Hoje acordei com olhos de saudade ao primeiro raio de luz que vi.Chega a ser interessante a maneira como nos protegemos de certas coisas inevitáveis.Sem perceber, vamos criando camadas de justificativas para os fatos que são como são e não deixam muita alternativa de mudança.Há uns onze anos que fui me adequando à dona saudade conforme pude.Tem dias, como hoje, que ela vem, puxa minha coberta, abre a cortina e chama meu nome em alto e bom som.Aí, eu levanto conformada com sua viva presença, sabendo que terei-a por companhia pulsante nas próximas 24 horas.Depois, ela me esquece por uns pares de dias e solta meu peito cheio das lembranças que repousam mais quietinhas do ladinho esquerdo dele.
Por que hoje? Por que não ontem? Não sei. O que sei é que sempre, dia mais, dia menos, a dona saudade me visita desde que minha Tica foi morar d'outro lado do oceano.Claro, que com todos os recursos modernos, consigo deixar a dona saudade com menor estatura, mas, ainda assim, firme e forte bem aqui dentro.Apesar de nos falarmos umas três vezes por semana, às vezes eu ligo só para ouvir a voz dela.Como isso me conforta! Lògico que sabê-la bem consigo e com a vida é pura benção e reconheço isto todos os dias, mas não atingi a perfeição de me bastar com esta realidade.Tive muita atenção na educação deles todos, mostrando o mundo em suas maravilhas e cruezas.Acho que gostaram das maravilhas e foram conferi-las ao vivo e a cores.Pois, não bastasse a minha francesinha, somei à conta da distância minha candangucha ( candanga+gaúcha),já há cinco anos nas terras do sul do país. Um perto meio longe, enfim.
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Tô com saudades das minhas meninas de marias-chiquinhas com lacinhos coloridos, vestidinhos rodados, meinhas bordadas e sapatilhas de verniz, sorrindo nas fotos, as duas catitas, lindezas desta mãe muito coruja.
"Quando penso em vcs,
fecho os olhos de saudade..."
Diferente da canção
conheço a felicidade!
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Imagem:ficklr/qhilbil
Boa tarde Calu. Eu lhe entendo perfeitamente, sou filho de duas mães. rs. É! Isto mesmo! Duas! E mesmo eu transitando de um lado pro outro, mesmo quando nos comunicamos por videoconferência, não é a mesma coisa. Se eu pudesse, teria as duas juntas comigo! Mas... Como não dá, o negócio é suportar as saudades que nos acompanham.
ResponderExcluirBela homenagem que fez as suas filhas. Legal mesmo.
E me fizeste chorar!!! Casualmente, esta o skype ligado e ao fundo , Kiko fala com o Gordo, aprendendo coisas de programas de computação que ele precisa.è lindo ver o filho ensinando o pai...
ResponderExcluirNessa hora te leio. Também tenho essas tuas saudade e sei bem como é e o que sentimos...
Lindo teu texto e que a D.Saudade pegue leve por aí ,sem deixar olhinhos molhados,rsrs beijos,tudo de bom,chica
Esqueci: E o filho está lá na Inglaterra...Longe também.
ResponderExcluirPois é Calu, esta dona
ResponderExcluirtem manias mesmo estranhas.
Por que Sabado e não Domingo?
Dizem que o sabado não gosta de de ver ninguem triste,porque amanhã é domingo.
Então é curti-las com mansidão que amanhã ela volta em outra modalidade.
Linda prosa da saudade.
Um belo domingo de alegfria e poesia.
Meu terno abraço com minha admiração.
Ai Calu... Chorei também!
ResponderExcluirChega deu um nó na garganta ... E chorei de saudade da minha mãe , do meu irmão ...
Beijos
Selma
Ai como adorei saber que não sou só eu que tenho essa D.Saudade! Conforta um pouco.
ResponderExcluirMinha saudade está na Austrália (filho, nora e netinha).
Se não fosse o Skype acho que não aguentaríamos ......
Ensinamos eles a viverem e eles foram verificar, não é?
Pena que bem longe de nós.
Um domingo alegre para você.
Beijos.
ResponderExcluirOlá Calu,
Senti daqui a melancolia da sua saudade. Creio que por mais que nos preparemos para um afastamento, quer seja definitivo, quer seja temporário, nunca estaremos suficientemente prontos para encará-lo sem dor. A saudade sempre baterá nas janelas de nossa memória. Basta olhar uma foto, sentir um cheiro ou ouvir uma música. Qualquer detalhe poderá nos trazer de volta, inopinadamente, aquela sensação doída da ausência.
Seu texto está muito lindo e dedilhado com a alma.
Gostei da imagem, que nos lembra as cores da estação que se aproxima.
Meu beijo e votos de um final de semana de paz.
Oi Calu,
ResponderExcluirachei lindo como tu descreveu a saudade, puxando tua coberta, abrindo a janela, isso foi poético demais. E é assim mesmo ne? Porque hoje e nao ontem? Tbm recebo algumas vezes essa visita, às vezes ela é boa, traz tao boas lembrancas, eu gosto...
Entao deixa eu entender...a tia foi pro Brasil...vc mora em Portugal? Me explica.
Bom domingo querida!
Esta música é uma das minhas preferidas, você mencionou pouquíssimos versos mas eu a reconheci. É bom a gente escrever para "desabafar" a saudade. Sinceramente sinto falta de meu filho mesmo morando com ele! Já não precisa de mim, me pego sonhando quando ele era um garotinho, o que ele falava, as musicas que cantava no banco de trás do carro! Saudades pura! É sinal que estamos vivendo a vida na plenitude dela! E com saúde e prosperidade!
ResponderExcluirCalu, sei bem dessa sua saudade, que é também minha companheira. Minha filha mora em Brasília, ok, menos mal que seja aqui, mais pertinho. Mas dói do mesmo jeito, né? Afinal, não podemos vê-los todos os dias e isso é que "pega" mesmo!
ResponderExcluirO filho mora em outra cidade, embora pertinho de BH, mas de todo jeito não posso vê-lo todos os dias.
Só uma filha mora perto de mim, aliás, mais comigo do que na própria casa. rsrs
Dona Saudade não dá mesmo trégua, mas assim é a vida. Peço sempre a Deus que olhe por eles e que estejam felizes onde estão. São escolhas, têm que seguir.
Boa semana, sem muitas saudades. Ou, ela vindo, que venha acompanhada de lembranças gostosas e acalentadoras.
Dona saudade também me visita de vez em quando, mas nem sempre dá para pegar o telefone...
ResponderExcluirboa semana e bjs
Jussara
Calu, saudade é o temperinho de quem ama. Minha filha mora perto de mim e tem dia que sinto muita saudade dela. Só q tenho a facilidade de ligar e dizer q irei na casa dela fazer uma visitinha. Enfim, é um sentimento saudável, quando não nos leva ao desespero. Muita paz!
ResponderExcluirCalu, todos os meus filhos moram aqui em Curitiba... inclusive, o mais velho é meu 'vizinho de cima'.
ResponderExcluirAinda tenho saudades das perninhas grossas, das meinhas 3/4, das botinhas ortopédicas e até dos aparelhos nos dentes dos adolescentes;-)
tô achando que essa d. Saudade gosta de visitar as mães;-))
Abraços
Jan
ResponderExcluirOi Calu!
Desejo uma semana de muitas bençãos. Você é uma simpatia!
Beijos e muita paz!
Selma.
Olá Calu,
ResponderExcluirObrigada pelas visitas e comentários no meu cantinho. Pois é, a saudade nos pega em momentos inesperados. Sempre morei longe da minha mãe e irmãos e sei muito bem o que é isso. A minha vinha muito forte aos domingos.
Com o passar dos anos vamos driblando e nos confortando. Como vivo mudando por esse Brasil afora, além da família sinto saudade dos verdadeiros amigos.
Mas... É a vida.
Espero que você tenha uma excelente semana.
Bons fluidos.
Ai essa saudade....
ResponderExcluirMesmo com toda a tecnologia, saber o tamanho da distância dói.
Mas felicidade de filho e a nossa também.
Então temos que conviver com a D. Saudade até o momento que ela dá uma trégua e corremos pras nossas crianças (sempre crianças).
Quem disse que ser mãe é padecer no paraíso não tinha filhos. rsrsrsrs
Beijinhos minha querida Calu.
A saudade vem e vai, nos coloca diante da realidade que os filhos crescem e seguem suas vidas distantes dos nossos olhos. Mas algumas fazem parte do repertório de lembranças que temos dos que se foram para sempre e até mesmo de momentos que são inesquecíveis.
ResponderExcluirBoa semana.
bjs
Ô minha querida Calu!
ResponderExcluirPosso imaginar como fica teu coraçãozinho vez em quando, pensando nas filhotas tão longe e esta saudade que vem chegando de fininho e se instala no peito. Só dissolve quando pensa bem e vê que elas estão felizes e realizadas, que são mulheres bem criadas por uma mãe de alma generosa que as preparou para o mundo e não para si mesma.
Esta é a grandeza de ser uma mãe de verdade. E você bem o é, sei disso.
Neste sábado, jantamos com um casal amigo e a minha amiga de longa data, estava assim também, quando falava chegava a encher os olhos de lágrimas, mas se segurava, porque sabia que sua filha Fernandinha estava bem e feliz. A menina foi com tudo pago pela UFRJ para fazer um intercâmbio em sua área Biomédica em Washington, uma linda menina de 20 aninhos, inteligente, budista, com um futuro brilhante e que tudo indica irá também morar um dia no exterior. Minha amiga estava visivelmente emocionada ao contar-me, mas foi justamente ela quem indicou o tal intercâmbio para a filha.
Somos assim, queremos o melhor para eles, mas quando estão longe, parece que uma locomotiva passa sobre nós diariamente, e isto nada mais é do que a dona saudade.
Mas, uma nova semaninha está aí, dias cheios com afazeres que nos tomarão o tempo e aliviarão estas dores.
Um grande abraço, carioca
Você falou de maneira bela sobre a saudade. Demonstrou-a com aquela ternura especial que a leva a acompanhar, de longe, os passos queridos. Seu texto é repleto de uma louvável e sábia sensibilidade. Bjs.
ResponderExcluirOLÁ VIM CONHECER TEU BLOG E É MARAVILHOSO JÁ ESTOU TE SEGUINDO
ResponderExcluirBEIJO NO CORAÇÃO!!!....._.;_'.-._
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Oi Calu!
ResponderExcluirLindo o seu sentir, uma doce saudade expressa em palavras suaves e vindas do fundo do coração. Pois é, queremos o melhor para os nossos filhos, mas quando alçam longos vôos dá um aperto no coração. Minha caçula e eu somos muito apegadas e agora ela está trabalhando os dois expedientes e de noite voltou a fazer faculdade e por vê-la tão pouco já sinto saudade, falta da companhia dela, imagine você!
Padecemos mesmo no paraíso!rsss
Beijinhos e uma semana abençoada!
Minha querida Calu,
ResponderExcluirQuando damos asas às nossas crias, descortinamos o mundo, soltamos amarras, o resultado(Belo, por sinal)é este...esta saudade em nosso peito, este desejo de retorno aos sapatinhos, aos lacinhos, aos cueiros e até às fraldas...mas o que fazer, amiga, eles não nos pertencem e sim ao mundo, aos seus desejos, aos seus encontros e desencontros e, a nós e em nós, resta o consolo(é esta a palavra?),a alegria de vê-los felizes e realizados.O gosto de fel faz parte, mas também o doce sabor de saber que fizemos deles(as),seres do mundo, não perfeitos, pois perfeição não existe, mas humanos, sensíveis e acima de tudo dignos e honestos.
A saudade é dor pungente, diz a melodia, mas, ao contrário do que esta mesma música diz, ela não mata a gente(isto é só uma rima para pungente).
Bjssssss de uma mãe que também deu asas aos filhos,
Leninha
Ahhh Calu, entendi agora. Obrigada por ter me explicado.. entendo, entendo mesmo... tbm no seu lugar sentiria mt saudade, viiiixiiiiiii.
ResponderExcluirMae sofre, ooohhh meu pai!
Minha querida Calu,
ResponderExcluira gente se faz forte para não impedi-las de viver! Deixamos livres querendo aprisionar! Que difícil é esse amor de mãe!
Consolo-me com as ausências das minhas meninas pensando que poderiam estar mais longe do que estão e, lendo-a agora, sabendo-a com seus tesouros bem mais distantes do que os meus, sinto-me pequena, muito pequena ante a grandeza dessa sua linda saudade!
Bjsssssssssssssss, quérida! Deus a abençoa e as suas lindezas!
Poxa, que linda surpresa seu blog. Te achei no blog da Luz, e que legal ler sua reflexao!
ResponderExcluiressa saudade né?
atinge a gente em dias passageiros, sem motivos... faz renascer sentimentos tao distantes e tao proximos!
adorei!
bjo
opinandoemtudo.blogspot.com.br
Calu
ResponderExcluirSó reminicências cheias de ternura ronda por aqui.
Linda demonstração de saudade a sua francesinha e candanguchinha.
Você me fez ficar com saudade também da minha filhota (ainda mora comigo) quando usava lacos de fitas e marias chiquinhas.
Lindos dias para você.
Bjs.