segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Onde se perde meu olhar









Cheguei agorinha de lá de perto do meu marzão azul. Aquele que se estende em horizonte aberto a contornar ilhotas preguiçosas boiando placidamente em suas vagas.É nele que meu olhar se perde risonho. É nele que meus ares se renovam e meu espírito voeja ao sabor das suas brisas carinhosas.Sim, carinho soprado, refrescante e cantado em melodioso marulhar ritmado.

Num rasgo de fantasia, imagino-me navegando por seus ondulantes movimentos a embalar sonhos e realidades numa mesma sintonia.Mar suave, mare nostrum, mare mio, mexido por Éolo em suas brincantes estrepolias pelos quadrantes do mundo.São momentos de calar a voz do corpo e deixar que somente a da alma, fale.

No livro: "Mar sem fim", o navegador Amyr Klink declara enfático, de pé, no cais da enseada Antártica:
___ Vivo um daqueles raros momentos em que não se precisa de mais nada além do que os olhos contemplam."


São em momentos assim que se desenham as metáforas da vida. 









9 comentários:

  1. Que linjdo,Calu! realmente nada mais é preciso do que poder o olhar assim...Adoro o mar e adorei te ler!!beijos, chica

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  2. O mar com todos seus encantamentos.
    Os de sensibilidades afloradas penetram nesta imensidão azul e emergem com belas exposições deste encantamento, como os aqui bem escritos que faz a beleza deste mar cantada em versos e prosas.
    Muito bonito Calu.
    Uma boa semana.
    Meu terno abraço.

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  3. Boa tarde Calu,
    Lindo e carinhoso tributo ao mar...
    Sou fascinada por esse marzão deslumbrante.
    Amei a imagem e a prosa poética!
    Beijos ;)

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  4. Olá, Calu. Penso que nesses momentos em que basta o que o olhar contempla, a vida se faz plena em sua simplicidade. Seu escrito me fez lembrar quando estive no Rio e fiquei sentada observando o mar, simplesmente. Estava com o amor ao lado e esse era o cenário ideal, ficou marcado especialmente para mim. :)
    Obrigada por me despertar ótimas recordações!
    Abraços!

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  5. Uma amiga brasileira ofereceu-me um livro do Amyr Klink, onde ele relata a sua travessia da Namíbia até o Brasil num pequeno barco, e fiquei deslumbrada com o espírito aventureiro dele. Por coincidência, eu nasci na Namíbia e a ofertante não fazia ideia, na altura em que me ofereceu a obra!
    Também adoro contemplar o mar.
    Beijinho, um lindo Setembro
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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  6. Ai que lindo Calu...
    Que privilégio poder contemplar o mar perto de casa!
    Também sou fã do Amyr, li todos os livros dele , viajei junto...
    E o Manoel de Barros, a gente suspira!
    Bjs

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  7. Tão belo.
    E como sabe bem o olhar se perder na magia e encanto do mar.
    Beijinhos
    Maria

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  8. É um privilégio ter nos olhos o mar e poder silenciar para muito escutar. bjs

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!