Meus pequenos já são garotos grandes, como costumo dizer. Ontem mesmo, eu os ninava, dava-lhes banho, alimentava e curtia brincadeiras bobinhas propostas por eles, tudo pra vê-los felizes, sorridentes e sentindo-se amados.
Ontem mesmo, os observava bebezinhos de dias pra descobrir os traços fisionômicos que os definiam "parecidos", com o pai, com a mãe, com a avó e com quem mais se habilitasse a apontar semelhanças. E tome a brotar palpites na fala dos adultos -babões: com quem mais se parece o bebê?
Ontem mesmo, via seus gostos, o jeito de andar, os brinquedos preferidos, a maneira de dormir... Ontem mesmo, toda atenção se fazia em vê-los crescerem fortes e felizes.
Hoje, outras medidas se mostram. Com hábitos e gostos mais definidos, eles se desenham em suas próprias características mas, deixam ver semelhanças herdadas, bem misturadas, porém, presentes em falas e preferências conhecidas.
Contorna-se o perfil de suas personalidades em formação. Resmungos, amuos, satisfações, ousadias, aprovações. A educação aqui se aprimora. Vai muito além da simples cortesia e dos bons modos; é formação de valores e princípios. A dedicação dos pais se adensa e tem de assim ser.
Daqui pra adiante haverá a soma de todas heranças recebidas através das gerações que os precederam.
Coloco-me como guardiã dos melhores bens a serem transmitidos pra eles e para os meus outros netos e netas.
Deixo aqui um pequeno trecho que muito aprecio, escrito por Edith Casal, sobre: "A herança emocional dos nossos antepassados."
"A herança emocional é tão decisiva quanto intransigente e impositora. Estamos enganados quando pensamos que a nossa história começou quando emitimos o nosso primeiro choro. Pensar dessa forma é um erro, porque assim como somos o fruto da união do óvulo e do esperma, também somos um produto dos desejos, fantasias, medos e toda uma constelação de emoções e percepções que se misturaram para dar origem a uma nova vida.
Atualmente falamos muito sobre o conceito de “história familiar”. Quando uma pessoa nasce, ela começa a escrever uma história com suas ações. Se observarmos as histórias de cada membro de uma família, encontraremos semelhanças essenciais e objetivos comuns. Parece que cada indivíduo é um capítulo de uma história maior, que está sendo escrita ao longo de diferentes gerações."
( in:culturacarioca.com.br)
Olá Calu, que lindo ser guardiã da ancestralidade da família!
ResponderExcluirNós somos porque muitos foram antes de nós e sua força segue conosco.
Bjs
Lindo texto compartilhado e tuas palavras sempre muito lindas e tão chegadas do coração. Verdade que ainda ontem fazíamos isso ou aquilo com nossos bebês. Hoje fazemos com nossos netos e amanhã? Não sabemos, mas o danado do tempo voa e esperamos que nossos exemplos e valores deixados fiquem...beijos, chica
ResponderExcluirBoa noite de paz de Domingo, querida amiga Calu!
ResponderExcluirMuito linda leitura e fui me lendo nos diversos momentos dos meus pequenos grandes miúdos que já me passaram de altura, com bigodinho e só um caçulinha de 8 daqui a um mês... o único que ainda consigo pôr no colo... que salta no meu quando me vê... tenho que aguentar, claro! rs...
Amiga, tem um parágrafo que pôs que me marcou muito e compactuo totalmente:
"... também somos um produto dos desejos, fantasias, medos e toda uma constelação de emoções e percepções que se misturaram para dar origem a uma nova vida."
Vejo nisso muito mais substância do que o outro que mencionou mais acima desse.
Tenha dias novos felizes e abençoados!
Que vivamos muito com saúde para vermos os filhos dos nossos netos e ouvirmos os primeiros chorinhos!
Bjm carinhoso e fratero de paz e bem
Querida Calú,"o tempo na palma da mão"..que lindo isto. Penso que toda mulher que chega à ser avó tem este sentimento. Foi tanta história e é gratificante ver esta história continuar. Os textos,o teu e da escritora são fantásticos. Sim, "cada indivíduo é um capítulo de uma história maior, que está sendo escrita ao longo de diferentes gerações." Eu vejo como uma árvore! Boa semana amiga! Beijinhos
ResponderExcluirExcelente tecto recordando tempos amorosos, ter doces e inolvidáveis
ResponderExcluirque, por momentos, desejámos eternos.
Ternuras infinitas.
Desejo-lhe dias muito agradáveis.
O meu abraço grande.
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Reabri o 'Vivenciar a Vida' com uma homenagem que me é muito cara.
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Jesus! Mas que lapso ortogrático!
ExcluirÉ um texto com ótima mensagem.
Boa semana, Calu.
Beijo
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Um belo relato com analise e saudosismo Calu.
ResponderExcluirO texto da partilha é bem interessante e profundo.
Podemos ser como nossos pais,mas é certo que escrevemos e rescrevemos a mesma e assim vamos construindo a historia. E que cada história seja bonita e cheia de sucessos e realizações.
Um bom e feliz fim de semana Calu.
Meu abraço com carinho.
Querida Calu.
ResponderExcluirDe pequenos a "garotos grandes"
O tempo passa rápido demais, não é?
Gostei muito do seu meigo relato.
Deixo aqui um beijinho carinhoso para tí.
Fique bem, amiga.
Verena.
Desejo que se encontre bem.
ResponderExcluirBom fim de semana.
Abraços
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Assim passa a vida, rapidinho estão crescidos e as próximas etapas são de definições da personalidade. "Nascemos da barriga da mãe e caímos na barriga da família", transmissões geracionais se unem e o novo ser dará continuidade a cadeia. Que possemos deixar legados para que a família se abra para novas construçõessaudáveis e não sejam mero repetidores do "script" familiar.bjs
ResponderExcluirMamãe já dizia que recordar é viver...
ResponderExcluirBelo relato. Boas lembranças.
Beijos, Calu.