sábado, 30 de junho de 2018

Junho, o mês que não se acaba


Junho vai se despedindo, mas, nunca se finda por completo. Ano após ano deixa em nós caras lembranças de seus folguedos tradicionais.Preenche nosso álbuns de vida desde a infância aos dias atuais. Junho--June ( deusa romana) mulher e,  parece-me muito festeira, pois, não faltam datas comemorativas ao mês. 
Por todo lado as alegres  comemorações enchem os dias de gostosuras típicas e danças animadas. Junho, mês festeiro, mês multiplicador de celebrações. Uma delas deu-se aqui no Museu da Cultura Popular Janete Costa.



( Acervo Permanente _ O Leitor)



No pátio ao redor do casarão acontecia a festa do São João. Barraquinhas com quitutes, brincadeiras pras crianças, banda animando as danças e cantorias com músicas regionais. Viva São João!


Foi uma tarde deliciosa e na ótima companhia da querida Norma Emiliano ( pensandoemfamília.com), que me convidou pro evento. Adorei!
Que venham muitos mais!


sábado, 23 de junho de 2018

Maravilhamentos


Ouvi. Amei. Adotei: Maravilhamento,  termo justo e abrangente a dar páginas para o encantamento crescente ante roda fértil, clamante e significativa__ grupo de Biblioterapia do qual tenho a imensa sorte em participar levada a convite da nossa Norma Emiliano.
Gente ilustrada, amante das histórias e por elas movidas. Gente prenhe de emotivas vivências e partilhas. Gente bonita. Gente sensível.Gente!!!

Na quinta passada o tema -gerador foi sobre as artes, beleza que nos toca e comove. As obras: " A arte como terapia"__ Alain de Botton e John Armstrong e " O pensamento do coração e a alma do mundo" __ James Hillman, foram as condutoras das muitas prosas partilhadas.

MARAVILHAMENTO__ ação ou efeito de maravilhar-se!

Fio condutor de lembranças vivazes que jamais perdem a ressonância em nosso coração. Quantos maravilhamentos vivemos? Impossível enumerar. Isso é ótimo!

Alguns maravilhamentos recentes:

 No show do grupo MPB4 


Com os dias magníficos neste nosso inverno inaugural. 



Nas várias artes representadas na Roda de Biblioterapia.

Na palavra transcrita por Cristiana Seixas:

"A alma nasce na beleza e alimenta-se de beleza, precisa dela para viver. [...] Podemos reagir com o coração, despertá-lo novamente. No mundo antigo, esse era o órgão da percepção. A palavra em grego para percepção ou sensação era aisthesis, que significa, em sua origem, 'inspirar' ou 'conduzir' o mundo para dentro, a respiração encontrada [...] O coração percebe tanto sentindo como imaginando." 
( James Hillman)


Na palavra própria da Norma Emiliano (pensandoemfamilia.com):  

Foi emocionante a partilha. O maravilhamento da arte transbordante na alma. Momento de distanciamento do caos para se nutrir do belo" ( via Face).

No poema cantante da artista Deborah Rosa

Paragem em Lisboa

Que riqueza é essa aventura
Da nossa estada na tão sonhada vida
Vivemos experiências mil,
Mas, nos sentimos bebês diante da lida.

Oh, meu Deus, me dê saúde
Para crescer diante das circunstâncias.
Temo não conseguir dar conta
Nascer, crescer e ainda assim, morrer criança. 

Meu olhar vem amadurecendo
Enquanto reflito e repenso
sob o céu de Lisboa;
Tem um quê de nostalgia
essa terra bonita,
Tem uma familiaridade realmente boa.

Ah, que prazer experenciar
Sentir, admirar, deixar o vento me tocar...
Gratidão é o sentimento de agora
E a saudade de Lisboa já escorre
dos olhos para fora!







segunda-feira, 11 de junho de 2018

Diz o dito popular



*(Tica)

" Eita, mundão véio sem porteira, sô", costuma-se ouvir na voz cantada do povo nos rincões deste país.São tantas expressões e ditados pitorescos a nos trazer de bandeja a sabedoria acumulada nas diferentes regiões da nação. Em minha recém-inaugurada juventude, em meados dos anos 70, fui presenteada com a convivência amiga de uma vizinha mineira de raiz. Com ela aprendi sobre as muitas sabedorias ancestrais colhidas na linguagem rotineira do povo do interior; povo castiço, guerreiro, trabalhador.

E, não é que nas duas semanas que passaram , mais uma vez pus em prática um ditado que ela repetia muito: __" Quando a água bate nas costas, a gente sai nadando."

Muitos(as) de vocês souberam que meu amigão, Thuran (Thuco), adoentou-se com gravidade. Até internado ficou. A coisa foi braba. Teve de receber sangue. O tratamento incluía um armário de medicamentos. Ele, embora caidinho, é um teimosão pra ingerir comprimidos.Assim, a cada dia travávamos quase uma luta corporal e inglória pra mim; ele vencia quase todas as batalhas.Eu punha os comprimidos partidos na banana amassada, no pedacinho de carne... ele mastigava, mastigava e cospia os remédios, arghf!

Me queixei chorosa com a veterinária, minha irmã por parte de pai, que me deu a notícia:
 __ Você terá de dar os medicamentos em injeções nele.
Como assim? Nunca dei injeção nem em boneca! No meu tempo de menina não havia boneca dodói. Ai, meus sais, e agora? " Durma-se com um barulho desses!"

Ela me tranquilizou. Veio aqui em casa e me ensinou como fazer. Enquanto ela aplicava a injeção com a maior naturalidade eu só conseguia me afligir vendo-me naquela situação.
" O que não tem remédio, remediado, está"!

Foi deste jeito que levantei decidida na manhã seguinte à aula e preparei a seringa com os três medicamentos do horário.Mirei o maior espaço de pele dele, logo após o pescoço e apliquei. Ele ficou quietinho e nem chorou. Desconfio que o sabichão percebeu a minha insegurança e colaborou. " Hip, Hip, Hurra! Hoje terminou todo o lote injetável. Ficam , ainda, dois comprimidos de antibióticos que precisam completar 40 dias... " Vamoquevamo!

* Há tempos , os fenômenos dos ditos populares/ sabedoria popular, vêm chamando a atenção dos linguistas e dos profissionais que trabalham com semiótica.Foi, então, criada uma ciência para estudar os provérbios: a paremiologia.

Vocês têm algum ditado de preferência? Contem aí nos comentários!

* Manuscrito Voynich__ é um misterioso livro manuscrito e ilustrado com conteúdo incompreensível. Acredita-se datado de mais de 600 anos por autor desconhecido. É chamado: "o livro que ninguém consegue ler".
Foto: Tica-2017- Feira do Livro de Frankfurt





quinta-feira, 7 de junho de 2018

Lirismo ao vento




Tudo ao vento pode soltar-se. Tudo ao vento baila. Tudo o vento pode levar, aliado do tempo, vento é modelador. 
Pr'aqueles ventos cuidadosos em seu passar, a estes peço:
__ Leve todos os dissabores,
Traga todas as benesses.


Um sopro de lirismo ao fim da tarde pra abrigar n'alma as boas emoções. 

Música e natureza, par perfeito. 


 ( Les Choristes __ Cerf- Volant)





(Poesia de Bicicleta_ S. Capparelli)

Inspirada na partilha da amiga Verena ao trazer-me boas lembranças do poeta Sérgio Capparelli, sempre presente no bolsão da leitura em minhas salas de aula, solto luas e estrelas para que os céus permaneçam sempre enfeitados de sonhos.





domingo, 3 de junho de 2018

Brincando de verdade

( Tica)





Longa pausa; talvez, média, pra me consolar do tempo afastada daqui. Muitas atribuições. Muitas preocupações...muitas! Até ensaiei uma postagem. Até quis retomar as visitinhas aos Blogs. Até devia, mesmo, fazê-las, mas o ânimo me faltava entre o espaço da porta da sala ao computer.Amanhã, farei. Amanhã postarei, amanhã, sendo hoje, quase procrastinei outra vez, mas eis que fui resgatada pela incrível animação da amiga Chica e, parei aqui, no "E" de escrita. 

Tomar direção__ leio agora: fazer escolhas.Sim, mas isto é parte do movimento da vida. Qual a novidade? Direcionar o intento e rumar pra ele.Já falei disso, recentemente, se não me falha a memória.Ainda que assim seja o mote dado tem sido uma constante em minha vida. Consegui, em grande maioria escolher as direções certas pras situações acontecidas. Tive frustrações, óbvio. Tive acertos. Cometi enganos. Corrigi o curso e segurei firme o leme outra vez, e outras mais...

Hoje reconheço que todas essas situações não eram as mais difíceis de lidar; o verdadeiramente difícil não diz respeito às direções que escolhi e sim as que tenho de escolher por outra pessoa. Bem difícil!


Que minhas escolhas me levem em direção ao melhor!