(*)
E lá vamos pelo meio de junho. Olho no movimento das calçadas procurando ver as crianças fantasiadas de caipira, e nada. Não tem bandeirinhas na frente das escolas. Não tem festa anunciada. Não tem cheiro de canjica no ar. Ô saudade arretada!
Mas, não adianta na saudade morar.
O jeito é improvisar uma mesa modesta,
Fazer algumas gulodices, comemorar.
O jeito é dar vida a cada momento,
É desafiar as ausências,
É persistir sem desanimar.
Ouvir aquelas canções que nos trazem as comemorações das datas juninas e dançar, sozinha, cantando desafinado , mas seguindo o ritmo sem perder o rebolado. Fiquei mais inspirada depois de ter lido e ouvido lá na Beth Lilás ( Me and You.blogspot), uma postagem linda em 1ºde junho sobre a história da valsa Rosa/letra e música, um clássico de todos os tempos do cancioneiro popular.
O novo conhecimento me despertou ainda mais curiosidade sobre outras histórias por detrás das músicas e até rendeu um livro novo:
"A onda que se ergueu no mar", Ruy Castro.
De história em história das canções e da minha própria lista de favoritas, trouxe aqui só a letra, pois sou atrapalhada para postar vídeos( nunca dá certo, rsrsrs)
Embarquem no Táxi Lunar...
"... Apenas apanhei na beira-mar
Um táxi pra estação lunar.
Bela linda criatura, bonita
nem menina, nem mulher
Tem espelho no seu rosto de neve
Nem menina, nem mulher.
Apenas apanhei na beira-mar
Um táxi pra estação lunar.
Pela sua cabeleira vermelha
pelos raios desse sol lilás,
Pelo fogo do seu corpo, centelha.
Pelos raios desse sol;
Apenas apanhei na beira-mar
Um táxi pra estação lunar..."
( Zé Ramalho)
(*) Pinterest-arte naif/Daniel Salvador)