Transcorreu pelos meses do ano que passou e segue com fôlego e criatividade, a série: Uma imagem-um conto, criada pela amiga, Norma Emiliano, tendo como temas para múltiplas criações, imagens do calendário de reproduções de pinturas originais feitas por pintores com boca ou pés.
Não deixe a esperança enferrujar-se
Havia anos restava esquecida num canto da garagem. Todos que por ali passavam a ignoravam igualmente. Suas engrenagens enferrujadas soltavam pó laminoso no chão. Selim e guidão se desfaziam pela passagem inexorável do tempo. Ninguém lhe dava importância. Ninguém sequer lembrava-se dela que, fora tão companheira do seu dono.
Há muito se conformara com a existência vazia a que fora entregue. Nem nutria nenhuma esperança de voltar a circular pelas ruas do bairro. Achava que seu destino estava selado: o ferro-velho.
Dia houve, porém, que um garoto de cabelos de fogo, aproximou-se dela. Olhou-a de cima a baixo. Desencostou-a da parede e verificou as correntes, os pneus, todos os detalhes de sua estrutura e foi-se embora.
"Pronto, pensou ela, chegou o dia do ferro-velho."
Passaram-se poucos dias e ela viu o garoto retornar. Trazia consigo pneus novinhos, correntes tinindo em alumínio brilhante, um selim todo forrado em azul metalizado, um guidão aerodinâmico estiloso. O cirurgião-mecânico começou a operação de renovação com empenho e cuidado, enquanto ela, sentia dos aros aos pedais, do selin aos freios, a vida reacender suas engrenagens despertando novo ânimo e novas promessas.
Uma bela participação que muito elogio.
ResponderExcluir.
Saudações poéticas.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Que lindo! Deu pra sentior o pensamento da bicicleta aliviada por não ter ido ao ferro velho e sim ganho um novo coração e garra de viver! Muito rodará ainda! beijos, chica
ResponderExcluirFiquei muito feliz que a bike não acabou indo para ferro velho, Calu.
ResponderExcluirQue sorte teve ela!
Lindo e meigo o seu conto, amiga.
Mil beijinhos
Verena.
Um poema deveras brilhante acompanhado de uma excelente pitura... Amei :)
ResponderExcluir-
A força da mente não me deixará ter frio
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Beijos, e um boa noite!
Boa noite serena, querida amiga Carminha!
ResponderExcluir"Achava que seu destino estava selado: o ferro-velho."
Assim sentiu-se a bicicleta e muitos de nós, muitas vezes, entretanto, aparece um anjo bom que nos traz uma corrente de Amor novinha e nos põe na engrenagem da vida novamente.
"Enquanto ela, sentia dos aros aos pedais, do selin aos freios, a vida reacender suas engrenagens despertando novo ânimo e novas promessas."
Espetacular é poder sentir-se viva!
Seus textos são excelentes, já o sabe, mas convém ressaltar que não me canso de apreciá-los por tanta beleza numa linguagem culta e propícia. amiga.
A-do-rei.
Tenah um anoitecer abençoado!
Beijinhos
Que lindo conto!Quando tudo parecia perdido, surge a luz que tudo ilumina e há o recomeçar. Grata por aderir. Bjsss
ResponderExcluirParabéns amiga Calu,
ResponderExcluirpela mensagem subliminar por detrás desta sua brilhante participação.
O pensamento da Ana Jácomo veio reforçar ainda mais a sua mensagem.
Basta haver atenção e carinho, que tudo volta a brilhar.
Um beijinho .
Uma bela criatividade Calu.
ResponderExcluirUma imagem para uma realidade tão comum, o abandono de coisas que ainda podem ser uteis.
Belo conto que chega emocionar pelo modo que deu vida à bicicleta.
Aplausos amiga.
Um bom fim de semana com paz e alegrias e pedaladas pela ciclovias.
Abraços com carinho.
Ah, pelo visto conseguiu solucionar a Lista de blogs. Que bom.
ResponderExcluirTexto belíssimo com uma mensagem não menos bela.
ResponderExcluirAbraço
Olinda
Uma bela mensagem, não devemos perder a esperança de fazer a vida reacender, amei!
ResponderExcluirbjss
Magnifica participação, Calu!!! Adorei! Assim como a citação final... acho que estava mesmo a precisar de a ler por estes dias tão desestruturantes...
ResponderExcluirGrata por mais uma formidável partilha! Um beijinho grande!
Ana