sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Redescobrindo a fé



 Posso declarar, com uma quase certeza, que, medindo as probabilidades em fim do ano passado, jamais teríamos sido imaginativos o suficiente para aventarmos tudo que aconteceu neste ano novo. Novo, sim, em quase tudo ao que nos era normal e familiar. Novo, e não positivo, mas, espantoso ante nossos olhos.

E, como diante de tudo que desabou sobre nossos ombros, conseguimos buscar respostas resilientes frente às adversidades, conseguimos ressignificar atitudes, hábitos arraigados, rotinas bem instaladas, lazeres tão queridos e caras convivências.

Eu , ao menos, descobri também como é difícil alimentar a nossa fé. Falo numa fé robusta, enraizada profundamente nas horas dos dias. A gente acredita que a recitação mecânica de orações sejam exercícios de fé profunda; engana-se quem assim crê.

Claro, que por mais superficial que seja uma prática oracional é sempre melhor que nenhuma, mas, não deve ser considerada como suficiente, como um dever espiritual e desta maneira um ritual vazio. A fé robusta é alicerçada nas pequenas horas de cada dia. É aquela que nos move quando a chave se quebra dentro da fechadura, quando aparece um vazamento no meio da noite, quando um planejamento completo se mostra ineficaz...Aí, testamos nossa fé em sua real existência.

Neste ano, o reencontro feito com a fé se alia a outros mais que fizemos e que nos trouxeram alento e redescobertas nutritivas do espírito. 



12 comentários:

  1. Olá, querida amiga Carminha!
    Impressionante a veracidade das suas palavras.
    De fato, nesta horrorosa Pandemia, temos tido tantas provações, mas em tudo somos mais do que vencedores graças Aquele que nos amou e ama.
    Orações de praxe, também as faço, creio, piamente, que levarão muitos ao céu.
    Sem embargo, a fé se prova como ode tostado no fumeiro... Bem assim, amiga.
    Intensidade no seu post.
    Muito obrigada por me ajudar a alimentar minha fé.
    Tenha dias abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno

    ResponderExcluir
  2. Bah nesse ano de tudo aconteceu e nada aconteceu de verdade!Foi um ano que se soubessemos,teríamos arrancado a folhinha,RS...Mas enfim, estamos quase no fim dele e com MUITA FÉ, esperamos uma vacina pra que o próximo seja melhor! Li ainda ontem o Gil recitando sua música, agora repaginada:com fé e máscara eu vou...com fé, mascara e álcool gel a fé não costuma falhar... Vamos que vamos! Bjs,chica

    ResponderExcluir
  3. Bom fim de noite querida amiga.
    Bela consciência de nossa fraqueza, diria ate pequenez diante nosso professar da fé.
    Não é fácil ter e professar ao longo de todas as adversidades que se apresentam no dia a dia.
    Vivemos um novo tempo sim de novas experiências, novos medos e aprendizados. Aprendemos a resignar e praticar atos até então ignorados por nós. De tudo ficou a grata oportunidade de lhe conhecer pessoalmente já em meio a uma pandemia omitida pelas autoridades.
    Bonito texto carregado de belas reflexões.
    Um bom domingo com um processo pacifico de eleições e que a nova semana seja de renovadas esperanças.
    Carinhoso abraço amiga.

    ResponderExcluir
  4. Você foi perfeita em suas colocações, Calu. Esse novo que ninguém desejava nos colocou à prova, fazendo com que refletíssemos e valorizássemos muito do que estava visível e não era por nós observado atentamente. A fé foi um desses desafios. Quem a ignorava teve que reencontrá-la. Bjs.

    ResponderExcluir
  5. Oi Calu,
    estou vendo gente montar árvore de Natal e tomei um susto...pra mim o ano nem começou e já acabou...
    Quantos desafios!
    Somente nos alicerçando na fé é possível seguir em frente em busca de dias melhores.
    Realmente, na virada do ano eu jamais imaginaria o que se seguiu.
    Grande abraço

    ResponderExcluir
  6. Foi um ano, com um desenrolar de acontecimentos tão impensável... que nos fez questionar tudo... e testar as nossas capacidades, e convicções ao limite!...
    Sairemos mais fortes, interiormente de tudo isto, quero crer, com uma outra consciência sobre o mundo que nos rodeia... e do quanto ele pode mudar as nossas vidas... quando ingenuamente achávamos conseguir ter sempre tudo sob controle... e que o mundo dos demais... nunca é igual ao nosso...
    Um beijinho! Estimando que se encontre bem, assim como todos os seus, Calu!
    Boa semana!
    Ana

    ResponderExcluir
  7. Boa tarde Calu,
    Magnífica reflexão sobre o que estamos vivendo e a redescoberta da fé!
    Eu acredito no poder da oração, mas claro que tem muito razão no que explanou no seu penúltimo parágrafo e que faz todo o sentido.
    Um beijinho.
    Ailime

    ResponderExcluir
  8. Sim, Calu
    Este ano foi terrível mas só tenho a agradecer a Deus por ter passado pela doença com sintomas leves.
    Que venha logo a vacina para nos livrar deste terrível mal.
    Um beijinho carinhoso e cuide-se.
    Verena.

    ResponderExcluir
  9. Tem razão, minha amiga!
    Um ano como este, nos fez parar e refletir muito e uma das coisas mais importantes e esquecidas, nossa fé, nossa oração diária, nossos medos, nossa esperança ... com certeza, renovamos nossa fé em Deus na esperança de dias melhores. Eu tenho muita fé que tudo isso vai passar e nós vamos comemorar muitas coisas boas ainda!
    um abração

    ResponderExcluir
  10. Redescobrir, convicção que o divino nos acolhe. Base para maior quietude do coração. bjs

    ResponderExcluir
  11. Calu você foi muito feliz em expor suas incertezas diante do ano novo que foi e está sendo o diferente 2020.
    A fé nutre a alma,move o espírito, é ponte até o Criador.
    Costumo fazer orações a cada conversa com Deus. Sem ritual,apenas lhe comunico tudo que Ele sabe,exponho aflições,dúvidas ou alegrias e certezas. Não há nada melhor do que ter contato com Ele.
    Xeru

    ResponderExcluir

Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!