluir

  12. Calu, PARABÉNS pelo 15/Agosto!
    Lindas palavras... Fortes, realistas e belas! A vida é um sopro bonito e cativante... Saber viver a velhice/amadurecimento é um aprendizado desafiante...

    Obrigada pela visita no Vida & Plenitude... Amei! Beijos



    ResponderExcluir
  13. Espetacular esta mulher, Eve Arnold, que nos idos de 50 fez este trabalho tão sensível e importante, pois valoriza a idade de nós, mulheres maduras, e que ainda temos muito a ver e aprender e a viver.
    Também não vivo preocupada com os números acrescentados a cada ano, o que me preocupa é a mobilidade, a vontade e a memória, estas 3 coisas me preocupam muito, mas idade eu nem penso, vou levando sabe cumé?!
    Lindas palavras da Marta Medeiros, ainda bem que ela é mais jovem e vamos ler muita coisa boa que ela ainda vai escrever.
    beijos, queridona

    ResponderExcluir

Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!