sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Pedacinhos coloridos de saudade



"Confete, pedacinho colorido de saudade..."


Das boas memórias que vivi neste carnaval em Conservatória, esta foi  sem dúvida, a fortemente simbólica pra mim: a rua salpicada de confetes. Chão pisado em coloridas marcas das alegrias cantadas. Chão gêmeo ao da minha infância em época igual. Chão coalhado de sonhos e fantasias embaladas pelas músicas antigas hilárias e jocosas.

Foram quatro dias de muito riso e ótimas recordações musicais. A cidade transborda de gente alegre em fantasias caprichadas e animação constante. Em cada rosto vê-se a motivação genuína da folia momesca; tempo de sorrir e cantar. 




O clima musical contagia  e provoca ousadias, mesmo que sejam de brincadeira.




Os blocos se alternam desde cedo até noite alta. Alguns com composição própria, como a do bloco:   Qual é o Tom!

" Conservatória, 
conta tua história
que eu quero ouvir.
Conta em verso e prosa,
hoje é carnaval
eu vou me divertir. 

É ré maior
É ré menor
É rebolado,
 o nosso bloco
É animado!




quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Elementar, meu caro Watson




Estamos ( ao menos aqui na região sudeste) à mercê das enxurradas: das águas das chuvas, das correrias do dia, das notícias desagradáveis...O bom é que não nos rendemos acomodados , creio eu, e mais que crer, realizo.

O mundo está alarmado diante das notícias da ameaça do coronavírus. Claro, não é pra menos, mas, a China tem aspectos e faces culturais muito interessantes e benéficas. Li sobre um interessante aspecto de cuidados com a saúde. 
Os cinco sabores da medicina tradicional chinesa, enfatizam nos sabores, os saberes para uma vida mais saudável.
A partir dos cinco elementos: madeira, fogo, terra, metal e água, relacionam-se os sabores: ácido, amargo, doce, picante e salgado sendo aliados da nutrição e proteção ao bom funcionamento dos órgãos por eles favorecidos.

Madeira ( fígado)__ sabor ácido: brotos de feijão, broto de girassol e de quinoa, folhas verdes.

Fogo ( coração)___ amargo: jiló, quiabo, frutas refrescantes, tipo a melancia, flavonóides e antioxidantes, chocolate meio amargo. 

Terra ( baço)___ doce: mandioca, carne de porco( rica em selênio), arroz e a jujubae ( fruta chinesa encontrada desidratada em São Paulo). 

Metal ( pulmão)___ picante: frutas cítricas e painço( cereal pouco usado no Brasil) magnésio, triptofano e fósforo. 

Água ( rins) ___ salgado: castanha do Pará, nozes e elementos com selênio, ômega 3 e 6, vitaminas C/E e potássio. 

A relação da MTC com os sabores dos cinco elementos considera tal dieta de eficaz ajuda na harmonização da personalidade e da saúde. Como alia um balanço equilibrado para o bem estar físico e mental, acho que vale a pena  conferir com adequação, porque dietas severas ( vamos combinar) tiram o sorriso do rosto, neh!  
Fato é, que a gente sempre peca pelo excesso. Escorregamos nas gulodices e acabamos por pagar um preço( às vezes alto) por isto. 





segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

A majestade das árvores




Posta a questão: Qual elemento é mais forte, o ferro ou a madeira?

Acredito que de pronto responderíamos: o ferro. Nos enganaríamos redondamente no quesito durabilidade.A madeira dura( vive) muito mais que o ferro, até porque se trata de organismo vivo. Conta a história( não é lenda) que carpinteiros especializados em templos japoneses, dedicados à reforma e manutenção dos mesmos, afirmam que a madeira por mais antiga que seja, continua viva; com destaque para a madeira de hinoki-árvore milenar,sendo usada de forma correta dura mais de dois mil anos. 




Há alguns anos atrás, numa região japonesa conhecida por sua extensa área verde com mais de 70 mil árvores, sofreu grandemente com a ação do tsunami de 2011, mas surpreendentemente uma única árvore resistiu: um pinho de cerca de 25 metros de altura. Foi chamada de a "Árvore Milagrosa".




Os egípcios consideravam a tamareira como a árvore da vida e levavam-na para dentro das casas em dias de celebrações e a  enfeitavam com espécies de biscoitos doces para as crianças.



Esta acima é a chamada "árvore da vida" Ela tem inspirado místicos e artistas de todo o mundo.É uma das árvores mais intrigantes da Terra. Tem aproximadamente 400 anos. Vive altiva e solitária no meio do deserto do Bahrein, espécie algarroba, no topo de uma colina de areia, longe de tudo e de todos.A árvore é local de peregrinação. 




O assunto das árvore me voltou à lembrança, ontem, quando fui passear numa feirinha vegana. Dentre muitas barraquinhas, havia uma de lindas bijuterias feitas em pequenos e variados cristais de muitos feitios e cores. Me chamou a atenção  uns cordões encrustados em prata com cristais na forma da árvore da vida. A curiosidade da simbologia derramou-se aqui.


" Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
 Vencedoras da idade e das procelas...!

(Olavo Bilac- Velhas árvores, poema)



segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Poás em alta



"Um pierrot apaixonado
 Que vivia só cantando,
     Por causa duma colombina
Acabou chorando..." 

( revista Fon-Fon)


As marchinhas dos antigos carnavais são pra mim, a melhor tradução dos folguedos de Momo.
Na faceirice dos poás entrei fevereiro cheia das boas lembranças dos carnavais da minha infância. Todos os anos eu trajava uma fantasia . Minha mãe e minha tia se esmeravam nas peças pra mim e para minha prima. Fomos bailarinas, odaliscas, piratas, holandesas, colombinas... que atualmente estão em cada vitrine de loja para crianças. Deve ser por causa do tecido de poá. 

Mas, as que vejo hoje, nem de longe se comparam às de meu tempo de menina. Eram primorosamente confeccionadas. Saias de tule davam armação à saia de cetim branco com "bolonas" pretas. Grandes pompons pretos adornavam o corpete e o adereço da cabeça. Era um traje vistoso, com as devidas desculpas pelo trocadilho. 
Eu adora mais me fantasiar do que propriamente brincar nas matinês. 


Carnaval era sinônimo de grande farra com primas e primos, confetes e serpentinas.

( Blog do Jcarlos)

As marchinhas dançantes eram buliçosas sem serem ofensivas. Bons tempos!