O nosso chamado" conhecimento prévio" sobre tudo o que nos cerca, que nos é familiar, desenha em nossas vistas o cenário antecipado do que será visto ou sentido. Quando começamos a preparar o cardápio semanal ou o planejamento duma escapada rápida pro próximo final de semana, temos o cenário antevisto com certa nitidez como pano de fundo das escolhas feitas o quê nos deixa seguros do que pretendemos e iremos encontrar.
É mesmo reconfortante dispomos destas capacidades mescladas na memória familiar e no conhecimento adquirido.Tal qual uma história lida e relida, o enredo principal está mais que sabido.Se algum novo detalhe se apresenta, nada mais é que isso, um detalhe a mais no mundo conhecido.
Os sons, sabores, temperaturas, odores numa praia são ultra familiares pra muitos de nós.Sabemos de antemão o que nos aguarda num dia praiano ensolarado.Correto? Nem sempre, nem tudo!!Ao passo ritmado do meu caminhar no calçadão lotado desta domingueira, minha única preocupação era desviar-me dos ciclistas estabanados que pedalam em disparada pela extensão do calçadão.Cabeça nas nuvens , olhos no horizonte, preces no coração e um perfume de talco de neném invadindo o passeio.Cheiro sentido, e identificado. Mas aqui, como assim? Assim mesmo, aqui neste local conhecido repleto de outros odores característicos, chegou mais este, antigo e invasor.Um perfeito marco dos tempos atuais, dos modismos que pegaram pra valer nos hábitos do povo praieiro: o espaço-bebê, com seus brinquedos, carrinhos, mamães e papais agitados e, claro, os bebês e suas miudezas.
Água de coco, sorvete, cerveja, maresia e perfume de bebê, componentes indispensáveis num domingo de praia.