Podermos, de vez em quando, repousar o olhar e o coração em remansos que nos confortam, é grata colheita num dia inesperado.Repito muito uma citação do mestre Rubem Alves, que diz: "__ Sempre que posso levo meus olhos para passear". E eu procuro ao máximo seguir esses e outros ensinamentos deste admirável pensador/educador a quem eu tive o privilégio, tempos atrás, de ouvir em pessoa num seminário da área.Inesquecível!
De olhos pregados no céu de anteontem, onde se desenhou um esplêndido arco-íris no final da tarde mesclada de luz,calor e ventos, me extasiei com o espetáculo.Corri para fotografar as cores, as vozes que brotavam entre as nuvens sortidas de claridade, porém, minha péssima habilidade nesta arte da fotografia ou talvez a agitação emotiva em não perder nenhum detalhe, deixou todas as fotos fora de foco.Fiquei na maior dúvida se as postaria, só que pesei a escolha, se não o fizesse, vcs não poderiam nem imaginar o caleidoscópio que aqui se formou.Pronto, resolvi trazer os desfocados registros pedindo desculpas pelas distorções, mas querendo que todos(as) se detenham e descansem nas luzes coloridas pintadas num céu particular.
Olhem só as cores, tá?:))
" Pastora de nuvens, fui posta a serviço
por uma campina tão desamparada
que não principia nem também termina,
e onde nunca é noite e nunca madrugada.
(Pastores da terra, vós tendes sossego,
que olhais para o sol e encontrais direção.
Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo.
Eu não.)"
Cecília Meireles (trecho)
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