quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

BC - Meus Heróis/Heroínas da Infância

Com licença concedida pelo fantástico que nos habita, eu digo que a porção diária de fantasia é componente natural do leite que recebemos na infância.Seja ele materno, de outros mamíferos ou vegetal, não importa, o que conta é que o 1ºalimento do corpo deve conter nutrientes sutis que fornecem partículas alimentícias do sonho, da fantasia. A isto junta-se, com sorte, a tradição oral, as cantigas de ninar, as de roda, as histórias, os mitos a que vamos sendo apresentados a medida que crescemos em tamanho e encantamentos.Corpo e alma vão se nutrindo, cada um em sua especificidade e nos tornando crianças saudáveis e saudáveis sonhadores. Crescemos em forma e em fantasia, provando diferentes alimentos, saboreando sonhos dados e criando nossos próprios.



Vivi muitas fantasias na infância/pré- adolescência e, pra ser bem sincera, de vez em quando, ainda hoje me refugio em universos fantásticos para que a minha criança interior se manifeste sempre.Com as boas lembranças daqueles tempos, participo da "Blogagem Coletiva- Meus Heróis/Heroínas da Infância", proposta pela Pandora do blog: elfpandora.blogspot.com(Link) e pelo Alexandre, do blog: doqueeuquero.blogspot.com





Eu era telespectadora fiel dum herói das antigas (claro), que não tinha superpoderes, mas era um bravo defensor do bem e da justiça.Creio que este personagem tenha sido o primeiro herói da TV brasileira: O Vigilante Rodoviário e seu cão Lobo.A dupla vivia aventuras empolgantes onde o bem sempre vencia o mal.





Uma das primeiras séries estrangeiras que aportaram por aqui, virou febre entre a meninada.Este sim, um super-herói com o poder de voar.Uau!Um super-protetor da Terra contra os malignos invasores do espaço, ele, "National Kid", amigo duma turminha que vivia se metendo em encrenca. Durante os anos que esteve no ar, o seriado alternava duas histórias: a dos Incas Venusianos e a dos Seres Abissais.Cada episódio acabava numa situação de perigo o que assegurava a audiência no dia seguinte;esta fórmula não é invenção da TV brasileira.Mesmo sendo muito reprisada, eu revia, revia e decorava a sequência dos acontecimentos, afinal era assunto certo nas rodinhas do recreio em disputas de quem sabia mais sobre os episódios.
E isto me leva a uma manhã do ano de 1994 onde distraída numa parada de ônibus, olho pro lado e vejo um jovem usando uma camiseta com os dizeres:
"Celacanto Provoca Maremoto".Tive um acesso de riso e quem é do meu tempo sabe o porquê. 
Depois destes, vieram o Superman, a Mulher-Maravilha, Namor, o príncipe submarino, a turma da Marvel...eu só ficava meio decepcionada com a escassez de heroínas superpoderosas e vibrava quando havia alguma. Até no mundo da fantasia as mulheres tiveram de conquistar com garra seu espaço.
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Curti muito este "vale a pena ver de novo", Pandora!
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Imagens:folhinha(suplemento)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Rogativa


Numa fração de segundo, a esperança dormitou
e a dor galgou o ocaso, rasgando, ferindo,
cobrindo de cinzas o céu que não amanheceu.
Que nunca mais um dia assim se faça! 
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Imagem:pinterest/reis

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Uma Imagem/ 140 caracteres



Pensei-te companheiro,
salvador das horas
meu ouvinte fiel,
que hoje me deixa só
no abandono de 
minha espera!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

BC - TOP 10- Meus Cheiros Preferidos


Sabem aquelas férias em Prado, pois então, elas voltam aqui  incluídas nesta 23ª BC promovida pela Patrícia Galis do, cafeentreamigos.blogspot, com o tema: "Meus Cheiros Preferidos - Top 10", porque esta viagem foi uma caixinha de surpresas, umas boas, outras nem tanto. Foram três dias de estrada com paradas programadas no guia 4rodas meses antes.Cortando a Bahia de noroeste para leste percorremos foi chão.Na manhã do 2º dia após tomarmos o café da pousada de Barreiras, recomeçamos o trajeto programado e à tardezinha saímos da estrada federal entrando no município de Amargosa. Percorrido 1km fomos envolvidos por um aroma delicioso de cravo da índia, dezenas de pés duma enorme plantação dum lado e do outro da estrada municipal. Fomos conduzidos até o perímetro urbano por estas ondas aromáticas bem-vindas. Foi como se deslizássemos em brisa perfumada.
Com este perfume encabeço a minha lista dos Top 10 preferidos!

Cravo e laranja. Que dupla.
Limão

                                                 

 Flor de laranjeira.Tradição e romantismo num só aroma.
Cresci na lavanda.Humm!
 Cheiro de terra molhada após uma chuva. 


Canela: sabor e aroma.

Inconfundível amadeirado


Jasmim. 

                                                                                   
        
Hortelã,sabor  refrescante.

Chocolate+ café = Capuccino 
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Adorei fazer esta listinha, Patrícia!Cheiros e sabores dão um toque especial aos dias.
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Imagens: google, pinterest(thekinggreen),minhas.                                                                             

domingo, 20 de janeiro de 2013

Desconhecimentos




Com a enciclopédia virtual de aforismos fundamentados e outros nem tanto, não se pode dizer que não tenhamos uma reserva deles para pronta utilização.Pois eu até tenho, alguns poucos, mas queridos e, também algumas expressões caras.Me descobri uma apreciadora, quase colecionadora delas.Sejam da hora ou antigas, tendo um quê instigante,isto já as torna aptas pra entrarem na minha coletânea. 

Uma das exigências que faço é a de que fluam naturalmente num papo, num texto e, deem ao uso uma coloração bacana, feito o acontecido dias atrás numa conversa descontraída com uma amiga.Papo vai, papo vem na narrativa duma roubada na qual uma conhecida caiu ao reservar uma pousada no interior do estado para uns dias de descanso e, se viu enganada.Havia visto as imagens pela internet, achou-as adequadas e firmou o chek-in."Mal sabia ela" que as imagens não correspondiam à realidade.

Me despedi depois de lamentar o desgosto da conhecida e segui com a expressão antiga na cabeça: mal sabia ela; mesmo em tempos de informações vastas e supersônicas, ainda acontecem situações assim, na qual a gente não toma conhecimento da totalidade do que vê.A expressão é antiga, porém não sumirá tão cedo.Creio isto, por ser ela a descrição dos enganos humanos em quaisquer circunstâncias, quando o que se crê não corresponde à completa realidade, tipo: amiga toda entusiasmada com o novo flerte, fazendo planos, sonhando acordada e mal sabe ela...que o Don Juan se derrama pra todas que passam; conhecido pomposo alardeando as maravilhas do novo possante que comprou e mal sabe ele...que já está sendo veiculado um recall duma peça importantíssima. 

Ninguém está livre de "mal saber de algo" no qual estejamos envolvidos e tratando-se de sentimentos então o trio das palavrinhas ronda por perto.O que não quer dizer que todo relacionamento esteja fadado a desilusão de um dos parceiros, ou que todo negócio contenha fraudes, porém,se fizermos um levantamento pessoal aparecerão muitas ocasiões nas quais mal sabíamos nós que eram estrondosos enganos.Desde tomar um remédio sem saber dos efeitos colaterais a embarcar numa canoa furada; estamos sujeitos a fazer parte do show, torcendo para que saiamos do palco sem tombos feios, como, por sorte, aconteceu comigo e com minha cunhada numas férias em Prado-BA.Chovia há uns cinco dias deixando o ar abafado e sete crianças encapetadas procurando onde gastar tanta energia.Pelas manhãs, o tempo ajudando, íamos à praia de qualquer jeito, mas com chuva forte não dava. O que fazer com as horas restantes dos dias naquela pequena aldeia de pescadores que era Prado nos anos 80.Numa certa tarde decidimos levar as crianças pra passear em Alcobaça, município vizinho. 

Nos informamos na quitanda e soubemos que havia uma estrada municipal ligando os dois municípios, era de terra, mas segundo as informações trafegável.Saímos nós, na tarde seguinte rumo a praia de Alcobaça.Logo após o limite urbano donde estávamos já começava o trecho de terra; terra(?) não, lama, a princípio controlável, mas a medida que fomos atingindo a metade do percurso o caminho era um lamaçal só. Não dirigíamos os carros, éramos conduzidas pela inércia deslizante dos pneus que nos levavam de um lado a outro do caminho feito brinquedo.Quando cruzamos com uma caminhonete que vinha em nossa direção, perguntamos sobre o restante do caminho.O motorista nos tranquilizou dizendo que aquele em que estávamos era o pior trecho e dali pra frente seria mais tranquilo. Mal sabíamos nós que a idéia de tranquilidade para os locais era diferente da nossa.Entre tensão e descontração chegamos com lama  e tudo na vila de Alcobaça e fomos tomar sorvetes, porque ninguém é de ferro.

No entanto, não só de malgrados se faz o dito. Ele pode tratar duma situação bem quista, como ao contar-se que: "eu mal sabia andar e já queria correr", "ele mal soube a escala musical e já compunha modinhas ao violão". Uma aplicação bem mais agradável pra estas três palavrinhas aparentadas, não? O que mal sabemos hoje pode ser o que bem saberemos amanhã.Importa, sim, o que faremos com este conhecimento. 
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Uma linda semana pra vcs! 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Álbum de Família


Este janeiro tem se revelado surpreendente, no bom sentindo e eu fico de dedos cruzados pra garantir que assim continue.Tive uma semana muito corrida, quase não pude passear e visitar os amigos da blogosfera, mas com bom jogo de cintura consegui dar um alôzinho pra maioria e, tirar uns minutos pros velhos hábitos, como o de ler o jornal.Lá ia eu, passando as páginas, lendo daqui e dali quando caí na coluna de notícias sociais da cidade e parei...diante duma foto pequena dum rosto conhecido.Era o primo de meu pai, um tio por afinidade com quem convivi durante minha infância, e de quem perdi contato desde o casamento.Isto lá se vão 39 anos. Percorri devagar aquele rosto que me levou imediatamente ao álbum de família.Vi nele o formato do rosto de meu pai, o nariz marcante do pai dele, tio do meu, irmão da minha avó paterna.Fui longe nas recordações domingueiras, nos aniversários, nos Natais.

Voltei a fita várias vezes, da memória, porque naquele tempo não havia filmadora doméstica, e enquanto ia lá e vinha cá, pensava, como a gente perde de vista muitas das pessoas que fizeram parte de nossa história.Normal, movimentos da vida.Sim, mas além deste fato corriqueiro há também a acomodação dos dias que vão nos envolvendo nas rotinas, nas obrigações que consomem as 12 horas diurnas.Com isso vamos nos desculpando por estes relaxamentos e circulando em nosso eixo cada vez mais concêntrico.Acho que o fato e a foto me tocaram mais porque esse primo é o último representante daquela geração da família de meu pai, um sobrevivente dos ataques cardíacos que levou todos os demais. 

Jornal ao colo, olhar lá no passado, toca o telefone.Antes de contar quem era, quero deixar registrado aqui  pra vcs de que o que conto é verdade.Bom, voltando ao ponto: toca o telefone. Atendo. Não reconheço a voz. Uma mulher me chama pelo nome.Confirmo, sou eu. Ouço doutro lado:__ Oi, sou tua prima, fulana, filha do teu tio- padrinho( não o da foto, mas o irmão de meu pai). Há muito que não nos víamos e perdemos o contato.Pois,ela me achou e estava surpresa por eu não ter Facebook(rsrs), porque a primaiada toda está lá e só faltava eu. Me desculpei por desfalcar o álbum virtual, mas não faria perfil por lá, ainda mais agora que havíamos nos reencontrado no real.Conversamos pra mais de metro e falei da foto do "primo" no jornal. Ela não havia visto e iria procurar a notícia. 

Combinamos um almoço e quando ele acontecer vou confirmar o que acredito: há sintonias extensas, redes intencionais que estão por aí, suspensas, conectadas por energias poderosas; os sentimentos humanos.
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Imagem: freepick

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Céus Daqui


"Olha pro céu, meu amor,
Veja como ele está lindo..."






São os matizes que divertem a coloração dos dias, quebram a monocromia, trazem outras possibilidades!
Um lindo dia pra vcs!

sábado, 12 de janeiro de 2013

A Voz das Coisas


Ainda estou movida ao clima das festas recém-acontecidas, até porque só ontem consegui por a casa toda de volta ao lugar.Roupas de cama e mesa, utensílios, cozinha, decoração de Natal, que mal coube na caixa destinada porque a cada ano tem umas coisinhas novas que vão se somando às antigas e o conjunto só aumenta.Em guarda daqui, lava dali, arruma de lá, estava eu em meio a dobra cuidadosa da toalha de natal, tenho duas que se revesam ano a ano, quando recordei a fala da minha filha que a batizou "das antigas".E é mesmo antiguinha, tratada com muito carinho pra atravessar ainda muitos natais sendo personagem coadjuvante, suporte de caprichos que cercam seu uso.Desde a participação no meu gesto ancestral de pegá-la por duas pontas, sacudi-la ao ar e vê-la pousar suavemente sobre o tampo da mesa até o instante quando voltou limpinha e dobradinha pro gavetão, onde repousará até o próximo 25 de dezembro.

Eu a considero um "objeto que fala", a mim, à minha família, e mesmo que um dia ela já não possa ser utilizada com o fim a que foi feita, arranjarei uma segunda opção para poder não perdê-la para o tempo.Há objetos assim, que nos acompanham discretamente, porém, mais presentes do que às vezes percebemos.Eles fazem parágrafos em nossas histórias que compõem um texto significativo.Há outros que não atingem este pódio e passam sem deixar vestígios, aqueles que facilmente doamos.Já os outros, os que nos falam, provocam uma dorzinha fina ao serem descartados seja por que motivos forem.Pode acontecer de no meio duma mudança de casa, descobrirmos que a cadeira da vovó não cabe de jeito nenhum.Então o melhor é doá-la aonde será mais útil, e lá se vai ela na caçamba dum utilitário levando no espaldar nosso olhar saudoso.Consola a gente o ato da doação e sabermos que aquele objeto estará na fala dos que conviveram em sua existência, tipo:  __ "Lembra daquele dia de chuva que a vovó leu aquela lenda? Ela sentada na sua cadeira e nós esparramados pela almofadas do chão."

Quando são pequeninos os objetos falantes, facilitam nosso cuidado, ocupam pouco espaço e ainda são utilizáveis.Bem verdade que há alguns que não tem outra função se não a de ornamentar, como lembrancinhas de viagem, mesmo que sejam horrendas,o que importa é o marco que representam.Eu acho assim e, atire a primeira pedra quem não tem algo meio estranho em lugar de destaque.Como gosto não se discute, cada qual traduz seus símbolos concretos do jeito que escolher.Há que se ter um pouquinho de critério quando for usar um espaço comum da casa, como a sala, por exemplo, onde o gosto de um pode incomodar o gosto dos outros.Nada trágico, mas incômodo no visual cotidiano.Já passei por tal situação quando ao primeiro ano de casada, meu marido chegou em casa abraçado numa escultura de madeira de mais ou menos 1/2 metro, retratando um pegureiro.Uma obra de arte, sem dúvida, mas que não me tocou.Era grande pra qualquer local que eu a apoiasse e acabou ficando no chão entre um vão do buffet com a parede da sala.Todas as manhãs, ao atravessar a sala indo pra cozinha, lá estava ele me olhando com aqueles olhos tristes, ombros arqueados pelo cansaço da lida, parecendo que suspirava lamentos... e eu suspirava também.Quando minha filha mais velha começou a engatinhar, se apoiava nele pra ficar de pé e o coitado tomou muitos tombos.O marido vendo que aquilo não ia dar certo, colocou-o deitadinho em cima da estante e lá ele ficou até que foi presenteado ao irmão dele.Agora seria minha cunhada que teria de arrumar-se com o pegureiro.Juro que não lamentei (rs), mas fui solidária com ela sugerindo que o ajeitasse num cantinho pouco visível.

Hoje só tenho objetos falantes queridos, não são muitos, nem grandes, mas cheios de histórias que calam a voz física e soltam a ancestral, aquela que nos religa a outros tempos, momentos preciosos guardados na memória afetiva e também na desenhada  pela forma de cada objeto que nos fala.
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Imagem: pinterest

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

BC - Café entre amigos- Pena de morte: sim ou não?

A primeira Blogagem Coletiva do ano é proposta pela Patrícia Galis do, www.cafeentreamigos.com, no tema:
__Pena de morte:sim ou não?

Amã / Jordânia 

___ Aqui vcs podem sair à noite sem susto.Tem pena de morte.Ninguém vai lhes importunar, disse o guia jordaniano em espanhol, pro nosso grupo de turistas brasileiros.

Apesar de estar com o nariz grudado na janela do ônibus querendo capturar todas as imagens, ouvi bem as descrições,as referências feitas e esta declaração; há pena de morte na Jordânia.Muitas pessoas do grupo assentiram com a cabeça em sinal de aprovação diante do dito.Acredito que pensaram no conforto que era saberem-se em segurança garantida promovida pela existência da pena de morte.Compreensível para a realidade que vivemos em nosso país.

Aquela declaração me acompanhou pelo resto do passeio.Me questionei se as comparações que acredito tenham sido feitas pelos demais turistas, também me influenciavam, ali, léguas distante do Brasil, mas não, minha opinião permaneceu a mesma, apesar dos contrastes.Sou contra a pena de morte.

Por mais elaborada que uma sociedade seja e tenha seus três poderes bem alicerçados( o que ainda não é o nosso caso) ela é composta por seres humanos falíveis, suscetíveis, onde nem sempre a imparcialidade se sobrepõe a outros interesses, daí pra que injustiças e julgamentos falhos aconteçam, basta um deslize do sistema.E, esta incerteza, que pode ser de décimos nas estatísticas penais, representa uma vida; errada, violenta, que desmereceu outra vida, mas ainda assim, uma vida.Se formos repetir os erros que os assassinos cometeram estaremos assassinando com aparato legal e não vejo nisto, justiça.

A realidade que vemos e vivemos é oposta ao que desejamos para uma sociedade justa, porém, creio que se houver uma mudança profunda em nosso código penal obsoleto, será possível punir exemplarmente sem o recurso da pena de morte.Claro é que as vítimas da barbárie urbana merecem toda justiça e assim deve acontecer.Que os culpados sejam julgados, punidos, afastados e isolados do convívio social e familiar, inseridos num programa de funções diárias pra não permanecerem párias do sistema prisional vivendo às nossas custas como acontece hoje.Que as aberrações da espécie humana, aqueles que cometeram crimes hediondos, tenham prisão perpétua, com humanidade( que não possuem), e severidade na mesma medida, pois acredito que uma longa vida nestas circunstâncias é punição.

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Brincadeiras Escolares/ meme+selinho


Isto já deve ter sido mencionado inúmeras vezes, mas mesmo arriscando a repetição, insisto que os memes e desafios na blogosfera são filhos dos caderninhos questionadores da minha geração pré-adolescente.Em fins de fevereiro já se começava a preparação e compra dos materiais escolares.Na minha época, tínhamos três meses de férias e as aulas só recomeçavam em março.O dia das compras na papelaria era esperado com ansiedade.Todo mundo,a meninada, já estava cheia de saudades querendo rever os colegas, saber em que sala iriam estudar naquele ano e coisa e tal;e as arrumações com o material eram uma prévia bem-vinda, levando-se em conta que uma papelaria é um local tentador.Pra mim, sempre foi, e ainda é.

Enquanto minha mãe ia escolhendo cada ítem, eu ia pegando as miudezas, tipo: lápis, canetinhas, borrachas... e no meio disto,astutamente, eu juntava um caderninho bem menininha que seria o eleito daquele ano para circular as perguntinhas entre amigas.Desde o início do ano"ele" já estava a postos, aguardando o momento combinado pro rodízio começar.Era uma febre!

Brincadeiras legais, não morrem nunca__ ò nóis aqui tra vez(!) seguindo as regrinhas dos memes,rsrs.
Vamos lá?
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Meme de Natal
Não se espantem, é isto mesmo, Natal, afinal, ontem foi a comemoração dos cristãos ortodoxos no oriente.


1ª__ Dizer quem te indicou. 

Este meme me foi indicado pelo parceiro, Christian V. Louis, do escritoslisergicos.blogspot.com.br

2ª__ Indicar 10 blogs:

Bloguinho da Zizi
Laurinhando por aí
Espiritual-idade(Rosélia)
Cátia Bosso Poesias
Os Botões de Madrepérolas
Das coisas que vejo e gosto
Novas respostas
Asas dos Versos e Reversos
Caderninho da Maria 
Adriana Balreira 

Todos as blogueiras indicadas sintam-se à vontade para aceitar ou não o convite.Juro que entendo!  

3ª__ Qual filme de tema natalino é teu favorito?
São dois: Conto de Natal e Simplesmente Amor 

4ª__Qual sua cor favorita no Natal?
Vermelho ( influência pura, rsrs). 

5ª__ Você gosta de ficar de pijama ou vestir-se para a noite de Natal?
Preciso responder(?), óbvio que me preparo toda para a celebração, sempre. 

6ª__ Se vc pudesse comprar apenas um presente para uma única pessoa, quem seria?
Pra mim, estaria fora de cogitação presentear uma só pessoa. Desde menina que nutro carinhos indivisíveis. 

7ª___ Vc costuma abrir seu presente na véspera ou no dia de Natal?
Na véspera.Lá pelas 22h fazemos as trocas de presentes e felicitações. 

8ª__ Vc já construiu uma casa de pão de gengibre?
Nunca.Já fiz pães natalinos.

9ª__ O que vc gosta d fazer em seu feriado de Natal?
Curtir a família até o último minuto.
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Aproveitando o embalo, cumpro agora, bem atrasadinha, com o desafio do selo da Campanha de Incentivo à Leitura também ofertado pelo parceiro, Christian V. Louis do, escritoslisergicos.blogspot.com.br 

1º__ Indicar dez blogs:
* os já indicados no Meme acima, com as mesmas prerrogativas. 

2º__ Avisar aos blogues:
* como são todos próximos não cumprirei esta etapa. 

3º__ Colocar a imagem para divulgação:
* feito desde a data do recebimento, afinal, é uma bandeira que empunho. 

4º__ Responder: qual livro indicaria para uma pessoa começar a ler?
* Isto depende de muitos fatores, como: a faixa etária, o nível de leitura( pré-leitor, iniciante...), interesses e outros destaques que envolvem um leitor e um livro. 
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O post ficou gigante, mas todo bonitinho nas regrinhas pedidas.Demorei, mas fiz.Êba!
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Imagens: pinterest/artsemdobro

sábado, 5 de janeiro de 2013

Sábados Floridos



Porque hoje é sábado com céu claro e o sol transpondo nuvens, ela surgiu, e deve ter sido nas primeiras horas do amanhecer.Veio junto com a alegria que cerca toda o jardim, toda a casa, fora  e dentro. Há três anos que ela brota pendente duma espécie de palma hospedada na aroeira da lateral do jardim. Como um sino repicante ela se mostra vaidosa entre os galhos da velha árvore.Não sei seu nome, sua família. Acompanho seu desabrochar com ansiedade, afinal é um acontecimento de apenas um dia, uma única vez por ano, ao que, finda-se esta original apresentação da flor de um dia só, como a chamo, ou melhor, chamava, porque a chegada dela justamente hoje, nesta época e, nestas circunstâncias me fez rebatizá-la.Agora ela se chamará boa nova, aqui na intimidade da nossa casa.Deixarei seu nome oficial para o mundo descobrir.Se alguém souber, até agradeço a ajuda e farei a referência, mas pra mim continuará sendo a  boa nova, mais uma que ganhei nestes dias, mais precisamente no sábado passado.Outro sábado que prometia horas conhecidas, ritmo planejado.

Naquele sábado passado,liguei a cafeteira enquanto preparava a mesa para o café, quando tocou a campainha da porta.Estranhei, não estava esperando ninguém àquela hora.Atendi e ouvi incrédula a voz da minha flor: " Oi mãe, sou eu." Disparei pra porta, coração aos pulos, sorriso largo, lágrimas de felicidade.Minha filha me fez a maior surpresa chegando pra passagem do ano conosco.Não a esperávamos.Ela havia dito que só viria em fevereiro.Eu jamais poderia imaginar que ganharia mais esse presente.Ela fez segredo até pros irmãos que vieram correndo encontrá-la assim que souberam da sua chegada. 

Todo mundo ria pras paredes, falava ao mesmo tempo, abraçava-se de minuto em minuto com a alegria correndo solta em cada canto da casa.Vimos juntos a madrugada do domingo chegar e o sono nos render.Quando a manhã ia alta, chega minha outra filha, marido e netinho lá do sul, ô glória! Família toda reunida outra vez e numa data festiva.Isto é o que há de bom!Quem tem filhos morando longe, no meu caso, bem longe, sabe como estou saltitante, rindo à toa e tão alto que as flores me ouviram e vieram participar da celebração, haja visto o desabrochar da boa nova, que abriu-se linda ornando nossa alegria.

"...Porque hoje é sábado
Há a comemoração fantástica[...]"
Vinicius de Moraes