segunda-feira, 18 de março de 2024


Pausa 

O Fractais entrará em Pausa pelos próximos 2 meses.

"Levarei meus olhos a passeio", como dizia Rubem Alves.

Manteremos contato através de outras mídias, pessoal.

ATÉ A VOLTA!  




quarta-feira, 13 de março de 2024

Entre livros




( BC- tema proposto pela Rosélia)
 


Entre flores e livros, acercou-se.

Versos apelavam em alto som, 

e ao ouvi-los, rendeu-se ao clamor

transpirado na forma poética.

 Não foi capaz de escolher

somente um dentre tantos.

Seguiu o chamado da poesia

 E, agora, mora entre suas páginas.





segunda-feira, 4 de março de 2024

Um mês pelo dia mundial da Poesia__ Clamor à Poesia


A poesia é um ar eternamente respirável.  


Venho chamar-te, ó poesia-viva,
Quero ir onde estiveres
lançando-me em teu encalço
buscando-te pelas veredas,
 e nas chamas despertadas, 
seguir teu lume ardente,
que ilumina mansardas.


Venho chamar-te, ó poesia-viva
 para ouvir-te enlevada,
 sorver o doce néctar,
que escorre pela pele
 por tua mão, tocada.
Venho e te reverencio,
ó fagulha encantada. 

 






quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

BC- Uma palavra/Um conto


Palavra do mês: Abandono 

O vazio escondido

Lourenço fixou a leitura no verbete da palavra "abandono", indicada pela professora através da leitura de texto que faziam em aula. Leu, releu desde o começo e registrou na interpretação escrita o significado.Calado e meditativo reconheceu naquele significado a sua realidade.

Do pai, só sabia o nome que herdara e nada mais. A mãe e a avó se desdobravam em atenção e carinho para compensar a ausência paterna e ele escondia a mágoa sentida com a situação.

Em dia da festa do Pais na escola, a mãe fazia questão de comparecer e Lourenço tinha orgulho dela participando nas brincadeiras propostas para os pais presentes. Ela agia como se fosse natural e até se divertia com as atividades. Ele correspondia com afeto e carinho ante toda a escola.

Sentia-se acolhido e apoiado e isto lhe dava consolo, porém a falta paterna era de fato, um vazio instalado.

*** 

 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Do lado de dentro


                                        

                                        Paisagem do lado de dentro

Abre-se a janela e os olhos capturam a paisagem que se mostra. Todas as nuances em cores e mesmo, as opacas tomam forma, dão nome ao visto.

O visto tem suas interferências nos sentidos que o vêem. Seja o visto, novidade, seja costumeiro. O visto faz a diferença, traz convite ou traz afastamento.

Visto conhecido torna-se amortecido.Visto novidadeiro, transforma o mundo conhecido.

E o lado de dentro do que é visto, como se declara? Como se faz perceber através do visto?

Falam os olhos primeiro, vasculham procurando o belo e se o encontram deixam ressoar na alma o contentamento, avisam ao coração para sorrir abertamente, chamam a pele para sentir tudo que faz saltar aos olhos, convidam os demais para juntarem-se ao banquete servido.

Do lado de  dentro da paisagem há uma outra percebida, apenas, pela dona da janela aberta.

*** 

"Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música

ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível,

dizer algumas palavras sensatas."

( Goethe) 


terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Uma imagem- Um conto_ Excursão no Carnaval

Baiana Original pintada com a boca por

Gonçalo Borges


 No calor de fevereiro, o carnaval é motivo de muitas artes.Abrindo 2024 temos a imagem sugerida pela Norma Emiliano( BC_ uma imagem /um conto), do calendário de reproduções de pinturas originais realizadas com a boca ou os pés por artistas talentosos.  


Excursão no Carnaval

Era uma exposição muito atraente e colorida. A professora de artes conduzia a turma pelos amplos salões adornados com inúmeras representações da grande festa brasileira conhecida em todo o mundo.As expressões de espanto e encanto  estampavam-se nos rostos dos alunos e alunas do curso de artes.Alguns ficavam longos minutos apreciando uma única obra. Eram pinturas e fotografias alternadas pelas paredes do Instituto. Foram cuidadosamente apresentadas com expositores em três línguas, permitindo a compreensão  perfeita do fato e do artista que o apresentava.

De volta à sala de aula, a professora conduziu uma enquete sobre o passeio e revelou-se, por quase unanimidade, a preferência pelo quadro da baiana estilizada em cores e detalhes bem brasileiros. 

*** 



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

As flores entram na roda


Fevereiro já começa em clima de festa na blogosfera: aniversário de 3 anos do blog da amiga Rosélia_
Flor do Campo, convidando-nos a ingressarmos neste jardim florido e cheio de poesia.



                                             De tão alva porcelana
 
                                             faz-se pétala macia

contornando coroa rosada,

exalando bela poesia.  



Quem pelos caminhos

recebe acenos floridos,

guarda o perfume e a cor

que lhe afagam os sentidos. 



São falantes, são vaidosas,

se enfeitam com esmero,

farfalham a roda das saias,

ao passo do vento festeiro. 



*** 

Nesta festa perfumada, se espalham muitas amabilidades e, a anfitriã delicada presenteia com sua arte.


Um par de suplat muito mimoso e útil.

Muito obrigada, amiga, por mais este lindo e delicado presente.

Parabéns pelo aniversário do  teu blog: Flor do Campo.

Que haja sempre lindas floradas por lá!



sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Porque eu nasci...


 Nasci para bailar

( música de João Donato) 


"Atravessei sete montanhas 

para chegar no mar

Porque nasci, nasci para bailar.

Abri veredas e cancelas para poder passar,

porque nasci, nasci para bailar.

Danço bolero, danço samba, danço chá-chá-chá

porque nasci, nasci para bailar..."

*** 

Comigo assim se deu, não foi preciso atravessar

 as sete montanhas para ver o mar.

Mas, sim, eu nasci para bailar.

Abri muitas cancelas, outras pude fechar,

atravessei veredas, tropecei em cascalhos,

subi vertentes sem saber onde iam dar.

Mas, sim, eu nasci para bailar.

Dancei bolero,fox, dancei twister,

iê-iê-iê, mas não sei sambar.

E, sim, eu nasci para bailar. 



( imagens: pinterest)

sábado, 20 de janeiro de 2024

Meu melhor amigo


 Começamos o ano com boas interações como esta proposta pela
Norma Emiliano.

A palavra escolhida é Superação!

André estranhou quando, logo que saltou da cama, não encontrou Dentinho ao seu lado. Nem lavou o rosto direito. Saiu em disparada pela  escada chamando seu amigo. Foi de cômodo em cômodo. Olhou debaixo da mesa da cozinha e, nada. Saiu ao quintal gritando em voz alta pelo amigo, mas não teve a resposta costumeira, seu latido forte e alegre a lhe indicar a chegança.

Foi ao jardim. Procurou debaixo da enorme icsória, lugar que Dentinho gostava de fuçar, mas a terra não estava mexida. Voltou para dentro da casa insistindo na busca. Com seus chamados, acordou todo mundo e logo havia uma reunião de vozes chamando por Dentinho.

Mais de 30 minutos se passaram e nada de Dentinho aparecer. O menino começou a chorar desconsolado. A mãe tentava lhe acalmar dando possíveis alternativas para o paradeiro do cachorro. Correram dias e nenhuma notícia chegava à casa do André. Triste, abatido, o menino não queria brincar com os amigos e não se animava com nada do que lhe era proposto.

Ao fim daquele mês, conformado com o sumiço de Dentinho, André foi pouco a pouco voltando à sua rotina de interesses.A família já procurava um filhote da mesma raça para dá-lo ao menino, quando recebeu uma ligação de uma senhora perguntando se eles haviam perdido um cachorro; descreveu Dentinho com precisão.Contou que o encontrou vagando nos limites da rodovia. Vendo que era um cão de raça, o recolheu e levou-o a uma veterinária para ser cuidado. Passou o endereço do local para a mãe do André, que entre lágrimas, agradeceu muito, desligou o fone e saiu correndo para contar a feliz novidade ao filho. 



sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Ano Novo- Recomeços


Novidades na área: não me casei, mas mudei!
Mudei de casa, de bairro e de espaço. Vim pra um apê menor, mas muito jeitosinho.Estou curtindo até a bagunça que ainda não acabou. Resolvi dar um tempo na mania de arrumação, até porque aqui não tem tantos armários como no meu apê antigo. Estou com caixas e sacolas pelos cantos dos quartos. Acaba sendo um exercício de desapego com treinamento de paciência. Tudo ficará no meu jeito assim que for possível.
O mais importante de todo contexto é o bairro da região oceânica para o qual me mudei. Quem me conhece desde o surgimento  deste Blog, sabe que eu morava em Piratininga. Agora, moro em Camboinhas( bairro vizinho).

Minha preferência pela região é pública e notória.Estou cercada de verde de todas as alturas: gramados, arbustos e árvores. Retomei minhas caminhadas por entre ruas arborizadas, debaixo de flamboyants e bouganvilles, respirando um ar mais limpo, curtindo um visual cheio de belezas naturais e, quando me animo, vou caminhando até o mar, o que dá uns 20 minutos de caminhada. Até hoje só tenho apreciado aquele marzão, porque anda bem agitado com os dias que tem feito. 
E assim cá estou curtindo o Ano Novo de casa nova.