Daqui tudo parece sólido.Pura ilusão.A fragilidade que me habita é igual a que me cerca!
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Minha participação nesta edição do projeto/BC, do parceiro Christian Louis, dos escritoslisergicos.blogspot (link no selinho indicativo), vem acompanhada dum episódio vivido que me provocou o mesmo olhar que vejo na modelo desta imagem, cabendo assim a duplicação deste post.
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Tarde passada desta semana tudo ia conforme o roteiro que eu planejei. Vira e volta, ajeita e sai, cheguei na loja de materiais de construção atrás duns trocinhos pras uns consertos em casa.Pergunta, escolhe, confere e paga. Simples, não é? Às vezes, nem tanto. Passo o cartão de débito. Recusado.Como assim? Passo de novo. Recusado.O que está acontecendo?Já preocupada e até irritada como o risinho debochado da atendente, paguei em dinheiro e sai da loja com a cabeça a mil.O que havia acontecido em minha conta? Será que clonaram meu cartão? Ai, meus sais! Resolvi matar a aula no curso e rumar pro banco imediatamente.Enquanto a cabeça rodava, ia recapitulando os gastos da semana e permanecia convencida que havia saldo positivo na conta.
Depois de duas rodadas no quarteirão, achei uma vaga e disparei pro banco.Entrei ventando e vi logo que a agência estava um rebuliço.As pessoas meio atarantadas em frente aos caixas eletrônicos que percebi, estavam apagados.Bem no centro do salão havia um homem rodeado de mulheres.Não, não era nenhum ator bonitão.Era o gerente, cheio de desculpas e sorrisos amarelos explicando que o sistema do banco Caiu!Postei-me frente a ele e tornei a perguntar o que já havia ouvido, mas queria que ele me dissesse olho no olho.E ele confirmou tudo novamente: o sistema caiu e não tem previsão de quando volta.
Me deu vontade de perguntar:__" e aí qual é o plano B? Não tem? Estamos todos reféns das alterações tecnológicas? O pior é que sim.E pensar que justamente nesta manhã havia comentado sobre isto com uma amiga ao que ela me declarou a sua preocupação diante da fragilidade dos serviços e das instituições em nossas grandes cidades, ao que concordei de imediato, sendo que esta conversa se deu no dia seguinte ao apagão no Nordeste e, dois dias depois do trágico desabamento duma construção em São Paulo, tendo ainda naquele mesmo dia, horas antes, havido um apagão numa região central da minha cidade provocado por um acidente no trânsito: um caminhão derrubou um poste...Ó céus!
E nós, bons e corretos pagadores de impostos, respeitadores das leis, gentis cidadãos e cidadãs somos obrigados a nos arriscarmos dia após dia em nossas caóticas e inseguras cidades, sujeitos(as) a toda e qualquer ameaça, não só do acaso, como também do previsível e ainda temos de ouvir das autoridades competentes(?) que devemos nos prevenir quanto aos imprevistos; pleonasmo ou ironia, mesmo? Fico com a segunda opção e vocês?
Uma música me veio rapidamente à memória:
"Eu te vejo sumir por aí.
Te avisei que a cidade era um vão[...]"
( trecho de :Vitrine, Chico Buarque)
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Uma música me veio rapidamente à memória:
"Eu te vejo sumir por aí.
Te avisei que a cidade era um vão[...]"
( trecho de :Vitrine, Chico Buarque)
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Tua participação perfeita e bem condizente com o que relataste a seguir,
ResponderExcluirNós estamos reféns até da tecnologia. Quando ela falha, ninguém está preparado para o famoso plano B ou C como antes. Pena tudo isso!
Mas estamos assim mesmo! Fragilidade do sistema e de tantas coisinhas mais!!!
beijos,lindo fds! chica
Olá, querida Calu
ResponderExcluirIncrível como a fragilidade nos detona a todos...
Me pus no ligar da mulher... a pensar sobre a vida... sobre a essência das coisas...
Sólido mesmo só o Amor Divino... inabalável ainda que falhemos... o mais, é passageiro e efêmero...
Vc fez uma verdadeira alusão ao que reina (de um modo geral) no mundo atual: fragilidade x efemeridade...
Bjm festivo de paz e bem
Olá Calu,
ResponderExcluirA fragilidade está mesmo em todas as coisas, até mesmo num frio equipamento tecnológico.
Lindo fim de semana.
Bjs.
Muita boa interpretação e seguida da vulnerabilidade que estamos vivendo. Eu já estive três vezes no Caio Martins para "dar conta do título eleitoral", sem nada resolver, por falta de informação e por último o sistema caiu.
ResponderExcluirQue mundo é esse????? "Que mundo é este de agora que o medo é presença constante no ar
Crianças crescendo trancadas sem ter liberdade de poder brincar
A vida é a maior riqueza e o homem só pensa em bens materiais
Um novo dilúvio se arma, e não vai ter noé pra tantos animais. "
Joel Marques / Chitãozinho
Calu, você tem um senso super apurado minha amiga. E nós somos isso mesmo - pura fragilidade, ainda mais nos dias de hoje.
ResponderExcluirE que texto esse que segue abaixo hein moça? Uma crônica de tirar o chapéu, porque você descreveu em síntese uma parte do caos que vivemos nesse início de século que (pra mim) é bárbaro, cruel, impiedoso e desgrenhado.
Beijo grande, moça e conservemos nossa luz interior.
Bom fim de semana
São nos momentos frágeis que me sinto forte... é bem assim mesmo.
ResponderExcluirBeijos, Calu!
*Calu, dependendo da situação, ficamos REFÉNS MESMO da tecnologia !!! Aconteceu comigo há
ResponderExcluiranos atrás, comprar um moleton numa loja do shopping da minha cidade e ... tentei 4 vezes
e não consegui passar o cartão ! Levei a blusa porque a loja era do meu primo e ele
confiou em mim ! No dia seguinte, fui ao banco tirar o dinheiro para pagá-lo e ... a
importância da blusa ( R$ 162,00 ) tinha sido descontada 04 vezes da minha conta !!!
Quase tive um treco ! Resumindo : o erro foi mesmo do Banco e eu vi a cor do meu
dinheiro UM MÊS depois !!! O.O
*Calu, quero te desejar um ÓTIMO mês de SETEMBRO !!! :))
*Fiques com Deus !!!
*Um abraço.
Saber lidar com as fragilidades é um exercício do coragem e força. Um abraço!
ResponderExcluirÉ Calu somos uma frágil fortaleza, cheia de vãos... tropeçamos nas pedras do mundo e podemos ser traídos pela própria gravidade que nos mantém firmes nos pés.
ResponderExcluirVc foi longe, nessa imagem... Parabéns!
Abração
Jan
Amei a sua interpretação, Calu
ResponderExcluirJusto e bem colocado o seu desabafo, querida
Isso é Brasil
Pena!
Bom domingo e uma abençoada nova semana
Beijinhos de
Verena e Bichinhos
Boa tarde Calu, a sua belíssima frase e imagem assentam que nem luva na mensagem que sobressai do seu magnífico texto! E cada vez mais nos apertam o cerco e não se enxerga maneira de como nos libertarmos. Nossas forças e vontades cada vez mais limitadas pelas tecnologias e não só. Um beijinho e os meus votos de um bom domingo. Ailime
ResponderExcluirSomos mesmo muito frageis! Adorei tua interpretação! De longe tudo é tão diferente!!!
ResponderExcluirBeijos
Adriana
Nos dois textos vc falou de fragilidade e como somos frageis mesmo!Seu banco deve ser o mesmo que o meu;Banco do Brasil...rss...vive caindo o sistema!Nem sei como resistimos até aqui com essa civilização!bjs e bom final de domingo,
ResponderExcluirAhhhh, pois é bem assim Calu, a cidade é um vão! Estamos completamente reféns dentro delas, não só pela violência e a falta de amparo das autoridades competentes, como pelas tecnologias que nos cercam.
ResponderExcluirComigo também aconteceu o pior esta semana, quando desci 13 andares com minha mãe de 82 anos pelas escadas, pois um blackout provocado pela imperícia de trabalhadores de uma obra aqui perto, atingiu uma rede e ficamos sem luz das 9 às 15 da tarde.
Prevejo grandes problemas para quem vive nesses grandes centros como nós, pois qualquer coisinha deixa o cidadão ilhado e sem saída.
Quanto à tua interpretação da imagem desta semana, só posso dizer que é um luxo a forma que usas para definir em palavras, lindo demais!
um super abraço carioca
Somos frágeis e não nos damos conta disso, até acontecer com a gente!
ResponderExcluirSei como se se sentiu pq agora tb me descobri frágil demais...
bjos
Oi Calu!
ResponderExcluirEssa fragilidade da vida essa coisas me assustam. Nota 10 para a tua frase.
Beijos!
Selma
Calu, parceira, eu acredito que todas as gerações estiveram em estado de fragilidade e, talvez as nossas fragilidades tecnológicas sejam pequenas diante do que nossos bisavós ou tataravós passaram sem a tecnologia.
ResponderExcluirPor vezes fico imaginando que barra devia ser para uma pessoa de antigamente se deslocar em um caso de emergência, sem telefone celular (eu com a tecnologia passei um sufoco no post onde tive que "controlar" uma convulsão, não lembro se leu), imagine quantas vidas foram perdidas por falta de comunicação e locomoção?
Talvez estejamos um pouco mal acostumados com as falhas do sistema e refiro-me ao tecnológico, não ao sistema em si. Este sim, considero ironia.
Abraço e boa semana.
Calu:
ResponderExcluirSomos mesmo reféns da tecnologia.
Eu sinceramente tento me manter afastada de certos aparatos tecnológicos, justamente pra não me tornar mais uma vítima de situações das quais não posso ter controle.
Mas que certas coisas dão uma raiva enorme, lá isso dão, rsrsrsrsrs.
Bjs.:
Sil
Olá Calu.
ResponderExcluirGostei da tua participação. Entendo a desolação. :)
Nunca me aconteceu esse problema com o Banco, mas ninguém está imune a isso. É frustrante viver dependente de um sistema informático, que como tudo tem as suas falhas.
Beijos,
Cris Henriques
http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com