Na poética de Lya Luft
Frutos de enganos ou de amor,
nasço de minha própria contradição.
O contorno da boca, a forma da mão,
o jeito de andar( sonhos e temores incluídos),
virão desses que me formaram.
Mas, o que eu traçar no espelho
há de se amar , também
segundo o meu desejo.
Terei meu par de asas,
cujo vôo se levanta desses
que me dão a sombra onde eu cresço
___como, debaixo da árvore,
um caule e sua flor.
Eu sou porque, antes de mim
outros criaram minhas raízes.
Eu sou a pequena semente
que por séculos se repetiu por
formas distintas, tamanhos,
gestos, gostos e traços,
versões únicas, indivisíveis,
da árvore-mãe ancestral.
Eu carrego em mim muitos sonhos
gravados na espiral dos desejos
que me formaram e que me dão
um espelhado mapa imortal.
(Eu)
Boa Tarde de paz, querida amiga Carminha!
ResponderExcluir"Eu sou a pequena semente"...
Muito importante e salutar termos a consciência da nossa pequenez a fim de que não nos ensoberbeçamos.
Gostei, especialmente, daqui:
"Eu carrego em mim muitos sonhos".
Somos imortais pela nossa humildade em ser o que somos e nada mais.
Muito lindo seu post.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Tu és DEMAIS! E como é bom que carregues as sementes que viraram frutos... E muito mais virá! bijos, chica
ResponderExcluirE assim carregamos as marcas e sonhos e vamos pela travessia,
ResponderExcluircom a certeza de não quebrar este espelho.
Bela inspiração da inspiração da Lya.
Um maravilhoso fim de semana de olho no espelho.
Abraços na paz dos dias.
Um belo diálogo com a poética da Lya. Assim somos, assim criamos asas e "carregamos nossos sonhos". Boa noite, bjsss
ResponderExcluirÉs pequena "semente" que germinou e se transformou em linda "planta", Calu.
ResponderExcluirComo disse a Chica: Vocé é demais!
Um beijinho
Verena.
Somos o resultado de uma enorme evolução física e mental. E herdamos os genes dos nossos antepassados que, segundo dizem os cientistas, nasceram na África.
ResponderExcluirCalu, o seu poema é magistral, gostei imenso. Os meus aplausos.
Boa semana.
Beijo.