quinta-feira, 28 de setembro de 2017

BC Raio X __ 2017 __ Reviver Emoções





Desconfio que certas palavras possuem ímãs e, pelo que percebo, sou atraída por elas inconscientemente... será? Prossigo para além da questão, mas presa ao ritmo empático que despertam. 
Tenho visto a BC- Raio X, capitaneada pelo amigo TONINHO(link) e pela SILVANA , inspirar muitos participantes e, claro, me encontro neste rol mas, só agora na quadragésima sexta edição venho me juntar ao time participante.
 A palavra ímã parou no "e" de emoções, ou melhor : reviver emoções, um mote irresistível, afinal, não é também desta matéria que somos feitos? Matéria etérea, porém pulsante em nossos poros, viajante nos fluxos sanguíneos irrigando o pulsar das batidas do coração, que não é o depositário das emoções ( segundo meu cardiologista), mas que ribomba intensamente ao sabor delas.



Então " simbora" mergulhar na proposta:

* Já chorou com cenas de filmes ou novelas?

# Hiii... e como! Muita coisa! Muitas vezes! O difícil está em apontar uns poucos exemplos. Minha lista é grande. O que me salva é o verbo reviver. Vou me agarrar nele e buscar lá atrás o címbalo que tocou alto derramando minhas lágrimas livremente.

1_ Sociedade dos Poetas Mortos
2_ O clube da Felicidade e da Sorte
3_ Colcha de Retalhos
4_ Ghost 
5_ A família Bélier 


*Desenho animado, filme ou programa de rádio da sua infância? 

#Na maioridade infantil, fiquei sabendo que: " Selacanto provoca maremoto"(rs), e vcs, sabiam disso?Pois, foi assim, que fiquei aficionada em seriados desde a época do National Kids. Houve também um programa de rádio que logo se tornou televisivo: Tia Gladys e seus bichinhos, apresentado e conduzido pela titular, uma exímia desenhista e contadora de histórias infantis que me encantavam  e, à garotada da minha época.




* Da criança que foi, o que restou dela em vc?

#Tuuudo! Ora, Graças! Tudo mesmo. Creio que só cresci e me adaptei às mudanças físicas, cronológicas e circunstanciais. Umas retive, outras abracei, mas todas foram fermento no corpo e n'alma adicionando movimento e alargando horizontes.

Sou aquela menina ( a La Cora), que corria livre pelos quintais, brincava com borboletas e embalava suas bonecas com cuidados maternais. Sou aquela menina que queria voar num tapete das Mil e uma Noites, conhecer o holandês-voador, visitar o país das Maravilhas e dançar ballet.
Aqui ela está e sempre estará.




O bocado significativo residente em cada emoção, nos faz reviver precioso relicário.
Obrigada, pela oportunidade, Toninho e Silvana.






# devagar irei visitar os demais participantes, ok!



quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Daquilo que eu sei




Tenho andado em tal ritmo de leitura que até me surpreendo, não que me seja estranha a fase, nada disso, já vivi períodos iguais infinitas vezes.Agora, porém, venho duma estiagem árida de quase um ano sem motivação.São águas passadas, ainda bem. Ao findar o passado e romper o novo ano ganhei fôlego e não parei desde então.Alvíssaras!

Romances e reflexões têem me feito  ótima e assídua companhia.Vou lá, venho cá, intercalando os assuntos sem perder o fio da meada e, na ligadura que se forma parei  na declaração:

           " A felicidade não é uma questão individual"                      __ Thich Nhat Hanh.

Aí, a mente vira tela de cinema, filmes curtos e longos se alternam acima da legenda grifada dando contornos nítidos à força do conjunto das idéias/palavras. Simples , mas tão verdadeiro conceito careceria de representação, se fosse em outros tempos, mas nos de agora que é visto, fotografado, filmado e escrito em garrafais o culto ao individualismo, ele se torna cabal e imprescindível ao reconhecimento nas relações pessoais.

Fato básico e até cantado em muitas melodias imortais:      " Ninguém é feliz sozinho", numa clara referência à felicidade conjugal, mas, por mais clichê que pareça, confirma uma realidade essencial, pois, somos seres sociais pertencentes  à categorias listadas cientificamente. Somos mamíferos, bípedes, pensantes, agregadores  e dependentes uns dos outros( sejam em que sentido for).
A mensagem televisionada dos Médicos Sem Fronteiras, exalta claramente tal conceito: "Somente um ser humano pode salvar outro ser humano". Incontestável, neh!

Se focarmos apenas nosso mundinho celular já teremos constatação dessa máxima. Não há possibilidade de felicidade extensa tendo uma enfermidade na família, um ente querido em apuros, um familiar atravessando tempestades.Somos nossas raízes e nossos frutos e tudo que lhes diz respeito nos afeta, nos toca, nos constrange ou alegra. 

Somos árvores frondosas que carregam em si suas histórias de venturas e desventuras na evolução dos dias vividos e cada parte de nós está intrinsecamente interligada na correspondência do riso ou do choro de nossos amados, além disso, ainda somos indivíduos numa floresta de semelhantes que compõem o tecido social: a comunidade humana.






sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A casa Amarela




( Casa Amarela - Van Gogh)


Ontem feriado, dia mais lento restrito da ruideza comum nas ruas da cidade. Aqui e ali alguns serviços funcionando.Já sabida disto saí e, ao dobrar a esquina achei movimentação diferente.Algumas pessoas paradas na calçada sustentando suas sacolas de mercado, olhos atentos ao outro lado onde maquinário pesado e homens atarefados se dedicavam à tarefa de demolição.

A casa amarela, de grandes janelas, chapisco frontal, portão gradeado, telhado estendido por sobre o avarandado que chegava aos degraus da entrada.Aspecto simpático, cor vibrante, ali quase ao meio daquela rua, mostrando seu frontão "galhardeiro" com registro da construção: 1928.

Quase um século e, com certeza, muitas vidas por ali passaram; muitos risos, alguns choros, festas, aniversários, celebrações, vidas palpitando, histórias acontecendo, quase um livro em tijolos e pinturas atravessando décadas até ontem, quando exibia naquela manhã uma ferida grotesca na lateral esquerda de sua parede deixando à mostra o quarto de alguém, vazio de objetos, mas cheio de recordações.

 Arrancaram-lhe o bonito portão, feriam-lhe os degraus, absolutamente resolutos no trabalho de demolição.

Olhei para as pessoas que, como eu, pararam por instantes diante da cena.Creio que nossos pensamentos convergiam num mesmo sentimento lamentoso.__É só mais uma casa que dará lugar a um prédio, dirá alguém. O antigo dando espaço à modernidade. Só isto!

Não só, mas na realidade, isto. Aos meus olhos e aos do casal, senhor e senhora, próximos a mim, que fitavam consternados a destruição da casa amarela, um turbilhão descompassava o peito no ritmo das marretadas. 

~~**~~ 


Obs: Há um link novo direcionando para uma rápida pesquisa no post: Divulgação__ grupo p/novos escritores.
Passe lá!

domingo, 3 de setembro de 2017

No rastro da inspiração




Pela mão da inspiração peço licença à dona da idéia, amiga criativa e arteira, pra aumentar o álbum que lindamente compõe; muitos céus, muitos azuis, lugares passeados, outros somente sabidos, todos bem fotografados. Em seu http://ceuepalavras.blogspot.com.br/2017/08/ceus-da-calu-e-da-natalia.html(link), a queridíssima Chica ( dona da idéia), nos oferece paisagens incríveis, verdadeiros refrigérios na selva urbana.

Abro a semana, parafraseando com ela  céus inspiradores.










"Pra não dizer que não falei das flores"...


Fica aqui uma prece:

Que setembro( outubro/novembro/dezembro) nos traga sorrisos repetidamente floridos!