terça-feira, 27 de setembro de 2022

Borboletas de muitas cores


 Elas, as borboletas, estão por todos os jardins, ainda mais agora , com uma permanência a olhos vistos. Vejo que os berçários(casulo) ficaram vazios, pois, muitas delas voejam belas por aí, mesmo que por um curto tempo, mas, intenso em seu estar. 

Seus vôos enchem os olhos, enfeitam os sentidos e aquecem o coração. São mais de 17.500 espécies dentre borboletas e mariposas voando pelos canteiros do mundo. 

São adornos graciosos a anunciar a floração. O ato delicado do pousar sobre a flor é na verdade, uma degustação do sabor da flor escolhida. A borboleta usa os pés para degustar o néctar das flores. 



Além da elegância e da beleza, as borboletas têm super visão e distinguem os raios ultravioletas, invisíveis para os humanos. 


Fica então revelado que:

"O segredo é não correr atrás das borboletas...

É cuidar do jardim para que elas venham até você."

( Mário Quintana)  


Diáfana, frágil borboleta,

levando nas asas cor vivaz;

hora azul, rosa, cinza, lilás,

hora nuvem azulada,  

 prata luz da madrugada

instante breve e fugaz

sopro de vida cintilante

 que esvoaça e se vai.



domingo, 18 de setembro de 2022

Por gosto de ler



Nestes últimos dois anos e meio, tenho lido mais histórias açucaradas do que as mais densas. Estas, até que figuraram na lista  e foram lidas, mas tenho dado preferência às primeiras. Nada como um livro com história envolvente transcorrida na dose certa de romance com pitadas de suspense. Um daqueles que te coloca dentro do cenário junto com os personagens, te fazendo passar as horas como se lá fosse. Típico livro que nos prende e nos faz lamentar quando temos de parar a leitura por motivos outros.

Viram que eu me refiro a este aí da foto: "A livraria dos achados e perdidos", Susan Wiggs, que já conta com muitas resenhas em blogs literários, sinal de que faz sucesso com seus leitores. Eu, pessoalmente, gostei muitíssimo. 

Ao invés de chover no molhado fazendo uma pequena resenha a mais, transcrevo dois parágrafos como aperitivo:

"A leitura fora concluída, e uma música suave começou a sair dos alto-falantes escondidos. Então chegou a vez de Andrew. Com Natalie ao seu lado e a bengala na mão, ele foi até o pódio. Ele se virou um pouco, dizendo à neta que podia ficar de pé sozinho e deixou a bengala de lado. O mínimo que podia fazer era ficar de pé por sua filha[...]"


" Em algum lugar da vasta biblioteca do universo, como Natalie dizia, deveria existir um livro que personificava todas as coisas pelas quais ela estava passando[...]"




quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Há poesia no olhar




 Alumia o plúmbeo azul
o farol que a noite traz.
Estende seus braços
longos e afilados,
 lampejos claros
acendendo os caminhos
e as pedras do chão.


Joga sua luz amarelada
para além de onde se vê,
mostra num rasgo fugaz
o que escondido está.
Revela  faces incautas
dos que sob seu poder
se deixam alcançar.


Em dança secular 
compõe valsa suave,
rodopia nos volteios
manhosos do seu passar.
Pinta novos cenários,
por sobre terras e mares,
presença áurea a reinar.



 

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Uma imagem-um conto/ Setembro




Uma imagem/um conto- Setembro
BC proposta pela Norma Emiliano( pensandoemfamilia.com).
Tema: parque de diversão__pintado com boca e pé por Stanislaw Kmiecik



Decor das lembranças

Sempre que se via defronte àquela imagem, detinha os passos e deixava que os olhos renovassem as lembranças felizes que ali se eternizaram.

Buscava, a cada vez, fixar a atenção no instante vivido no detalhe do dia. A escolha vinha fácil. Todo o conjunto exibia harmonia, demonstrava beleza e acendia a alegria visitada.

O dia fora memorável e não se perdera na sequência cotidiana. As horas ali passadas transbordavam os sorrisos partilhados, os olhares cúmplices enfeitados pela natureza exuberante somada à aventura da roda gigante a acentuar as maravilhas que o dia proporcionava.

Agradecia ao fotógrafo do parque-jardim ter congelado tais instantes, pois, agora, a figurativa imagem habitava a parede do seu quarto e através dela se transportava de volta àquele tempo.




quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Setembro-me


 



Canção Mínima

( Cecília Meireles) 


No mistério do sem-fim

equilibra-se um planeta

E no planeta um jardim,

e no jardim , um canteiro;

no canteiro, uma violeta

e, sobre ela, o dia inteiro. 

Entre o planeta e o sem-fim,

 a asa de uma borboleta.