quinta-feira, 24 de março de 2011

CADA DIA É UMA PEQUENA VIDA


Cada dia é uma pequena vida...
Nos últimos 18 meses, especialmente, tenho buscado uma compreensão ainda mais profunda de mim mesma e, consequentemente, de cada alma que de mim, de alguma forma, se aproxima...

Nesta jornada, tenho descoberto e confirmado, cada vez com maior lucidez, uma verdade que pode ser ótima (ou não) dependendo da forma como lidamos com ela: cada dia é uma pequena vida!

Cada situação é uma encruzilhada. Cada passo é uma escolha que pode mudar tudo. Talvez seja exatamente por isso que é tão difícil nos mantermos fiéis aos sentimentos que mais desejamos experimentar: alegria, auto-estima, gentileza, amor...

Um passo vacilante... e tudo se modifica. O que era amor pode se transformar em ciúme, egoísmo, raiva, medo. O que era alegria pode se transformar em dúvida, desesperança, tristeza. O que era auto-estima pode se transformar em insegurança, agressividade, dor. O que era gentileza pode se transformar em intolerância, desistência, arrogância.

Uma atitude, uma escolha... e tudo pode mudar! E isso me faz lembrar da máxima “Orai e vigiai”. Quando a gente ora, pede o que deseja, entra em estado de humildade, receptividade, esperança... Mas um minuto depois, é preciso que entremos em vigília constante.

Somos passionais, motivados por reações. Ainda não aprendemos a ponderar. Reagimos automaticamente a partir de crenças limitantes, de preconceitos e defesas internas. Reagimos: este é o problema.

Precisamos começar a agir. Sempre agir. Cada passo precisa ser uma ação consciente, atenta, lúcida. E para que isso se torne possível, só há uma maneira: treino, prática, repetição... dia após dia até que se torne hábito.

Só podemos destruir um velho hábito que já não nos interessa se no lugar dele construirmos um novo, que revele uma nova direção, um novo caminho. Os sentimentos difíceis continuarão dentro da gente, mas em vez de reagirmos a eles, podemos decidir por uma nova ação.

Em último caso, tenho feito assim: quando ainda não sei qual a nova ação que posso ter diante de um sentimento difícil, opto pelo silêncio. Respiro fundo, entro em contato com o que estou sentindo, reconheço que estou me deixando atingir pelo que está acontecendo e simplesmente espero, em silêncio, até que consiga encontrar, dentro de mim, uma nova maneira de agir diante de velhos sentimentos.

E assim, de vida em vida, um dia de cada vez, pretendo acordar amanhã mais positiva do que fui hoje...

Rosana Braga



6 comentários:

  1. Amiga,excelente postagem!!!
    Um abraço e tudo de bom!!
    Emilinha

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  2. Miga querida,
    que bom que gostou. Achei-o bem interessante.
    Bjkas.

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  3. Oi, Calu
    Obrigada por compartilhar texto tão lindo!Eu também descobri os textos da Rosana Braga que me encantam, pois têm tudo a ver com o que sentimos, com o que vivemos.
    Achei o máximo a coincidência de você ter morado aqui, tanto tempo , e ter dois filhos candangos como os meus dois que tenho.
    Engraçado, ontemfoi que que vi a referência de seu blog, no espaço da Sonia ou da Emilinha. Instigada pelo título do blog vim aqui correndo e só encontrei boas surpresas, um quê de permanente boasvindas que me fizeram ficar!
    Beijos com carinho!

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  4. Bom dia Calu!!!

    Encaro a vida assim...desse jeitinho mesmo!!!
    Procuro sempre refletir por cada ato que pratico!!
    Nem sempre fui assim...qdo mais jovem era muito impulsiva e "quebrei a cara" muitas vezes.
    Hoje, tb sou adepta do silêncio para procurar respostas , tomar decisões e entender a situação.
    bjos
    Laurinha

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  5. Oi Lena,
    como dizem: coincidências não existem; são encontros fortuitos do Universo!
    Que assim seja.È um prazer enorme tê-la por aqui.
    Vamos nos "ver muito".
    Bjkas

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  6. Oi Laurinha,
    acredito que o texto condense um pouco de cada característica que fomos adquirindo com as experiências vividas e aprendidas.
    É de ótima reflexão, né?
    Bjkas.

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!